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1ª Ativ Politicas da Educação Básica.

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CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
LICENCIATURA
	Disciplina: Políticas da Educação Básica.
	Tarefa: Atividade 2º Ciclo.
	Nome: Wellington Laender de Moura
	RA: 8033711
	Turma: DGEFL170GIA0O
	 Tutor: Luiz Ricardo Meneghelli Fernandes.
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 Atividade no Portfólio
Objetivos
• Compreender a trajetória das políticas da educação básica no Brasil ao longo do período republicano.
• Refletir sobre a concepção de educação expressa na Constituição Federal de 1988 e na LDBEN nº 9394/96.
Descrição da Atividade
Com base nas leituras propostas, desenvolva os seguintes pontos:
1) Apresente as principais características das políticas educacionais em cada período da histórica republicana do Brasil, destacando principalmente os períodos de 30 e 70.
2) Apresente as concepções de educação expressas na Constituição Federal de 1988, dos artigos 205 a 214, com uma crítica pessoal ao final.
3) Apresente uma síntese dos principais pontos presentes na LDBEN nº 9394/96,
destacando:
a) Os princípios gerais da Educação Brasileira.
b) Os níveis da educação no Brasil: Educação Básica e Educação Superior.
c) Da Educação Básica.
d) A formação dos profissionais da educação básica.
Ao final, uma crítica pessoal a respeito do que foi lido e estudado.
“Políticas educacionais: conjunto de ações adotadas pelos governos para garantir o direito à educação ou para estruturar, organizar e manter os sistemas de ensino, formar profissionais etc”.�
 Respostas:
1) No ano de 1824 constituiu-se formalmente a 1ª Constituição do Brasil, e nesta, em relação à educação, só havia uma declaração de "boas intenções", e garantia que de instrução primaria gratuita para todos, contudo, sem anunciar como ela seria alcançada.
A segunda Constituição do Brasil foi em 1891, e nela ficou fixada que o ensino secundário e superior seria de responsabilidade da União e o ensino elementar e profissional a cargo dos Estados, repetindo o antigo modelo monárquico.
No ano de 1932 tornou-se um marco. Com a criação do "Manifesto dos pioneiros da Educação Nova", pelos autores da Escola Nova, propôs-se uma reforma na educação, além de se elaborar um diagnóstico da situação em que se encontrava a educação no país.
Na Constituição de 1934, conforme afirma Junior (1991, p.45), a União coordenaria e fiscalizaria todo o ensino, em todos os graus e ramos, comuns e especializados, através do Plano Nacional de Educação. Nessa constituição destacou-se importantes medidas em relação à organização escolar, sendo elas:
- o ensino primário passou a ser gratuito e obrigatório;
- União e dos Estados deveriam investir percentuais mínimos em educação;
- os Estados ficariam com a competência de fiscalizar estabelecimentos de ensino público e privado;
- os professores só poderiam se admitidos por concurso publico. 
Além disso, outros decretos foram criados, como o de 1931, que constava a reforma do ensino secundário, atribuindo-lhe os objetivos de instituir o Estatuto das Universidades Brasileiras, no bojo do qual foi criada a Universidade de São Paulo em 1934, e de promover a "formação geral e a preparação para o ensino superior" (PILETTI, 1988, p. 209).
 
Uma nova Constituição do Brasil, outorgada por Vargas em 1937 após um golpe de Estado, ficou marcada pela criação do Estado Novo. Nesse período, que foi de 1937-45, criou-se a Reforma Capanema, que intervia na educação por meio de leis ou decretos. O que se destacou nessa reforma, foi a criação de uma série de órgãos, como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e o Instituto Nacional de Serviços Pedagógicos (INEP), indicando uma forte tendência para a formação técnica e profissional. Houve também a reorganização do ensino secundário, dividindo-o em ginásio (quatro anos) e colegial (três anos), este subdividido em clássico e científico, porem diferentemente da CF 1934, esta Constituição retirou do Estado a responsabilidade de prover educação publica e não menciona nada sobre financiamento publico para o sistema escolar.
A Constituição de 1937 também se refere a um Plano Nacional de Educação, baseado em três pontos básicos:
1) O PNE seria convertido em "código da educação nacional"; portanto, estabeleceria princípios e normas.
2) A organização e o funcionamento das instituições escolares passariam a ser norteadas pelas determinações legais desse "código". 
