Buscar

RESUMO DE DIREITO CIVIL PARA ESTUDO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

RESUMO DE DIREITO CIVIL PARA ESTUDO
CONCEITO DE DIREITO CIVIL E CÓDIGO CIVIL:
Direito que orienta, regula e estuda a relação entre particulares, pessoas físicas ou jurídicas. Campo do Direito Privado, e dividem-se em pessoais, familiares, patrimoniais e obrigacionais, estando todas disciplinadas no Código Civil.
Com a necessidade de uniformizar as condutas dos indivíduos, analisando um bem comum, onde se vê o que a sociedade necessita do Estado, foi criado o Código Civil, onde é composto por leis por meio de códigos, também conhecido como a “constituição do homem comum”.
CÓDIGO NAPOLEÔNICO
O Código Napoleônico surge após Napoleão Bonaparte tornar-se Imperador da França, entrando em vigou no dia 21 de março de 1804.
O Código Napoleônico (no original, em francês, Code Civil des Français, mas comumente referido como Code Civil ou Code Napoléon) é o código civil francês outorgado por Napoleão Bonaparte e que entrou em vigor a 21 de março de 1804. A premissa central era o patrimônio.
 O novo código eliminou os privilégios dos nobres, garantiu a todos os cidadãos masculinos a igualdade perante a lei, separou Igreja e Estado, legalizou o divórcio, além de dividir o direito civil em duas categorias: o da propriedade e o da família, e de codificar diversos ramos do direito ainda organizados em documentos esparsos.
A ideologia era a de que a lei (o código civil) responderia a todos os anseios da sociedade; ele deveria ser imutável, perene.
CÓDIGO CIVIL 1916
Em meados do século XIX (1850), o Brasil começou a se codificar. Mas o CC Francês já estava 100 anos na frente, pois em 1899, Clovis Beviláqua redigiu o anteprojeto do CC que só foi aprovado em 1916, entrando em vigor em 1917. Primeiro Código Civil Brasileiro, que antes possui apenas ordenações(ordens, decisões ou normas jurídicas avulsas ou as colectâneas que dos mesmos preceitos se elaboraram) (AFONSINAS, MANUELINAS E FILIPINAS).  a proposta de Beviláqua foi “tão liberal quanto lhe era permitido ser”, tendo em vista as limitações dadas pela estrutura social agrária e oligárquica e pelo conservadorismo então dominantes no Brasil. 
Importante característica do Código Civil é a sua originalidade, o seu “pensar por sí”.
Os três pilares do código civil de 1916 foi: a família, a propriedade e o contrato. O sistema do código de 1916 era fechado, contendo apenas as disposições que interessavam à classe dominante, que "atribuiu a si próprio o poder de dizer o direito, e assim fazendo delimitou com uma tênue mais eficaz lâmina o direito do não direito.
Algumas das características do CC/16 seriam:
Liberalismo econômico: (defende a não-intervenção do Estado na economia, a livre-concorrência, do câmbio-livre e da propriedade privada);
Direitos da 1ª geração ou Dimensão: ligados ao valor liberdade, são os direitos civis e políticos. Ligados ao valor igualdade, os direitos fundamentais de segunda dimensão são os direitos sociais, econômicos e culturais.
Modelo de Família era Branca, burguesa e patriarcal.	
Negros eram considerados bens.
A família legítima era apenas aquela formada pelo casamento. Tratava-se de uma família hierarquizada, paternalista, com divisão de funções entre os membros. O marido, pai, chefe de família, inspirado no pater romano, era a autoridade máxima com relação a todos os aspectos da vida familiar, sendo ele o representante legal da família (artigo 233, I); o administrador do patrimônio (artigo 233,II), o detentor do direito de fixar e alterar o domicilio da família (artigo 233, III), o detentor do direito de autorizar a profissão da mulher e a sua residência (artigo 233,IV); além de ser o responsável por prover à manutenção da família (artigo 233, V). O pátrio poder (como já faz alusão a expressão) era exercido pelo pai, exclusivamente, sendo que a mulher só o exercia subsidiariamente ou na ausência do pai.
