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DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 15- Controle de Constitucionalidade Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 1 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 15- Controle de Constitucionalidade Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 2 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte E aí galera, tudo bem? Hoje vamos estudar um dos mais legais assuntos do Direito Constitucional, estão prontos? Hoje veremos que o controle de constitucionalidade é uma “brincadeira”, um tema simples que, se estudado corretamente, vira um ponto ganho na prova, pois é pura lógica. Assim, convido-os agora a deixar para trás qualquer barreira que tenham em relação a este tema e venham se divertir com este agradável assunto... Tenho certeza que vão gostar! Vamos nessa. Controle de Constitucionalidade: O que é? Controle de constitucionalidade nada mais é do que a atividade de se controlar a compatibilidade dos atos normativos com o texto constitucional. Assim, quando um ato normativo está submetido ao controle de constitucionalidade, caberá a quem estiver fazendo este controle, decidir se tal ato é compatível ou não com o disposto na Constituição. Essa compatibilidade deverá ser observada tanto materialmente (conteúdo) quanto formalmente (procedimentos e demais formalidades). Controle de Compatibilidade x Controle de Constitucionalidade: Controle de compatibilidade é o nome genérico que se dá ao ato de se verificar se uma norma é compatível ou não com algum diploma superior a ela, o qual a norma controlada deve respeitar. O controle de compatibilidade ocorre principalmente de 3 formas: 1- Controle da Constitucionalidade - verifica a compatibilidade entre uma norma e a Constituição. A decisão será pela constitucionalidade ou inconstitucionalidade da norma. É importante observar que: a Constituição em face da qual se faz o controle de constitucionalidade deve ser sempre a Constituição que era (ou é) vigente no momento que a norma foi criada. Aula 15 DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 15- Controle de Constitucionalidade Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 3 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 2- Controle de Legalidade - verifica se normas infralegais (decretos, portarias e etc.) são compatíveis com as leis das quais decorrem. A decisão será pela legalidade ou ilegalidade do ato. 3- Juízo de recepção - ocorre para verificar se uma norma anterior à Constituição vigente possui compatibilidade material (somente o conteúdo) com a nova Constituição. Aqui não existe termos como "constitucionalidade" ou "inconstitucionalidade" de normas, a decisão será pela recepção ou revogação (não-recepção) da norma - neste caso se falará em "juízo negativo de recepção". Esquema sobre os controles de compatibilidades: Supremacia da Constituição e o Controle de Constitucionalidade: Sabemos que a Constituição pode ser enxergada sob dois aspectos: o aspecto material e o aspecto formal. Vamos relembrar: Aspecto material - o que importa é o conteúdo das normas (matéria), assim, basta uma norma tratar de um assunto que seria essencialmente constitucional (normalmente consideramos a organização do Estado e limitação do poder Estatal) que será considerada constitucional. Não importa a forma com que tratou isso, o que importa é só ter ou não ter conteúdo constitucional. Normas infralegais do período P CF vigente após o período P CF vigente no período P Lei publicada no período P Controle de Legalidade: compatibilidade material e formal Controle de Constitucionalidade: compatibilidade material e formal Juízo de recepção: compatibilidade apenas material DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 15- Controle de Constitucionalidade Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 4 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Aspecto formal - o que importa é unicamente a norma ser ou não ser declarada como Constituição. Assim, caso uma norma pertença ao corpo constitucional, independente do conteúdo tratado por ela, ela poderá se impor e "cobrar observância" de todo o resto do ordenamento jurídico. O aspecto formal se apoia no conceito de rigidez constitucional, pois somente uma constituição rígida é capaz de assegurar como "Constituição" normas que, em princípio, estariam fora do contexto constitucional. Somente em constituições formais e rígidas é que podemos verificar o fenômeno da "supremacia da constituição", já que, em constituições materiais e flexíveis, basta uma norma tratar de matérias que são reservadas à Constituição para que ela seja considerada constitucional revogando a norma anterior que versava sobre tal matéria. Não há também o que se falar em controle de constitucionalidade em constituições flexíveis, pois não há uma imposição formal de observância da Constituição perante o resto do ordenamento. Para que se assegure a rigidez constitucional é imprescindível que haja um sistema de controle de constitucionalidade efetivo. Uma Constituição que não possui um sistema efetivo de controle de constitucionalidade começa a conviver em um ordenamento jurídico repleto de leis inconstitucionais, e devido a serem estas normas (leis infraconstitucionais) as que são realmente aplicadas na prática, a Constituição deixa de ser aplicada. Desta forma, sem um efetivo Constituição Rígida - Supremacia da Constituição sobre o ordenamento - patamares hierárquico das normas, simplesmente pela forma atribuída, pouco importando o conteúdo tratado - aspecto formal CF CF Constituição Flexível - Não há supremacia hierárquica da Constituição sobre o ordenamento - o que importa é somente o conteúdo tratado - aspecto material. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 15- Controle de Constitucionalidade Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 5 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte controle de constitucionalidade, a constituição rígida esta fadada à morte, tornando-se flexível, já que seu conteúdo foi ignorado e na prática foi substituído. 1. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) Sob o ponto de vista jurídico, a supremacia da Constituição sob os aspectos formal e material se apóia na regra da rigidez decorrente da maior dificuldade para modificação da Constituição do que para a alteração das demais normas jurídicas. Comentários: Só se pode falar em rigidez no aspecto formal, já que o aspecto material se preocupa somente com o conteúdo das normas. Gabarito: Errado. 2. (ESAF/PGFN/2007) A supremacia jurídica da Constituição é que fornece o ambiente institucional favorável ao desenvolvimento do sistema de controle de constitucionalidade. Comentários: Se a constituição não tivesse supremacia sobre as outras normas, não precisaríamos falar em controlar a constitucionalidade, pois uma norma que fosse contrária à constituição iria revogá-la. Desta forma, só quando a constituição possui poder impositivo sobre os demais atos normativos é que ocorre o "controle de constitucionalidade", para assegurar que essa supremacia continue garantida. Gabarito: Correto. Constitucionalidade Congênita X Superveniente: A inconstitucionalidadenão é um evento no percurso da vigência de uma lei. A inconstitucionalidade é um defeito ao se fazer a lei, é um vício. Uma lei para ser considerada inconstitucional ela já deve estar com esse defeito desde a sua edição, logo não existe no Brasil o que chamamos de “inconstitucionalidade superveniente”, aquela que se dá ao longo do tempo, temos somente o que chamamos de inconstitucionalidade congênita, ou seja, a norma inconstitucional já nasceu inconstitucional. Importante salientar que, se uma lei nasceu inconstitucional, esse vício de inconstitucionalidade não poderá ser sanado futuramente. Ainda que uma nova Constituição entre em vigor, esta lei inconstitucional não poderá ser convalidada, não podendo ser recepcionada pela nova lei DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 15- Controle de Constitucionalidade Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 6 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte maior, ainda que esteja materialmente compatível com o novo teor constitucional. Formas de inconstitucionalidade: Inconstitucionalidade, assim, seria qualquer incompatibilidade em face da Constituição (Federal ou Estadual, guardadas, obviamente, os devidos campos de atuação). Esse controle, como vimos é típico de constituições rígidas, devido a supremacia que ela exerce perante os demais atos normativos. A inconstitucionalidade pode ocorrer de 2 diferentes modos: Inconstitucionalidade formal – A lei adquiriu um vício no seu processo de formação. Ou seja, quem tomou a iniciativa não era competente para tal, ou o modo de votação não foi de acordo com o previsto, ou qualquer outro vício no processo. Inconstitucionalidade material – Embora tenha se observado todo o processo legislativo de forma correta, o conteúdo veiculado pela norma é incompativel com certos ditames constitucionais. Obs.: Inconstitucionalidade nomodinâmica x nomoestática: A inconstitucionalidade formal, também recebe o nome de "nomodinâmica", pois fornece ideia de dinamismo (movimento) pelo fato do vício ocorrer durante o processo de formação da norma. Já a Inconstitucionalidade material é chamada de "nomoestática", pois nos remete a ideia de algo que está "parado", a ofensa ocorre em face do conteúdo, independente do processo de formação. Nova CF ou Emenda Constitucional que proíbe a matéria "A" CF que permite matéria "A" Lei que trata da matéria "A" Revogação! - não se pode falar em inconstitucionalidade superveniente. Para ser inconstitucional tem que fazer a averiguação da compatibilidade em face da CF do momento que foi criada. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 15- Controle de Constitucionalidade Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 7 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 3. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) Lei ordinária que regulamentou matéria atribuída pela Constituição à lei complementar é formal e materialmente inconstitucional, independentemente de apreciação e julgamento pelo Supremo Tribunal Federal. Comentários: Segundo a doutrina, trata-se apenas de inconstitucionalidade formal, já que não está ocorrendo vício ao tratar o conteúdo, mas sim, escolhendo-se a forma errada para se tratar este conteúdo. Gabarito: Errado. Controle de Constitucionalidade quanto à natureza ou órgão controlador: Segundo a doutrina, o controle de constitucionalidade pode ser: Político - quando exercido por órgãos que não pertencem ao Judiciário. Existem alguns países da Europa que possuem um tribunal constitucional desvinculado dos demais poderes do Estado. A existência deste tribunal constitucional tem o objetivo quase exclusivo de proteger a Constituição, controlando a constitucionalidade dos atos. Jurisdicional - quando exercido por órgãos pertencentes ao Judiciário; Misto - quando existe uma reserva - algumas espécies de normas são controladas exclusivamente pelo controle político e outras normas sofrem controle por parte do judiciário. Costuma-se dizer que o Brasil adota o controle jurisdicional, pois, ainda que o Legislativo e o Executivo possam também realizar o controle de constitucionalidade todas as normas estão sujeitas a um controle por parte do judiciário. Não há reservas feitas aos outros poderes. 4. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) No Brasil, o controle de constitucionalidade realiza-se mediante a submissão das leis federais ao controle político do Congresso Nacional e as leis estaduais, municipais, ou distritais ao controle jurisdicional. Comentários: No Brasil, a regra é o sistema jurisdicional, independente da esfera da norma. Dizemos que o controle é jurisdicional, pois nenhuma norma DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 15- Controle de Constitucionalidade Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 8 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte está afastada da apreciação judicial, ainda que tenhamos a existência de controles políticos. Gabarito: Errado. Momento do controle: O controle da constitucionalidade pode ocorrer em 2 momentos distintos: antes ou depois da promulgação da lei (ou emenda constitucional). A promulgação é o ato que atesta que a norma percorreu todo o seu processo de criação e, assim, a ordem jurídica foi inovada. Desta forma, quanto ao momento, podemos ter: Controle Preventivo – Controle sobre o projeto de lei. Controle Repressivo – Controle sobre a lei já promulgada. Controle preventivo: O controle preventivo de constitucionalidade pode ocorrer no âmbito dos 3 poderes. Cronologicamente temos: 1º controle – Legislativo: Quando um projeto de lei é proposto, ele já começa a sofrer o 1º controle, que é o controle no próprio legislativo exercido pelas chamadas “CCJ” – Comissão de Constituição e Justiça – que é denominada CCJ e Redação no âmbito da Câmara dos Deputados e CCJ e Cidadania no âmbito do Senado Federal. Se a CCJ entender que o projeto viola preceitos da Constituição, arquivará o projeto. 2º Controle – Judiciário: Se um projeto de lei “sobrevive” à CCJ, não quer dizer que ele já pode se considerar constitucional, longe disso. Ainda durante o seu trâmite no Congresso Nacional, algum parlamentar (e somente o parlamentar), que enteda que o projeto seja inconstitucional, poderá impetrar um mandado de segurança no STF, pois os parlamentares tem o direito líquido e certo de participar de um processo legislativo que seja juridicamente correto. Se este direito for violado, deliberando- se sobre um projeto que entenda inconstitucional ou de forma contrária ao processo legislativo previsto, poderá acionar o judiciário por tal ação. Uma observação que deve ser feita é que é este controle possui a particularidade de ser difuso, por “via de exceção”, ou seja, o parlamentar na verdade quer participar de um processo legislativo DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 15- Controle de Constitucionalidade Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 9 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte hígido, o pedido de declaração de inconstitucionalidade foi apenas um “acidente de percurso”, é um incidente, daí também ser dito, que é incidental. 3º Controle – Executivo: Última chance de um projeto não se tornar lei por inconstitucionalidade. Ocorre quando, ao fim do processo legislativo, o projeto é encaminhado ao Presidente da República para que este o sancione ou vete o projeto. O Presidente possui o poder de vetar leis através do art. 66 § 1º da Constituição: "Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucionalou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de 15 dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de 48 horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto". Assim, o presidente possui o poder de 2 tipos de veto: Veto Político - Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, contrário ao interesse público. Veto Jurídico - Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional. O único veto que é controle de constitucionalidade é o veto jurídico, pois este é o veto cujo fundamento é o da inconstitucionalidade do projeto, verificada pelo chefe do Executivo. O veto político é um ato fora do controle de constitucionalidade, pois não se está discutindo a validade ou não do projeto, mas sim o seu real benefício para a sociedade. 5. (FCC/ Auditor- TCM-RJ/ 2015) São mecanismos de controle preventivo de constitucionalidade existentes no Direito brasileiro: (A) sanção e veto; súmula vinculante; e ação civil pública. (B) comissões parlamentares de constituição e justiça; arguição de descumprimento de preceito fundamental; e ação civil pública. (C) sanção e veto; arguição de descumprimento de preceito fundamental; e ação civil pública. (D) comissões parlamentares de constituição e justiça; sanção e veto; e mandado de segurança contra proposta de emenda constitucional questionada em face de cláusula pétrea. (E) sanção e veto; súmula vinculante e mandado de injunção. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 15- Controle de Constitucionalidade Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 10 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Comentários: Letra A. Fique atento, a promulgação de emenda constitucional é feita pelo Congresso Nacional, nos termos do art. 60, §3°, confira: “A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem”. Gabarito: Letra D. 6. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) O Presidente da República poderá ajuizar ação direta de inconstitucionalidade, perante o Supremo Tribunal Federal, a fim de que seja arquivada proposta de emenda à Constituição tendente a abolir cláusula pétrea. Comentários: No momento em que falamos de “proposta” de Emendas, estamos falando de um controle preventivo de constitucionalidade. Veremos que a ADI é instrumento de controle repressivo de constitucionalidade. Gabarito: Errado. Controle Repressivo: O controle repressivo é o que se faz sobre a lei já promulgada, ainda que pendente de publicação, desde que esta venha a ocorrer antes do julgamento (ADI 3367/DF - DISTRITO FEDERAL). Este controle também poderá ser feito por cada um dos 3 poderes. 7. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Se determinado legitimado constitucional ajuizar, perante o STF, ação direta de inconstitucionalidade, tendo por objeto emenda constitucional pendente de publicação oficial, então, nesse caso, de acordo com entendimento do STF, mesmo que a publicação venha a ocorrer antes do julgamento da ação, a hipótese será de não conhecimento da ação direta de inconstitucionalidade, uma vez ausente o interesse processual. Comentários: Segundo a jurisprudência do STF, firmada em 2005 (ADI 3367/DF), não há óbice de que seja proposta a ADI perante emenda não publicada oficialmente, desde que a publicação venha a ocorrer antes do julgamento da causa. Gabarito: Errado. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 15- Controle de Constitucionalidade Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 11 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Controle repressivo pelo Executivo: Esse controle na verdade é decorrente de uma jurisprudência do STF (RTJ 151/331). Segundo esta jurisprudência, admite-se que o chefe do executivo (Presidente, Governador ou Prefeito) se recuse, por ato administrativo expresso e formal, a dar cumprimento a uma lei ou outro ato normativo que entenda ser flagrantemente inconstitucional, até que a questão seja apreciada pelo Poder Judiciário. Alexandre de Moraes1ensina que: “O Poder Executivo, assim como os demais Poderes do Estado, está obrigado a pautar sua conduta pela estrita legalidade (...). Dessa forma, não há como exigir-se do chefe do Poder Executivo o cumprimento de uma lei ou ato normativo que entenda flagrantemente inconstitucional, podendo e devendo, licitamente, negar-se cumprimento, sem prejuízo do exame posterior pelo Judiciário. Porém, como recorda Elival da Silva Ramos, ‘por se tratar de medida extremamente grave e com ampla repercussão nas relações entre os Poderes, cabe restringi-la apenas ao Chefe do Poder Executivo, negando-se a possibilidade de qualquer funcionário administrativo subalterno descumprir a lei sob a alegação de inconstitucionalidade (...). Portanto, poderá o Chefe do Poder Executivo determinar a seus órgãos subordinados que deixem de aplicar administrativamente as leis ou atos normativos que considerar inconstitucionais”. 8. (CESPE/TRE-MA/2009) O chefe do Poder Executivo não pode deixar de cumprir lei ou ato normativo que entenda flagrantemente inconstitucional, sob pena de afronta à competência e à atuação dos Poderes Legislativo e Judiciário. Comentários: Pode deixar sim. Ele tem este poder. Mas lembre-se que é só o chefe do Executivo (Presidente, Governador e Prefeito), nenhuma outra autoridade subordinada poderá. Gabarito: Errado. 9. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) O Chefe do Poder Executivo, considerando determinada lei inconstitucional, poderá determinar a seus subordinados que deixem de aplicá-la. Da mesma forma, o Ministro de Estado poderá determinar a seus subordinados que deixem de aplicar determinado ato normativo, relativo à sua pasta, que considere inconstitucional. 1Direito Constitucional, 14ª Ed., Atlas. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 15- Controle de Constitucionalidade Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 12 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Comentários: Os Ministros não podem. A competência para isso é somente do chefe do Executivo, não podendo ser delegada. Gabarito: Errado. Controle repressivo pelo Legislativo: O controle repressivo no Legislativo pode ocorrer basicamente em duas hipóteses. A primeira hipótese é a definida no art. 49, V da Constituição: “Compete ao Congresso Nacional sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa”. Assim o Congresso Nacional atuará controlando os limites constitucionais à atuação do Presidente da República. E fará isso do seguinte modo: Sustando os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar: O art. 84, IV permite que o Presidente da República edite decretos para regulamentar as leis. Esse é o poder regulamentar do Presidente, que ao ser usado fora dos limites da lei a ser regulamentada, poderá sofrer sustação pelo Congresso. É importante salientarmos que, embora a doutrina considere isso um controle de constitucionalidade, segundo o STF (RE 349307 AgR/ PR - PARANÁ), se o regulamento extrapolou os limites da lei não seria caso de inconstitucionalidade, mas de ilegalidade. Sustando os atos normativos que exorbitem dos limites da delegação legislativa: O Presidente da República pode editar leis delegadas (art. 68), para isso pede que o Congresso Nacional através de uma resolução conceda este poder a ele. Esta resolução também trará os limites a serem observados na ediçãoda lei delegada. Se estes limites da resolução forem ultrapassados, a lei delegada poderá ser objeto de sustação. A segunda hipótese de controle de constitucionalidade repressivo por parte do Legislativo ocorre quando o Congresso, através de uma comissão mista, aprecia se a medida provisória observou os seus pressupostos constitucionais de relevância e urgência. Obs. 1 - No Brasil, somente as decisões do Judiciário é que são dotadas de definitividade. Então, o STF admite inclusive o controle jurisdicional em cima deste controle por parte do Legistlativo. Desta DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 15- Controle de Constitucionalidade Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 13 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte forma, nada impede que o decreto legislativo que sustou o ato do Presidente da Repúbública (conforme acabamos de ver) seja objeto de impugnação perante o Judiciário. Obs 2 - Não é admitido que o Poder Legislativo proceda à feitura de uma lei em que sejam declaradas inconstitucionais outras leis. Ou seja, se uma lei passou por todo o processo legislativo e está em vigor, perfeita e acabada. Não poderá o Poder Legislativo voltar atrás e retirar esta lei do ordenamento com fundamento na inconstitucionalidade. O Legislativo poderá, no máximo, proceder uma nova lei que revogue a anterior, mas não declará-la inconstitucional, isso é papel do Judiciário. 10. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) O Congresso Nacional, ao rejeitar medida provisória, está atuando preventivamente no controle de constitucionalidade, haja vista a espécie normativa não ter ingressado de forma definitiva no ordenamento jurídico pátrio. Comentários: Não é um controle preventivo e sim um controle repressivo. Gabarito: Errado. Controle repressivo pelo Judiciário: O controle repressivo no judiciário é a parte mais cobrada em concursos, já que é também o mais utilizado para se controlar a constitucionalidade das normas. O controle jurisdicional é feito de 2 formas: a forma concentrada (feita diretamente em um único órgão) e a forma difusa (que “se espalha”, estando aberta à vários órgãos). Voltando a um assunto já debatido. Costuma-se dizer que o controle repressivo pelo judiciário é misto, pois admite tanto a forma concentrada, quanto a forma difusa.Não confunda este controle repressivo judiciário misto com o sitema misto quanto à natureza do controle. Orgão Especial e a Cláusula da Reserva de Plenário: Antes de adentramos nos estudos do controle concentrado e difuso, é importante que saibamos que qualquer juiz tem o poder de declarar inconstitucional uma norma. Porém, obviamente, desta DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 15- Controle de Constitucionalidade Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 14 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte declaração caberá recurso às instâncias superiores, no caso de um juizo monocrático (juiz singular). Qualquer tribunal também poderá declarar a inconstitucionalidade de norma, mas no caso de tribunais, estes devem observar o chamado princípio da reserva de plenário. Mas o que seria este princípio? Antes de falarmos sobre o princípio da reserva de plenário, precisamos nos atentar a formação do órgão especial. Assim versa a Constituição: "Nos tribunais com número superior a 25 julgadores, poderá ser constituído órgão especial (OE), com o mínimo de 11 e o máximo de 25 membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antigüidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno" (CF, art. 93, XI). Assim, o órgão especial absorverá funções que antes pertenceriam ao pleno do tribunal. Por que isto é importante? Pois assim, podemos entender o art. 97 da Constituição que fala exatamente do princípio da reserva de plenário: "Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros (pleno) ou dos membros do respectivo órgão especial (OE) poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público". Assim, os chamados "órgãos fracionários" de um tribunal (turma, câmara, etc.) não têm, em princípio, competência para declarar inconstitucionalidade de normas, somente possuem esta competência o pleno do tribunal ou, caso exista, o órgão especial. Sempre, então, que um processo chegar a um tribunal, e no curso deste processo for arguida a inconstitucionalidade de alguma lei, os órgãos fracionários devem paralisar o julgamento e remeter a arguição de inconstitucionalidade ao pleno ou OE, para que este possam decidir sobre a inconstitucionalidade ou não da norma arguida. Veja que a incompetência dos órgãos fracionários, foi dita como, apenas, em princípio, pois assim versa o Código de Processo Civil: "Os órgãos fracionários dos tribunais não submeterão ao plenário, ou ao órgão especial, a arguição de inconstitucionalidade, quando já houver pronunciamento destes ou do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a questão" (CPC, art. 481, Parágrafo único). DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 15- Controle de Constitucionalidade Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 15 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Assim, dispensa-se o envio do feito ao pleno ou OE quando já existir decisão sobre o tema proferida anteriormente pelo próprio OE, pelo pleno ou pelo STF. É muito oportuno citarmos neste momento a Súmula Vinculante nº 10: "Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte". 