3) A Constituição de 1937 estabelecia uma duração de dez anos para o PNE, de forma que, depois de decorrido esse tempo, ele deveria ser avaliado e revisto (CRC. Corrêa, Políticas da Educação Básica. Claretiano, 2013. p. 56).
Em 1946 a Constituição Federal prenunciou a elaboração de uma legislação própria, criando possibilidades para a coquista de uma Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), porem essa só foi instituída em 20 de dezembro de 1961. Quanto as reformas imediatas, foi aprovado que, o principio da Educação é um direito de todos; o ensino primário oficial passaria a ser obrigatório e gratuito, incluindo programas de assistência aos estudantes carentes; a liberdade de oferta de ensino escolar à iniciativa privada; manteve-se o ensino religioso compulsoriamente nas instituições de ensino.
Com a sanção da Lei nº 4.024, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) em 20 de dezembro de 61, foi resumidamente instituindo em seu artigo 1º: que a Educação se voltava para a valorização da pessoa humana, não admitindo discriminações em qualquer hipótese; previa a estruturação da organização escolar em quatro níveis: ensino pré-primário, ensino primário, ensino médio e ensino superior; na organização curricular, instituiu disciplinas obrigatórias para todas as escolas do país, outras disciplinas obrigatórias em termos estaduais, ficando a cargo dos Conselhos Estaduais de Educação, e um terceiro grupo de disciplinas que ficariam a critério das instituições de ensino também sob a fiscalização dos Conselhos Estaduais de Educação.
 Com o golpe militar em 64, iniciou-se o regime militar, que se estendeu até 1985 nesse período houve mudanças substancias nas políticas de educação básica. A primeira foi em 1968, pela Lei nº 5.540/68, na qual instaurava a reforma universitária, conhecida com o acordo MEC-USAID, sigla da agência norte-americana para o desenvolvimento internacional.
Tal reforma pretendia promover o controle ideológico e impor uma lógica propriamente burocrática em sua organização e classificação dos alunos para seu ingresso nos cursos universitários, além de dar ênfase ao caráter tecnocrático que dominou as políticas educacionais promovidas pela ditadura militar. 
Outra reforma importante foi através da Lei de Diretrizes e Bases nº 5.692/71, que revogou a LDB de 1961, atingindo o ensino básico. A partir daí, o ensino se organizou em três níveis: 1º Grau com duração de 8 anos, englobando o primário e o ginásio; 2º Grau passou a ser profissionalizante, sendo por 3 ou 4 anos, conforme a especialização preterida; e o 3º Grau, que se referia ao ensino superior (graduação e pós-graduação).
Em relação aos conteúdos curriculares, as disciplinas de História, Geografia e Filosofia, foram substituídas pelas disciplinas de Educação Moral e Cívica, Organização Social, Política e Econômica do Brasil e Estudos Sociais, uma menção clara à manipulação ideológica, já que as primeiras eram consideradas “subversivas”.
Em 1982 foi aprovada a Lei nº 7.044, que pôs fim à obrigatoriedade do ensino de 2º Grau ser profissionalizante, promovendo o ensino secundário, novamente como formador para o ensino superior.
Com a proclamação da última Constituição em 1988, em seu capítulo III, seção I, ficaram estabelecidos os princípios gerais da educação nacional, que são: a educação é direito de todos e dever do Estado e da família; estabelece os princípios da educação nacional inspirados no liberalismo, na democracia e no respeito aos direitos humanos; atribui ao Estado competências, não só na oferta, mas também no atendimento aosestudantes, contribuindo com a frequência obrigatória no ensino fundamental; estipula aos Estados, Distrito Federal e Municípios, percentuais mínimos a ser investidos na educação.
Um grande avanço foi conquistado em 1996, através da promulgação da nova LDB da Educação Nacional- Lei nº 9.394/96. Resumidamente a Lei reformulou todo sistema escolar nacional, "além de possibilitar à escola uma finalidade antenada com as profundas mudanças observadas no mundo da produção capitalista, a partir do final do século 20.” CRC. Corrêa, Políticas da Educação Básica. Claretiano, 2013. p. 54.
