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Aula 15 Controle de Constitucionalidade

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DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
Aula 15- Controle de Constitucionalidade 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
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www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
Aula 15- Controle de Constitucionalidade 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
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E aí galera, tudo bem? Hoje vamos estudar um dos mais legais 
assuntos do 
 
Direito Constitucional, estão prontos? 
Hoje veremos que o controle de constitucionalidade é uma 
“brincadeira”, um tema simples que, se estudado corretamente, vira 
um ponto ganho na prova, pois é pura lógica. 
Assim, convido-os agora a deixar para trás qualquer barreira que 
tenham em relação a este tema e venham se divertir com este 
agradável assunto... Tenho certeza que vão gostar! 
Vamos nessa. 
 
Controle de Constitucionalidade: 
O que é? 
Controle de constitucionalidade nada mais é do que a atividade de se 
controlar a compatibilidade dos atos normativos com o texto 
constitucional. Assim, quando um ato normativo está submetido ao 
controle de constitucionalidade, caberá a quem estiver fazendo este 
controle, decidir se tal ato é compatível ou não com o disposto na 
Constituição. Essa compatibilidade deverá ser observada tanto 
materialmente (conteúdo) quanto formalmente (procedimentos e 
demais formalidades). 
 
Controle de Compatibilidade x Controle de Constitucionalidade: 
Controle de compatibilidade é o nome genérico que se dá ao ato de se 
verificar se uma norma é compatível ou não com algum diploma 
superior a ela, o qual a norma controlada deve respeitar. 
O controle de compatibilidade ocorre principalmente de 3 formas: 
1- Controle da Constitucionalidade - verifica a compatibilidade 
entre uma norma e a Constituição. A decisão será pela 
constitucionalidade ou inconstitucionalidade da norma. 
É importante observar que: a Constituição em face da qual se faz 
o controle de constitucionalidade deve ser sempre a Constituição que 
era (ou é) vigente no momento que a norma foi criada. 
Aula 15 
DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
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2- Controle de Legalidade - verifica se normas infralegais 
(decretos, portarias e etc.) são compatíveis com as leis das quais 
decorrem. A decisão será pela legalidade ou ilegalidade do ato. 
3- Juízo de recepção - ocorre para verificar se uma norma anterior 
à Constituição vigente possui compatibilidade material (somente o 
conteúdo) com a nova Constituição. Aqui não existe termos como 
"constitucionalidade" ou "inconstitucionalidade" de normas, a 
decisão será pela recepção ou revogação (não-recepção) da norma 
- neste caso se falará em "juízo negativo de recepção". 
 
Esquema sobre os controles de compatibilidades: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Supremacia da Constituição e o Controle de 
Constitucionalidade: 
Sabemos que a Constituição pode ser enxergada sob dois aspectos: o 
aspecto material e o aspecto formal. Vamos relembrar: 
Aspecto material - o que importa é o conteúdo das normas (matéria), 
assim, basta uma norma tratar de um assunto que seria 
essencialmente constitucional (normalmente consideramos a 
organização do Estado e limitação do poder Estatal) que será 
considerada constitucional. Não importa a forma com que tratou isso, 
o que importa é só ter ou não ter conteúdo constitucional. 
Normas infralegais do 
período P 
CF vigente após 
o período P 
 
CF vigente 
no período P 
Lei publicada no 
período P Controle de 
Legalidade: 
compatibilidade 
material e formal 
 
Controle de 
Constitucionalidade: 
compatibilidade 
material e formal 
 
Juízo de recepção: 
compatibilidade 
apenas material 
 
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Aspecto formal - o que importa é unicamente a norma ser ou não ser 
declarada como Constituição. Assim, caso uma norma pertença ao 
corpo constitucional, independente do conteúdo tratado por ela, ela 
poderá se impor e "cobrar observância" de todo o resto do 
ordenamento jurídico. 
O aspecto formal se apoia no conceito de rigidez constitucional, pois 
somente uma constituição rígida é capaz de assegurar como 
"Constituição" normas que, em princípio, estariam fora do contexto 
constitucional. 
Somente em constituições formais e rígidas é que podemos verificar o 
fenômeno da "supremacia da constituição", já que, em constituições 
materiais e flexíveis, basta uma norma tratar de matérias que são 
reservadas à Constituição para que ela seja considerada constitucional 
revogando a norma anterior que versava sobre tal matéria. Não há 
também o que se falar em controle de constitucionalidade em 
constituições flexíveis, pois não há uma imposição formal de 
observância da Constituição perante o resto do ordenamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para que se assegure a rigidez constitucional é imprescindível que haja 
um sistema de controle de constitucionalidade efetivo. Uma 
Constituição que não possui um sistema efetivo de controle de 
constitucionalidade começa a conviver em um ordenamento jurídico 
repleto de leis inconstitucionais, e devido a serem estas normas (leis 
infraconstitucionais) as que são realmente aplicadas na prática, a 
Constituição deixa de ser aplicada. Desta forma, sem um efetivo 
Constituição Rígida - 
Supremacia da Constituição 
sobre o ordenamento - 
patamares hierárquico das 
normas, simplesmente pela 
forma atribuída, pouco 
importando o conteúdo tratado 
- aspecto formal 
 
CF 
 
CF 
 
Constituição Flexível - Não 
há supremacia hierárquica da 
Constituição sobre o 
ordenamento - o que importa é 
somente o conteúdo tratado - 
aspecto material. 
 
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controle de constitucionalidade, a constituição rígida esta fadada à 
morte, tornando-se flexível, já que seu conteúdo foi ignorado e na 
prática foi substituído. 
 
1. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) Sob o ponto de vista jurídico, a 
supremacia da Constituição sob os aspectos formal e material se apóia 
na regra da rigidez decorrente da maior dificuldade para modificação 
da Constituição do que para a alteração das demais normas jurídicas. 
Comentários: 
Só se pode falar em rigidez no aspecto formal, já que o aspecto 
material se preocupa somente com o conteúdo das normas. 
Gabarito: Errado. 
 
2. (ESAF/PGFN/2007) A supremacia jurídica da Constituição é 
que fornece o ambiente institucional favorável ao desenvolvimento do 
sistema de controle de constitucionalidade. 
Comentários: 
Se a constituição não tivesse supremacia sobre as outras normas, não 
precisaríamos falar em controlar a constitucionalidade, pois uma norma 
que fosse contrária à constituição iria revogá-la. Desta forma, só 
quando a constituição possui poder impositivo sobre os demais atos 
normativos é que ocorre o "controle de constitucionalidade", para 
assegurar que essa supremacia continue garantida. 
Gabarito: Correto. 
 
Constitucionalidade Congênita X Superveniente: 
A inconstitucionalidadenão é um evento no percurso da vigência de 
uma lei. A inconstitucionalidade é um defeito ao se fazer a lei, é um 
vício. Uma lei para ser considerada inconstitucional ela já deve estar 
com esse defeito desde a sua edição, logo não existe no Brasil o que 
chamamos de “inconstitucionalidade superveniente”, aquela que 
se dá ao longo do tempo, temos somente o que chamamos de 
inconstitucionalidade congênita, ou seja, a norma inconstitucional já 
nasceu inconstitucional. 
Importante salientar que, se uma lei nasceu inconstitucional, esse vício 
de inconstitucionalidade não poderá ser sanado futuramente. Ainda 
que uma nova Constituição entre em vigor, esta lei inconstitucional não 
poderá ser convalidada, não podendo ser recepcionada pela nova lei 
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maior, ainda que esteja materialmente compatível com o novo teor 
constitucional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Formas de inconstitucionalidade: 
Inconstitucionalidade, assim, seria qualquer incompatibilidade em face 
da Constituição (Federal ou Estadual, guardadas, obviamente, os 
devidos campos de atuação). Esse controle, como vimos é típico de 
constituições rígidas, devido a supremacia que ela exerce perante os 
demais atos normativos. 
A inconstitucionalidade pode ocorrer de 2 diferentes modos: 
Inconstitucionalidade formal – A lei adquiriu um vício no seu 
processo de formação. Ou seja, quem tomou a iniciativa não era 
competente para tal, ou o modo de votação não foi de acordo com o 
previsto, ou qualquer outro vício no processo. 
Inconstitucionalidade material – Embora tenha se observado todo 
o processo legislativo de forma correta, o conteúdo veiculado pela 
norma é incompativel com certos ditames constitucionais. 
 
Obs.: Inconstitucionalidade nomodinâmica x nomoestática: 
A inconstitucionalidade formal, também recebe o nome de 
"nomodinâmica", pois fornece ideia de dinamismo (movimento) pelo 
fato do vício ocorrer durante o processo de formação da norma. Já a 
Inconstitucionalidade material é chamada de "nomoestática", pois 
nos remete a ideia de algo que está "parado", a ofensa ocorre em face 
do conteúdo, independente do processo de formação. 
Nova CF ou Emenda Constitucional 
que proíbe a matéria "A" 
CF que permite 
matéria "A" 
Lei que trata da 
matéria "A" Revogação! - não se pode falar 
em inconstitucionalidade 
superveniente. Para ser 
inconstitucional tem que fazer a 
averiguação da compatibilidade 
em face da CF do momento que 
foi criada. 
 
