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TEXTO Hans kelsen

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RESUMO
KELSEN, Hans. Causalidade e Retribuição. In: KELSEN, H. O que é Justiça? São Paulo: Martins Fontes, 2001, p.301-321.
Stefany Ponce Zilio
Curso de Direito-Univag 2017/1BM
	
O jurista Hans Kelsen ao tratar em seus textos sobre a causalidade, que é a ligação entre causa e efeito, ou seja, para ter acontecido um “EVENTO B”, é necessário que o “EVENTO A” o anteceda, sendo então a razão e a consequência. A causa sendo atraída pelo efeito lembra que o homem por fazer um ato ruim terá punições ruins, se seus atos forem bons, suas recompensas também serão boas. 
 	Dentro deste quadro Kelsen cita o pensamento de Aétio, Demócrito por compararem a realidade com átomos, que se chocam mutuamente em um espaço vazio, ou seja, estão em uma guerra, vendo, portanto a causalidade, à uma ação e reação. Na retribuição, se estes átomos estão em “guerra”, como era em Heraclito, depois de postas em concordância, terá o mal e a punição.
	Logo, vê-se que para cada ação haverá uma reação, que para cada comportamento haverá uma consequência igual, isto é o princípio da retribuição. A seguir, uma passagem dos Papiros de Hibeh, também relata que todas as coisas devem ser do igual para o igual, em tudo, como os animais que se associam-se com os mesmos tipos de animais, grãos com os mesmos tipos de grãos e assim vai para todas as coisas, dizendo que tudo isto acontece por uma só razão, um poder de atração da similaridade. Como o imã que é atraí o ferro, “O igual é atraído para o igual”. Demócrito assimila então que se houver algum crime, como um assassinato, haverá então uma punição como uma pena de morte ou uma vingança.
Além disso, Plínio afirma que Demócrito conhecia apenas duas divindades a Poenam et Beneficium punição e a recompensa. Assim, ao observar que a palavra causa significa culpa, ou seja, uma está ligada a outra. 
Logo a frente aborda-se que, para Philipp Frank a causa e efeito devem ser iguais, para um efeito mais forte, houve uma causa forte igualmente ou proporcionalmente. Contudo, para a Física a “energia é a medida da causalidade”. A causalidade também é atribuída a uma vontade divina, Deus. E é explicada pela teoria de Malebranche, que acredita que a lei é a execução de um comando divino.
 	
Contudo, os textos de Hans Kelsen mostra que a retribuição é de fato um princípio fundamental principalmente para as coisas que tem semelhanças, pois só estas poderão coagir uma sob a outra, tanto para prejudicar ou se ajudarem. Com isso, fica claro que nesta obra, é preciso de que a causa deve ser igual ao efeito, devendo ter a origem da mesma fonte.
	Neste princípio, o que é importante não são apenas características qualitativas, mas sim também as quantitativas, no sentido de quanto maior for o mal, maior deverá ser a punição e quanto maior for o mérito, maior deverá ser a recompensa. Assim Kelsen cita Heráclito que acredita que tudo deve ser de igual natureza, “como são o mal e a punição, mérito e a recompensa, devem todos originar-se do mesmo elemento primário, a água ou o ar.”. Essa ideia é a justiça, como a balança, que mantem apenas um equilíbrio. 
	O destino segundo alguns filósofos gregos: Diógenes Laércio, Heráclito provia que “todas as coisas acontecem de acordo com o destino”. Quer dizer que nada pode o deter, pois é uma serie de relação entre causa e efeito, do mesmo modo que todas as coisas que devessem acontecer, aconteceram. O destino também oferece ao homem a sua recompensa ou a sua punição, diante dos seus comportamentos, levando ao conceito de retribuição novamente. 
	 A pena que é dada á quem praticou um mal, para todas más condutas haverá uma sanção, apesar da liberdade adquirida pela sociedade. Após um tempo crise da causalidade da ciência natural, houve outra imputação, sem haver com a ciência natural. A teoria kelseniana foi a mais ideal, defendendo o “dever-ser”, que é o que deveria ser definido, podendo trazer uma ideia obrigatória ou proibida, sendo um conhecimento intuitivo para saber analisar se algo está correto ou não, se tal comportamento é bom ou ruim. 
	
 
		
 
COMENTÁRIO
Após a leitura e entendimento sobre “Causalidade e Retribuição”, passo a entender que nos textos de Hans Kelsen, a causalidade é a relação de causa e efeito, ele apresentou também a ideia de justiça. Além disso, a retribuição é nada mais que uma reação de cada ação, tanto para ações boas ou más, sendo todas de mesma intensidade. Também foi retratado para a física, que tudo é proporcional, estabelecendo uma ligação. Em algumas partes do texto, é possível compreender que causa também pode ser o mesmo que culpa, ou seja, para que tal evento tenha acontecido, foi uma consequência de outro anterior. Mais a frente encontrei sobre a probabilidade, que diz que está ponte entre causa e efeito é uma ligação provável, usada para prever eventos futuros. 
Diante disso, para Kelsen a justiça é uma retribuição que deverá ter um punimento justo, mas, não através da vingança e sim de alguma outra lei.

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