A Lei 9.394/96 previa que: a educação brasileira fosse dividida em duas partes, educação básica, constituída pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio, e ensino superior; a Lei cria responsabilidades aos níveis administrativos, fixando incumbências à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios; decreta uma base nacional comum e uma parte diversificada em uma nova estrutura curricular; orienta um novo padrão para aferir o rendimento escolar, estimulando avaliações contínuas e contextualizantes; flexibiliza regras para inclusão de pessoas com necessidades especiais à rede escolar comum. A Lei também, em seu Artigo 9º, previa a elaboração de um Plano Nacional de Educação, onde a União, Estados, Distrito Federal e Municípios, em regime de colaboração, deveriam no prazo de um ano, enviar ao Congresso Nacional, uma proposta contendo metas para a educação.
 A aprovação da lei nº 10.172, pelo Congresso Nacional, em janeiro de 2001, estabeleceu com duração de dez anos, o Plano Nacional de Educação, visando assim garantir a continuidade das políticas educacionais, caracterizando-o como um plano de Estado e não de governo. A seguir, as linhas gerais do PNE (2001-2010):
a) propunha acompanhamento de perto pelo Poder Legislativo e pela sociedade civil organizada durante sua vigência;
b) Estados, Distrito Federal e Municípios deveriam propor seus próprios Planos de Educação em conformidade com o plano nacional;
c) propunha aumentar o nível de escolaridade da população, reduzindo as diferenças entre as regiões no que diz respeito ao acesso e à permanência na escola pública;
d) seguia o princípio constitucional e da Lei de Diretrizes e Bases quanto à necessidade de democratização da gestão da escola pública. (CRC. Corrêa, Políticas da Educação Básica. Claretiano, 2013. p. 58).
No ano de 2007, no governo Lula, através do decreto nº 6.094, foi lançado o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), no que se refere a um Plano de Metas “Compromisso Todos pela Educação”, que focava a melhora da educação básica. Plano esse, totalmente independente do PNE. 
Destacam-se algumas metas e ações:
a) a criação do Índice de desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), que varia de zero a 10. Com base nesse indicador, o governo busca selecionar municípios que deverão receber recursos adicionais da União e assistência técnica adicional;
b) o estabelecimento de um piso salarial nacional para os professores do ensino básico;
c) a implementação do programa Pró-Infância, que visa destinar recursos federais para a construção de creches e pré-escolas;
d) o investimento em formação continuada de professores. Todos os professores passariam a ter um vínculo com uma universidade, principal responsável pelos cursos de formação.
e) a criação de bolsas para estimular os jovens de até 17 anos, de famílias com baixa renda e que estão fora da escola, a voltar a estudar;
f) a modificação do sistema de crédito estudantil;
g) a realização da Provinha Brasil, um exame para avaliar a qualidade da alfabetização de crianças das escolas públicas;
h) a organização da Olimpíada de Língua Portuguesa, a exemplo da Olimpíada de Matemática;
i) a universalização dos laboratórios de informática para escolas públicas de 5ª a 8ª séries, em um primeiro momento, e depois de 1ª a 4ª;
j) a ampliação do programa "Luz para Todos", possibilitando que aproximadamente 18 mil escolas tenham acesso à energia elétrica;
k) o incentivo à produção audiovisual digital voltada para a educação de qualidade, com investimento de R$ 70 milhões.(CRC. Corrêa, Políticas da Educação Básica. Claretiano, 2013. p. 60).
Desde que terminou a manutenção do PNE (2001-2010), em 2010, está tramitando no Congresso um novo Plano Nacional de Educação para o decênio 2011-2020. Através do projeto de Lei nº 8.035/2010, que foi direcionado pelo governo federal ao Congresso, o plano apresenta 10 diretrizes:
 I - erradicação do analfabetismo;
II - universalização do atendimento escolar;
III - superação das desigualdades educacionais;
IV - melhoria da qualidade do ensino;
V - formação para o trabalho;
VI - promoção da sustentabilidade sócio-ambiental;
VII - promoção humanística, científica e tecnológica do País;
VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto;
IX -valorização dos profissionais da educação; e
X - difusão dos princípios da equidade, do respeito à diversidade e a gestão democrática da educação. . (CRC. Corrêa, Políticas da Educação Básica. Claretiano, 2013. p. 62).
O plano também prediz 20 metas, destacando-se: atendimento escolar da população de quatro e cinco anos a todos brasileiros e a ampliação da oferta de educação infantil; generalização do ensino fundamental de nove anos; aumento da taxa de matrículas no ensino médio e na educação profissional técnica e na educação superior; educação em tempo integral; e a ampliação progressiva do investimento público na educação.