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3. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) Lei ordinária que regulamentou 
matéria atribuída pela Constituição à lei complementar é formal e 
materialmente inconstitucional, independentemente de apreciação e 
julgamento pelo Supremo Tribunal Federal. 
Comentários: 
Segundo a doutrina, trata-se apenas de inconstitucionalidade formal, 
já que não está ocorrendo vício ao tratar o conteúdo, mas sim, 
escolhendo-se a forma errada para se tratar este conteúdo. 
Gabarito: Errado. 
 
Controle de Constitucionalidade quanto à natureza ou órgão 
controlador: 
Segundo a doutrina, o controle de constitucionalidade pode ser: 
Político - quando exercido por órgãos que não pertencem ao 
Judiciário. Existem alguns países da Europa que possuem um 
tribunal constitucional desvinculado dos demais poderes do 
Estado. A existência deste tribunal constitucional tem o objetivo 
quase exclusivo de proteger a Constituição, controlando a 
constitucionalidade dos atos. 
Jurisdicional - quando exercido por órgãos pertencentes ao 
Judiciário; 
Misto - quando existe uma reserva - algumas espécies de normas 
são controladas exclusivamente pelo controle político e outras 
normas sofrem controle por parte do judiciário. 
Costuma-se dizer que o Brasil adota o controle jurisdicional, pois, ainda 
que o Legislativo e o Executivo possam também realizar o controle de 
constitucionalidade todas as normas estão sujeitas a um controle por 
parte do judiciário. Não há reservas feitas aos outros poderes. 
 
4. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) No Brasil, o controle de 
constitucionalidade realiza-se mediante a submissão das leis federais 
ao controle político do Congresso Nacional e as leis estaduais, 
municipais, ou distritais ao controle jurisdicional. 
Comentários: 
No Brasil, a regra é o sistema jurisdicional, independente da esfera da 
norma. Dizemos que o controle é jurisdicional, pois nenhuma norma 
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está afastada da apreciação judicial, ainda que tenhamos a existência 
de controles políticos. 
Gabarito: Errado. 
 
Momento do controle: 
O controle da constitucionalidade pode ocorrer em 2 momentos 
distintos: antes ou depois da promulgação da lei (ou emenda 
constitucional). A promulgação é o ato que atesta que a norma 
percorreu todo o seu processo de criação e, assim, a ordem jurídica foi 
inovada. Desta forma, quanto ao momento, podemos ter: 
Controle Preventivo – Controle sobre o projeto de lei. 
Controle Repressivo – Controle sobre a lei já promulgada. 
 
Controle preventivo: 
O controle preventivo de constitucionalidade pode ocorrer no âmbito 
dos 3 poderes. Cronologicamente temos: 
1º controle – Legislativo: 
Quando um projeto de lei é proposto, ele já começa a sofrer o 1º 
controle, que é o controle no próprio legislativo exercido pelas 
chamadas “CCJ” – Comissão de Constituição e Justiça – que é 
denominada CCJ e Redação no âmbito da Câmara dos Deputados e CCJ 
e Cidadania no âmbito do Senado Federal. Se a CCJ entender que o 
projeto viola preceitos da Constituição, arquivará o projeto. 
 
2º Controle – Judiciário: 
Se um projeto de lei “sobrevive” à CCJ, não quer dizer que ele já pode 
se considerar constitucional, longe disso. Ainda durante o seu trâmite 
no Congresso Nacional, algum parlamentar (e somente o 
parlamentar), que enteda que o projeto seja inconstitucional, poderá 
impetrar um mandado de segurança no STF, pois os parlamentares 
tem o direito líquido e certo de participar de um processo legislativo 
que seja juridicamente correto. Se este direito for violado, deliberando-
se sobre um projeto que entenda inconstitucional ou de forma contrária 
ao processo legislativo previsto, poderá acionar o judiciário por tal 
ação. 
Uma observação que deve ser feita é que é este controle possui a 
particularidade de ser difuso, por “via de exceção”, ou seja, o 
parlamentar na verdade quer participar de um processo legislativo 
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hígido, o pedido de declaração de inconstitucionalidade foi apenas um 
“acidente de percurso”, é um incidente, daí também ser dito, que é 
incidental. 
 
3º Controle – Executivo: 
Última chance de um projeto não se tornar lei por 
inconstitucionalidade. Ocorre quando, ao fim do processo legislativo, o 
projeto é encaminhado ao Presidente da República para que este o 
sancione ou vete o projeto. O Presidente possui o poder de vetar leis 
através do art. 66 § 1º da Constituição: 
"Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo 
ou em parte, inconstitucionalou contrário ao interesse 
público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de 15 dias 
úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro 
de 48 horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do 
veto". 
Assim, o presidente possui o poder de 2 tipos de veto: 
Veto Político - Se o Presidente da República considerar o projeto, 
no todo ou em parte, contrário ao interesse público. 
Veto Jurídico - Se o Presidente da República considerar o 
projeto, no todo ou em parte, inconstitucional. 
O único veto que é controle de constitucionalidade é o veto jurídico, 
pois este é o veto cujo fundamento é o da inconstitucionalidade do 
projeto, verificada pelo chefe do Executivo. O veto político é um ato 
fora do controle de constitucionalidade, pois não se está discutindo a 
validade ou não do projeto, mas sim o seu real benefício para a 
sociedade. 
 
5. (FCC/ Auditor- TCM-RJ/ 2015) São mecanismos de controle 
preventivo de constitucionalidade existentes no Direito brasileiro: 
(A) sanção e veto; súmula vinculante; e ação civil pública. 
(B) comissões parlamentares de constituição e justiça; arguição de 
descumprimento de preceito fundamental; e ação civil pública. 
(C) sanção e veto; arguição de descumprimento de preceito 
fundamental; e ação civil pública. 
(D) comissões parlamentares de constituição e justiça; sanção e 
veto; e mandado de segurança contra proposta de emenda 
constitucional questionada em face de cláusula pétrea. 
(E) sanção e veto; súmula vinculante e mandado de injunção. 
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Comentários: 
Letra A. Fique atento, a promulgação de emenda constitucional é feita 
pelo Congresso Nacional, nos termos do art. 60, §3°, confira: “A 
emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos 
Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem”. 
Gabarito: Letra D. 
 
6. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) O Presidente da República poderá 
ajuizar ação direta de inconstitucionalidade, perante o Supremo 
Tribunal Federal, a fim de que seja arquivada proposta de emenda à 
Constituição tendente a abolir cláusula pétrea. 
Comentários: 
No momento em que falamos de “proposta” de Emendas, estamos 
falando de um controle preventivo de constitucionalidade. Veremos 
que a ADI é instrumento de controle repressivo de constitucionalidade. 
Gabarito: Errado. 
 
Controle Repressivo: 
O controle repressivo é o que se faz sobre a lei já promulgada, ainda 
que pendente de publicação, desde que esta venha a ocorrer antes 
do julgamento (ADI 3367/DF - DISTRITO FEDERAL). Este controle 
também poderá ser feito por cada um dos 3 poderes. 
 
7. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Se 
determinado legitimado constitucional ajuizar, perante o STF, ação 
direta de inconstitucionalidade, tendo por objeto emenda 
constitucional pendente de publicação oficial, então, nesse caso, de 
acordo com entendimento do STF, mesmo que a publicação venha a 
ocorrer antes do julgamento da ação, a hipótese será de não 
conhecimento da ação direta de inconstitucionalidade, uma vez 
ausente o interesse processual. 
Comentários: 
Segundo a jurisprudência do STF, firmada em 2005 (ADI 3367/DF), 
não há óbice de que seja proposta a ADI perante emenda não publicada 
oficialmente, desde que a publicação venha a ocorrer antes do 
julgamento da causa. 
Gabarito: Errado. 
 
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Controle repressivo pelo Executivo: 
Esse controle na verdade é decorrente de uma jurisprudência do STF 
(RTJ 151/331). Segundo esta jurisprudência, admite-se que o chefe do 
executivo (Presidente, Governador ou Prefeito) se recuse, por ato 
administrativo expresso e formal, a dar cumprimento a uma lei ou 
outro ato normativo que entenda ser flagrantemente inconstitucional, 
até que a questão seja apreciada pelo Poder Judiciário. 
Alexandre de Moraes1ensina que: “O Poder Executivo, assim como os 
demais Poderes do Estado, está obrigado a pautar sua conduta pela 
estrita legalidade (...). Dessa forma, não há como exigir-se do chefe 
do Poder Executivo o cumprimento de uma lei ou ato normativo que 
entenda flagrantemente inconstitucional, podendo e devendo, 
licitamente, negar-se cumprimento, sem prejuízo do exame 
posterior pelo Judiciário. Porém, como recorda Elival da Silva 
Ramos, ‘por se tratar de medida extremamente grave e com ampla 
repercussão nas relações entre os Poderes, cabe restringi-la apenas 
ao Chefe do Poder Executivo, negando-se a possibilidade de 
qualquer funcionário administrativo subalterno descumprir a lei 
sob a alegação de inconstitucionalidade (...). Portanto, poderá o Chefe 
do Poder Executivo determinar a seus órgãos subordinados que deixem 
de aplicar administrativamente as leis ou atos normativos que 
considerar inconstitucionais”. 
 
