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LINGUÍSTICA TEXTUAL

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Prévia do material em texto

Linguística Textual 
 
Gabriella Samantta, Irislane Rosendo, Maria Aline, Moabe 
Batista e Yuri Patrick. 
 Linguística Textual 
• A linguística textual representa um momento em que se procura a superação 
do tratamento linguístico em termos de unidades menores – palavra, frase ou 
período – no entendimento de que as relações textuais são muito mais do 
que um somatório de itens ou sintagmas. 
 
Texto 
• Fávero e Koch (1994) apresentam em uma multiplicidade de conceituações, 
partindo de um enfoque bastante amplo, na base da concepção de texto 
como toda e qualquer forma de comunicação fundada num sistema de 
signos, como um romance, uma peça teatral, uma escultura, um ato religioso, 
entre outros, e chegando numa definição mais escrita. 
 
Fala 
• “bom... Eu lembrei agora não sei por que... de uma... de uma história assim um pouco... 
um pouco triste... né? de uma colega que estava trabalhando comigo... Que eu não vou 
dizer o nome dela... É que ela tem problema de::/ ela tem uma assim/ muita timidez... 
Então ocorreu um fato na vida dela... De separação dos pais... Tal... E ela estava 
apaixonada por um rapaz... Esse rapaz morreu atropelado... E ela tentou:: cortar... Um 
dos pulsos... Ela me contou assim::... Eu:: fiquei tão::/ um pouco chocada... Porque eu... 
Assim... Não conheci ninguém que já tenha... eh::... Praticado assim/ tentando suicídio... 
Entendeu? Então eu fiquei muito chocada com isso... Aí depois eu tive até que rir... 
Porque ela contando... Estou crente que é uma coisa assim... Aquele suicídio... Aquela 
coisa assim for::te... Mas ela cortou/ graças a Deus... Cortou bem de leve o braço... 
Então eu cheguei a rir... Quer dizer... Parecia ser uma história triste mas no final... Deu 
tudo certo... Ela/ não aconteceu nada com ela... Foi uma pequena tentativa mas... Que 
fracassou... Graças a Deus...’ 
 
Escrita 
• “Certo dia, eu e uma colega de Faculdade conversávamos sobre alguns problemas existenciais. E 
em determinado momento da conversa, contou-me que sofreu muito na época em que seus pais 
estavam se separando, que tinha sido um processo muito doloroso para todos de sua família, e ela 
nunca soube lidar direito com esse problema. No decorrer de sua adolescência, ela conheceu e se 
apaixonou por um menino que morava perto da casa de seu padrinho. E como a vida tem seus 
percalços, volta e meia, prega uma peça na gente, esse menino veio a falecer sendo vítima de um 
atropelamento. Parecia que a vida estava lhe roubando a melhor parte de sua própria vida. Foi 
quando ela me contou que tentou cortar os pulsos, logo após o acontecido. Fiquei chocadíssima e 
perguntei-lhe mais detalhes sobre o ocorrido. Perguntei-lhe se havia tentado cortar os dois pulsos, 
ela olhou-me com um olhar meio enigmático que eu não consegui decifrá-lo. Disse-me que só havia 
cortado um dos pulsos e o corte foi de leve. 
• Senti um grande alívio e, ao mesmo tempo, uma vontade de rir, afinal, graças a Deus, a sua 
tentativa de suicídio não se configurou. Acabamos rindo e fazendo piadas da “triste” situação. Pedi-
lhe que nunca mais ousasse repetir a dose.” 
 
Coesão 
• A coesão textual refere-se à microestrutura de um texto. Ela é realizada 
pelas relações semânticas e pelas relações gramaticais. 
 
• A cada recurso coesivo presente no texto dá-se o nome de “laço” ou de 
“elo” coesivo. 
 Por exemplo: 
 
“A coesão textual”: o uso da palavra A (artigo definido feminino) é determinado 
para que haja concordância com a palavra coesão (substantivo feminino). Aqui a 
relação é gramatical. 
 