Pode-se destacar também, que o novo Plano Nacional de Educação, confere força de lei as aferições do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) e sugere estratégias para conquistar as metas deste índice em todos os níveis da educação básica.
2) As concepções de educação expressas na Constituição são: 
O Art. 205. cita que a educação além de ser dever do Estado, é também da família, e que a sociedade deverá colaborar. Seu objetivo é o desenvolvimento da pessoa em todos aspectos e dimensões, e seu preparo para viver e participar (trabalho) da sociedade.
No Art. 206. temos a importância de conhecer os princípios, com base nos quais o ensino será ministrado: igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas; gestão democrática do ensino público, na forma da lei; garantia de padrão de qualidade; piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos de lei federal.
O Art. 207. traz, autonomia total as Universidades, sendo, didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Na forma da lei, é permitido às universidades admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros. O mesmo é aplicável às instituições de pesquisa científica e tecnológica.
Art. 208. Quanto ao dever do Estado, será efetivado mediante a garantia de: educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria; progressiva universalização do ensino médio gratuito; atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade; acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo acapacidade de cada um; oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.
O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. O oferecimento irregular do ensino pelo Poder Público, acarreta responsabilidade da autoridade competente. E além de oferecer a vaga, compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos responsáveis, pela frequência à escola.
Art. 209. Apesar do ensino ser um serviço público, ele também é um direto da iniciativa privada, porem este deverá cumprir as normas gerais da educação nacional e autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público.
Art. 210. Os conteúdos mínimos para o ensino fundamental, devem ser fixados de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais. Destaca-se que o ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental. A língua portuguesa será a ministrada no ensino fundamental, assegurando às comunidades indígenas a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem. 
No Art. 211. A distribuição das competências entre os entes da federação se dará da seguinte forma: a União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, além de financiar as instituições de ensino públicas federais e em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, garantindo assim a equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino, assistindo técnica e financeiramente aos Estados, Distrito Federal e aos Municípios. Estes atuarão com prioridade na educação infantil e fundamental. Os Estados e o Distrito Federal, nos ensinos fundamental e médio. Quanto a organização de seus sistemas de ensino, União, Estados, Distrito Federal e os Municípios, irão definir formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório. A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino regular.
Art. 212. Ficará a cargo da União a aplicação de 18% da receita resultante de impostos na manutenção e desenvolvimento do ensino. Os Estados, Distrito Federal e Municípios a porcentagem será de 25%. Para efeito de cálculo previsto neste artigo, não será considerada a parcela da arrecadação de impostos transferida, tanto pela União ao Distrito Federal e aos Municípios, quanto dos Estados para seus respectivos Municípios, receita do governo que a transferir. Terá prioridade as necessidades do ensino obrigatório, quanto a distribuição dos recursos públicos. Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde serão financiados com recursos provenientes de contribuições sociais e outros recursos orçamentários. A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-educação, recolhida pelas empresas na forma da lei. As cotas estaduais e municipais da arrecadação da contribuição social do salário-educação serão distribuídas proporcionalmente ao número de alunos matriculados na educação básica, respectivamente.
Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que: comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação; assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades.
Na forma da lei, os recursos de que são tratados neste artigo, poderão ser destinados à aqueles que demonstrarem insuficiência de recursos, utilizando-o em bolsas para o ensino fundamental e médio, ficando a cargo do Poder Publico o investimento prioritário na expansão de sua rede na localidade. Poderão receber apoio financeiro do Poder
Público, atividades de pesquisa, de extensão e de estímulo e fomento à inovação realizada por universidades e/ou por instituições de educação profissional e tecnológica.
No Art. 214. A Constituição ainda prevê que a lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração de 10 anos, objetivando articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas das diferentes esferas federativas dos poderes públicos que conduzam a: erradicação do analfabetismo; universalização do atendimento escolar; melhoria da qualidade do ensino; formação para o trabalho; promoção humanística, científica e tecnológica do País e o estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto.
Crítica pessoal.
