Buscar

RESUMO DIREITO DO COMÉRCIO INTERNACIONAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

1 
RESUMO DIREITO DO COMÉRCIO INTERNACIONAL 
 
O DCI e a Competitividade 
Os objetos das normas do Direito do Comércio Internacional recaem sobre as 
transações comerciais internacionais. Esse direito possui a espontaneidade como traço 
característico. Ademais possui autonomia, e devinculação do poder político que se reflete 
no âmbito da produção normativa e no de soluções de controvérsias surginas no seio dos 
operadores do comercio – arbitragem. Atualmente, é impossível não levar em conta a 
formação do Estado moderno e o primado do direito. O mundo se organiza com base na 
figura de Estados e OI’s. 
A Lex mercatória traduz uma noção histórica, cuja tradição coincide com a que 
serviu de base para o DIPv. Ela resolvia as questões próprias do comercio na medida em 
que a pratica das grandes feiras tinha dado lugar a um direito de caráter universal aplicável 
às relações mercantis e baseado nos usos comum dos participantes. Com a formação dos 
Estados passou a ocorrer a codificação. 
O DCI foi desenvolvido, então por três estágios, a lex mercatória – corpo de leis 
aceitas universalmente –, incorporação no direito domestico de vários estados nacionais 
que sucederam a estratificação feudal da sociedade medieval; e os conceitos legais 
amplamente aceitos na contemporaneidade (princípios e convenções) que possuem 
similitude no âmbito domestico (autonomia da vontade das partes; arbitragem), a 
dependência da autoridade das soberanias nacionais para aplicabilidade nas jurisdições 
domesticas. O DCI é formulado por organismos internacionais. 
Para a harmonização e unificação do DCI, introduziu-se regulamentos 
normativos, elaborados no contexto de tratados internacionais concluídos entre dois ou 
mais estados; formulou-se leis modelos para servirem de guias para adaptação local; e 
leis uniformes a serem incorporadas pelos Estados na sua legislação; e formulou-se 
também costumes e praticas comerciais, fundadas em usos da comunidade comercial 
internacional. 
O DCI é, então, um conjunto de normas jurídicas que regem as operações 
comerciais realizadas por particulares cujos interesses se situam em diferentes Estados. 
Essas normas jurídicas abrangem disposições nacionais, tratados internacionais, 
regulamentação profissional internacional, usos e costumes internacionais, e o soft law. 
O DCI visa reger as operações que implicam o exercício do comercio, ou seja deve reger 
a formação e funcionamento dos sujeitos plurais, atos de comercio e os objetos desses 
atos. Esse direito extrapolou para o reinado do Direito internacional Econômico e a 
moldura jurídica das relações econômicas internacionais. 
Quanto à formulação das normas, cada Estado e sistema regional devem 
estabelecer normas sobre o DCI que respeitem uma nova moldura jurídica internacional, 
multilateral ou regional. Além disso, deve-se ter coerência normativa dos sistemas 
multilaterais e regionais bem como no âmbito domestico, não apenas na elaboração de 
normas, mas na aplicação do direito. 
 2 
O Direito é um elemento fundamental no ambiente de negócios, pois para se 
analisar a performance econômica e a eficiência governamental deve-se analisar uma 
gama de assuntos jurídicos relativas a diversas áreas do direito nacional e internacional. 
Em Regulações, ressaltam-se os “marcos legais setoriais”, e ainda as regulações 
trabalhistas, que se subdividem em questões trabalhistas, previdenciárias, o incentivo para 
a busca de trabalho, a legislação de imigração e a liberdade de empregar mão de obra 
estrangeira. No subfator Estrutura Social, identificam-se a administração da Justiça, a 
segurança pessoal e a proteção dos direitos de propriedade privada, e o risco de 
instabilidade política que sofre impacto da estabilidade das instituições. Ressaltam-se 
ainda Concorrência e Regulações, as quais abrangem subsídios governamentais e a 
possível distorção à concorrência e ao desenvolvimento econômico, a atuação de 
empresas públicas, a existência de uma legislação de concorrência eficiente para coibir a 
concorrência desleal, o impacto de uma economia paralela na economia, o 
estabelecimento de normas que facilitem a condução dos negócios, apoiem a criação de 
empresas, com agilidade e sem a multiplicação de procedimentos. 