8. (CESPE/TRE-MA/2009) O chefe do Poder Executivo não pode 
deixar de cumprir lei ou ato normativo que entenda flagrantemente 
inconstitucional, sob pena de afronta à competência e à atuação dos 
Poderes Legislativo e Judiciário. 
Comentários: 
Pode deixar sim. Ele tem este poder. Mas lembre-se que é só o chefe 
do Executivo (Presidente, Governador e Prefeito), nenhuma outra 
autoridade subordinada poderá. 
Gabarito: Errado. 
9. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) O Chefe do Poder Executivo, 
considerando determinada lei inconstitucional, poderá determinar a 
seus subordinados que deixem de aplicá-la. Da mesma forma, o 
Ministro de Estado poderá determinar a seus subordinados que deixem 
de aplicar determinado ato normativo, relativo à sua pasta, que 
considere inconstitucional. 
 
1Direito Constitucional, 14ª Ed., Atlas. 
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Comentários: 
Os Ministros não podem. A competência para isso é somente do chefe 
do Executivo, não podendo ser delegada. 
Gabarito: Errado. 
 
Controle repressivo pelo Legislativo: 
O controle repressivo no Legislativo pode ocorrer basicamente em duas 
hipóteses. A primeira hipótese é a definida no art. 49, V da 
Constituição: 
“Compete ao Congresso Nacional sustar os atos normativos 
do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou 
dos limites de delegação legislativa”. 
Assim o Congresso Nacional atuará controlando os limites 
constitucionais à atuação do Presidente da República. E fará isso do 
seguinte modo: 
 Sustando os atos normativos do Poder Executivo que 
exorbitem do poder regulamentar: O art. 84, IV permite 
que o Presidente da República edite decretos para 
regulamentar as leis. Esse é o poder regulamentar do 
Presidente, que ao ser usado fora dos limites da lei a ser 
regulamentada, poderá sofrer sustação pelo Congresso. É 
importante salientarmos que, embora a doutrina considere 
isso um controle de constitucionalidade, segundo o STF (RE 
349307 AgR/ PR - PARANÁ), se o regulamento extrapolou os 
limites da lei não seria caso de inconstitucionalidade, mas de 
ilegalidade. 
 Sustando os atos normativos que exorbitem dos limites 
da delegação legislativa: O Presidente da República pode 
editar leis delegadas (art. 68), para isso pede que o Congresso 
Nacional através de uma resolução conceda este poder a ele. 
Esta resolução também trará os limites a serem observados na 
ediçãoda lei delegada. Se estes limites da resolução forem 
ultrapassados, a lei delegada poderá ser objeto de sustação. 
A segunda hipótese de controle de constitucionalidade repressivo por 
parte do Legislativo ocorre quando o Congresso, através de uma 
comissão mista, aprecia se a medida provisória observou os seus 
pressupostos constitucionais de relevância e urgência. 
Obs. 1 - No Brasil, somente as decisões do Judiciário é que são 
dotadas de definitividade. Então, o STF admite inclusive o controle 
jurisdicional em cima deste controle por parte do Legistlativo. Desta 
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forma, nada impede que o decreto legislativo que sustou o ato do 
Presidente da Repúbública (conforme acabamos de ver) seja objeto de 
impugnação perante o Judiciário. 
Obs 2 - Não é admitido que o Poder Legislativo proceda à feitura de 
uma lei em que sejam declaradas inconstitucionais outras leis. Ou seja, 
se uma lei passou por todo o processo legislativo e está em vigor, 
perfeita e acabada. Não poderá o Poder Legislativo voltar atrás e retirar 
esta lei do ordenamento com fundamento na inconstitucionalidade. O 
Legislativo poderá, no máximo, proceder uma nova lei que revogue a 
anterior, mas não declará-la inconstitucional, isso é papel do Judiciário. 
 
10. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) O Congresso Nacional, ao rejeitar 
medida provisória, está atuando preventivamente no controle de 
constitucionalidade, haja vista a espécie normativa não ter ingressado 
de forma definitiva no ordenamento jurídico pátrio. 
Comentários: 
Não é um controle preventivo e sim um controle repressivo. 
Gabarito: Errado. 
 
Controle repressivo pelo Judiciário: 
O controle repressivo no judiciário é a parte mais cobrada em 
concursos, já que é também o mais utilizado para se controlar a 
constitucionalidade das normas. O controle jurisdicional é feito de 2 
formas: a forma concentrada (feita diretamente em um único órgão) e 
a forma difusa (que “se espalha”, estando aberta à vários órgãos). 
Voltando a um assunto já debatido. Costuma-se dizer que o controle 
repressivo pelo judiciário é misto, pois admite tanto a forma 
concentrada, quanto a forma difusa.Não confunda este controle 
repressivo judiciário misto com o sitema misto quanto à natureza do 
controle. 
 
 
Orgão Especial e a Cláusula da Reserva de Plenário: 
Antes de adentramos nos estudos do controle concentrado e difuso, é 
importante que saibamos que qualquer juiz tem o poder de 
declarar inconstitucional uma norma. Porém, obviamente, desta 
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declaração caberá recurso às instâncias superiores, no caso de um 
juizo monocrático (juiz singular). Qualquer tribunal também 
poderá declarar a inconstitucionalidade de norma, mas no caso 
de tribunais, estes devem observar o chamado princípio da 
reserva de plenário. 
Mas o que seria este princípio? 
Antes de falarmos sobre o princípio da reserva de plenário, 
precisamos nos atentar a formação do órgão especial. Assim versa a 
Constituição: 
"Nos tribunais com número superior a 25 julgadores, poderá 
ser constituído órgão especial (OE), com o mínimo de 11 e o 
máximo de 25 membros, para o exercício das atribuições 
administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do 
tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por 
antigüidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno" 
(CF, art. 93, XI). 
Assim, o órgão especial absorverá funções que antes pertenceriam ao 
pleno do tribunal. Por que isto é importante? Pois assim, podemos 
entender o art. 97 da Constituição que fala exatamente do princípio 
da reserva de plenário: 
"Somente pelo voto da maioria absoluta de seus 
membros (pleno) ou dos membros do respectivo órgão 
especial (OE) poderão os tribunais declarar a 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder 
Público". 
Assim, os chamados "órgãos fracionários" de um tribunal (turma, 
câmara, etc.) não têm, em princípio, competência para declarar 
inconstitucionalidade de normas, somente possuem esta competência 
o pleno do tribunal ou, caso exista, o órgão especial. Sempre, então, 
que um processo chegar a um tribunal, e no curso deste processo for 
arguida a inconstitucionalidade de alguma lei, os órgãos fracionários 
devem paralisar o julgamento e remeter a arguição de 
inconstitucionalidade ao pleno ou OE, para que este possam decidir 
sobre a inconstitucionalidade ou não da norma arguida. Veja que a 
incompetência dos órgãos fracionários, foi dita como, apenas, em 
princípio, pois assim versa o Código de Processo Civil: 
"Os órgãos fracionários dos tribunais não submeterão ao 
plenário, ou ao órgão especial, a arguição de 
inconstitucionalidade, quando já houver pronunciamento 
destes ou do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a 
questão" (CPC, art. 481, Parágrafo único). 
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Assim, dispensa-se o envio do feito ao pleno ou OE quando já existir 
decisão sobre o tema proferida anteriormente pelo próprio OE, pelo 
pleno ou pelo STF. 
É muito oportuno citarmos neste momento a Súmula Vinculante nº 10: 
"Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a 
decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não 
declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou 
ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no 
todo ou em parte". 
 
11. (CESPE/ AJOA- TJDFT/ 2015) Decorre da aplicação da 
Súmula Vinculante n.º 10 a desnecessidade de a parte formular pedido 
de deslocamento de incidente de constitucionalidade para o pleno do 
tribunal, já que o envio é dever de ofício do órgão fracionário. 
Comentários: 
Antes de respondermos propriamente ao assertiva, importante 
revermos o teor da mencionada súmula vinculante Súmula Vinculante, 
in verbis: 
 
“Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão 
de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare 
expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do 
Poder Público, afasta sua incidência, no todo ou em parte”. 
 
Pois bem, com base neste enunciado, o Supremo estabeleceu, no 
julgamento da Rcl n° 12.275-AgR, que “Não há necessidade de 
pedido das partes para que haja o deslocamento do incidente de 
inconstitucionalidade para o Pleno do tribunal. Isso porque é dever de 
ofício do órgão fracionário esse envio, uma vez que não pode declarar 
expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do 
poder público, nem afastar sua incidência, no todo ou em parte.” 
Gabarito: Correto. 
 