“Ela é realizada”: a escolha do pronome ela evita a repetição da expressão 
coesão textual. Aqui a relação é tanto gramatical (o pronome – no feminino – 
concorda com a expressão substituída) quanto semântica (ela = coesão textual – 
semelhança de significado). 
• No caso de textos que utilizam linguagem verbal e não verbal, o que é muito 
comum nos textos publicitários, deve-se notar como a coesão ocorre também 
na utilização, como elos coesivos, de: 
 
- cores 
- formas geométricas 
- fontes 
- personagens 
- logomarcas 
- etc. 
A coesão textual está relacionada ao 
encadeamento das ideias dentro de 
texto e às referências que fazemos. É 
ideal que se siga um fluxo, facilitando a 
leitura. Quando há a sensação de 
fluidez, o texto não fica cansativo; 
afirmamos que ele é coeso. 
Coesão Gramatical 
 
• Frásica: É a coesão adquirida na construção da frase. É preciso conhecer a 
concordância verbal, a concordância nominal. 
• Interfrásica: É a junção, as minhas conjunções são fundamentais. 
• Temporal: As relações de tempo, elas são fundamentais. 
 
Coesão Gramatical Referencial 
 
É uma coesão de referência que se desdobram em dois termos: 
1. Relação Referencial Anafórica: 
2. Relação Referencial Catafórica: 
Relação Referencial Anafórica 
 
•O termo que faz alusão a uma idéia 
anteriormente citada. 
Exemplo: “Encontrei uma amiga na festa, e lhe contei sobre o que havia 
acontecido lá em casa. ” 
 
 Notem que a palavra "lhe" , estabelece uma relação anafórica, pois resgata o 
termo "amiga" citado anteriormente. O verbo "contar" exige uma 
complementação de objeto direto, pois quem "conta", conta "algo" para "alguém". 
Para quem eu contei? para minha amiga. Então percebam que o "lhe" substitui 
"amiga", portanto, faz um resgate do termo anterior. 
 
 A cadeia anafórica é justamente uma cadeia que sempre vai "resgatar" 
elementos já citados. 
Relação Referencial Catafórica 
 
•Catafórica significa apresentação, o que nos 
sugere que a relação catafórica "apresenta" 
termos que irão ser citados. 
Exemplo: "Eu lhe pedi isto. Que fizesse a prova direito.“ 
 
 
A palavra "isto" vai apresentar o que eu vou pedir. "Isto" é um termo catafórico, 
ou seja, aquele que apresenta e NÃO aquele que resgata. 
 
 
Coesão Lexical 
• Reiteração: É a coesão estabelecida pela "repetição" das palavras. Eu repito 
os termos, e por isso eu estou reiterando. 
- A repetição é um mecanismo importante para o estabelecimento da coesão. 
- Porque com a repetição, eu estabeleço ligações entre idéias. Nada mais 
identificável para coesão, do que repetição 
 
Coesão Lexical 
 
• Por substituição: Aqui agente identificar as 
relações, sinonímica, antonímica, hiperonímica 
e hiponímica. 
Coesão Lexical por Substituição 
 
• Relação lexical sinonímica: Há uma substituição do assunto referido por seu 
sinônimo (são palavras que tem o mesmo sentido). 
Exemplo: O Brasil tem uma diversidade cultural, nisso podemos observar que o 
País do futebol é rico na sua cultura. 
Coesão Lexical por Substituição 
 
• Relação Lexical Antonímia: São relações de oposição, é quando eu sinalizo 
uma oposição entre as ideias. Essa oposição, também sinaliza coesão, pois 
nos ajuda a perceber ligações de sentidos no texto. 
Exemplo: O Paulo jurava à namorada que dizia a verdade, mas ela sabia que ele 
mentia. 
Coesão Lexical por Substituição 
• Hipônimos 
Exemplo: Carro é hipônimo de veículo. 
 
• Hiperônimos 
Exemplo: Veículo é hiperônimo de carro. 
Coesão Sequencial 
 
• É responsável pela ordem, sequência, continuidade 
do texto. 
 