A Eficiência de Negócios, inclui a questão da produtividade de empresas 
relacionada a estratégias globais de atuação, questões relacionadas ao mercado de 
trabalho, e a regulação do mercado financeiro e bancário. Infraestrutura, abrange 
Infraestrutura Científica, abarca a questão da proteção dos direitos de propriedade 
intelectual, a legislação relativa à pesquisa científica e o incentivo à inovação. O respeito 
aos direitos humanos civis, políticos, sociais, culturais e econômicos, incluindo o direito 
ao desenvolvimento, o discurso da sustentabilidade e a proteção ao meio ambiente, passa 
a ser também de fundamental relevância para a imagem do país e para as empresas; 
Direito como ferramenta fundamental para o desenvolvimento nacional, e estratégica para 
o planejamento e a execução dos negócios, em especial de processos de 
internacionalização. 
Além do papel do Direito como formador do ambiente no qual os negócios se 
realizam, o conhecimento do Direito por aqueles que atuam no mundo corporativo pode 
ser entendido como um força e fator de competitividade (SWOT). Ou seja, não basta o 
conhecimento do ordenamento jurídico brasileiro, deve-se conhecer também o 
ordenamento jurídico dos mercados de interesse e atuação das empresas, valendo-se de 
expertise de profissionais no âmbito nacional e também no exterior. Portanto, é o 
reconhecimento do papel do direito e de profissionais que o operam como estratégico em 
um mundo em que empresas e países buscam se tornar mais competitivos. 
O direito como conhecimento estratégico é importante para a competitividade e 
internacionalização; processos que não alcançam apenas grandes empresas, mas também 
pequenas e médias. Inúmeros aspectos jurídicos devem ser de atenção das empresas em 
um processo de internacionalização, ou sua atuação nacional, visto que concorrem com 
empresas estrangeiras. Para construir soluções para as empresas o direito se aproxima da 
linguagem dos empresários, conhecendo seu negocio e planejando, conjuntamente com 
as outras áreas, o processo de expansão negocial. 
O Direito está presente no discurso da competitividade como um elemento que 
influencia a formação do ambiente de negócios em um país, e o conhecimento dele por 
 3 
parte das empresas pode constituir um fator de competitividade – facilitação de negócios 
e defesa de interesses. 
De acordo com o WEF, “Competitividade é o conjunto de instituições, políticas 
e fatores que determinam o nível de produtividade de um país.” Competitividade 
sustentável é “[...] o conjunto de instituições, políticas e fatores que tornam uma nação 
produtiva ao longo prazo, assegurando a sustentabilidade social e ambiental. 
Sustentabilidade social, por sua vez, é definida como instituições, políticas e fatores que 
permitem a todos os membros da sociedade vivenciarem, da melhor forma possível, 
saúde, participação e segurança; e que maximiza seu potencial de contribuir para e se 
beneficiar da prosperidade econômica do país em que vivem. E definimos 
sustentabilidade ambiental como instituições, políticas e fatores que asseguram um 
gerenciamento eficiente dos recursos que permita prosperidade para as gerações presente 
e futura.” Para essa definição são definidos 12 pilares, instituições, infraestrutura, 
ambiente macroeconômica, educação primaria e saúde, educação superior e treinamento, 
eficiência do mercado de bens, eficiência do mercado de trabalho, desenvolvimento do 
mercado financeiro, prontidãotecnológica, tamanho do mercado, sofisticação de 
negócios e inovação. 
A IDM relaciona o ambiente de um pais e o processo de criação de riqueza; e 
define a competitividade pela eficiência, escolha estratégica, mobilização e recursos; 
objetivos. Competitividade é um campo da teoria econômica, que analisa os fatos e as 
políticas que define a habilidade de uma nação para criar e manter um ambiente que 
sustenta a criação de valor para suas empresas e mais prosperidade para seu povo. O IMD 
leva em consideração a performance econômica, eficiência governamental, eficiência 
empresarial e infraestrutura. 