Estou convicto que as leis por si só não promovem mudanças na sociedade, porém com esse estudo pude constatar a importância da Constituição Federal de 1988. No que se refere à educação, foi ela a responsável por nortear todos os demais documentos e medidas legais, atuando nas instituições públicas e privadas de ensino. Estabeleceu percentuais mínimos a serem investidos na educação pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, visando o desenvolvimento pleno do cidadão, preparando-o para o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho, além de tantas outras. Porém, diante das desigualdades em que nos encontramos, o acesso ao saber se torna imprescindível para o desenvolvimento social, nos impelindo a lutar para que se possa valer das Leis já estabelecidas, e porque não, alcançarmos outras conquistas.
3) A Lei n.º 9394/96.
Art. 1º A educação sendo compreendida como processo de formação humana.
a) Princípios Gerais da Educação Nacional 
 Art. 2º A educação é dever da família e do Estado. O seu objetivo é o pleno desenvolvimento do educando, preparando-o para o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho.
 Art. 3º – princípios: Igualdade acesso/permanência
 Igualdade de condições; liberdade; pluralismo de idéias; tolerância; coexistência – público /privado; gratuidade do ensino público; valorização do profissional; gestão democrática; padrão de qualidade; valorização extra-escolar; escola – trabalho – práticas; diversidade étnico-racial; direito à educação ao longo da vida.
 Dever do Estado (Art. 4º)
 Ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria; progressiva universalização do ensino médio gratuito; atendimento especializado aos educandos com necessidades especiais; atendimento gratuito em creches e pré-escolas; acesso aos níveis mais elevados do ensino; oferta de ensino noturno regular , adequado às condições do educando; oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, adequado às suas necessidades e disponibilidades; atendimento ao educando, no ensino fundamental público, por meio de programas suplementares (material, transporte, alimentação e assistência à saúde); padrões mínimos de qualidade de ensino.
 Art. 5º e Art. 6º
 Ensino Fundamental: direito público subjetivo
 Matrícula: é dever dos pais matricular os menores à partir dos 6 anos. Modificado pela lei n.º 11.114/05, antes era a partir dos 7 anos.
 Educação Básica: responsabilidades
 Educação Infantil (creche e pré-escola) - Municípios.
 Ensino Fundamental.
 Mínimo de 9 anos, modificado pela Lei Federal n.º 11.274/06
 Prioridade dos municípios com a colaboração do Estado.
 Ensino Médio.
 Prioridade dos Estados, porem a União deve dar assistência técnica financeira
 Obs.: obrigatoriedade restringe-se ao Ensino Fundamental
 Gestão democrática:
 Escolas Docentes (Art. 12 e 13)
 Proposta pedagógica
 Cumprimentodo calendário
 Recuperação
 Articulação com as famílias
 Informação sobre rendimento
 Comunidade (Art. 14)
 Participação na elaboração da proposta pedagógica e nos conselhos escolares
 Autonomia (Art. 15)
 Pedagógica, administrativa e de gestão financeira. 
 b) Os níveis da educação no Brasil: Educação Básica e Educação Superior.
 Art. 21. A educação escolar compõe-se de:
 - Educação Básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio;
 - Educação Superior.
 c) Da educação Básica.
 Art. 22. Finalidades de desenvolver o educando, a formação comum para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.
Art. 23. Pode organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, grupos não-seriados, com base na idade, etc, sempre que houver recomendação do processo de aprendizagem.
A escola poderá reclassificar os alunos;
O calendário deverá se adequar as peculiaridades locais;
Carga-horária mínima anual: 800 horas e 200 dias de efetivo trabalho escolar;
Classificação de serie ou etapa; 
Avaliação do aluno: contínua e cumulativa;
Possibilidade de a aceleração de estudos para alunos atrasados;
Possibilidade de avanço mediante avaliação;
Obrigatoriedade de estudos de recuperação;
Frequência mínima: 75% das horas letivas;
Históricos, declarações, certificados: responsabilidade da escola; 
Oferta de educação de jovens e adultos e de ensino noturno regular;
Responsabilidade das autoridades alcançar relação adequada entre o número de alunos e o professor.
Art. 26. Currículo na educação básica terá base nacional comum e parte diversificada.
A educação Física é obrigatória na educação básica, sendo facultativa para o aluno que, cumpra jornada de trabalho igual ou superior a sei horas; maior de 30 anos; estiver prestando serviço militar e que tenha filhos.