A mulher tinha a função de cuidar dos filhos e da casa, e o dever de obediência ao marido, não podendo por exemplo exercer profissão sem a autorização deste.1. Aos filhos cabia o dever de obediência, sendo punidos em caso de descumprimento deste dever. A relação entre pai e filho era pautada por um comando superior por parte do pai e de mera obediência por parte do filho, não havendo espaço para conversa. O pai determinava desde o emprego e a forma de vida até o casamento dos filhos. O casamento, de base patrimonialista, era um instituto a ser preservado a qualquer custo, ainda que mediante a infelicidade de seus membros, uma vez que o sentimento interno da família era secundário diante da necessidade de manutenção do instituto. O divórcio, no Código Civil de 1916, não era sequer previsto.
O direito civil evoluiu saindo de um referencial técnico – formal voltado ao patrimônio para colocar suas atenções na pessoa humana.
O “caso das codificações” retrata o período em que o código começa a perder o status de que ele resolveria todos os litígios sociais.
Surgiu o processo de descentralização ou descodificação do direito civil. Isso aconteceu porque leis especiais (microssistemas jurídicos) começaram a aparecer.
Percebeu-se que o código tinha vantagens (transmitia segurança), mas trazia também desvantagens (engessava o direito e suas normas). O código não podia conter todas as normas especificamente necessárias à vida social, porque as relações tornavam-se cada vez mais complexas devido às evoluções históricas e sociais.
Assim, ao lado do CC/16, várias outras leis especiais foram criadas (Ex: CDC, ECA, lei de registro público, de investigação de paternidade, etc.) formando um polissistema.
Saímos, portanto, de um monossistema para um polissistema.
CÓDIGO CIVIL ANO 2002 (VIGENTE)
O anteprojeto do CC/02 começou a ser escrito a partir de 1969, na ditadura, por Miguel Reale, e em 1997 foi modernizado devido à influência da CF/88.
De 1997 a 2002, quase toda doutrina acreditava na impropriedade da codificação.
Quando surgiu, o CC/02 foi de encontro com todo esse pensamento de descodificação do direito civil e entrou em vigor em 11/01/03.
O código Civil de 2002 veio para superar o individualismo inegável que existia no Código Civil de 1916.
Sendo o novo código um sistema aberto, permite-se que haja sua mobilidade para atender aos avanços das relações humanas “(...) em virtude da linguagem que emprega, permitindo a constante incorporação – e solução de novos problemas, seja por via da construção jurisprudencial, seja por ter a humildade de deixar ao legislador, no futuro, a tarefa de progressivamente complementá-lo” [1]. Por isto, este é considerado um código civil Social, pautando nos princípios da socialidade, eticidade e operabilidade.
PRINCÍPIOS BASILARES DA C/C 2002:
PRINCIPIO DA SOCIABILIDADE: 
Acreditamos que este princípio teve suas origens na revolução Francesa: que teve como leva: Igualdade, Liberdade e Fraternidade. No Brasil começam a surgir às preocupações em se efetivar os direitos humanos fundamentais a partir da Constituição de 1988 dando ênfase aos direitos subjetivos correspondentes a todos os seres humanos.
Este princípio é relativo ao Direito Civil prestigiando os valores coletivos em detrimento dos valores individuais, acabando de vez com o individualismo que marcava o Código Civil de 1916.
Assim, se houver no caso concreto, uma colisão entre direitos individuais e coletivos, os coletivos terão um peso maior, pois se refere à coletividade.
PRINCÍPIO DA ETICIDADE
Se fundamenta no respeito à dignidade humana, dando prioridade à boa-fé subjetiva e objetiva, à probidade e à equidade,
Esse princípio v//isa coibir condutas não éticas, tudo que esteja contra o justo, ideal, correto, tudo que ofenda os valores da sociedade, tendo em vista que estas condutas devem ser reprimidas e punidas com extremo rigor.