 
Texto: GARELLI, Stéphane. Competitiveness of nations: the fundamentals. 
1. Qual a definição condensada utilizada pelo autor para competitividade? 
A 
competitividade analise como as nações e empresas ligam com a totalidade de suas 
competências para alcançarem a prosperidade ou lucro. 
2. Há limitações na definição trazida pelo autor? Se sim, quais? 
Não leva em 
consideração que a nação ou empresa são dependentes ide atributos físicos como a 
localização, disponibilidade de recursos naturais e do legado de políticas passadas. 
3. Qual relação é possível fazer com o conceito de especialização? E a teoria de David 
Ricardo? 
A competitividade não deve ser vista como uma situação de ganho/perda, e 
sim como uma vantagem comparativa numa area na qual se pode obter uma performance 
melhor que os demais, ou seja, uma fraqueza em um ponto, pode ser compensado por 
uma força em outro. Isso nos leva a teoria da especialização do comercio internacional 
de David Ricardo. Competitividade é sobre alcançar o melhor do indivíduo, organização 
ou nação. 
4. Qual a definição acadêmica utilizada pelo autor para competividade? (Verifique 
também o anexo II para comentários) 
A competitividade da nação é um campo da 
 4 
teoria econômica, que analisa os fatos e políticas que moldam a habilidade de uma nação 
criar e manter um ambiente que sustenta maior valor de criação para suas empresas e 
maior prosperidade para seu povo. 
5. Essa definição permite explorar diferenças no que se refere a empresas e nações 
(Estados)? 
Sim, o que diferencia esses dois é onde a criação do valor económico ganha 
valor na sociedade. E assume que esse valor é criado apenas pelas empresas, mas que as 
nação podem estabelecer ambientes que apoiam e melhoram as atividades das empresas. 
6. O autor analisa trechos da definição acadêmica. Comente cada um deles. 
A 
competitividade como teoria econômica é um campo relativamente novo, baseado em 
inúmeros conceitos econômicos, que nos remetem aos economistas clássicos, como por 
exemplo a teoria da vantagem comparativa. 
O ambiente de uma nação é o resultado da combinação de fatos – recursos naturais, 
desastres naturais, epidemias, guerras…– e políticas. Essa combinação define a estratégia 
e a liberdade de ação de uma nação para estabelecer uma estrutura competitiva à longo 
prazo. 
Algumas nações que não relacionam a competitividade com a qualidade de vida, e 
herança cultural estão gradualmente perdendo suas vantagens comparativas. 
Competitividade é sobre aumentar a prosperidade das pessoas, que pode ser definida 
como uma mistura de salarios, padrões de vida e qualidade de vida, assim, ela é 
importante pois enfatiza o lado não económico da competitividade. Competitividade não 
pode ser reduzida à produtividade ou lucro. 
7. Por que, para o autor, a competitividade é um conceito tão poderoso no 
pensamento econômico moderno? Verificar anexo I para comentários. 
Uma das 
maiores contribuições da Competitividade é porque ela engloba as consequências 
económicas de questão não económicas, como educação, ciencias, estabilidade 
econômica ou sistemas de valor. 
8. Como o IMD World Competitiveness Yearbook (WCY) analisa a relação entre o 
ambiente nacional de um país e o processo de criação de riqueza? Verificar o quadro 
 
9. Princípios da Competitividade Mundial. Qual a relação entre Direito e 
Competitividade pode ser vislumbrada, a partir da busca para essa resposta, na sua 
opinião? 
O WCY foca nos resultados da interação de 4 fatores que geralmente definem 
o ambiente nacional do país: performance econômica, eficiência do governo, eficiência 
dos negócios e infraestrutura. Ele assume que a performance saudável nessas dimensões 
criam um ambiente nacional que sustentam a competitividade mundial. Que por meio do 
direito, os governos devem promover a justiça e a equidade, além de outros incentivos, 
para propiciarem condições competitivas para suas empresas e qualidade de vida para seu 
povo. 