Os currículos devem abranger, língua portuguesa, matemática, conhecimento do mundo físico e natural, da realidade social e política, arte, educação física.
O estudo de História do Brasil deverá conter as contribuições da cultura africana, europeia e indígena.
Língua estrangeira: a partir da 6º ano do ensino fundamental
Artes visuais, dança, música e o teatro são as linguagens que constituirão o componente curricular.
Exibição de filmes nacional por no mínimo 2 hs mensais.
Conteúdos relativos aos direitos humanos e à prevenção de todas as formas de violência contra a criança.
Valores, direitos e deveres, orientação para o trabalho, desporto (Art. 26 e 27)
Características dos níveis de ensino:
Educação Infantil: creche – de 0 a 3 anos e pré-escola - de 4 a 5 anos; desenvolvimento integral da criança, não existe reprovação. 
Ensino Fundamental: mínimo 9 anos, pelo menos 4 hs diárias. Objetiva desenvolver a aprendizagem, fortalecer os vínculos da família, da solidariedade e tolerância. 
Ensino Médio: mínimo 3 anos, aprofundamento dos estudos, tecnologia e preparação para o trabalho. 
 
Características das modalidades de ensino:
Educação de Jovens e Adultos (Art. 37-8)
(EJA – antigo supletivo): cursos e exames. Idade mínima para o Ensino Fundamental, 15 anos e para o Ensino Médio, 18 anos.
Educação Profissional (Art. 39 a 42)
Qualificação para a vida produtiva. Articulação com o ensino regular ou independente de escolaridade.
Educação Especial (Art. 58 a 60).
Voltada aos portadores de necessidades especiais (inclusão), preferencialmente na rede regular de ensino. A escola e o currículo se ajustam. Integração na vida em sociedade.
d) A formação dos profissionais da educação básica.
Profissionais da educação (Art. 61-67).
Art. 61. Consideram-se profissionais da educação básica aqueles formados em cursos reconhecidos, são eles:
 - professores habilitados em nível médio ou superior para a docência na educação infantil e nos ensinos fundamental e médio; 
 - portadores de diploma de pedagogia, com habilitação em administração, planejamento, supervisão, inspeção e orientação educacional;
 - portadores de diploma de curso técnico ou superior em área pedagógica;
 - profissionais com notório saber para ministrar conteúdos de áreas referentes à sua formação ou experiência profissional;
 - graduados que tenham feito complementação pedagógica, conforme disposto pelo Conselho Nacional de Educação. 
Para que a formação dos profissionais da educação atenda às especialidades do exercício de suas atividades, terá como fundamentos:
- a presença de sólida formação básica;
- a associação entre teorias e práticas;
- o aproveitamento das experiências anteriores.
Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica, será em curso de licenciatura plena, podendo atuar no magistério na educação infantil e nos cinco primeiros anos do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade normal.
 A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios, promoveram a formação inicial, a continuada e a capacitação dos profissionais de magistério, podendo ser usadas tecnologias de educação à distância, e adotarão mecanismos que facilitaram o acesso e permanência de docentes em cursos de formação em nível superior. 
A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios estimularão programa institucional de bolsa de iniciação à docência a estudantes matriculados em cursos de licenciatura, de graduação plena, nas instituições de educação superior.
Concluintes do ensino médio poderão, com nota mínima, ingressar em cursos de graduação para formação de docentes. 
Processo de seleção diferenciado para acesso de professores das redes públicas municipais, estaduais e federais que ingressaram por concurso e que tenha 3 anos de exercício da profissão.
Art. 63. Os institutos superiores de educação manterão cursos formadores de profissionais para a educação básica, programas de formação pedagógica para portadores de diplomas de educação superior que queiram se dedicar à educação básica e programas de educação continuada.
Art. 64. A formação de profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino.
Art. 65. A formação docente compreenderá prática de ensino de, no mínimo, trezentas horas, exceto para a educação superior.
Art. 66. Somente com pós-graduação poderá exercer o magistério superior. 
Art. 67. Será promovida a valorização dos profissionais da educação pelos sistemas de ensino assegurando-lhes: ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos; aperfeiçoamento profissional continuado; piso salarial profissional; progressão funcional baseada na titulação ou habilitação, e na avaliação do desempenho; período reservado a estudos, planejamento e avaliação; condições adequadas de trabalho.
