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A relação mãe-bebê

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Nome: Izabela Souza do Valle
A relação mãe-bebê na estimulação precoce: um olhar psicanalítico.
O Grupo de Estudos e Pesquisas sobre o Feminino do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientae, propõe que a maternidade pouco ou quase nada comporta do desejo de engravidar, ou de ter filhos, considerado nos termos narcísicos e falocêntricos, até então difundidos.
Porém a partir de uma perspectiva, a maternidade, sob uma determinada óptica, não se realizaria pela via do narcisismo. Se, como afirma Freud (1915/1976), a descendência é uma das poderosas formas de homens e mulheres buscarem satisfazer seu narcisismo frustrado infantil, a maternidade, para acontecer, solicita um esforço contrário de desprendimento de si. Isto é, de separação de um ideal projetado no bebê que reflete as ilusões narcisistas da mãe e suas representações de filho ideal.
Contudo, há vários fatores, sejam eles durante a gravidez, na hora do parto, ou após o nascimento que impliquem riscos para o seu desenvolvimento como, por exemplo, nos casos de lesão cerebral pré, peri ou pós-natal, diagnóstico de síndrome genética, parto prematuro ou qualquer alteração fisiológica que demande um período de internação e que podem gerar impasses que atrapalhem a relação mãe-bebê, muita das vezes pela recusa ou pelo luto do bebê ideal que a mãe constrói durante toda a vida, acaba se decepcionando quando se depara ao bebê real. Com isso acaba aparecendo em alguns casos em que essas mães geram uma relação mãe-bebê precocemente onde a deficiência é quem se encontra investida e não o bebê como sujeito, que se torna objeto de meros cuidados.
Sendo assim, no que diz respeito à relação mãe-bebê, vale enfatizar que ela é uma operação inconsciente e não se dá por meio de um saber instintivo, tampouco técnico-científico. Essa relação se estabelece entre o cenário fantasmático de uma mulher, que pode acolher ou descartar inconscientemente o recém-nascido. Com isso destaca-se a importância da psicanálise como corpo teórico e clínico do sujeito, que aponta que a constituição de sujeito e o desenvolvimento infantil estão atravessados e são afetados pela relação subjetiva e fantasmática mãe-bebê.
Portanto essa relação precisa ser estimulada, em que o profissional além de dar suporte instrumental e funcional ao desenvolvimento da criança, como também o suporte necessário às operações constituintes do sujeito, para que ele possa "se dizer" e "ir além" das suas supostas deficiências, como sujeito de linguagem e de desejo, não só como uma doença, mas também sim como um ser humano.
Referências Bibliográficas: 
pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-71282014000300003
pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-58352007000100006

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