10. As nações competem entre sim? Por quê? 
Sim, elas competem no 
 5 
desenvolvimento de atratividade, ou seja, em propiciar um melhor ambiente competitivo 
para as empresas. Consequentemente, as nação devem promover suas vantagens 
comparativas em varias areas. As estratégias competitivas são bem sucedidas quando 
fazem um balanço entre os imperativos econômicos impostos pelo mercado mundial com 
os requisitos sociais da nação, formados pela história, sistemas de valor e tradição. 
11. O autor explica a teoria que embasa o WCY a partir de 4 dimensões que 
delimitam o perfil de competitividade de um país. Quais são essas dimensões? 
Essa 
teoria visa destacar o perfil competitivo que caracteriza um economia e antecipa como 
ela provavelmente se comportará, não visa quantificar a competitividade. Assim, para 
essa analise, destaca as dimensões da atratividade vs. agressividade; proximidade vs 
globalidade, ativos vs processo; e tomada de risco individual vs coesão social. 
12. Qual o impacto do sistema de valores de um país em seu nível de 
competitividade? 
As nações não competem apenas como produtos e serviços, mas 
também com educação e sistemas de valores. 
13. Quais os modelos comportamentais são identificados pelo autor? Você possui 
críticas a tais modelos? 
Conforme o desenvolvimento de um país, os valores tendem a 
evoluírem pelas seguintes fases: trabalho duro, riqueza, participação social e auto-
realização. 
14. Qual o impacto da tecnologia na competitividade das nações e das empresas? 
A 
revolução tecnológica teve um profundo impacto na competitividade das nações. A 
infraestrutura, hoje, não é considerada apensa nos termos tradicionais, a infraestrutura 
tecnológica tem se tornado um ativo chave para a competitividade futura de um nação. A 
disponibilidade de sistemas de telecomunicação baratos e eficientes, conexões de 
internet, desenvolvimento da telefonia móvel, são apenas algumas das prioridades das 
nação que querem competir. A tecnologia impacta também a educação. A prioridade de 
uma nação competitiva é desenvolver as pessoas que irão operar essa nova infraestrutura 
tecnológica. Os requisitos tecnológicos das empresas forçaram os países à darem 
prioridade à tecnologia. 
15. Qual o papel e as responsabilidade do Estado no novo cenário de 
competitividade? 
Os estados continuam maldade o ambiente competitivo de formas 
diferentes, por meio de impostos, educando ou saúde. os novos domínios de 
responsabilidade são aqueles referentes a segurança ou migração. A priorização das 
responsabilidades estão sendo definidas. O estado continua sendo o garantidor ultimo da 
integridade da infraestrutura de um país, mesmo que ele tenha delegado sua 
responsabilidade operacional para o setor privado. A competitividade destaca a 
importância da educação, conhecimento, bens intangíveis e infraestrutura tecnológica. A 
grande dificuldade não é desenvolver ideias novas, mas escapar das antiga, e a teoria da 
competitividade aborda ambas. 
16. Quais são as regras de ouro da competitividade? Comente-as. 
As regras de ouro 
da competitividade são criar um ambientelegislativo estável e previsível; trabalhar em 
 6 
uma estrutura económica flexível e resiliente; investir na infraestrutura tradicional e 
tecnológica, promover poupanças privadas e investimento domestico; desenvolver 
agressividade nos mercados internacionais assim como atratividade para o IED; focar na 
qualidade, rapidez e transparência na administração e no governo; manter uma relançar 
entre os níveis salariais, produtividade e impostos; preservar a fabrica social pela redução 
das disparidades salariais e reforçando a classe média; investir pesadamente em educação, 
especialmente na de nível secundário, e no treinamento a longo prazo da força de 
trabalho; balancear as economias da proximidade e da globalidade para garantir uma 
criação de riqueza substancial, enquanto preserva os sistemas de valores que os cidadão 
desejam, 
 
Texto: BRIS, Arturo; CABALLERO, José. Revisiting the Fundamentals of 
Competitiveness: a Proposal. IMD WORLD COMPETITIVENESS YEARBOOK 2015. 
https://www.imd.org/uupload/imd.website/wcc/Fundamentals.pdf 
1) O que a definição de competitividade de Bris e Caballero traz de diferente da 
definição de Garelli? 