11. (CESPE/ AJOA- TJDFT/ 2015) Decorre da aplicação da Súmula Vinculante n.º 10 a desnecessidade de a parte formular pedido de deslocamento de incidente de constitucionalidade para o pleno do tribunal, já que o envio é dever de ofício do órgão fracionário. Comentários: Antes de respondermos propriamente ao assertiva, importante revermos o teor da mencionada súmula vinculante Súmula Vinculante, in verbis: “Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no todo ou em parte”. Pois bem, com base neste enunciado, o Supremo estabeleceu, no julgamento da Rcl n° 12.275-AgR, que “Não há necessidade de pedido das partes para que haja o deslocamento do incidente de inconstitucionalidade para o Pleno do tribunal. Isso porque é dever de ofício do órgão fracionário esse envio, uma vez que não pode declarar expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, nem afastar sua incidência, no todo ou em parte.” Gabarito: Correto. 12. (CESPE/ AJAJ- Oficial Avaliador/ 2015) O STF, mitigando norma constitucional, entende que é dispensável a submissão da demanda judicial à regra da reserva de plenário quando a decisão do tribunal basear-se em jurisprudência do plenário ou em súmula do STF. Comentários: Correto, segundo entendeu o STF na Reclamação n° Rcl 17185 AgR/MT “se já houve pronunciamento anterior, emanado do Plenário do STF ou DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 15- Controle de Constitucionalidade Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 16 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte do órgão competente do TJ local declarando determinada lei ou ato normativo inconstitucional, será possível que o Tribunaljulgue que esse ato é inconstitucional de forma monocrática (um só Ministro) ou por um colegiado que não é o Plenário (uma câmara, p. ex.), sem que isso implique violação à cláusula da reserva de plenário. Ora, se o próprio STF, ou o Plenário do TJ local, já decidiram que a lei é inconstitucional, não há sentido de, em todos os demais processos tratando sobre o mesmo tema, continuar se exigindo uma decisão do Plenário ou do órgão especial. Nesses casos, o próprio Relator monocraticamente, ou a Câmara (ou Turma) tem competência para aplicar o entendimento já consolidado e declarar a inconstitucionalidade da lei ou ato normativo". Gabarito: Correto. 13. (ESAF/AFRFB/2009) A cláusula de reserva de plenário não veda a possibilidade de o juiz monocrático declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. Comentários: Juiz "monocrático" (poder nas mãos de um - mono + cratico) é o juiz singular, que decide por ele mesmo e não através de um colegiado, como ocorre nos tribunais. Trata-se do juízo de primeira instância. Quando o juiz monocrático decide, ele já é uma unanimidade, assim, não há como se falar em aplicação da reserva de plenário do art. 97, aplicável somente aos tribunais (órgãos colegiados). Gabarito: Correto. Inconstitucionalidade progressiva ou lei “ainda” constitucional ou declaração de constitucionalidade de norma em trânsito para inconstitucionalidade. O instituto da inconstitucionalidade em trânsito já foi utilizado pelo Supremo Tribunal Federal nas situações em que ainda não há como declarar a norma inconstitucional, porém é possível visualizar que, em pouco tempo, em razão de determinada circunstância, a norma objeto se tornará inconstitucional. O caso concreto ocorreu em face da discussão acerca da recepção do art. 68 do Código Processual Penal, que prescreve: “Quando o titular do direito à reparação do dano for pobre, a execução da sentença DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 15- Controle de Constitucionalidade Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 17 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte condenatória ou a ação civil será promovida, a seu requerimento, pelo Ministério Público”. Este dispositivo ofende frontalmente o art. 5.º, LXXIV, c/c o art. 134, caput, da CRFB, que concede à Defensoria Pública a atribuição de assistir os portadores de necessidades econômicas. Entretanto, não existia Defensoria Pública em São Paulo à época, como até hoje não existe em alguns Estados, e estes não podem ser prejudicados pela inércia legislativa. Desta forma, o STF afirmou que o art. 68 ainda é constitucional, mas deixará de ser quando todas as Defensorias Públicas forem materializadas. 14. (FGV/ Consultor Legislativo- AL-MA/ 2013) O Supremo Tribunal Federal, ao analisar a constitucionalidade de norma inserida no Código de Processo Penal, que outorgava legitimidade ao Ministério Público para propor ação cível de reparação de danos quando a vítima fosse hipossuficiente, entendeu pela inaplicação da mesma, nos locais onde houvesse Defensoria Pública instalada, por ser essa instituição, legitimada a representar os interesses das partes com carência de recursos, consoante as normas constitucionais vigentes. Essa decisão consagrou a tese da denominada inconstitucionalidade (A) previsível. (B) possível. (C) progressiva. (D) postulada. (E) preventiva. Comentários: A previsão do CPP ofende o art. 5.º, LXXIV, c/c o art. 134, caput, da CRFB, que concede à Defensoria Pública a atribuição de assistir os portadores de necessidades econômicas, no entanto, como ainda não havia, e em muitos estados não há, a Defensoria instalada, o Supremo Tribunal Federal aplicou a tese da inconstitucionalidade progressiva tenta resolver um grave problema, considerando que, por vezes, ainda não há como declarar a norma inconstitucional, porém é possível visualizar que, em pouco tempo, em razão de determinada circunstância, a norma objeto se tornará inconstitucional. Gabarito: Letra C. Controle Difuso (concreto): O controle concreto ocorre quando tenta-se no curso de um processo judicial (caso concreto) argumentar que certa norma está causando DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 15- Controle de Constitucionalidade Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 18 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte efeitos indevidos, e isso porque é contrária aos preceitos constitucionais. Assim, a pessoa que acha que a norma é inconstitucional não pede diretamente que o juiz declare a norma como inválida, mas sim, que resolva o seu problema concreto. A declaração de inconstitucionalidade da norma é apenas um meio para resolver a controvérsia, um “acidente” no caminho, daí ser chamado também de um controle incidental. A discussão da constitucionalidade no controle difuso, pode se dar com a impetração de qualquer ação, até mesmo ação civil pública ou mandado de segurança. Dizemos que este controle é difuso pois ele não possui um órgão específico para seu controle. Vimos que qualquer juiz pode declarar a inconstitucionalidade de norma e desta decisão ainda cabe recurso. Destarte, em regra, o controle difuso percorre os seguintes órgãos: Juiz singular (1º grau) ---> recurso---> Tribunal de Justiça ---> (recurso extraordinário) ---> STF Veja que para chegar ao STF se faz um “recurso extraordinário” (R. Ex). Este "R.Ex" é um tipo de recurso privativo do STF quando se quer levar a este tribunal alguma matéria constitucional. Assim então dispões a CF, em seu art 102, III: "Compete ao STF julgar, mediante recurso extraordinário (R. Ex.), as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: a) contrariar dispositivo desta Constituição; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição. d) (omissis)" Veja que o STF admitirá o R. Ex. quando a decisão de algum tribunal contrariar dispositivo da Constituição. Também admitira caso a decisão do tribunal recorrido decidir por fulminar uma lei federal ou algum tratado. A alínea "c" é muito cobrada em concursos, já que ela admite o R.Ex somente caso a decisão do tribunal recorrido declare válida a lei ou ato local. Ou seja, confrontou-se a lei ou ato local com a Constituição Federal e decidiu: a lei é válida! Caso a decisão fosse "a lei é inválida" não caberia R. Ex., pois no confonto prevaleceu a Constituição. Veja que existe uma diferença se o ato questionado é federal ou local (estadual ou municipal): Lei Federal - Se no confronto com a CF, for julgada inválida - cabe R. Ex. