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Fundamentos & Conceitos Profa. Dra. Herbenya S. Peixoto Universidade Paulista – UNIP Disciplina: Farmacologia Fundamentos e Conceitos em Farmacologia Místico • Castigo dos deuses • Intenções ruins • Sobrenaturais Científico • Natureza orgânica • Conceitos de patologia • Hipócrates • Galeno Doença Cura Procurar alívio para os males que afetam a humanidade Fundamentos e Conceitos em Farmacologia Fundamentos e Conceitos em Farmacologia Farmacologia Parte da ciência que estuda as substâncias que interagem com os sistemas vivos por meio de processos químicos. Grego Farmakos: droga, medicamento e Logos: estudo Desenvolvimento histórico Fisiologia e Farmacologia Observação Ação de substancias sobre o corpo (Egito, China) Farmacopeias Experimentação Metodologia científica o SãoTomás de Aquino o Galileu Galilei o Claude Bernard o Leonardo daVinci Histórico da Farmacologia Desenvolvimento histórico: Fisiologia 1809 - François Magendie descreve a ação convulsivante da estricnina 1842 - Claude Bernard descreve a ação paralisante do curare na junção neuromuscular Desenvolvimento histórico: Farmacologia 1869 Demonstra que a aplicação de muscarina no coração tem o mesmo efeito da estimulação elétrica no nervo vago. 1872 funda o Instituto de Farmacologia de Strasbourg. Estuda a farmacologia do clorofórmio. 1885 é introduzida a uretana como hipnótico. Oswald Schmiedeberg (considerado o pai da farmacologia moderna, foi o responsável pela hegemonia alemã na indústria farmacêutica até a 2ª guerra mundial). Histórico da Farmacologia Os avanços na química e o desenvolvimento da fisiologia nos séculos no séculos XVIII, XIX e início do século XX formaram as bases para o entendimento da atuação dos medicamentos nos tecidos e órgãos. Histórico da Farmacologia Estricnina Estimulante Cocaína Anestésico Heroína Anestésico Antitussígeno Histórico da Farmacologia Iodeto de potássio Expectorante Antitussigeno Tintura de ópio Antiespasmódico Cloreto de mercúrio Antiseptico Diurético Já foram medicamentos: Drops de cocaína para dor de dente (1885) eram populares para crianças. “Para asma e outras afecções espasmódicas”. Heroína era divulgada como um substituto não viciante da morfina e remédio contra tosse para crianças. Advento de novos fármacos→Após 1940 Antibióticos Penicilina Estreptomicina Tetracaína Isoniazida Fármacos psiquiátricos→Após 1950 Antipsicóticos Ansiolíticos Antidepressivos Doenças psiquiátricas severas estão associadas com redução de 10 a 25 anos na expectativa de vida. Histórico da Farmacologia Expectativa de vida do homem Emprego e renda EducaçãoAvanços da medicinaInfraestrutura das cidades Inovações da Industria Farmaceutica Estatísticas de causa-morte nos EUA Câncer e doenças relacionados com o envelhecimento Doenças infecciosas Intervenções ambientais Melhoria da nutrição Os avanços na medicina e terapêutica Sulfonamida em 1937, penicilina na década de 1940 Acesso melhorado aos cuidados de saúde e medicamentos Melhorias na vigilância e monitorização da doença Aumentos nos níveis de educação Melhoria dos padrões de vida. Histórico da Farmacologia Expectativa de vida do homem Farmacologia geral Estuda os conceitos básicos e comuns a todas a drogas. Farmacologia aplicada Estuda os fármacos reunidos em grupos de ação farmacológica semelhante. Farmacologia clínica Estuda a aplicação clinica das drogas. Divisões da Farmacologia Farmacoterapia Significa tratamento com medicamentos FARMACÓS = medicamentos THERAPOS = tratamento É o uso de fármacos na prevenção e tratamento de doenças Farmacoepidemiologia Aplicação do método e raciocínio epidemiológico no estudo dos efeitos - benéficos e adversos - e do uso de medicamentos em