Para Bris e Caballero, a competitividade é a habilidade de um 
pais em facilitar um ambiente no qual as empresas possam gerar valores sustentáveis. 
Garelli, em sua definição afirma que a competitividade leva em consideração o lucro e a 
prosperidade. Diferentemente de Bris e Caballero que levam em consideração em sua 
analise prioritariamente as questões de lucro, produtividade e emprego, sustentabilidade 
da empresa, por prosperidade, Garelli leva em conta o aspecto social da competitividade 
em termos de qualidade de vida da populaçãoo. 
2) Como é possível avaliar a criação de valor sustentável? A perspectiva do país é 
diferente da perspectiva da empresa? 
A mensuração de sustentabilidade ou de criação 
de valor a longo prazo, para se torna operacional, deve ser feita a partir do lucro das 
empresas a longo prazo e seu nível de criação de emprego durante o mesmo período. A 
sustentabilidade só pode ser alcançada pela minimização de externalidades negativas das 
atividades economica, ou seja, a sustentabilidade da criação de valor é a capacidade das 
empresas se manterem lucrativas durante o tempo enquanto minimizam o impacto 
ambiental de suas atividades, promovendo um contexto organizacional no qual a força de 
trabalho prospera. A operacionalização do lucro e da criação de emprego é feita em duas 
perspectivas, a do país e a a da empresa. Os indicadores dos países agem como 
facilitadores de competitividade, enquanto que para as empresas são os costumes e 
praticas que elas adotam que aumentam seus níveis de competitividade. Assim, a 
performance empresariam está relacionada com as capacidades dinâmicas da empresa. 
No nível dos paises, é necessário considerar os critérios que identificam os esforços da 
minimização das externalidade que o ambiente sofre como resultado das atividades 
econômicas, em termos de emprego, deve-se incluir os indicadores do país relativos à 
qualidade da educação, infraestrutura da saúde, segurança individual, que são 
fundamentais para o bem estar da força de trabalho e da sociedade no geral. No nível da 
empresa, é necessário valorar as praticas e costumes da empresa que possam impactar a 
 7 
sustentabilidade e a satisfação do trabalho pelos seus funcionários. 
3) Quais as limitações para se revisitar o conceito de competitividade? 
O acesso 
para os dados das empresas é limitado. É difícil também inserir a prosperidade dentro das 
analises de competitividade. Além disso critica-se os resultados da competitividade e suas 
relações de causa e efeito, que ainda não são claras. 
4) Quais as sugestões foram dadas no texto para se empreender a revisitação do 
conceito? 
As medidas agregadas das dimensões ambiente do país, emprego, 
sustentabilidade da empresa, e dinâmica de talentos, podem ser testadas contra os 
indicadores do lucro da empresa e o nível de emprego. Aproximar os dados de 
competitividade permite também resultados mais concretos e mais mensuráveis. A 
imagem da competitividade emerge da linha tênue que une os diferentes valores para um 
país em particular. 
5) Como podemos relacionar direito e competitividade na sua opinião? 
A legislação 
e as estruturas das instituições são canais pelos quais os governos influenciam a 
competitividade, por tentar propiciar um ambiente favorável ao desenvolvimento da 
sustentabilidade das empresas e do mercado de trabalho. Além disso, a infraestrutura 
tecnológica é um fator limitador da competitividade. As políticas das empresas, o 
accountability, os valores, e o ambiente de trabalho podem ajudar também na 
sustentabilidade da empresa. 
 
Texto: HAUSMANN, Ricardo et. al. Atlas of Economic Complexity. 
1) O que é h Econômica? Complexidade Econômica é uma medida da complexidade 
das rede de interações e de quanto conhecimento produtivo uma sociedade mobiliza. 
Ela reflete a quantidade de conhecimento embutido na estrutura produtiva de uma 
economia.A complexidade econômica, portanto, é expressa na composição da 
produção de um país e reflete as estruturas que emergem para se manter e combinar 
o conhecimento. A única forma para as sociedades aumentarem a base de 
conhecimento é facilitando a interação de indivíduos com diferentes especializações 
e aumentando a complexidade das redes de organizações e mercados. Aumentar a 
complexidade econômica é necessário para que a sociedade seja capaz de manter e 
usar uma grande quantidade de conhecimento produtivo. 