O Princípio da Eticidade se manifesta no artigo 113, que trata da boa-fé dos negócios jurídicos e o artigo 128 que aduz que com a condição resolutiva o negócio será extinto, mas não terá efeitos aos negócios já praticados de acordo com o princípio da boa-fé; o artigo 164, que trata: “Presumem-se,porém, de boa-fé e valem os negócios ordinários indispensáveis à manutenção de estabelecimento mercantil, rural, ou industrial, ou à subsistência do devedor e de sua família”; o artigo 187, diz que de acordo com a boa-fé ou os bons costumes, se o possuidor do direito cometer excesso ao exercê-lo cometerá ato ilícito.
PRINCÍPIO DA OPERABILIDADE OU DA CONCRETUDE
Este princípio “confere ao julgador maior elasticidade, para que, em busca de solução mais justa, a norma, que, contendo cláusulas gerais ou conceitos indeterminados, possa, na análise de caso por caso, ser efetivamente aplicada, com base na valoração objetiva, vigente na sociedade atual (Miguel Reale)”
CONTEÚDO INICIAL DA AULA
PESSOA NATURAL:
Pessoa natural é o ser humano capaz de direitos e obrigações na esfera civil.
Prescreve o art. 2o do CC: “A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro (é o ser já concebido, mas que ainda se encontra no ventre materno)”. Ocorre o nascimento quando, ao nascer, a criança é separada do ventre materno e respira. Quando se nasce morto, não se adquire personalidade jurídica. Os direitos do nascituro, entretanto estão condicionados ao nascimento com vida, ou seja, se nascer morto, os direitos eventuais que viria a ter estarão frustados.
Concepturo é aquele ser que ainda não foi concebido, mas que, potencialmente, pode vir a ser;
Nascituro é um ser sem expectativa, tendo em vista ainda não ter personalidade. A lei resguarda os direitos do nascituro. (Art. 2º, do Código Civil Brasileiro, 2002).
Natimorto é o termo atribuído ao feto quando morre dentro do útero materno ou durante o trabalho de parto.
Para que o feto possa ser classificado como natimorto e não um aborto espontâneo deverá ser:
Gestação igual ou superior a 20 semanas;
Estatura igual ou superior a 25 centímetros;
Peso corporal do feto igual ou superior a 500 gramas;
Assim, de acordo com a norma brasileira, reconhece-se a personalidade desde que se torne patente o nascimento com vida, não sendo suficiente apenas e tão somente o nascimento, que é a expulsão do feto do ventre da genitora, que sem respirar é um natimorto.
Todo aquele que nasce com vida torna-se uma pessoa, ou seja, adquire personalidade. Pode ser definida como aptidão genérica para adquirir direitos e contrair obrigações ou deveres na ordem civil.
2) Teorias acerca do surgimento da personalidade civil da pessoa natural
O momento em que surge a personalidade civil da pessoa natural é de suma importância para o Direito, principalmente para o Direito Civil. Apenas para exemplificar, uma mãe poderia requerer o pagamento do seguro DPVAT em caso de morte do seu feto, em acidente automobilístico? A resposta irá depender da corrente que se adota.
Nesse sentido, existem três principais teorias acerca do tema. Vejamos:
2.1) Teoria natalista
Ensina-nos que a personalidade jurídica é adquirida apenas com o nascimento com vida. Nesse sentido, o nascituro teria apenas expectativa de direitos. Em relação a essa teoria, leciona Flávio Tartuce (Manual de Direito Civil, 4ª edição, 2013, página 79)[1] o seguinte:
“a teoria natalista nega ao nascituro até mesmo os seus direitos fundamentais, relacionados com a sua personalidade, caso do direito à vida, à investigação de paternidade, aos alimentos, ao nome e até à imagem”.
Essa é a tese adotada, por exemplo, por Silvio Rodrigues, Caio Mário da Silva Pereira, Sílvio Venosa e San Tiago Dantas.