Financiamento
União deve aplicar pelo menos 18% e os Estados, DF e Municípios, 25% da receita de impostos em Educação.
Recursos públicos (Art. 77)
Serão destinados às escolas públicas, e podem também ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas.
LDB define o que é gasto com educação: (Art. 70)
Remuneração e aperfeiçoamento do pessoal; manutenção e construção dos equipamentos; realização de atividades-meio; compra de material didático-escolar; bolsas de estudo; transporte escolar. https://pedagogiaaopedaletra.com/resumao-ldb-lei-n-%C2%BA-9-39496-com-a-modificacao-do-art-5%C2%BA-e-6%C2%BA/. Retirado em 07/05/2018.
LDB define o que NÃO é gasto com educação: (Art. 71)
Pesquisa não vinculada à educação; subvenção a instituições assistenciais; programas suplementares de alimentação, assistência médica, psicológica, etc; obras de infra-estrutura da cidade; trabalhadores em educação em desvio de função. https://pedagogiaaopedaletra.com/resumao-ldb-lei-n-%C2%BA-9-39496-com-a-modificacao-do-art-5%C2%BA-e-6%C2%BA/. Retirado em 07/05/2018.
FUNDEFe FUNDEB
EC 14/96 e EC 53/06:
Lei n.º 9424/96 regulamentava o Fundef.
Lei 11.494/07 regulamenta do Fundeb.
Tem natureza contábil, com prazo de 10 / 14 anos de funcionamento.
Distribuição dos recursos: Número de alunos matriculados no Ensino Fundamental regular presencial / na Educação Básica
Utilização: MDE e valorização do magistério (60% para pagamento de salário de professores) Acompanhamento e Controle Social: Conselhos. https://pedagogiaaopedaletra.com/resumao-ldb-lei-n-%C2%BA-9-39496-com-a-modificacao-do-art-5%C2%BA-e-6%C2%BA/. Retirado em 07/05/2018.
Disposições gerais e transitórias:
Educação indígena (Art. 78-9)
Ensino à distância (Art. 80)
Art. 87. É instituída a Década da Educação:
Plano Nacional de Educação (aprovado em 2001) 
Municípios deverão matricular todas as crianças de 6 anos de idade, oferecer EJA, capacitação
Até o final da década todos os professores deverão ter nível superior. https://pedagogiaaopedaletra.com/resumao-ldb-lei-n-%C2%BA-9-39496-com-a-modificacao-do-art-5%C2%BA-e-6%C2%BA/. Retirado em 07/05/2018.
Critica pessoal.
A Lei 9394/96 é a mais completa já feita no campo da educação, serve de diretrizes e bases da Educação Nacional. Apesar de em seu escopo conter inovações fundamentais para a educação, estas não atingiram uma parcela expressiva da população, que por conta disso fica excluída também de outros processos sociais. 
Com o passar dos anos, as necessidades da educação nacional foram se alterando, acusando assim, algumas ambiguidades e deficiências na composição legislativa de cada reforma, exemplo disso foi a criação do FUNDEF, FENDEB e ENEM, e inúmeras adequações e inclusões acrescentadas a ela.
Em minha opinião, o que se falta é, utilizar-se da Lei como uma das prioridades da educação, tendo em vista que o progresso do sistema educacional acontece a partir dos aperfeiçoamentos que são introduzidos ao longo do processo de transformação, acompanhando a realidade da educação brasileira.
Referências:
Políticas da educação básica / Rubens Arantes Corrêa, Karina Elizabeth Serrazes, – Batatais, SP : Claretiano, 2013.
https://lucianarusso.jusbrasil.com.br/artigos/112019695/educacao-na-constituicao-de-1988. Retirado em 06/05/2018.
https://pedagogiaaopedaletra.com/resumao-ldb-lei-n-%C2%BA-9-39496-com-a-modificacao-do-art-5%C2%BA-e-6%C2%BA/. Retirado em 06/05/2018.
https://pt.scribd.com/document/364442663/Artigos-205-a-214-PARA-CONCURSOS-Aula-01-Introducao#from_embed. Retirado em 07/05/2018.
http://retratosdaescola.emnuvens.com.br/rde/article/viewFile/696/pdf. Retirado em 08/05/2018.
� Políticas da educação básica / Rubens Arantes Corrêa, Karina Elizabeth Serrazes, – Batatais, SP : Claretiano, 2013.

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