2) Como a Complexidade Econômica pode ser mensurada? Qual a analogia 
utilizada pelos autores? Para se medir a Complexidade, pode-se olhar para a 
variedade de produtos que um país é capaz de produzir, e assim poderá se inferir o 
que o país sabe. A analogia utilizada foi o jogo Scrabble, assumindo que as palavras 
são como os produtos, as letras são as capacidades ou módulos do conhecimento 
embutido e os jogadores são os países. Assim, a diversidade é a primeira medida de 
quanto conhecimento um país possui. – quantos tipos de produtos diferentes um país 
é capaz de fazer. Outra medida é a ubiquidade dos produtos produzidos – numero 
de países que são capazes de produzir determinado produto. 
 8 
3) Qual a relação entre complexidade econômica e os conceitos de diversidade e 
ubiquidade? A diversidade e a ubiquidade são as medidas pelas quais se analisa a 
complexidade econômica de um país. 
4) Por que a Complexidade Econômica é importante? Ela é importante pois ela 
conduz à prosperidade. Ela está, também estreitamente relacionada com a renda per 
capita. Em suma, A complexidade econômica importa porque ajuda a explicar as 
diferenças nos níveis de renda dos países, e porque prevê o crescimento econômico. 
5) Em que a Complexidade Econômica difere de outras abordagens? A 
complexidade econômica captura mais informações relevantes para o crescimento 
do que os 6 indicadores de Governança Global e informações mais diretamente 
relacionadas aos níveis de renda e as taxas de crescimento futuros do que as 
variáveis padrões que medem o capital humano. O ranking de competitividade é 
menos informativo sobre as prospecções de crescimento do que os indicadores de 
complexidade. E estes indicadores possuem informações mais relevantes a respeito 
das medidas de divida financeira, ademais, as medidas financeiras não oferecem 
estatísticas mais significativas que as de complexidade apresentam. Ainda, As 
medidas sofisticadas de exportação explicam uma fração menor da variação de 
crescimento quando comparada com o índice de complexidade econômica. Conclui-
se então de que as variáveis da complexidade econômicacontêm mais informações 
sobre a renda e o potencial de crescimento dos países do que outros indicies mais 
comuns, e é o melhor em prever o crescimento futuro. 
6) Como a complexidade econômica evolui? Qual a analogia utilizada pelos 
autores para explicar essa parte? O países expandiram seu conhecimento 
produtivo criando produtos derivados e relacionados com aqueles já existentes. Isto 
aumenta a probabilidade de que o esforço para acumular qualquer capacidade 
adicional será bem sucedida, assim como as capacidades complementares 
necessárias para fazer um novo produto são mais prováveis de estarem presentes na 
produção das mercadorias relacionadas. Desde que capacidades são úteis apenas 
quando combinado com os outras, a acumulação de competências é abrandada pelo 
problema do ovo e da galinha. Novos produtos podem exigir recursos que não 
existem precisamente porque os outros produtos que os utilizam não estão presentes. 
Além disso, uma vez que as capacidades são pedaços de conhecimento tácito, 
acumulando-los é difícil mesmo quando não há demanda por eles, porque o país não 
tem nenhum exemplar para copiar. A posição de um país no espaço do produto 
determina suas oportunidades para expandir seu conhecimento produtivo e 
aumentar o seu nível de complexidade econômica. Mas desde que o espaço do 
produto é altamente heterogêneo, que enfrenta países com radicalmente diferentes 
oportunidades. Em última análise, o desenvolvimento é a expansão da quantidade 
total de conhecimento produtivo que está incorporado em uma sociedade, mas o 
processo pelo qual esse conhecimento é acumulado tem uma estrutura que, graças 
ao espaço do produto, só agora estamos começando a entender. 