12. (CESPE/ AJAJ- Oficial Avaliador/ 2015) O STF, mitigando 
norma constitucional, entende que é dispensável a submissão da 
demanda judicial à regra da reserva de plenário quando a decisão do 
tribunal basear-se em jurisprudência do plenário ou em súmula do STF. 
Comentários: 
Correto, segundo entendeu o STF na Reclamação n° Rcl 17185 AgR/MT 
“se já houve pronunciamento anterior, emanado do Plenário do STF ou 
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do órgão competente do TJ local declarando determinada lei ou ato 
normativo inconstitucional, será possível que o Tribunaljulgue que 
esse ato é inconstitucional de forma monocrática (um só Ministro) ou 
por um colegiado que não é o Plenário (uma câmara, p. ex.), sem que 
isso implique violação à cláusula da reserva de plenário. 
Ora, se o próprio STF, ou o Plenário do TJ local, já decidiram que a lei 
é inconstitucional, não há sentido de, em todos os demais processos 
tratando sobre o mesmo tema, continuar se exigindo uma decisão do 
Plenário ou do órgão especial. Nesses casos, o próprio Relator 
monocraticamente, ou a Câmara (ou Turma) tem competência para 
aplicar o entendimento já consolidado e declarar a 
inconstitucionalidade da lei ou ato normativo". 
Gabarito: Correto. 
 
13. (ESAF/AFRFB/2009) A cláusula de reserva de plenário não 
veda a possibilidade de o juiz monocrático declarar a 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. 
Comentários: 
Juiz "monocrático" (poder nas mãos de um - mono + cratico) é o juiz 
singular, que decide por ele mesmo e não através de um colegiado, 
como ocorre nos tribunais. Trata-se do juízo de primeira instância. 
Quando o juiz monocrático decide, ele já é uma unanimidade, assim, 
não há como se falar em aplicação da reserva de plenário do art. 97, 
aplicável somente aos tribunais (órgãos colegiados). 
Gabarito: Correto. 
 
 
 Inconstitucionalidade progressiva ou 
lei “ainda” constitucional ou declaração de constitucionalidade de 
norma em trânsito para inconstitucionalidade. 
 
O instituto da inconstitucionalidade em trânsito já foi utilizado pelo 
Supremo Tribunal Federal nas situações em que ainda não há como 
declarar a norma inconstitucional, porém é possível visualizar que, em 
pouco tempo, em razão de determinada circunstância, a norma objeto 
se tornará inconstitucional. 
O caso concreto ocorreu em face da discussão acerca da recepção do 
art. 68 do Código Processual Penal, que prescreve: “Quando o titular 
do direito à reparação do dano for pobre, a execução da sentença 
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condenatória ou a ação civil será promovida, a seu requerimento, pelo 
Ministério Público”. Este dispositivo ofende frontalmente o art. 5.º, 
LXXIV, c/c o art. 134, caput, da CRFB, que concede à Defensoria 
Pública a atribuição de assistir os portadores de necessidades 
econômicas. Entretanto, não existia Defensoria Pública em São Paulo 
à época, como até hoje não existe em alguns Estados, e estes não 
podem ser prejudicados pela inércia legislativa. Desta forma, o STF 
afirmou que o art. 68 ainda é constitucional, mas deixará de ser 
quando todas as Defensorias Públicas forem materializadas. 
 
14. (FGV/ Consultor Legislativo- AL-MA/ 2013) O Supremo 
Tribunal Federal, ao analisar a constitucionalidade de norma inserida 
no Código de Processo Penal, que outorgava legitimidade ao Ministério 
Público para propor ação cível de reparação de danos quando a vítima 
fosse hipossuficiente, entendeu pela inaplicação da mesma, nos locais 
onde houvesse Defensoria Pública instalada, por ser essa instituição, 
legitimada a representar os interesses das partes com carência de 
recursos, consoante as normas constitucionais vigentes. 
Essa decisão consagrou a tese da denominada inconstitucionalidade 
(A) previsível. 
(B) possível. 
(C) progressiva. 
(D) postulada. 
(E) preventiva. 
Comentários: 
A previsão do CPP ofende o art. 5.º, LXXIV, c/c o art. 134, caput, da 
CRFB, que concede à Defensoria Pública a atribuição de assistir os 
portadores de necessidades econômicas, no entanto, como ainda não 
havia, e em muitos estados não há, a Defensoria instalada, o Supremo 
Tribunal Federal aplicou a tese da inconstitucionalidade progressiva 
tenta resolver um grave problema, considerando que, por vezes, ainda 
não há como declarar a norma inconstitucional, porém é possível 
visualizar que, em pouco tempo, em razão de determinada 
circunstância, a norma objeto se tornará inconstitucional. 
Gabarito: Letra C. 
 
Controle Difuso (concreto): 
O controle concreto ocorre quando tenta-se no curso de um processo 
judicial (caso concreto) argumentar que certa norma está causando 
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efeitos indevidos, e isso porque é contrária aos preceitos 
constitucionais. Assim, a pessoa que acha que a norma é 
inconstitucional não pede diretamente que o juiz declare a norma como 
inválida, mas sim, que resolva o seu problema concreto. A declaração 
de inconstitucionalidade da norma é apenas um meio para resolver a 
controvérsia, um “acidente” no caminho, daí ser chamado também de 
um controle incidental. A discussão da constitucionalidade no controle 
difuso, pode se dar com a impetração de qualquer ação, até mesmo 
ação civil pública ou mandado de segurança. 
Dizemos que este controle é difuso pois ele não possui um órgão 
específico para seu controle. Vimos que qualquer juiz pode declarar a 
inconstitucionalidade de norma e desta decisão ainda cabe recurso. 
Destarte, em regra, o controle difuso percorre os seguintes órgãos: 
Juiz singular (1º grau) ---> recurso---> Tribunal de Justiça ---> 
(recurso extraordinário) ---> STF 
Veja que para chegar ao STF se faz um “recurso extraordinário” (R. 
Ex). Este "R.Ex" é um tipo de recurso privativo do STF quando se quer 
levar a este tribunal alguma matéria constitucional. Assim então 
dispões a CF, em seu art 102, III: 
"Compete ao STF julgar, mediante recurso extraordinário (R. 
Ex.), as causas decididas em única ou última instância, 
quando a decisão recorrida: 
a) contrariar dispositivo desta Constituição; 
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; 
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em 
face desta Constituição. 
d) (omissis)" 
Veja que o STF admitirá o R. Ex. quando a decisão de algum tribunal 
contrariar dispositivo da Constituição. Também admitira caso a decisão 
do tribunal recorrido decidir por fulminar uma lei federal ou algum 
tratado. 
A alínea "c" é muito cobrada em concursos, já que ela admite o R.Ex 
somente caso a decisão do tribunal recorrido declare válida a lei ou 
ato local. Ou seja, confrontou-se a lei ou ato local com a Constituição 
Federal e decidiu: a lei é válida! Caso a decisão fosse "a lei é inválida" 
não caberia R. Ex., pois no confonto prevaleceu a Constituição. Veja 
que existe uma diferença se o ato questionado é federal ou local 
(estadual ou municipal): 
Lei Federal - Se no confronto com a CF, for julgada inválida - cabe 
R. Ex. 
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Lei Local - Se confrontada com a CF, for julgada válida - cabe R. Ex. 
Não comentamos a alíena "d", pois ela é um caso de conflito federativo 
e não de controle de constitucionalidade. 
O R. Ex, não é um recurso tão fácil de se interpor, pois há requisito de 
admissibilidade inserido pela EC 45/04 que é a existência de 
“repercurssão geral” sobre a matéria suscitada, podendo, o 
tribunal negar a admissão deste recurso se assim votarem 2/3 
de seus membros. 
 
 Vimos que qualquer juiz, e qualquer 
tribunal pode declarar inconstitucionalidade de normas através 
do controle difuso. Segundo a súmula 347 do STF, até mesmos 
o Tribunal de Contas, que não é um órgão do Judiciário, mas 
sim um órgão técnico, auxiliar do Legislativo, pode, no exercício 
de suas atribuições,apreciar a constitucionalidade das leis e 
dos atos do poder público. Lembramos que se trata de um 
controle exercido somente sobre o caso concreto. 
 O controle difuso não é a regra, é a exceção, é um caso 
incidental, excepcional. A regra é o controle concentrado. 
 