 
 
• Exemplo: “Como disse acima, tiraram-me daquele abrolho 
inicial porque não sabia falar. Aprendi a escrever mal e 
porcamente, e os abrolhos vieram em legião. Faço força para esquecê-
los, mas volta e meia penso que seria melhor encontrar uma pedra no 
meio do caminho.” 
 
• Relação de causalidade ou de explicação – porque, uma vez que, visto que, já que, 
dado que, como, pois etc. 
 
• Relação de condicionalidade – se, caso, desde eu,contanto que, a menos que, sem 
que, salvo se, exceto se, a não ser que, em caso de etc. 
 
• Relação de temporalidade – quando, enquanto, mal, logo que, antes que, depois que, 
assim que, sempre que, até que, desde que, todas as vezes que, cada vez que, à medida 
que, à proporção que, etc. 
 
• Relação de finalidade – para, para que, a fim de, a fim de que, etc. 
 
• Relação de alternância – ou, ou...ou, ora...ora, seja...seja, quer...quer, etc. 
 
 
• Relação de conformidade – conforme, consoante, segundo, como, de acordo com, 
etc. 
 
• Relação de adição – e, também, ainda, não só...mas também, além de, nem, 
nem...nem, além do mais, ademais, etc. 
 
• Relação de oposição – mas, porém, contudo, entretanto, no entanto / embora, se 
bem que, ainda que, apesar de, etc. 
 
• Relação de conclusão – logo, portanto, pois, por conseguinte, então, assim, etc. 
 
• Relação de comparação – como, feito, mais...do que, menos...do que, tanto...quanto, 
tal como, tal qual, etc. 
Coerência 
• “Diz respeito ao modo como os elementos subjacentes à superfície textual 
vêm a constituir, na mente dos interlocutores, uma configuração veiculadora 
de sentidos.” 
• Koch, 1997. 
• A coerência não pode ser delimitada, pois o leitor é o responsável pela constituição 
dos significados do texto. 
 
 
 
Incoerência 
• "As ruas estão molhadas porque não choveu” 
 
• “Texto incoerente é aquele em que o receptor (leitor ou ouvinte) não 
consegue descobrir qualquer continuidade de sentido, seja pela discrepância 
entre os conhecimentos ativados, seja pela inadequação entre conhecimentos 
e o seu universo cognitivo.” 
• Beaugrande & Dressler, 1981 
 
 
 
Princípios Básicos da Coerência 
• Princípio da Não Contradição: em um texto não se pode ter situações ou ideias que se contradizem 
entre si, ou seja, que quebram a lógica. 
 
• Princípio da Não Tautologia: A tautologia nada mais é do que um vício de linguagem que repete 
ideias com palavras diferentes ao longo do texto, o que compromete a transmissão da informação. 
 
• Princípio da Relevância: Um texto com informações fragmentadas torna as ideias incoerentes, ainda 
que cada fragmento apresente certa coerência individual. Se as ideias não dialogam entre si, então elas 
são irrelevantes. 
 
 
Continuidade Temática e Progressão Semântica 
• Continuidade Temática: A sensação é que se mudou o assunto (tema) sem avisar 
ao leitor. 
 
 
• Progressão Semântica: A sensação do leitor é que o texto não chega ao ponto que 
interessa, ao objetivo final da mensagem. 
 
 
 
• Domínio Linguístico: É a utilização de recursos gramaticais nos níveis fonético-
fonologico, semântico e morfossintático, e a seleção de itens lexicais. 
 
• Domínio Pragmático: Contexto situacional, tipo de ato de fala, intenção e aceitação 
comunicativas, valores e crenças dos participantes da interação – produtor e receptor . 
 
• Domínio Extralinguístico: Informações advindas do cotidiano, fruto de condição de 
todos os humanos de “estarem no mundo”, e de contextos mais específicos, como o 
acadêmico, artístico, entre outros. 
 