––––––– 
 9 
Sistema Mundial de Comércio – Histórico 
 Nos séculos XIX e XX os acordos bilaterais de comercio tinha uma 
mínima institucionalização da cooperação internacional, restrita a alguns aspectos 
técnicos. Com a primeira guerra mundial houve um aumento do protecionismo e 
restrições variadas aos fluxos de bens, serviços e capitais. O tratado de Versalhes, a Liga 
das nações e a OIT tentaram reduzir o potencial de conflitos pelos sistemas coloniais de 
reserva de mercado e de preferencias tarifarias, mas a crise de 29 bloqueou as soluções 
cooperativas para os problemas de comercio internacional, e técnicas protecionistas – 
dumping, subsídios, desvalorizações – se proliferaram e foram apontadas como causas 
mediatas da 2ª G.M. 
Com o fim da 2ªG.M. houveram esforços de reconstrução da ordem internacional 
econômica – multilateralismo, livre comercio, não discriminação e reciprocidade. Em 
1944 aconteceu o acordo de Breton Woods, que criou um ambiente de maior cooperação 
na área internacional econômica. E em 1945 a ONU foi criada, assim como seu Conselho 
Econômico e Social (ECOSOC), com o intuito de que esse se tornasse o principal órgão 
coordenador de iniciativas de cooperação internacional econômica. Em 1946 o ECOSOC 
aprovou por unanimidade uma resolução de propostas que visava elaborar a constituição 
de uma organização internacional do comercio e estabelecer negociações para reduções 
tarifárias em âmbito mundial para a expansão da produção, troca, e do consumo de 
mercadorias. A OIC seria o terceiro pilar do sistema internacional econômico do pós 
segunda GM, ao lado do BM e do FMI. 
Ainda em 1946 aconteceu o GATT, acordo sobre tarifas e comercio para garantir 
as concessões tarifarias conseguidas nas negociações multilaterais. Originalmente ele era 
um acordo especifico no contexto da OIC. 
Em 1950 aconteceu o fim prematuro da OIC, pois a Carta de Havana não foi 
ratificada pelo congresso dos EUA, e a maior parte do fluxo de comercio era creditada 
aos EUA. Mas o GATT continuou e se tornou uma agencia especializada, sendo que sua 
base institucional eram suas rodadas de negociação, coordenação e supervisão das normas 
internacionais. O GATT estabeleceu direitos e obrigações aos governos signatários e 
repercutiu diretamente na formulação e na conduta das politicas comerciais nacionais. 
Seu objetivo era o desenvolvimento econômico, pleno emprego, eficaz utilização dos 
recursos mundiais, com base na premissa de que a liberdade de comercio iria constituir 
um procedimento adequado para tais fins. Da consideração do tema de desenvolvimento, 
surgiram alguns resultados: a criação da CNUCED (UNCTAD), adição da parte IV da 
carta de Havana no GATT, criação de um comitê de comercio e desenvolvimento para a 
aplicação das disposições da parte IV; protocolo de negociações entre países 
subdesenvolvidos; e criação do SGP. 
A CNUCED, órgão subsidiário da Assembleia Geral da ONU era encarregada de 
debater e promover o desenvolvimento econômico pelo incremento do comercio 
internacional e tinha como funções: funcionar como fórum para deliberações 
intergovernamentais e manter discussões e trocas de experiências como especialistas em 
CI; realizar pesquisas, coletar dados e analisar politicas comerciais; fornecer assistência 
 10 
técnica de acordo com as necessidade do país com ênfase nos países menos desenvolvidos 
e economias em transição para um regime de mercado; colaborar na criação de politicas 
internas capazes de garantir desenvolvimento sustentável para os membros de forma 
coordenada com as disposições gerais do comercio internacional. 
Em paralelo, os países em desenvolvimento instituíram o G-77, com a declaração 
conjunta dos signatários no final na primeira sessão da CNUCED. O G-77 é uma 
organização intergovernamental que promove meios para os países do sul para se 
articularem e promoverem seus interesses econômicos coletivos e aumentarem sua 
capacidade de negociação conjunta em todas as principais questões de economia 
internacional no sistema da ONU, e promover a cooperação sul-sul para o 
desenvolvimento. GSTP – sistema global de preferencias de comercio entre os países em 
desenvolvimento. 