Controle difuso e seus sinônimos: 
O controle difuso pode vir na prova com os seguintes nomes: 
.Controle concreto: Pois analisa-se o caso concreto, ou seja, os 
efeitos que a lei produziu naquela situação, e não a lei em si, em 
abstrato. 
.Controle incidental (incidenter tantum): Na verdade o que o autor 
do pedido quer é que tenha o seu problema resolvido, sendo a 
declaração de inconstitucionalidade apenas o caminho para que 
alcance isso, a inconstitucionalidade é apenas um “acidente”. 
.Controle difuso (ou aberto): Pois não fica circunscrito a um único 
órgão (STF ou no TJ), mas, está aberto à qualquer juiz ou tribunal. 
.Controle indireto - pois é incidental e não diretamente feito. 
.Controle por via de exceção: exeção = defesa, recursos... 
(grosseiramente falando). 
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.Controle com uso da competência recursal ou derivada: Pois no 
caso do STF, ele reconhecerá a causa através de um recurso 
extraordinário e não no uso da sua competência originária. 
.Controle norte-americano: Pois, tem sua origem histórica no direito 
norte-americano, no célebre caso Marbury versus Madison em 1803. 
 
15. (ESAF/PGDF/2007) É juridicamente legítimo que uma 
sentença em ação civil pública movida pelo Ministério Público afirme a 
inconstitucionalidade de lei. 
Comentários: 
Nada impede que em um controle incidental, no caso concreto, decida-
se pela inconstitucionalidade da lei em no curso do processo de uma 
ação civil pública. 
Gabarito: Correto. 
 
16. (ESAF/PFN/2006) Nas ações diretas de inconstitucionalidade, 
o autor deverá demonstrar a repercussão geral da questão discutida 
no caso, a fim de que o Tribunal examine a admissão da ação. 
Comentários: 
Isto só é necessário no Recurso Extraordinário, não se aplica às ações 
diretas. 
Gabarito: Errado. 
 
17. (CESPE/Analista - EBC/2011) Somente o Poder Judiciário 
pode pronunciar a inconstitucionalidade de uma lei em vigor, 
alcançando retroativamente as situações que se formaram sob sua 
égide. 
Comentários: 
O item está incorreto baseando-se no fato de que os Tribunais de 
Contas (órgão vinculado ao Legislativo) também poderão, diante de 
um caso concreto, apreciar a constitucionalidade de leis em vigor, 
segundo a Súmula 347 do STF. 
Gabarito: Errado. 
 
Controle Concentrado (abstrato): 
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O controle concentrado é a regra, o principal meio de controle, 
diferentemente do difuso, é feito diretamente no órgão responsável por 
guardar a Constituição, logo, será no STF em se tratando de Controle 
Federal, ou no TJ, em se tratando de Controle Estadual. Somente estes 
2 órgãos fazem controle concentrado - STF ou TJ -, enquanto o controle 
difuso pode ser feito por qualquer juiz ou qualquer tribunal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Assim, só existem dois tipos de controle concentrado feito pelo 
Judiciário brasileiro: o controle feito face à Constituição Federal, que 
só o STF pode fazer e o controle concentrado face à Constituição 
Estadual, que só o TJ pode fazer. 
 
18. (CESPE/Analista - EBC/2011) O controle de 
constitucionalidade principal e concentrado somente pode ser exercido 
pelo Supremo Tribunal Federal. 
Comentários: 
O controle de constitucionalidade concentrado pode ser exercido pelo 
Supremo Tribunal Federal, em se tratando de ofensas à Constituição 
Federal, mas também pelos diversos Tribunais de Justiça da Federação 
quando se tratar de ofensas às Constituições Estaduais. 
Gabarito: Errado 
 
Controle Concentrado e seus sinônimos: 
O controle concentrado pode vir na prova com os seguintes nomes: 
.Controle em abstrato, ou da lei em tese: Pois se faz o controle da 
norma em si, independente dos efeitos concretos que ela tenha gerado, 
discute-se a sua validade no campo abstrato do direito. 
STF 
Guardião da Constituição Estadual = Julga às 
ofensas de leis perante a constituição estadual 
(no controle abstrato). Porém, no controle 
difuso irá proteger a Constituição Estadual e 
também a Federal. 
TJ 
 
Guardião da Constituição Federal = Julga às 
ofensas de leis perante a Constituição Federal 
somente. 
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.Controle Concentrado (ou reservado): O controle concentrado é 
feito diretamente no órgão responsável por guardar a Constituição, 
logo, será no STF em se tratando de Controle Federal, ou no TJ, em se 
tratando de Controle Estadual. 
.Controle direto: Pois não é incidental. 
.Controle por via de ações: Pois o instrumento para se chegar ao 
“órgão guardião” será obrigatoriamente uma das 3 ações (ADI, ADC ou 
ADPF). 
.Controle com uso da competência originária: Pois o órgão 
guardião é o primeiro a julgar a causa, ela chegou diretamente a ele e 
não através de recursos advindos de outros órgão. 
.Controle austríaco: Pois foi idealizado por Hans Kelsen, jurista 
austríaco defensor da supremacia da Constituição, e da Constituição 
em sentido jurídico e formal. 
 ADI/ADC/ADPF 
Vimos que este controle é por via de ações. Que ações são essas? São 
3: ação direta de inconstitucionalidade – ADI –, ação 
declaratória de constitucionalidade – ADC -, ou arguição de 
descumprimento de preceitos fundamentais – ADPF. Elas são 
reguladas pelas leis 9868/99 (ADIN e ADECON) e 9882/99 (ADPF). 
 
Afinal, qual a diferença entre essas ações? 
1. ADI (ou ADIN) – É impetrada quando se quer mostrar que uma 
norma é inconstitucional. É dividida em 3 tipos: 
a) ADI genérica: É a comum, onde se pede a declaração de 
inconstitucionalidade de um ato normativo. 
 
b) ADI por omissão: Objetiva fazer com que o judiciário afirme a 
omissão inconstitucional de algum Poder Público, ou seja, que este 
poder está omisso, inerte em fazer algum ato previsto 
constitucionalmente. Basicamente são as omissões que impedem a 
produção dos efeitos finais das normas de eficácia limitada. 
 
c) ADI interventiva: Objetiva decretar a intervenção federal em um 
Estado que descumpriu os princípios constitucionais sensíveis previstos 
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na (CF, art. 34, VII). Diferentemente das duas outras, que poderão ser 
propostas por todos os legitimados do art. 103. Na ADI interventiva, 
somente o PGR é legitimado. 
2.ADC (ou ADECON) – Aqui não se pede a declaração de 
inconstitucionalidade da lei, é justamente o contrário, está se pedindo 
que se afirme a constitucionalidade dela. Ora, sabemos que as normas 
possuem presunção de constitucionalidade, por que alguém pediria 
isso? Pelo simples fato dessa presunção ser relativa, admite-se prova 
em contrário para derrubá-la. Então, após ocorrer o que a lei chama 
de “controvérsia judicial relevante” – que é requisito para admiti-la – 
o STF poderá tomar conhecimento da causa e afirmar ou não a sua 
constitucionalidade,para que a presunção deixe de ser relativa e passe 
a ser absolutra. 
 
3.ADPF – É uma ação que poderá ser proposta segundo a lei 9882/99 
“quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional 
sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal” desde que 
haja um importante requisito: “não exista nenhum outro meio hábil 
capaz de resolver esse problema”. Então a ADPF só pode ser usada em 
caráter residual, ou seja, como último recurso para resolver a 
controvérsia. 
Outra importante disposição da lei é o fato de ela dizer: “Caberá ADPF 
inclusive contra atos anteriores à Constituição” 
Ora, irá controlar os atos anteriores à Constituição? É isso mesmo? Mas 
a inconstitucionalidade não tem que ser congênita? 
Exatamente isso, por este motivo temos o seguinte entendimento em 
se tratando de atos normativos anteriores à Constituição: 
 
Leis anteriores a 1988 X Constituição da época em que foram 
criadas: 
 Só caberá controle concreto; 
 Este controle poderá verificar a compatibilidade tanto material 
quanto formal entre a lei e a “sua” CF; 
 A decisão será: A lei é inconstitucional ou a lei é constitucional. 
 
Leis anteriores a 1988 x CF/88: 
 Poderá ser usado além do controle concreto, a ADPF, 
 O controle será para verificar apenas a compatibilidade material; 
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 Pois, como não existe inconstitucionalidade superveniente, a 
decisão dirá: A lei foi recepcionada ou a lei não foi recepcionada 
(foi revogada). 
Agora, muita atenção a isso: 
ADIN – Só pode veicular (tratar sobre) leis federais ou estaduais; 
ADECON – Só veicula leis federais; 
ADPF – Pode veicular qualquer lei: federal, estadual ou municipal. 
 
Observações: 
1-Meios para o controle abstrato: O controle de constitucionalidade 
em abstrato se faz apenas através destas 3 ações, ou seja, não há 
possibilidade de se verificar a constitucionalidade de uma lei em tese 
(seu teor abstrato) que não seja no uso de alguma destas 3 ações. 
Assim decidiu o STF: 
 Ação civil pública não é instrumento idôneo para se discutir 
instituição inconstitucional de tributo (pois assim, estaria 
analisando em tese a lei instituidora, e não os casos concretos 
advindos dela). 
 Não cabe mandado de segurança contra lei em tese (STF- 
Súmula 266). 
 OPoder Legislativo não está autorizado a aprovar lei em cujos 
dispositivos se declarem nulas e de nenhuma eficácia, por serem 
inconstitucionais, outras leis de sua autoria(uma lei não é 
instrumento hábil para fazer controle de constitucionalidade). 
 