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 15- Controle de Constitucionalidade Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 19 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Lei Local - Se confrontada com a CF, for julgada válida - cabe R. Ex. Não comentamos a alíena "d", pois ela é um caso de conflito federativo e não de controle de constitucionalidade. O R. Ex, não é um recurso tão fácil de se interpor, pois há requisito de admissibilidade inserido pela EC 45/04 que é a existência de “repercurssão geral” sobre a matéria suscitada, podendo, o tribunal negar a admissão deste recurso se assim votarem 2/3 de seus membros. Vimos que qualquer juiz, e qualquer tribunal pode declarar inconstitucionalidade de normas através do controle difuso. Segundo a súmula 347 do STF, até mesmos o Tribunal de Contas, que não é um órgão do Judiciário, mas sim um órgão técnico, auxiliar do Legislativo, pode, no exercício de suas atribuições,apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do poder público. Lembramos que se trata de um controle exercido somente sobre o caso concreto. O controle difuso não é a regra, é a exceção, é um caso incidental, excepcional. A regra é o controle concentrado. Controle difuso e seus sinônimos: O controle difuso pode vir na prova com os seguintes nomes: .Controle concreto: Pois analisa-se o caso concreto, ou seja, os efeitos que a lei produziu naquela situação, e não a lei em si, em abstrato. .Controle incidental (incidenter tantum): Na verdade o que o autor do pedido quer é que tenha o seu problema resolvido, sendo a declaração de inconstitucionalidade apenas o caminho para que alcance isso, a inconstitucionalidade é apenas um “acidente”. .Controle difuso (ou aberto): Pois não fica circunscrito a um único órgão (STF ou no TJ), mas, está aberto à qualquer juiz ou tribunal. .Controle indireto - pois é incidental e não diretamente feito. .Controle por via de exceção: exeção = defesa, recursos... (grosseiramente falando). DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 15- Controle de Constitucionalidade Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 20 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte .Controle com uso da competência recursal ou derivada: Pois no caso do STF, ele reconhecerá a causa através de um recurso extraordinário e não no uso da sua competência originária. .Controle norte-americano: Pois, tem sua origem histórica no direito norte-americano, no célebre caso Marbury versus Madison em 1803. 15. (ESAF/PGDF/2007) É juridicamente legítimo que uma sentença em ação civil pública movida pelo Ministério Público afirme a inconstitucionalidade de lei. Comentários: Nada impede que em um controle incidental, no caso concreto, decida- se pela inconstitucionalidade da lei em no curso do processo de uma ação civil pública. Gabarito: Correto. 16. (ESAF/PFN/2006) Nas ações diretas de inconstitucionalidade, o autor deverá demonstrar a repercussão geral da questão discutida no caso, a fim de que o Tribunal examine a admissão da ação. Comentários: Isto só é necessário no Recurso Extraordinário, não se aplica às ações diretas. Gabarito: Errado. 17. (CESPE/Analista - EBC/2011) Somente o Poder Judiciário pode pronunciar a inconstitucionalidade de uma lei em vigor, alcançando retroativamente as situações que se formaram sob sua égide. Comentários: O item está incorreto baseando-se no fato de que os Tribunais de Contas (órgão vinculado ao Legislativo) também poderão, diante de um caso concreto, apreciar a constitucionalidade de leis em vigor, segundo a Súmula 347 do STF. Gabarito: Errado. Controle Concentrado (abstrato): DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 15- Controle de Constitucionalidade Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 21 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte O controle concentrado é a regra, o principal meio de controle, diferentemente do difuso, é feito diretamente no órgão responsável por guardar a Constituição, logo, será no STF em se tratando de Controle Federal, ou no TJ, em se tratando de Controle Estadual. Somente estes 2 órgãos fazem controle concentrado - STF ou TJ -, enquanto o controle difuso pode ser feito por qualquer juiz ou qualquer tribunal. Assim, só existem dois tipos de controle concentrado feito pelo Judiciário brasileiro: o controle feito face à Constituição Federal, que só o STF pode fazer e o controle concentrado face à Constituição Estadual, que só o TJ pode fazer. 18. (CESPE/Analista - EBC/2011) O controle de constitucionalidade principal e concentrado somente pode ser exercido pelo Supremo Tribunal Federal. Comentários: O controle de constitucionalidade concentrado pode ser exercido pelo Supremo Tribunal Federal, em se tratando de ofensas à Constituição Federal, mas também pelos diversos Tribunais de Justiça da Federação quando se tratar de ofensas às Constituições Estaduais. Gabarito: Errado Controle Concentrado e seus sinônimos: O controle concentrado pode vir na prova com os seguintes nomes: .Controle em abstrato, ou da lei em tese: Pois se faz o controle da norma em si, independente dos efeitos concretos que ela tenha gerado, discute-se a sua validade no campo abstrato do direito. STF Guardião da Constituição Estadual = Julga às ofensas de leis perante a constituição estadual (no controle abstrato). Porém, no controle difuso irá proteger a Constituição Estadual e também a Federal. TJ Guardião da Constituição Federal = Julga às ofensas de leis perante a Constituição Federal somente. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 15- Controle de Constitucionalidade Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 22 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte .Controle Concentrado (ou reservado): O controle concentrado é feito diretamente no órgão responsável por guardar a Constituição, logo, será no STF em se tratando de Controle Federal, ou no TJ, em se tratando de Controle Estadual. .Controle direto: Pois não é incidental. .Controle por via de ações: Pois o instrumento para se chegar ao “órgão guardião” será obrigatoriamente uma das 3 ações (ADI, ADC ou ADPF). .Controle com uso da competência originária: Pois o órgão guardião é o primeiro a julgar a causa, ela chegou diretamente a ele e não através de recursos advindos de outros órgão. .Controle austríaco: Pois foi idealizado por Hans Kelsen, jurista austríaco defensor da supremacia da Constituição, e da Constituição em sentido jurídico e formal. ADI/ADC/ADPF Vimos que este controle é por via de ações. Que ações são essas? São 3: ação direta de inconstitucionalidade – ADI –, ação declaratória de constitucionalidade – ADC -, ou arguição de descumprimento de preceitos fundamentais – ADPF. Elas são reguladas pelas leis 9868/99 (ADIN e ADECON) e 9882/99 (ADPF). Afinal, qual a diferença entre essas ações? 1. ADI (ou ADIN) – É impetrada quando se quer mostrar que uma norma é inconstitucional. É dividida em 3 tipos: a) ADI genérica: É a comum, onde se pede a declaração de inconstitucionalidade de um ato normativo. b) ADI por omissão: Objetiva fazer com que o judiciário afirme a omissão inconstitucional de algum Poder Público, ou seja, que este poder está omisso, inerte em fazer algum ato previsto constitucionalmente. Basicamente são as omissões que impedem a produção dos efeitos finais das normas de eficácia limitada. c) ADI interventiva: Objetiva decretar a intervenção federal em um Estado que descumpriu os princípios constitucionais sensíveis previstos DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 15- Controle de Constitucionalidade Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 23 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte na (CF, art. 34, VII). Diferentemente das duas outras, que poderão ser propostas por todos os legitimados do art. 103. Na ADI interventiva, somente o PGR é legitimado. 2.ADC (ou ADECON) – Aqui não se pede a declaração de inconstitucionalidade da lei, é justamente o contrário, está se pedindo que se afirme a constitucionalidade dela. Ora, sabemos que as normas possuem presunção de constitucionalidade, por que alguém pediria isso? Pelo simples fato dessa presunção ser relativa, admite-se prova em contrário para derrubá-la. Então, após ocorrer o que a lei chama de “controvérsia judicial relevante” – que é requisito para admiti-la – o STF poderá tomar conhecimento da causa e afirmar ou não a sua constitucionalidade,para que a presunção deixe de ser relativa e passe a ser absolutra. 3.ADPF – É uma ação que poderá ser proposta segundo a lei 9882/99 “quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal” desde que haja um importante requisito: “não exista nenhum outro meio hábil capaz de resolver esse problema”. Então a ADPF só pode ser usada em caráter residual, ou seja, como último recurso para resolver a controvérsia. Outra importante disposição da lei é o fato de ela dizer: “Caberá ADPF inclusive contra atos anteriores à Constituição” Ora, irá controlar os atos anteriores à Constituição? É isso mesmo? Mas a inconstitucionalidade não tem que ser congênita? Exatamente isso, por este motivo temos o seguinte entendimento em se tratando de atos normativos anteriores à Constituição: Leis anteriores a 1988 X Constituição da época em que foram criadas: Só caberá controle concreto; Este controle poderá verificar a compatibilidade tanto material quanto formal entre a lei e a “sua” CF; A decisão será: A lei é inconstitucional ou a lei é constitucional. Leis anteriores a 1988 x CF/88: Poderá ser usado além do controle concreto, a ADPF, O controle será para verificar apenas a compatibilidade material; DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 15- Controle de Constitucionalidade Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 24 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Pois, como não existe inconstitucionalidade superveniente, a decisão dirá: A lei foi recepcionada ou a lei não foi recepcionada (foi revogada). Agora, muita atenção a isso: ADIN – Só pode veicular (tratar sobre) leis federais ou estaduais; ADECON – Só veicula leis federais; ADPF – Pode veicular qualquer lei: federal, estadual ou municipal. Observações: 1-Meios para o controle abstrato: O controle de constitucionalidade em abstrato se faz apenas através destas 3 ações, ou seja, não há possibilidade de se verificar a constitucionalidade de uma lei em tese (seu teor abstrato) que não seja no uso de alguma destas 3 ações. Assim decidiu o STF: Ação civil pública não é instrumento idôneo para se discutir instituição inconstitucional de tributo (pois assim, estaria analisando em tese a lei instituidora, e não os casos concretos advindos dela). Não cabe mandado de segurança contra lei em tese (STF- Súmula 266). OPoder Legislativo não está autorizado a aprovar lei em cujos dispositivos se declarem nulas e de nenhuma eficácia, por serem inconstitucionais, outras leis de sua autoria(uma lei não é instrumento hábil para fazer controle de constitucionalidade). 