 
 
Interpretabilidade 
• Compreender aquilo que está escrito dependerá dos níveis de interação entre o 
leitor, o autor e o texto. Por esse motivo, um mesmo texto pode 
apresentar múltiplas interpretações. Quando lemos um texto, estamos ao mesmo 
tempo construindo sua interpretação, e fazer isso de maneira eficiente está 
relacionado com os conhecimentos que já possuímos. Como vamos entender um 
texto que trate de química nuclear se não soubermos o que são os elementos da 
tabela periódica? Como entender um texto que fale sobre coerência se não 
soubermos o básico sobre a interpretação de textos? 
 
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos 
(Roberto Carlos/Erasmo Carlos) 
 
 Um dia a areia branca 
 
Seus pés irão tocar 
 
E vai molhar seus cabelos 
 
A água azul do mar 
 
Janelas e portas vão se abrir 
 
Pra ver você chegar 
 
E irão se sentir em casa 
 
Sorrindo vai chorar 
 
 Debaixo dos caracóis dos seus cabelos 
 
Uma história pra contar 
 
De um mundo tão distante 
 
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos 
 
Um soluço e a vontade 
 
De ficar mais um instante 
 
Você anda pela tarde 
 
E o seu olhar tristonho 
 
Deixa sangrar no peito 
 
Uma saudade um sonho 
 
Um dia vou ver você 
 
Chegando num sorriso 
 
Pisando a areia branca 
 
Que é seu paraíso 
 
 As luzes e o colorido 
 
Que você vê agora 
 
Nas ruas por onde anda 
 
Na casa onde mora 
 
Você olha tudo e nada 
 
Lhe faz ficar contente 
 
Você só deseja agora 
 
Voltar pra sua gente 
 
 Debaixo dos caracóis dos seus cabelos 
 
Uma história pra contar 
 
De um mundo tão distante 
 
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos 
 
Um soluço e a vontade 
Situação Comunicativa 
• “A situação comunicativa tanto pode ser entendida em seu sentido 
escrito – contexto imediato da interação -, como pode ser entendida 
em seu sentido mais amplo, ou seja, o contexto sócio-político-
cultural.” 
• Koch e Travaglia, 1990 
• 
“Você anda pela tarde/ E o seu olhar tristonho/ Deixa sangrar no 
peito/ Uma saudade um sonho...” 
 
• “As luzes e o colorido/ Que você vê agora/ Nas ruas por onde anda/ 
Na casa onde mora/ Você olha tudo e nada/ Lhe faz ficar contente/ 
Você só deseja agora/ Voltar pra sua gente...”. 
 
 
Situação Comunicativa Reconstruída 
• Lembra um tempo em que a liberdade era um valor apenas cultivado nos corações e 
mentes, sem poder ser experienciado plenamente. 
 
• “Debaixo dos caracóis dos seus cabelos/ Uma estória pra contar/ De um 
mundo tão distante...”; 
• “Um dia a areia branca/ Seus pés irão tocar/ E vai molhar seus cabelos/ A 
água azul do mar...”; 
• “Um dia vou ver você/ Chegando num sorriso/ Pisando a areia branca; Que 
é seu paraíso...”. 
Conclusão 
• Em resumo, podemos dizer que a COESÃO trata da conexão harmoniosa 
entre as partes do texto, do parágrafo, da frase. Ela permite a ligação entre as 
palavras e frases, fazendo com que um dê sequência lógica ao outro. A 
COERÊNCIA, por sua vez, é a relação lógica entre as ideias, fazendo com 
que umas complementem as outras, não se contradigam e formem um todo 
significativo que é o texto. 
Referências 
• file:///C:/Users/Iris/Downloads/coesaocoerencia_arquivo_sem_audio.pdf 
• http://educacao.globo.com/portugues/assunto/usos-da-lingua/coesao-textual.html 
• http://www.mundoeducacao.com/redacao/tipos-coesao.htm 
• http://www.vestibular1.com.br/revisao/tipos_coesao.pdf 
• http://pt.slideshare.net/nelsonalves70/mecanismos-de-coeso 
• https://www.passeidireto.com/pergunta/1609834/coerencia-textual-e-uma-relacao-
harmonica-que-se-estabelece-entre-as-partes-de-u 
• http://gnuribas.blogspot.com.br/2009/10/coesao.html

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