2- Causa de pedir aberta: Segundo a jurisprudência do STF, o 
controle de constitucionalidade abstrato possui causa de pedir 
“aberta”, ou seja, o STF não se vincula ao pedido do impetrante, 
podendo declarar a inconstitucionalidade com base em outro 
dispositivo. Perceba que no entanto, não ocorre dispensa da 
fundamentação do pedido, apenas, a fundamentação não vincula o 
Supremo, que poderá achar outras razões para acatar ou não o pedido 
dada a relevância da controvérsia. 
 
 
 
 
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Quadro-resumo do controle de constitucionalidade: 
 Controle Preventivo Controle Repressivo 
Conceito Realizado sobre projetos 
de lei ou propostas de 
emendas constitucionais 
Realizado sobre a lei 
ou emenda já 
promulgadas 
No Legislativo Feito pelas câmaras de 
constituição e justiça 
(CCJ). 
Ocorre quando o CN 
usando sua 
prerrogativa do art. 
49, V susta leis 
delegadas exorbitantes 
ou quando o CN 
aprecia os 
pressupostos 
constitucionais da 
medida provisória. 
No Executivo Feito pelo veto 
JURÍDICO do 
presidente. 
Pela prerrogativa que o 
chefe do Executivo tem 
(e somente o chefe do 
Executivo) de ordenar 
que seus subordinados 
não apliquem certa lei 
que ele considera 
inconstitucional 
No Judiciário Feito através de 
mandado de segurança 
impetrado por 
parlamentar que 
considera que um 
projeto de lei 
inconstitucional está 
sendo levado à votação 
no Legislativo e a CCJ 
não impediu o seu 
trâmite. 
Feito através das vias 
concentradas (ADI, 
ADC e ADPF) ou pelas 
vias difusas (diante de 
um caso concreto). 
 
19. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) A supremacia da Constituição 
exige que todas as situações jurídicas se conformem com os princípios 
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e preceitos da Constituição, mas ainda não existe instrumento jurídico 
capaz de corrigir omissão inconstitucional. 
Comentários: 
Para suprir a omissão inconstitucional está previsto o uso da ação 
direta de inconstitucionalidade por omissão (ADINPO), prevista no art. 
103 §2º CF. 
Gabarito: Errado. 
 
20. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) A ação direta de 
inconstitucionalidade interventiva é espécie de controle concentrado. 
Comentários: 
A ADI interventiva é uma subespécie de ADI. A ADI se manifesta nas 
suas formas: genérica, por omissão, e interventiva. Todas elas são 
instrumentos para levar diretamente ao Supremo, controvérsias 
constitucionais. 
Gabarito: Correto. 
 
21. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) Ação direta de 
inconstitucionalidade por omissão é espécie de controle difuso. 
Comentários: 
Trata-se de controle concentrado, direto. 
Gabarito: Errado. 
 
22. (ESAF/AFRFB/2009) Proclamada a inconstitucionalidade do 
dispositivo, pelo Supremo Tribunal Federal, julgar-se-á improcedente 
a ação direta de inconstitucionalidade. 
Comentários: 
Neste caso ela será julgada "procedente", pois o seu objetivo é 
justamente proclamar uma inconstitucionalidade. 
Gabarito: Errado. 
 
 
23. (ESAF/PGDF/2007) Por meio da ação direta de 
inconstitucionalidade não é possível declarar a invalidade de uma lei 
anterior à atual Constituição, sob o fundamento de que tal lei violara a 
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Constituição em vigor ao tempo da sua edição, mas é possível a 
declaração da inconstitucionalidade dessa mesma lei, por ser 
materialmente incompatível com a nova Constituição. 
Comentários: 
Para que haja inconstitucionalidade de uma lei, esta lei deve “nascer” 
com o vício, não se admite o que chamamos de “inconstitucionalidade 
superveniente”, ou seja, a lei se tornar inconstitucional no decurso do 
tempo. Assim, uma lei só pode ser declarada inconstitucional perante 
a Constituição da época a qual foi criada, assim, ainda que possível 
fazer um controle de uma norma anterior a Constituição perante a 
Constituição vigente, este controle será apenas de “compatibilidade”, 
analisando-se se a norma foi recepcionada ou revogada pela nova 
constituição, não será um controle de “constitucionalidade”. Exemplo 
disto foi o julgamento da ADPF pelo STF que julgou como revogada a 
lei de imprensa anterior a CF/88, veja que a decisão não foi dada como 
a lei sendo “inconstitucional”, mas sim como sendo revogada. 
Gabarito: Errado. 
 
24. (ESAF/PGDF/2007) O direito brasileiro não conhece 
instrumento apto para que o Judiciário pronuncie a 
inconstitucionalidade de lei anterior à Constituição em vigor, por ser 
tal lei infringente daConstituição que estava em vigor quando editada. 
Comentários: 
Poderá ser usado o cotrole concreto da norma pela via difusa, o que 
não poderá é se usar o controle concentrado. 
Gabarito: Errado. 
 
25. (ESAF/CGU/2006) Após alteração do texto constitucional que 
promoveu a reforma do Poder Judiciário, são legitimidados para a 
propositura da ação direta de inconstitucionalidade interventiva os 
mesmos legitimados para a propositura da ação direta de 
inconstitucionalidade por omissão. 
Comentários: 
Somente o PGR é legitimado a propor ADI iterventiva, já a ADI por 
omissão pode ser proposta pelos mesmos legitimados da ADI genérica 
que estão no art. 103 da CF. 
Gabarito: Errado. 
 
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26. (ESAF/CGU/2006) Somente caberá arguição de 
descumprimento de preceito fundamental em decorrência de 
controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal. 
Comentários: 
No caso de ADPF poderá ser veiculada lei federal, estadual e até mesmo 
municipal. A ADC é que só pode ser usada para leis federais. 
Gabarito: Errado. 
 
27. (ESAF/Juiz Substituto-TRT 7ª/2005) Leis estaduais e 
municipais podem ser objeto de ação declaratória de 
constitucionalidade proposta pelo Presidente da República. 
Comentários: 
A ADC só poderá veicular leis federais (CF, art. 102, I, a). 
Gabarito: Errado. 
 
28. (ESAF/PGE-DF/2004) O Poder Legislativo está autorizado a 
aprovar lei em cujos dispositivos se declarem nulas e de nenhuma 
eficácia, por serem inconstitucionais, outras leis de sua autoria. 
Comentários: 
Segundo o STF, uma lei não é instrumento hábil para fazer controle de 
constitucionalidade, a referida lei deveria ser submetida à controle de 
constitucionalidade por via de ação direta no STF, já que no Brasil 
temos o sistema jurisdicional de controle de constitucionalidade. 
Gabarito: Errado. 
 
29. (ESAF/PGDF/2007) O Ministério Público é parte legítima para 
propor ação civil pública que impugna instituição inconstitucional de 
tributo. 
Comentários: 
A ação civil pública não pode ser usada em substituição às ações do 
controle direto de constitucionalidade. 
Gabarito: Errado. 
 
30. (ESAF/Juiz Substituto-TRT 7ª/2005) Na ação direta de 
inconstitucionalidade, a atividade judicante do STF está condicionada 
pelo pedido, mas não pela causa de pedir, que é tida como "aberta". 
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Comentários: 
É uma característica do constitucionalidade abstrato possuir causa de 
pedir “aberta”, ou seja, o STF não se vincula ao pedido do impetrante, 
podendo declarar a inconstitucionalidade com base em outro 
dispositivo. No entanto, não ocorre dispensa da fundamentação do 
pedido, apenas, a fundamentação não vincula o Supremo, que poderá 
achar outras razões para acatar ou não o pedido dada a relevância da 
controvérsia. 
Gabarito: Correto. 
 
31. (FGV/ Auditor- Prefeitura de Cuiabá/ 2014) Assinale a 
opção que indica os atos normativos que podem ser objeto de controle 
de constitucionalidade pela via da ação direta. 
(A) Leis complementares e decretos regulamentares. 
(B) Leis ordinárias e atos internos do Legislativo. 
(C) Medidas provisórias e decretos autônomos. 
(D) Atos normativos privados e decretos legislativos. 
(E) Normas constitucionais originárias e emendas constitucionais. 
Comentários: 
O art. 102-, I, “a” primeira parte, prevê que as normas que podem ser 
objetos de controle concentrado são leis ou atos normativos federal ou 
estaduais. Chama-se atenção também para a possibilidade de controle 
concentrado para lei distrital desde que esteja tratando de matéria 
reservada aos estados membros. Perceba que medida provisória tem 
o mesmo status de lei. Por fim, também os seguintes atos podem ser 
objetos de controle concentrado: 
1- Resolução e decreto legislativo– Há possibilidade de ADI contra 
resolução e decreto legislativo, desde que estejam diretamente 
ligados à Constituição e gozem de generalidade e abstração. 
2-Decreto autônomo; 
3- Regimento interno dos Tribunais. 
Gabarito: Letra C. 
 