2- Causa de pedir aberta: Segundo a jurisprudência do STF, o controle de constitucionalidade abstrato possui causa de pedir “aberta”, ou seja, o STF não se vincula ao pedido do impetrante, podendo declarar a inconstitucionalidade com base em outro dispositivo. Perceba que no entanto, não ocorre dispensa da fundamentação do pedido, apenas, a fundamentação não vincula o Supremo, que poderá achar outras razões para acatar ou não o pedido dada a relevância da controvérsia. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 15- Controle de Constitucionalidade Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 25 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Quadro-resumo do controle de constitucionalidade: Controle Preventivo Controle Repressivo Conceito Realizado sobre projetos de lei ou propostas de emendas constitucionais Realizado sobre a lei ou emenda já promulgadas No Legislativo Feito pelas câmaras de constituição e justiça (CCJ). Ocorre quando o CN usando sua prerrogativa do art. 49, V susta leis delegadas exorbitantes ou quando o CN aprecia os pressupostos constitucionais da medida provisória. No Executivo Feito pelo veto JURÍDICO do presidente. Pela prerrogativa que o chefe do Executivo tem (e somente o chefe do Executivo) de ordenar que seus subordinados não apliquem certa lei que ele considera inconstitucional No Judiciário Feito através de mandado de segurança impetrado por parlamentar que considera que um projeto de lei inconstitucional está sendo levado à votação no Legislativo e a CCJ não impediu o seu trâmite. Feito através das vias concentradas (ADI, ADC e ADPF) ou pelas vias difusas (diante de um caso concreto). 19. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) A supremacia da Constituição exige que todas as situações jurídicas se conformem com os princípios DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 15- Controle de Constitucionalidade Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 26 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte e preceitos da Constituição, mas ainda não existe instrumento jurídico capaz de corrigir omissão inconstitucional. Comentários: Para suprir a omissão inconstitucional está previsto o uso da ação direta de inconstitucionalidade por omissão (ADINPO), prevista no art. 103 §2º CF. Gabarito: Errado. 20. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) A ação direta de inconstitucionalidade interventiva é espécie de controle concentrado. Comentários: A ADI interventiva é uma subespécie de ADI. A ADI se manifesta nas suas formas: genérica, por omissão, e interventiva. Todas elas são instrumentos para levar diretamente ao Supremo, controvérsias constitucionais. Gabarito: Correto. 21. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) Ação direta de inconstitucionalidade por omissão é espécie de controle difuso. Comentários: Trata-se de controle concentrado, direto. Gabarito: Errado. 22. (ESAF/AFRFB/2009) Proclamada a inconstitucionalidade do dispositivo, pelo Supremo Tribunal Federal, julgar-se-á improcedente a ação direta de inconstitucionalidade. Comentários: Neste caso ela será julgada "procedente", pois o seu objetivo é justamente proclamar uma inconstitucionalidade. Gabarito: Errado. 23. (ESAF/PGDF/2007) Por meio da ação direta de inconstitucionalidade não é possível declarar a invalidade de uma lei anterior à atual Constituição, sob o fundamento de que tal lei violara a DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 15- Controle de Constitucionalidade Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 27 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Constituição em vigor ao tempo da sua edição, mas é possível a declaração da inconstitucionalidade dessa mesma lei, por ser materialmente incompatível com a nova Constituição. Comentários: Para que haja inconstitucionalidade de uma lei, esta lei deve “nascer” com o vício, não se admite o que chamamos de “inconstitucionalidade superveniente”, ou seja, a lei se tornar inconstitucional no decurso do tempo. Assim, uma lei só pode ser declarada inconstitucional perante a Constituição da época a qual foi criada, assim, ainda que possível fazer um controle de uma norma anterior a Constituição perante a Constituição vigente, este controle será apenas de “compatibilidade”, analisando-se se a norma foi recepcionada ou revogada pela nova constituição, não será um controle de “constitucionalidade”. Exemplo disto foi o julgamento da ADPF pelo STF que julgou como revogada a lei de imprensa anterior a CF/88, veja que a decisão não foi dada como a lei sendo “inconstitucional”, mas sim como sendo revogada. Gabarito: Errado. 24. (ESAF/PGDF/2007) O direito brasileiro não conhece instrumento apto para que o Judiciário pronuncie a inconstitucionalidade de lei anterior à Constituição em vigor, por ser tal lei infringente daConstituição que estava em vigor quando editada. Comentários: Poderá ser usado o cotrole concreto da norma pela via difusa, o que não poderá é se usar o controle concentrado. Gabarito: Errado. 25. (ESAF/CGU/2006) Após alteração do texto constitucional que promoveu a reforma do Poder Judiciário, são legitimidados para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade interventiva os mesmos legitimados para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade por omissão. Comentários: Somente o PGR é legitimado a propor ADI iterventiva, já a ADI por omissão pode ser proposta pelos mesmos legitimados da ADI genérica que estão no art. 103 da CF. Gabarito: Errado. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 15- Controle de Constitucionalidade Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 28 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 26. (ESAF/CGU/2006) Somente caberá arguição de descumprimento de preceito fundamental em decorrência de controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal. Comentários: No caso de ADPF poderá ser veiculada lei federal, estadual e até mesmo municipal. A ADC é que só pode ser usada para leis federais. Gabarito: Errado. 27. (ESAF/Juiz Substituto-TRT 7ª/2005) Leis estaduais e municipais podem ser objeto de ação declaratória de constitucionalidade proposta pelo Presidente da República. Comentários: A ADC só poderá veicular leis federais (CF, art. 102, I, a). Gabarito: Errado. 28. (ESAF/PGE-DF/2004) O Poder Legislativo está autorizado a aprovar lei em cujos dispositivos se declarem nulas e de nenhuma eficácia, por serem inconstitucionais, outras leis de sua autoria. Comentários: Segundo o STF, uma lei não é instrumento hábil para fazer controle de constitucionalidade, a referida lei deveria ser submetida à controle de constitucionalidade por via de ação direta no STF, já que no Brasil temos o sistema jurisdicional de controle de constitucionalidade. Gabarito: Errado. 29. (ESAF/PGDF/2007) O Ministério Público é parte legítima para propor ação civil pública que impugna instituição inconstitucional de tributo. Comentários: A ação civil pública não pode ser usada em substituição às ações do controle direto de constitucionalidade. Gabarito: Errado. 30. (ESAF/Juiz Substituto-TRT 7ª/2005) Na ação direta de inconstitucionalidade, a atividade judicante do STF está condicionada pelo pedido, mas não pela causa de pedir, que é tida como "aberta". DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 15- Controle de Constitucionalidade Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 29 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Comentários: É uma característica do constitucionalidade abstrato possuir causa de pedir “aberta”, ou seja, o STF não se vincula ao pedido do impetrante, podendo declarar a inconstitucionalidade com base em outro dispositivo. No entanto, não ocorre dispensa da fundamentação do pedido, apenas, a fundamentação não vincula o Supremo, que poderá achar outras razões para acatar ou não o pedido dada a relevância da controvérsia. Gabarito: Correto. 