populações humanas. Divisões da Farmacologia Farmacovigilância Identificação e avaliação dos efeitos, agudos ou crônicos, do risco do uso dos tratamentos farmacológicos no conjunto da população ou em grupos de pacientes expostos a tratamentos específicos. Farmacogenética Estuda os efeitos das drogas em relação a genética molecular, inclusive a natureza genética das reações adversas a drogas. Farmacoeconomia Estuda os efeitos das drogas em termos sociais e econômicos, e, surge como nova disciplina importante na orientação de decisões governamentais sobre a política de prescrição de fármacos e de assistência sanitária. Divisões da Farmacologia Remédio Qualquer dispositivo que sirva para o tratamento do paciente, incluindo a sugestão, a massagem, o conselho, o fármaco ou qualquer outro procedimento terapêutico. Todo medicamento é um remédio, mas nem todo remédio é um medicamento. Fundamentos e Conceitos em Farmacologia Medicamento É uma droga utilizada com fins terapêuticos ou de diagnóstico. Exemplo:Vitamina C Se for administrada na forma pura para correção de estados de carência ou como estimulante das defesas orgânicas é definida como um medicamento. Se for obtida por meio dos alimentos é considerada um nutriente. Fundamentos e Conceitos em Farmacologia Droga Qualquer substância capaz de modificar a função dos organismos vivos, resultando em mudanças fisiológicas ou de comportamento. Fármaco Uma substância definida, com propriedades ativas, que produz efeito terapêutico. Composto biologicamente ativo utilizado no diagnóstico, cura, alívio ou prevenção de doenças. Fundamentos e Conceitos em Farmacologia Placebo Preparação inerte, porém apresenta efeitos terapêuticos devido a crença do paciente de que está a sendo tratado (resposta de natureza psicológica). Efeito Placebo Efeito psicológico que depende da fé ou confiança que o paciente tem no medicamento ou na pessoa que o orienta. Fundamentos e Conceitos em Farmacologia Fundamentos e Conceitos em Farmacologia Forma Farmacêutica Estado físico no qual se apresenta um medicamento com o objetivo de facilitar seu fracionamento, posologia, administração, absorção e conservação. Ex.: comprimido, elixir, capsulas, creme. Concentração Quantidade de substância(s) ativa(s) ou inativa(s) em determinada unidade de massa ou volume do produto. Posologia Descreve a dose de um medicamento, os intervalos entre as administrações e a duração do tratamento Fundamentos e Conceitos em Farmacologia Dose Quantidade de medicamento que se administra de uma só vez ou total das quantidades fracionadas administradas durante um período determinado. Dose Eficaz (DE50) Corresponde a dose necessária para produzir determinada intensidade de um efeito em 50% da população de animais testados. Refere-se a um efeito quantal especifico, portanto pode diferir entre as diversas indicações de um mesmo fármaco. Ex.: DE50 do AAS como anti-reumático x DE50 do AAS como analgésico para cefaleia. Dose de ataque Consiste na dose única que é suficiente para elevar rapidamente a quantidade do fármaco no organismo atingindo a concentração terapêutica. Fundamentos e Conceitos em Farmacologia Dose Letal (DL50) Dose que leva à morte de 50% da população de animais testados. Dose máxima É o máximo que um organismo pode suportar sem apresentar um quadro de intoxicação. Dose mínima É a quantidade mínima de um determinado medicamento, capaz de produzir a ação farmacológica esperada Fundamentos e Conceitos em Farmacologia Índice terapêutico DL50 / DE50 Confere razoável segurança quando o valor é superior a 10 Toxicologia É a parte da Farmacologia que estuda os efeitos adversos dos fármacos, bem como dos agentes tóxicos. Reações Adversas Relacionadas com a ação farmacológica