Quem pode propor estas ações? 
Os legitimados estão dispostos taxativamente no art. 103 da CF, e se 
dividem em 2 grupos: os legitimados universais e os legitimados 
especiais. Estes são chamados especiais pois precisam demonstrar 
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pertinência temática para propor a ação, ou seja, que tenham efetivo 
interesse na causa. 
 
1- O Presidente da República; 
2- O PGR; 
3- O CONSELHO FEDERAL da OAB; 
4- Partido político com representação no CN; 
5- A Mesa de qualquer das Casas Legislativas; 
 
6- A Mesa de Assembleia Legislativa Estadual ou Câmara 
Legislativa do DF; 
7- O Governador de Estado/DF; 
8- Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito 
nacional. 
 
Observações: 
1- Observe que a Mesa do CN não tem legitimidade para propor 
ADIN e ADECON; 
2- A perda da representação do partido político junto ao CN NÃO 
prejudica a ação já impetrada; 
3- O STF reconhece, desde 2004 após rever a sua jurisprudência, a 
legitimidade ativa das chamadas associação de associações 
para fins de ajuizamento da ADI. 
 
32. (ESAF/AFRFB/2009) O sistema de controle Judiciário de 
Constitucionalidade repressiva denominado reservado ou concentrado 
é exercido por via de ação. 
Comentários: 
Para se impugnar diretamente uma norma no Supremo deve-se fazer 
uso das ações do controle de constitucionalidade (ADI, ADC e ADPF), 
por isso ser chamado de "via de ação". 
Gabarito: Correto. 
 
33. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) A partir da promulgação da 
Constituição de 1988, o cidadão brasileiro conta com uma 
Legitimados 
Universais: 
Não precisam demonstrar 
pertinência temática. 
 
Legitimados 
Especiais: 
Precisam 
demonstrar 
pertinência 
temática. 
 
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multiplicidade de formas de participação política sem precedentes na 
história do País. É uma forma de participação popular na esfera pública 
a possibilidade de qualquer cidadão propor individualmente Ação Direta 
de Inconstitucionalidade junto ao Supremo Tribunal Federal. 
Comentários: 
A ação direta de inconstitucionalidade (ADI) só poderá ser proposta 
pelos legitimados do art. 103 CF, o qual não inclui o cidadão. 
Gabarito: Errado. 
 
34. (ESAF/TFC-CGU/2008) Tem legitimidade para propor ação 
direta de inconstitucionalidade e ação declaratória de 
constitucionalidade, exceto: 
a) o Governador de Estado e do Distrito Federal. 
b) o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. 
c) os Prefeitos. 
d) o Presidente da República. 
e) partido político com representação no Congresso Nacional. 
Comentários: 
Os legitimados para propor as ações do controle direto de 
constitucionalidade, seja a ADI, a ADPF ou a ADC (pedida pelo 
enunciado) são aqueles dispostos no art. 103 da Constituição. O rol 
apresentado em tal artigo não inclui os prefeitos. 
Gabarito: Letra C. 
 
35. (ESAF/AFRFB/2009) O Supremo Tribunal Federal, em sede de 
Ação Direta de Inconstitucionalidade,exige pertinência temática, 
quando a ação é proposta pelo Governador do Distrito Federal. 
Comentários: 
O Governador, tanto do DF quanto de qualquer Estado, deverá 
demonstrar a pertinência temática, ou seja, que é efetivamente 
interessado na causa da ação. Caso contrário será negada a 
propositura. 
Gabarito: Correto. 
 
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36. (ESAF/PGFN/2007) A Mesa do Congresso Nacional não tem 
legitimidade para a propositura da Ação Direta de 
Inconstitucionalidade. 
Comentários: 
Parace algo estranho, mas é verdade. A relação do art. 103 da 
Constituição elencou somente as Mesas da Câmara e do Senado, 
separadamente, como legitimadas à propositura. Não admitiu a Mesa 
do Congresso Nacional (em conjunto). 
Gabarito: Correto. 
 
37. (ESAF/PGFN/2007) A perda da representação do partido 
político junto ao Congresso Nacional implica na perda da capacidade 
postulatória, com conseqüente extinção, sem resolução do mérito, da 
Ação Direta de Inconstitucionalidade anteriormente proposta. 
Comentários: 
Segundo o STF, a perda superveniente de representação parlamentar 
não desqualifica o partido político como legitimado ativo para a 
propositura da ação direta de inconstitucionalidade, tal aferição deve 
ser feita no momento da propositura. 
Gabarito: Errado 
 
38. (ESAF/PGFN/2007) O Supremo Tribunal Federal não 
reconhece a legitimidade ativa das chamadas associação de 
associações para fins de ajuizamento da Ação Direta de 
Inconstitucionalidade. 
Comentários: 
O STF, a partir de 2004, reviu a sua jurisprudência e passou a aceitar 
a legitimidade ativa das "associação de associações". 
Gabarito: Errado 
 
39. (ESAF/Téc. Adm. - ANEEL/2006) Não tem legitimidade para 
propor a ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo 
Tribunal Federal: O Presidente do Congresso Nacional. 
Comentários: 
O Presidente do Congresso não está entre os legitimados pelo art. 103 
da Constituição. Apenas as Mesas do Senado e da Câmara 
(separadamente) e o Partido Político com representação no Congresso 
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é que poderão, no âmbito paralamentar federal, propor ações diretas 
ao Supremo. 
Gabarito: Correto. 
 
PGR e AGU no processo do controle concentrado: 
Sobre os terceiros não envolvidos no processo, diz a lei 9882/99: “Não 
se admitirá intervenção de terceiros no processo de ADIN ou ADECON” 
Intervenção de terceiros é um instituto de processo civil, onde pessoas 
que não fazem parte do início do processo poderão, por exemplo, em 
seu decorrer prestar “assistência” a uma das partes ou fazer “oposição” 
a ambas. 
A intervenção não é admitida, mas, existe a possibilidade de que em 
decisões complexas, de matérias relevantes, outros órgãos ou 
entidades se manifestem para prestar informações na qualidade de 
“amicus curiae” (amigos da corte), e essa possibilidade é uma 
faculdade que o relator do processo possui e a fará por despacho 
irrecorrível. 
O art. 103 da CF diz: 
§ 1º - O PGR deverá ser previamente ouvido: 
 Nas ações de inconstitucionalidade; e 
 Em todos os processos de competência do STF. 
Manifestar-se-á também previamente à edição, revisão ou 
cancelamento de enunciado de súmula vinculante de cuja proposta 
não houver formulado. 
§ 3º - O AGU será previamente citado para DEFENDER 
o ato ou texto impugnado, sempre que o STF apreciar 
a inconstitucionalidade, em tese, de lei ou ato 
normativo. 
Antigamente, ao analisar a literalidade da Constituição, a doutrina 
defendia que o AGU mesmo que não concordasse, só teria uma opção: 
defender a lei. Essa opção, porém, passou a ser relativizada segundo 
a jurisprudência do STF, que entendia que o AGU não precisaria 
defender a norma cuja inconstitucionalidade já tiver sido anteriormente 
afirmada pela corte em outro processo. 
Atualmente, a questão ainda sofreu mais uma mudança, ao julgar 
questão de ordem na ADI 3916 em outubro de 2009, o STF passou a 
entender que o AGU possui liberdade de agir, não estando obrigado a 
defender o ato impugnado em ação direta de inconstitucionalidade. 
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O AGU e o PGR deverão ser ouvidos pelo STF sucessivamente, cada 
qual, em 15 dias. 
 
40. (FCC/Analista - TRT 16ª/2009) Quando o Supremo Tribunal 
Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou 
ato normativo, citará, previamente, o Procurador- Geral da República, 
que defenderá o ato ou texto impugnado. 
Comentários: 
Consoante com a Constituição em seu art. 103 § 1º, o Procurador-
Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de 
inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do 
Supremo Tribunal Federal. Porém, não se pode falar que o PGR irá 
defender o texto impugnado. Isto é competência do AGU e não do PGR 
(CF, art. 103 §3º). Aliás, a questão é a perfeita literalidade do disposto 
na Constituição, art. 103 §3º. 
Gabarito: Errado. 
 
41. (FCC/Analista - TRT 16ª/2009) O Advogado-Geral da União 
deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e 
em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal. 
Comentários: 
Neste caso, não será o AGU e sim o Procurador-Geral da República (CF, 
art. 103 §1º). 
Gabarito: Errado. 
 