31. (FGV/ Auditor- Prefeitura de Cuiabá/ 2014) Assinale a opção que indica os atos normativos que podem ser objeto de controle de constitucionalidade pela via da ação direta. (A) Leis complementares e decretos regulamentares. (B) Leis ordinárias e atos internos do Legislativo. (C) Medidas provisórias e decretos autônomos. (D) Atos normativos privados e decretos legislativos. (E) Normas constitucionais originárias e emendas constitucionais. Comentários: O art. 102-, I, “a” primeira parte, prevê que as normas que podem ser objetos de controle concentrado são leis ou atos normativos federal ou estaduais. Chama-se atenção também para a possibilidade de controle concentrado para lei distrital desde que esteja tratando de matéria reservada aos estados membros. Perceba que medida provisória tem o mesmo status de lei. Por fim, também os seguintes atos podem ser objetos de controle concentrado: 1- Resolução e decreto legislativo– Há possibilidade de ADI contra resolução e decreto legislativo, desde que estejam diretamente ligados à Constituição e gozem de generalidade e abstração. 2-Decreto autônomo; 3- Regimento interno dos Tribunais. Gabarito: Letra C. Quem pode propor estas ações? Os legitimados estão dispostos taxativamente no art. 103 da CF, e se dividem em 2 grupos: os legitimados universais e os legitimados especiais. Estes são chamados especiais pois precisam demonstrar DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 15- Controle de Constitucionalidade Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 30 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte pertinência temática para propor a ação, ou seja, que tenham efetivo interesse na causa. 1- O Presidente da República; 2- O PGR; 3- O CONSELHO FEDERAL da OAB; 4- Partido político com representação no CN; 5- A Mesa de qualquer das Casas Legislativas; 6- A Mesa de Assembleia Legislativa Estadual ou Câmara Legislativa do DF; 7- O Governador de Estado/DF; 8- Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. Observações: 1- Observe que a Mesa do CN não tem legitimidade para propor ADIN e ADECON; 2- A perda da representação do partido político junto ao CN NÃO prejudica a ação já impetrada; 3- O STF reconhece, desde 2004 após rever a sua jurisprudência, a legitimidade ativa das chamadas associação de associações para fins de ajuizamento da ADI. 32. (ESAF/AFRFB/2009) O sistema de controle Judiciário de Constitucionalidade repressiva denominado reservado ou concentrado é exercido por via de ação. Comentários: Para se impugnar diretamente uma norma no Supremo deve-se fazer uso das ações do controle de constitucionalidade (ADI, ADC e ADPF), por isso ser chamado de "via de ação". Gabarito: Correto. 33. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) A partir da promulgação da Constituição de 1988, o cidadão brasileiro conta com uma Legitimados Universais: Não precisam demonstrar pertinência temática. Legitimados Especiais: Precisam demonstrar pertinência temática. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 15- Controle de Constitucionalidade Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 31 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte multiplicidade de formas de participação política sem precedentes na história do País. É uma forma de participação popular na esfera pública a possibilidade de qualquer cidadão propor individualmente Ação Direta de Inconstitucionalidade junto ao Supremo Tribunal Federal. Comentários: A ação direta de inconstitucionalidade (ADI) só poderá ser proposta pelos legitimados do art. 103 CF, o qual não inclui o cidadão. Gabarito: Errado. 34. (ESAF/TFC-CGU/2008) Tem legitimidade para propor ação direta de inconstitucionalidade e ação declaratória de constitucionalidade, exceto: a) o Governador de Estado e do Distrito Federal. b) o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. c) os Prefeitos. d) o Presidente da República. e) partido político com representação no Congresso Nacional. Comentários: Os legitimados para propor as ações do controle direto de constitucionalidade, seja a ADI, a ADPF ou a ADC (pedida pelo enunciado) são aqueles dispostos no art. 103 da Constituição. O rol apresentado em tal artigo não inclui os prefeitos. Gabarito: Letra C. 35. (ESAF/AFRFB/2009) O Supremo Tribunal Federal, em sede de Ação Direta de Inconstitucionalidade,exige pertinência temática, quando a ação é proposta pelo Governador do Distrito Federal. Comentários: O Governador, tanto do DF quanto de qualquer Estado, deverá demonstrar a pertinência temática, ou seja, que é efetivamente interessado na causa da ação. Caso contrário será negada a propositura. Gabarito: Correto. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 15- Controle de Constitucionalidade Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 32 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 36. (ESAF/PGFN/2007) A Mesa do Congresso Nacional não tem legitimidade para a propositura da Ação Direta de Inconstitucionalidade. Comentários: Parace algo estranho, mas é verdade. A relação do art. 103 da Constituição elencou somente as Mesas da Câmara e do Senado, separadamente, como legitimadas à propositura. Não admitiu a Mesa do Congresso Nacional (em conjunto). Gabarito: Correto. 37. (ESAF/PGFN/2007) A perda da representação do partido político junto ao Congresso Nacional implica na perda da capacidade postulatória, com conseqüente extinção, sem resolução do mérito, da Ação Direta de Inconstitucionalidade anteriormente proposta. Comentários: Segundo o STF, a perda superveniente de representação parlamentar não desqualifica o partido político como legitimado ativo para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade, tal aferição deve ser feita no momento da propositura. Gabarito: Errado 38. (ESAF/PGFN/2007) O Supremo Tribunal Federal não reconhece a legitimidade ativa das chamadas associação de associações para fins de ajuizamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade. Comentários: O STF, a partir de 2004, reviu a sua jurisprudência e passou a aceitar a legitimidade ativa das "associação de associações". Gabarito: Errado 39. (ESAF/Téc. Adm. - ANEEL/2006) Não tem legitimidade para propor a ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal: O Presidente do Congresso Nacional. Comentários: O Presidente do Congresso não está entre os legitimados pelo art. 103 da Constituição. Apenas as Mesas do Senado e da Câmara (separadamente) e o Partido Político com representação no Congresso DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 15- Controle de Constitucionalidade Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 33 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte é que poderão, no âmbito paralamentar federal, propor ações diretas ao Supremo. Gabarito: Correto. PGR e AGU no processo do controle concentrado: Sobre os terceiros não envolvidos no processo, diz a lei 9882/99: “Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ADIN ou ADECON” Intervenção de terceiros é um instituto de processo civil, onde pessoas que não fazem parte do início do processo poderão, por exemplo, em seu decorrer prestar “assistência” a uma das partes ou fazer “oposição” a ambas. A intervenção não é admitida, mas, existe a possibilidade de que em decisões complexas, de matérias relevantes, outros órgãos ou entidades se manifestem para prestar informações na qualidade de “amicus curiae” (amigos da corte), e essa possibilidade é uma faculdade que o relator do processo possui e a fará por despacho irrecorrível. O art. 103 da CF diz: § 1º - O PGR deverá ser previamente ouvido: Nas ações de inconstitucionalidade; e Em todos os processos de competência do STF. Manifestar-se-á também previamente à edição, revisão ou cancelamento de enunciado de súmula vinculante de cuja proposta não houver formulado. § 3º - O AGU será previamente citado para DEFENDER o ato ou texto impugnado, sempre que o STF apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de lei ou ato normativo. Antigamente, ao analisar a literalidade da Constituição, a doutrina defendia que o AGU mesmo que não concordasse, só teria uma opção: defender a lei. Essa opção, porém, passou a ser relativizada segundo a jurisprudência do STF, que entendia que o AGU não precisaria defender a norma cuja inconstitucionalidade já tiver sido anteriormente afirmada pela corte em outro processo. Atualmente, a questão ainda sofreu mais uma mudança, ao julgar questão de ordem na ADI 3916 em outubro de 2009, o STF passou a entender que o AGU possui liberdade de agir, não estando obrigado a defender o ato impugnado em ação direta de inconstitucionalidade. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 15- Controle de Constitucionalidade Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 34 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte O AGU e o PGR deverão ser ouvidos pelo STF sucessivamente, cada qual, em 15 dias. 40. (FCC/Analista - TRT 16ª/2009) Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Procurador- Geral da República, que defenderá o ato ou texto impugnado. Comentários: Consoante com a Constituição em seu art. 103 § 1º, o Procurador- Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal. Porém, não se pode falar que o PGR irá defender o texto impugnado. Isto é competência do AGU e não do PGR (CF, art. 103 §3º). Aliás, a questão é a perfeita literalidade do disposto na Constituição, art. 103 §3º. Gabarito: Errado. 