2.2) Teoria da personalidade condicional
Essa teoria leciona que o nascituro tem determinados direitos, mas que estes estão sujeitos a uma condição suspensiva, qual seja, o nascimento deste com vida. Desse modo, essa teoria, assim como a natalista, entende que a personalidade civil da pessoa natural começa com o nascimento com vida. A diferença é que enquanto a natalista nega qualquer direito ao nascituro, a teoria da personalidade condicional resguarda os direitos do mesmo, desde que ele nasça com vida (evento futuro e incerto).
Adotam essa teoria, por exemplo, Washington de Barros Monteiro, Arnaldo Rizzardo, Serpa Lopes e Clóvis Beviláqua.
Flávio Tartuce (página 79 da mesma obra)[2], salienta o seguinte em relação a essa teoria:
“O grande problema da corrente doutrinária é que ela é apegada a questões patrimoniais, não respondendo ao apelo de direitos pessoais ou da personalidade a favor do nascituro. Ressalte-se, por oportuno, que os direitos da personalidade não podem estar sujeitos a condição, termo ou encargo, como propugna a corrente. Além disso, essa linha de entendimento acaba reconhecendo que o nascituro não tem direitos efetivos, mas apenas direitos eventuais sob condição suspensiva, ou seja, também mera expectativa de direitos.”
2.3) Teoria concepcionista
Retrata que a personalidade civil da pessoa natural já existe no nascituro, sem necessidade do preenchimento de nenhum outro requisito (como o nascimento com vida, por exemplo). Desse modo, a personalidade jurídica da pessoa natural é adquirida desde a concepção.
Esse é o entendimento doutrinário majoritário, em relação à doutrina contemporânea. Adotam essa teoria: Pablo Stolze, Rodolfo Pamplona, Cristiano Chaves, Flávio Tartuce, Maria Berenice Dias, Pontes de Miranda, Rubens Limongi França, Maria Helena Diniz, Teixeira de Freitas, Silmara Chinellato, além de outros.
Em relação a essa teoria, tem-se o 1º Enunciado da I Jornada de Direito Civil:
“1 – Art. 2º: A proteção que o Código defere ao nascituro alcança o natimorto no que concerne aos direitos da personalidade, tais como: nome, imagem e sepultura.”
Recentemente (informativo 547/2014) o STJ adotou essa teoria em um julgamento que dizia respeito ao direito, ou não, de uma mãe receber o seguro DPVAT (pago, entre outras hipóteses, aos herdeiros do falecido em caso de morte em acidente de trânsito), tendo em vista aborto sofrido por ela, em razão de acidente de trânsito. O benefício foi deferido a ela, sendo que o Ministro Relator afirmou o seguinte:
“O ordenamento jurídico como um todo – e não apenas o Código Civil de 2002 – alinhou-se mais à teoria concepcionista para a construção da situação jurídica do nascituro, conclusão enfaticamente sufragada pela majoritária doutrina contemporânea” [3].
3) Conclusão 
Apesar de, à primeira vista, em uma leitura simplista, o Código Civil de 2002 (CC/02) aparentar adotar a teoria natalista, no que tange ao momento de surgimento da personalidade jurídica da pessoa natural, conclui-se, com fulcro na doutrina majoritária, sufragada pelo entendimento do egrégio STJ, que a teoria adotada pelo Código Civil de 2002 foi a concepcionista. 
CAPACIDADE
É elemento da personalidade e também medida jurídica da personalidade. Temos dois tipos de capacidade:
Capacidade de Direito ou de Gozo: todos adquirem ao nascer. Quem só ostenta a de direito tem capacidade limitada, são os incapazes. Só não há capacidade de aquisição de direitos onde falta personalidade, como no caso do nascituro.
Capacidade de fato, de exercício ou de ação: aptidão para exercer, por si só, os atos da vida civil.
*** Capacidade plena: capacidade que possui as pessoas que possuem as duas capacidades.
INCAPACIDADE:
As pessoas portadoras da capacidade de direito, mas não possuidoras da de fato ou de ação, têm capacidade limitada e são chamadas incapazes. Com o intuito de protegê-las a lei não lhes permite o exercício pessoal de direitos, exigindo que sejam representados ou assistidos nos atos jurídicos em geral. Não existe incapacidade de direito, há, portanto, somente incapacidade de fato ou de exercício.  