42. (FGV/ Auditor do Estado/ 2014) O Procurador-Geral da 
República promove Ação Direta de Inconstitucionalidade por omissão 
cujo pedido vem a ser julgado procedente, à unanimidade, pelo 
Supremo Tribunal Federal. Constatada que a omissão está relacionada 
a órgão administrativo, este será cientificado para adotar as medidas 
necessárias ao suprimento da omissão em 
(A) dez dias. 
(B) quinze dias. 
(C) vinte dias. 
(D) trinta dias. 
(E) quarenta dias. 
Comentários: 
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O item cobra o conhecimento literal do art. 103, §1° da CF, confira: 
Art. 103, § 1º CF - O Procurador-Geral da República deverá ser 
previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos 
os processos de competência do Supremo Tribunal Federal. 
§ 2º - Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida 
para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao 
Poder competente para a adoção das providências necessárias e, 
em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias. 
Gabarito: Letra D. 
 
43. (CESPE/AGU/2009) Quando o STF apreciar a 
inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, 
compete ao Advogado-Geral da União exercer a função de curador 
especial do princípio da presunção de constitucionalidade da norma, 
razão pela qual não poderá, em hipótese alguma, manifestar-se pela 
inconstitucionalidade do ato impugnado. 
Comentários: 
Na época da questão, ela já estava errada pelo uso do "hipótese 
alguma", já que o AGU não precisaria fazer a defesa caso á existissem 
precedentes do tribunal que indiquem para a inconstitucionalidade do 
ato. Atualmente, a questão continua errada, mas pelo fato de que, na 
autal jurisprudência do STF (questão de ordem na ADI 3916), o 
entendimentoé o de que o AGU possui liberdade de agir, não estando 
obrigado a defender o ato impugnado em ação direta de 
inconstitucionalidade. 
Gabarito: Errado. 
 
44. (ESAF/CGU/2006) Nas ações declaratórias de 
constitucionalidade, é obrigatória a atuação do Advogado-Geral da 
União no processo como curador da presunção de constitucionalidade 
da lei. 
Comentários: 
Ele será chamado apenas no caso de apreciação da 
inconstitucionalidade, pois deverá defender o dispositivo impugnado. 
Gabarito: Errado. 
 
Medida cautelar nas ações diretas: 
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Entedendo ser um direito urgente, que se não atendido com presteza 
poderá gerar algum dano (periculim in mora – perigo da demora) e 
sendo o pedido ao menos aparentemente plausível (fumus boni iuris – 
fumaça do bom direito), poderá o STF conceder medida acauteladora 
através de uma “decisão provisória”. 
Mesmo sendo decisão provisória, não podemos nos esquecer da 
reserva de plenário, pois está se declarando inconstitucionalidade, 
logo, deverá ter o voto da maioria absoluta. 
Aqui a decisão é apenas ex-nunc, pois é provisória, pendente de uma 
decisão definitiva, que aí sim terá eficácia retroativa, ou no caso 
apenas da ADI, o tribunal poderá entender que o melhor é conceder 
eficácia retroativa já para a medida cautelar. 
Interessante que, no caso da cautelar da ADI, ainda que a decisão seja 
provisória, ela tem o poder de suspender a aplicação da lei impugnada, 
com efeito, a legislação anterior (que havia sido revogada por esta lei 
que está sendo impugnada) volta a vigorar, ocorrendo um 
efeito repristinatório. Tal efeito repristinatório, no entanto, não 
ocorrerá se o STF expressamente se manifestar em contrário. 
 
45. (FCC/Técnico Superior - PGE-RJ/2009) É competência do 
Supremo Tribunal Federal suspender, total ou parcialmente, a eficácia 
de lei ou ato normativo federal ou estadual, mediante a concessão de 
Comentários: 
Competência atribuída pelo art. 102, I, p da Constituição. 
Gabarito: Correto. 
 
46. (CESPE/AJAJ - STM/2011) É possível se formular pedido 
cautelar em ação direta de inconstitucionalidade. 
Comentários: 
A própria Constituição já admite no seu art. 102, I, "p", que compete 
ao Supremo Tribunal Federal, processar e julgar, originariamente o 
pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade. 
A lei 9868/99 ratifica esta possibilidade, explicitando o procedimento 
de julgamento de tal medida. 
Gabarito: Correto. 
 
Efeitos da decisão no controle jurisdicional repressivo de 
constitucionalidade: 
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Devemos lembrar que a inconstitucionalidade é um vício, algo que 
torna a lei inválida, logo a lei inconstitucional é uma lei nula, uma lei 
que nunca deveria ter existido. Assim dizemos que os efeitos da 
declaração de inconstitucionalidade é dito RETROATIVO (ou EX-TUNC); 
Porém, existem diferenças apenas quando se trata da abrangência da 
decisão: 
- No controle concreto, dizemos que a decisão se dá “inter-partes”, ou 
seja, só vale para aquelas partes que entraram em juízo e discutiram 
a causa. Para terceiros serem atingidos pela decisão, somente se 
também entrarem em juízo. 
- No controle abstrato, dizemos que a decisão é “erga-omnes”, ou seja, 
atinge a todos. Esta é uma decisão um pouco óbvia, pois como se está 
discutindo a lei em si, em tese, como poderíamos falar em efeito inter-
partes se não há partes em litígio? 
- Diferentemente do que ocorre no controle concreto, as decisões 
definitivas de mérito (ou seja, só aquelas que efetivamente versem 
sobre o objeto do pedido e não uma mera decisão formal, como a 
inadmissão da ação por falta de pressuposto processual) no controle 
abstrato terão além da eficácia contra todos, vista acima, EFEITO 
VINCULANTE perante os demais órgãos do poder judiciário e da 
adminitração pública (executivo ou funções administrativas do 
legislativo e judiciário), seja na esfera federal, estadual ou municipal. 
- Efeito vinculante significa dizer que não se poderá agir de forma 
contrária a decisão. Caso haja um desrespeito a isso, caberá 
reclamação diretamente ao Supremo. 
- Muito importante é observar que o efeito vinculante que acabamos 
de ver não vinculará nem o Poder Legislativo, nem o prórpio STF 
Exceções: 
- Em se tratando do controle concreto, existe 2 modos de a decisão se 
tornar “erga-omnes” ao invés de “inter-partes”, são elas: 
1- No caso da discussão alcançar o STF, este poderá remeter à norma 
ao Senado Federal, que no uso da competência atribuída a ele pelo art. 
52, X da CF, PODERÁ “suspender” a execução da norma para todos. 
Esta decisão, porém, terá eficácia NÃO-RETROATIVA (ou EX-NUNC). 
2- A segunda maneira de isso acontecer será a edição de uma súmula 
vinculante pelo STF, mas ele só poderá fazer isso após reiteradas 
decisões sobre a matéria e pela aprovação de 2/3 de seus membros. 
 
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- Existe quanto à dimensão temporal, a chamada modulação 
temporal dos efeitos: vimos que a regra da decisão é ter efeitos ex-
tunc. Esta eficácia poderá ser afetada, caso o tribunal, alegando 
SEGURANÇA JURÍDICA ou EXCEPCIONAL INTERESSE SOCIAL, entenda 
pelo voto de 2/3 de seus membros que deve ao invés da eficácia 
retroativa, conceder uma eficácia ex-nunc ou a partir de outro 
momento que venha a fixar (pro-futuro). A jurisprudência vem 
admitindo, por analogia, a modulação temporal dos efeitos também no 
caso do controle concreto, quando então o juiz também poderá 
entender que a eficácia seja ex-nunc. 
 
Quadro-resumo dos Efeitos: 
Controle Regra Exceção 
STF no controle 
abstrato 
Alcance 
subjetivo 
Erga-Omnes - 
Alcance 
temporal 
Ex-tunc 
Ex-nunc (decisão 
de 2/3) 
Controle difuso 
 
Alcance 
subjetivo 
Inter-partes 
Erga-omnes se o 
STF publicar 
súmula vinculante 
ou se remeter ao 
Senado. 
Alcance 
temporal 
Ex-tunc 
Ex-nunc (analogia 
ao abstrato) 
Suspensão do 
ato pelo Senado 
(não é controle de 
constitucionalidad
e) 
Alcance 
subjetivo 
Erga-Omnes - 
Alcance 
temporal 
Ex-nunc 
Ex-tunc para a 
adm. pública 
federal. 
Medida Cautelar 
de Ações 
Alcance 
subjetivo 
Erga-Omnes - 
Alcance 
temporal 
Ex-nunc 
Ex-tunc se o 
tribunal assim 
entender (previsto 
somente para a 
cautelar de ADI) 
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47. (ESAF/PFN/2006) Suponha que o Supremo Tribunal Federal 
tenha declarado a inconstitucionalidade de uma lei federal, ao julgar 
um mandado de segurança. Essa declaração de inconstitucionalidade, 
mesmo não tendo eficácia erga omnes, apresenta efeito vinculante 
para todos os órgãos do Judiciário. 
Comentários: 
Como se trata de controle incidental, não há efeito erga omnes nem 
efeito vinculante, o que só ocorreria se o controle fosse da lei em tese. 
Gabarito: Errado. 
 
48. (ESAF/PFN/2006) Suponha que o Supremo Tribunal Federal 
tenha declarado a inconstitucionalidade de uma lei federal, ao julgar 
um mandado de segurança. Se um juiz de primeira instância

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