41. (FCC/Analista - TRT 16ª/2009) O Advogado-Geral da União deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal. Comentários: Neste caso, não será o AGU e sim o Procurador-Geral da República (CF, art. 103 §1º). Gabarito: Errado. 42. (FGV/ Auditor do Estado/ 2014) O Procurador-Geral da República promove Ação Direta de Inconstitucionalidade por omissão cujo pedido vem a ser julgado procedente, à unanimidade, pelo Supremo Tribunal Federal. Constatada que a omissão está relacionada a órgão administrativo, este será cientificado para adotar as medidas necessárias ao suprimento da omissão em (A) dez dias. (B) quinze dias. (C) vinte dias. (D) trinta dias. (E) quarenta dias. Comentários: DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 15- Controle de Constitucionalidade Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 35 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte O item cobra o conhecimento literal do art. 103, §1° da CF, confira: Art. 103, § 1º CF - O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal. § 2º - Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias. Gabarito: Letra D. 43. (CESPE/AGU/2009) Quando o STF apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, compete ao Advogado-Geral da União exercer a função de curador especial do princípio da presunção de constitucionalidade da norma, razão pela qual não poderá, em hipótese alguma, manifestar-se pela inconstitucionalidade do ato impugnado. Comentários: Na época da questão, ela já estava errada pelo uso do "hipótese alguma", já que o AGU não precisaria fazer a defesa caso á existissem precedentes do tribunal que indiquem para a inconstitucionalidade do ato. Atualmente, a questão continua errada, mas pelo fato de que, na autal jurisprudência do STF (questão de ordem na ADI 3916), o entendimentoé o de que o AGU possui liberdade de agir, não estando obrigado a defender o ato impugnado em ação direta de inconstitucionalidade. Gabarito: Errado. 44. (ESAF/CGU/2006) Nas ações declaratórias de constitucionalidade, é obrigatória a atuação do Advogado-Geral da União no processo como curador da presunção de constitucionalidade da lei. Comentários: Ele será chamado apenas no caso de apreciação da inconstitucionalidade, pois deverá defender o dispositivo impugnado. Gabarito: Errado. Medida cautelar nas ações diretas: DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 15- Controle de Constitucionalidade Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 36 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Entedendo ser um direito urgente, que se não atendido com presteza poderá gerar algum dano (periculim in mora – perigo da demora) e sendo o pedido ao menos aparentemente plausível (fumus boni iuris – fumaça do bom direito), poderá o STF conceder medida acauteladora através de uma “decisão provisória”. Mesmo sendo decisão provisória, não podemos nos esquecer da reserva de plenário, pois está se declarando inconstitucionalidade, logo, deverá ter o voto da maioria absoluta. Aqui a decisão é apenas ex-nunc, pois é provisória, pendente de uma decisão definitiva, que aí sim terá eficácia retroativa, ou no caso apenas da ADI, o tribunal poderá entender que o melhor é conceder eficácia retroativa já para a medida cautelar. Interessante que, no caso da cautelar da ADI, ainda que a decisão seja provisória, ela tem o poder de suspender a aplicação da lei impugnada, com efeito, a legislação anterior (que havia sido revogada por esta lei que está sendo impugnada) volta a vigorar, ocorrendo um efeito repristinatório. Tal efeito repristinatório, no entanto, não ocorrerá se o STF expressamente se manifestar em contrário. 45. (FCC/Técnico Superior - PGE-RJ/2009) É competência do Supremo Tribunal Federal suspender, total ou parcialmente, a eficácia de lei ou ato normativo federal ou estadual, mediante a concessão de Comentários: Competência atribuída pelo art. 102, I, p da Constituição. Gabarito: Correto. 46. (CESPE/AJAJ - STM/2011) É possível se formular pedido cautelar em ação direta de inconstitucionalidade. Comentários: A própria Constituição já admite no seu art. 102, I, "p", que compete ao Supremo Tribunal Federal, processar e julgar, originariamente o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade. A lei 9868/99 ratifica esta possibilidade, explicitando o procedimento de julgamento de tal medida. Gabarito: Correto. Efeitos da decisão no controle jurisdicional repressivo de constitucionalidade: DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 15- Controle de Constitucionalidade Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 37 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Devemos lembrar que a inconstitucionalidade é um vício, algo que torna a lei inválida, logo a lei inconstitucional é uma lei nula, uma lei que nunca deveria ter existido. Assim dizemos que os efeitos da declaração de inconstitucionalidade é dito RETROATIVO (ou EX-TUNC); Porém, existem diferenças apenas quando se trata da abrangência da decisão: - No controle concreto, dizemos que a decisão se dá “inter-partes”, ou seja, só vale para aquelas partes que entraram em juízo e discutiram a causa. Para terceiros serem atingidos pela decisão, somente se também entrarem em juízo. - No controle abstrato, dizemos que a decisão é “erga-omnes”, ou seja, atinge a todos. Esta é uma decisão um pouco óbvia, pois como se está discutindo a lei em si, em tese, como poderíamos falar em efeito inter- partes se não há partes em litígio? - Diferentemente do que ocorre no controle concreto, as decisões definitivas de mérito (ou seja, só aquelas que efetivamente versem sobre o objeto do pedido e não uma mera decisão formal, como a inadmissão da ação por falta de pressuposto processual) no controle abstrato terão além da eficácia contra todos, vista acima, EFEITO VINCULANTE perante os demais órgãos do poder judiciário e da adminitração pública (executivo ou funções administrativas do legislativo e judiciário), seja na esfera federal, estadual ou municipal. - Efeito vinculante significa dizer que não se poderá agir de forma contrária a decisão. Caso haja um desrespeito a isso, caberá reclamação diretamente ao Supremo. - Muito importante é observar que o efeito vinculante que acabamos de ver não vinculará nem o Poder Legislativo, nem o prórpio STF Exceções: - Em se tratando do controle concreto, existe 2 modos de a decisão se tornar “erga-omnes” ao invés de “inter-partes”, são elas: 1- No caso da discussão alcançar o STF, este poderá remeter à norma ao Senado Federal, que no uso da competência atribuída a ele pelo art. 52, X da CF, PODERÁ “suspender” a execução da norma para todos. Esta decisão, porém, terá eficácia NÃO-RETROATIVA (ou EX-NUNC). 2- A segunda maneira de isso acontecer será a edição de uma súmula vinculante pelo STF, mas ele só poderá fazer isso após reiteradas decisões sobre a matéria e pela aprovação de 2/3 de seus membros. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 15- Controle de Constitucionalidade Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 38 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte - Existe quanto à dimensão temporal, a chamada modulação temporal dos efeitos: vimos que a regra da decisão é ter efeitos ex- tunc. Esta eficácia poderá ser afetada, caso o tribunal, alegando SEGURANÇA JURÍDICA ou EXCEPCIONAL INTERESSE SOCIAL, entenda pelo voto de 2/3 de seus membros que deve ao invés da eficácia retroativa, conceder uma eficácia ex-nunc ou a partir de outro momento que venha a fixar (pro-futuro). A jurisprudência vem admitindo, por analogia, a modulação temporal dos efeitos também no caso do controle concreto, quando então o juiz também poderá entender que a eficácia seja ex-nunc. Quadro-resumo dos Efeitos: Controle Regra Exceção STF no controle abstrato Alcance subjetivo Erga-Omnes - Alcance temporal Ex-tunc Ex-nunc (decisão de 2/3) Controle difuso Alcance subjetivo Inter-partes Erga-omnes se o STF publicar súmula vinculante ou se remeter ao Senado. Alcance temporal Ex-tunc Ex-nunc (analogia ao abstrato) Suspensão do ato pelo Senado (não é controle de constitucionalidad e) Alcance subjetivo Erga-Omnes - Alcance temporal Ex-nunc Ex-tunc para a adm. pública federal. Medida Cautelar de Ações Alcance subjetivo Erga-Omnes - Alcance temporal Ex-nunc Ex-tunc se o tribunal assim entender (previsto somente para a cautelar de ADI) DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 15- Controle de Constitucionalidade Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 39 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 47. (ESAF/PFN/2006) Suponha que o Supremo Tribunal Federal tenha declarado a inconstitucionalidade de uma lei federal, ao julgar um mandado de segurança. Essa declaração de inconstitucionalidade, mesmo não tendo eficácia erga omnes, apresenta efeito vinculante para todos os órgãos do Judiciário. Comentários: Como se trata de controle incidental, não há efeito erga omnes nem efeito vinculante, o que só ocorreria se o controle fosse da lei em tese. Gabarito: Errado. 48. (ESAF/PFN/2006) Suponha que o Supremo Tribunal Federal tenha declarado a inconstitucionalidade de uma lei federal, ao julgar um mandado de segurança. Se um juiz de primeira instância
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