 
O art. 3o do CC menciona os absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os seus direitos e que devem ser representados. O art. 4o enumera os relativamente incapazes, devidamente assistidos por seus representantes legais, a participar dos atos jurídicos de seu interesse.  
Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: 
I - os menores de dezesseis anos; 
II - os que, por enfermidadeou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos;
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.
 Art. 3o  São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.             (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)          (Vigência)
 I - (Revogado);        (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)      (Vigência)
 II - (Revogado);          (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)        (Vigência)
 III - (Revogado).          (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)        (Vigência)
Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer:
Art. 4o  São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:             (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)        (Vigência)
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido;
III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;
 II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;         (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)         (Vigência)
 III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;          (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)        (Vigência)
IV - os pródigos.
Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial.
Parágrafo único.  A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial.        (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)         (Vigência)
Cessão da incapacidade (desaparecem os motivos que a determinam).
Maioridade: a menoridade cessa aos 18 anos completos (art. 5o, CC).
 
Emancipação: aquisição da capacidade civil antes da idade legal (antecipação da maioridade). Pode ocorrer por concessão dos pais ou de sentença do juiz, bem como de determinados fatos a que a lei atribui esse efeito. Cessará, para os menores, a incapacidade: (I) pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver 16 anos completos; (II) pelo casamento; (III) pelo exercício de emprego público efetivo; (IV) pela colação de grau em curso de ensino superior; (V) pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com 16 anos completos tenha economia própria.
 
a)       Emancipação Voluntária: é concedida pelos pais, se o menor tiver 16 anos completos. 
b)      Emancipação Judicial: é a do menor sob tutela que já completou 16 anos de idade, provado que o menor tem capacidade para reger sua pessoa e seus bens. 
c)       Emancipação Legal: decorre de determinados acontecimentos a que a lei atribui esse feito: casamento válido; o exercício de emprego público efetivo; a colação de grau em curso de ensino superior; e o estabelecimento civil ou comercial, ou a existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com 16 anos completos tenha economia própria, justificam a emancipação, por demonstrar maturidade própria do menor.
EXTINÇÃO DA PERSONALIDADE NATURAL
A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.
DIREITOS DA PERSONALIDADE
 Os direitos da personalidade podem ser conceituados como sendo aqueles direitos inerentes à pessoa e à sua dignidade. Surgem cinco ícones principais: vida/integridade física, honra, imagem, nome e intimidade. Essas cinco expressões-chave demonstram muito bem a concepção desses direitos.
            Não só a pessoa natural possui tais direitos, mas também a pessoa jurídica, regra expressa do art. 52 do novo Código Civil, que apenas confirma o entendimento jurisprudencial anterior, pelo qual a pessoa jurídica poderia sofrer um dano moral, em casos de lesão à sua honra objetiva, com repercussão social (súmula 226 do STJ).
 Os direitos da personalidade são irrenunciáveis e intransmissíveis, segundo prevê o art. 11 do Código Civil de 2002. Assim, nunca caberá afastamento volitivo de tais direitos, como daquele atleta que se expõe a uma situação de risco e renuncia expressamente a qualquer indenização futura. Tal declaração não valerá! Mas sem dúvidas que o valor da indenização deve ser reduzido, diante de culpa concorrente da própria vítima, nos moldes dos arts. 944 e 945 da novel codificação.
  Esse mesmo art. 12 consagra os direitos do morto, prevendo o seu parágrafo único a legitimidade de ascendentes, descendentes, cônjuge e colaterais até quarto grau pleitearem indenização no caso de danos à personalidade de pessoa falecida. São os denominados lesados indiretos, que sofrem muitas vezes um dano reflexo, indireto, comumente denominado dano em ricochete.
            Não se trata de legitimação concorrente, sendo certo que o parentesco mais próximo deve excluir o mais remoto, de acordo com as regras de direito sucessório. Mesmo não havendo previsão no dispositivo legal, estendemos a legitimidade também ao companheiro, assim como o cônjuge, já que o convivente é também herdeiro pelo novo Código Civil, conforme o seu art. 1.790.