principal do fármaco Podem ocorrer quando há um aumento da dose ou interação entre fármacos. Desenvolvimento de Fármacos Molécula Promissora Segurança Eficácia Testes pré-clínicos Testes Clínicos Farmacológicos Toxicológicos Ensaios de fase I Ensaios de fase II Ensaios de fase III Ensaios de fase IV Desenvolvimento de Fármacos Testes Pré-Clínicos Testes farmacológicos Teste farmacocinéticos Testes farmacodinâmicos, Testes toxicológicos Testes de toxicidade aguda, Testes de toxicidade de doses repetidas, Teste de toxicidade subcrônica, Teste de toxicidade crônica Mutagenicidade,teratogenicidade, alterações de fertilidade, carcinogenicidade e indução de dependência Duração 6 anos Desenvolvimento de Fármacos Testes pré clínicos Físico-químico (estrutura, PM, solubilidade, estabilidade). Toxicidade aguda: experimentos realizados em pelo menos 3 espécies animais, sendo um não roedor. ÍndiceTerapêutico→ IT =DL50/DE50 Toxicidade subaguda: 3 doses/dia diferentes, durante 12 a 24 semanas; Experimentos realizados em pelo menos 3 espécies animais, sendo um não roedor. Procura-se avaliar a reação adversa medicamentosa Desenvolvimento de Fármacos Testes pré-clínicos Toxicidade crônica 3 doses/dia diferentes, durante 6 meses; Experimentos realizados em pelo menos 3 espécies animais, sendo um não roedor. Teratogenia / embriotoxicidade 3 doses/dia diferentes, durante mais de 6 meses; animais: 3 espécies sendo 1 não roedor. Desenvolvimento de Fármacos Testes Clínicos Fase I Farmacocinética (forma farmacêutica, absorção, distribuição, biotransformação, excreção, biodisponibilidade, nível sérico), doses diferentes, RAM, interações. Voluntários sadios; 20 a 100 pessoas; 1 ano. Desenvolvimento de Fármacos Testes Clínicos Fase II Eficácia na doença, dose eficaz, posologia (dose e frequência de dose), outros efeitos, mecanismo de ação. Voluntários doentes; 100 a 300 pessoas; 2 anos. Desenvolvimento de Fármacos Testes Clínicos Fase III Definição da dose, posologia, eficácia na doença, segurança. Voluntários doentes; 1.000 a 3.000 pessoas; 2 a 4 anos. Desenvolvimento de Fármacos Testes Clínicos Fase IV Grande número de pacientes. Análise dos relatórios pelo órgão competente. Licença de comercialização em grande escala. Farmacovigilância Confirmação na prática, com informações reais de médicos especialistas por meio de tratamentos individuais. Possíveis ajustes posológicos, conforme dados obtidos. Desenvolvimento de Fármacos Tipos de Ensaios Clínicos Aberto • Médico e paciente sabem o que estão usando Simples Cego • O paciente não sabe o que está tomando Duplo Cego • Médico e paciente não sabem o cada grupo está tomando Randomizado • São escolhidos aleatoriamente que pacientes irão receber que tipo de substancia. • Teste, placebo ou referencia Desenvolvimento de Fármacos Tipos de ensaios clínicos Não-Controlado Sem grupo controle (fármaco de referência ou placebo) Controlado Grupos fármaco novo“, “padrão“ e “placebo” Desenvolvimento de Fármacos Critérios de inclusão de pacientes: Diagnóstico da doença. Peso, idade, sexo, raça. Gravidade da doença. Tempo de doença. Crises anteriores da doença. Cooperação do paciente. Desenvolvimento de Fármacos Critérios de exclusão de pacientes: Gravidez Lactente e lactante Drogadicto Distúrbios hepático, renal, cardíaco Ética da pesquisa clínica Dados prévios in vitro e in vivo. Qualificação científica do pesquisador. Protocolo de pesquisa aprovado. Segurança sobre riscos. Não uso de placebo em doenças graves. Relação risco / benefício. Fidelidade aos resultados. Respeito aos direitos do indivíduo. Consentimento por escrito. Declaração de obediência às normas éticas. Obrigada! Bons estudos!
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