            O art. 13 do novo Código veda a disposição de parte do corpo, a não ser em casos de exigência médica e desde que tal disposição não traga inutilidade do órgão ou contrarie os bons costumes. Esse artigo enquadra-se perfeitamente nos casos envolvendo o transexualismo
INDIVIDUALIZAÇÃO DA PESSOA NATURAL
NOME
O nome (prenome + sobrenome), também conhecido por nome completo ou nome de família, é a expressão utilizada para designar uma pessoa natural, ou seja, trata-se de elemento de individualização da pessoa. Vai daí que o nome é direito fundamental da pessoa, pois insere o ser humano na família e na sociedade, particularizando-o.
prenome – “nome” próprio do indivíduo, que pode ser simples (ex.: João) ou composto (ex.: João Paulo); e
sobrenome – apelido de família. Indica a procedência da pessoa e a sua filiação. Pode decorrer de sobrenome materno, sobrenome paterno ou da conjunção dos dois.
Facultativamente, o nome poderá ser composto pelo agnome e pela inserção de alcunha.
Agnome: terminação distintiva do sobrenome. O agnome individualiza a pessoa dentro de seu grupo familiar. Ex.: Filho, Júnior, Neto.
Alcunha: designação dada a alguém levando em consideração determinadas situações particulares; é um apelido. Ex.: Gugu, Xuxa, Zico.
O nome é um direito da personalidade e, sendo assim, é em regra, imutável; mas a imutabilidade do nome comporta algumas exceções e será possível a alteração do nome quando ocorrer.
Exposição ao ridículo: são situações em que a pessoa passa por constrangimento ou tem abalos emocionais por força do nome que utiliza.
Erro gráfico evidente: o erro gráfico evidente também é admitido pela Lei de Registros Públicos (Lei 6.015/73).
Uso prolongado e constante de nome diverso daquele que figura no registro: pode ser que a pessoa ao possibilitar que toda e qualquer pessoa no primeiro ano após a maioridade civil possa alterar o nome.
Inclusão de alcunha: temos diversos casos conhecidos, como Xuxa e Pelé. Trata-se de situações em que a alcunha compõe a personalidade da pessoa, situações em que, portanto, o nome poderá ser alterado com a inclusão da alcunha.
Homonímia: é possível, para a prevenção de dissabores, danos ou prejuízos a interesses personalíssimos que visem à preservação da integridade moral e intelectual da pessoa que, quando exposta a situações vexatórias por ter um homônimo, tenha a prerrogativa, por meio da tutela jurisdicional, de modificar seu nome, com fulcro na cláusula geral do art. 12 do Código Civil, com vista a espancar a possibilidade de lesões aos seus interesses pessoais.
Adoção – nos casos de adoção, há disposição expressa.
Tradução – realizada por tradutor juramentado.
Mudança de estado familiar individualizador:casamento, separação, divórcio e união estável. Conforme as regras diversas previstas no Código Civil.
Proteção à Testemunha: “Art. 58. O prenome será definitivo. Parágrafo único. A substituição do prenome será ainda admitida em razão de fundada coação ou ameaça decorrente da colaboração com a apuração de crime, por determinação, em sentença, de juiz competente, ouvido o Ministério Público.”
O nome completo também pode sofrer alterações em caso de transsexualismo: Transexualismo: tem essa condição sido invocada, também, em pedidos de retificação de nome e de sexo no registro civil. Confira‐se: “Ainda que não se admita a existência de erro no registro civil, não se pode negar que a utilização de nome masculino por transexual que se submeta a cirurgia de mudança de sexo o expõe ao ridículo, razão pela qual admite‐se a modificação para o prenome feminino que o autor da pretensão vem se utilizando para se identificar, nos moldes do art. 55, par. ún., c/c o art. 109 da Lei 6.015/73. A Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, X, inclui, entre os direitos individuais, a inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas, fundamento legal autorizador da mudança do sexo jurídico de transexual que se submeteu a cirurgia de mudança de sexo, pois patente seu constrangimento cada vez que se identifica como pessoa de sexo diferente daquela que aparenta ser”86
 O Tribunal de Justiça de São Paulo autorizou a mudança de nome no registro civil de transexual, antes mesmo de mudança de sexo. Correta a decisão, visto que a transexualidade deve ser constatada em avaliação psiquiátrica, uma vez que se trata de um transtorno mental, e não em exame físico.
DIREITO DO PACIENTE
Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica.
Ao paciente é facultado recusar tratamento médico ou intervenção cirúrgica que contenha risco de vida, conforme inteligência do artigo 15 do nosso Código Civil. Em sentido contrário, não lhe é dada a prerrogativa de recusa quando não ficar evidenciado tal risco.
Assim sendo, em casos em que o paciente dispõe de lucidez para exprimir sua vontade, tem-se como um dos direitos do paciente a recusa a tratamento médico ou intervenção cirúrgica com risco de vida. Quando não puder exprimir sua vontade, caberá ao seu representante legal decidir acerca da submissão ao tratamento.
Tal artigo visa assegurar ao paciente uma mínima liberdade, pois é seu corpo que está em jogo, não sendo o mesmo obrigado a seguir uma doutrina só porque a medicina assim determina. O mesmo tem plena faculdade em não acreditar na medicina, preferindo segurar-se somente na fé, seja religiosa ou mística, ou nos famosos “remédios caseiros”, como é muito comum em regiões que as políticas públicas ainda não chegaram de forma eficaz.
Ocorre que, não há que se confundir o enunciado desse artigo 15 supracitado com o caso em que a pessoa chega ao hospital em iminente risco de vida, como ocorre nos acidentes de veículos, onde não há tempo para se perquirir a vontade do paciente e nem muito menos avaliar sua capacidade psicológica para manifestar sua opinião de forma conclusiva. Em tais casos, o profissional médico deverá atuar imediatamente, sob pena de assim não fazendo incorrer nas disposições do artigo 951 do mesmo diploma legal, que assim dispõe:
Art. 951 . O disposto nos arts. 948, 949 e 950 aplica-se ainda no caso de indenização devida por aquele que, no exercício de atividade profissional, por negligência, imprudência ou imperícia, causar a morte do paciente, agravar-lhe o mal, causar-lhe lesão, ou inabilitá-lo para o trabalho.
ESTADO CIVIL
É a situação de uma pessoa em relação ao matrimônio ou à sociedade conjugal.
De acordo com as leis brasileiras, os possíveis estados da pessoa em relação ao casamento e entidade familiar são:
Solteiro(a) - quem nunca se casou, ou que teve o casamento anulado
Casado(a) - quem contraiu matrimônio, independente do regime de bens adotado
Divorciado(a) - após a homologação do divórcio pela justiça ou por uma escritura pública.
Viúvo(a) - pessoa cujo cônjuge faleceu.
Separado(a) - pessoa cujo vínculo jurídico do casamento existe, mas foi dissolvida por escritura pública ou decisão judicial a sociedade conjugal
A União estável, condição de convivência familiar entre pessoas que não possuem impedimento ao casamento,embora a jurisprudência do STJ e a doutrina sobre o assunto afirme ser possível tal condição, uma vez que não inclui o inciso VI do artigo 1521 como impedimento pra sua realização, é legalmente reconhecida e considerada como entidade familiar. Apesar de legalmente reconhecida, a União Estável não registrada não está acessível ao conhecimento do público, logo não altera o estado civil. Quem assim vive, portanto, não é obrigado a identificar-se como tal e não falta com a verdade ao se declarar solteiro, separado, divorciado ou viúvo, ressalvada a necessária boa-fé em dizer que mantém união estável quando assim perguntado e quando a união estável tenha consequências jurídicas para o ato ao qual a pessoa está se identificando.
Ainda não há na legislação regra expressa que afirme que conviver em união estável ou concubinato modifique o estado civil das pessoas. Há sim Projeto de Lei nesse sentido

Outros materiais