Já a UNCITRAL foi estabelecida em 1966 a partir do reconhecimento das 
disparidades nas leis nacionais que tratavam da regulamentação do comercio 
internacional, com o consequente impacto da falta de padronização no fluxo de comercio. 
Assim, ela tem o objetivo de promover maior harmonização e unificação das normas 
relativas ao direito do comercio internacional, e deve então coordenar e sistematizar e 
acelerar os processos de uniformização e padronização do DI. 
Em 1986, aconteceu a Rodada Uruguai do GATT, com os objetivos de reduzir e 
reverter o protecionismo e remover as distorções ao comercio; preservar os princípios 
básicos do GATT e aumentar seus objetivos; desenvolver um sistema multilateral mais 
aberto, viável e durável, levando em conta o vinculo entre comercio, finanças e 
desenvolvimento. Nessa rodada surgiram também propostas de institucionalização. Os 
temas fundamentais da rodada eram: barreiras tarifárias e não tarifarias, produtos e 
recursos naturais, têxteis e vestuário, agricultura, produtos tropicais, artigos do GATT, 
códigos da rodada Tóquio, direitos antidumping, subsídios e medidas compensatórias, 
propriedade intelectual, medidas de investimento, soluções de controvérsias, sistema 
GATT, comercio de serviços. 
A OMC foi criada, com os princípios de reciprocidade, livre comercio por meio 
da redução substancial das tarifas aduaneiras e dos demais obstáculos ao comercio, não 
discriminação nas relações comerciais internacionais; baseada na doutrina que defendia 
soberania e defesa nacional, desenvolvimento sustentável, cooperação e multilateralismo; 
transparência; rule of law e proporcionalidade. Os objetivos da OMC são elevação das 
condições de vida, pleno emprego, elevação constante das receitas reais e da demanda 
efetiva; aumento da produção e do comercio de bens e serviços,permitindo ao mesmo 
tempo a utilização ótima dos recursos mundiais em conformidade com o objetivo de 
desenvolvimento sustentável e buscando proteger e preservar o meio ambiente e 
incrementar os meios para faze-lo, de modo compatível com as necessidades e interesses 
dos países segundo os diferentes níveis de desenvolvimento econômico; Obtenção pelos 
países em desenvolvimento, especialmente os de menor desenvolvimento relativo, de 
uma parte do incremento do comércio internacional que corresponda às necessidades de 
seu desenvolvimento econômico. As normas da OMC que visam implementar princípios 
 11 
e realizar objetivos são: tratamento da nação mais favorecida; tratamento nacional ao 
produtos importados. 
O International Trade Center é o ponto focal na ONU para assistência técnica 
relativa ao comercio. Ele trata de negócios e exportações principalmente e tem um forte 
relacionamento com a OMC, que define as regras de comercio, e com a UNCTAD, que 
trata de pesquisa e política. 
Quando critérios para os países menos desenvolvidos (LDC), eles possuem baixos 
níveis de renda (PIB), leva-se em consideração também índices de recursos humanos, de 
vulnerabilidade econômica; e assistência para desenvolver infraestrutura e recursos 
humanos, aumentar capacidades institucionais, reduzir desvantagem competitiva na 
economia global. Hoje, 48 paises são considerados LDC. 
A UNCTAD propõe medidas domesticas e internacionais para os LDC: 
mobilização de recursos necessários para investimentos de base; política industrial, e 
medidas macroeconômicas. 
 
A OMC aos 20 anos 
A OMC é muito maior que seu pilar negociador, mas neste pilar cabe destacar que 
foi possível obter resultados concretos em negociações comerciais concluídas por todos 
os membros da organização. Ademais, o ingresso de novos participantes na OMC também 
é um fator de destaque, dentre eles, Rússia e China. É importante lembrar também que 
alguns acordos foram negociados com sucesso por parte dos membros, criando 
obrigações apenas para eles, mas, pela sua natureza, foram incorporados ao marco 
normativo da OMC e beneficiam todos os seus membros de maneira não discriminatória. 
Negociações plurilaterais com resultados multilaterais. 
Ademais, os membros da OMC, adotaram por consenso o pacote Bali, que inclui 
temas relevantes da agenda da Rodada Doha, como temas de desenvolvimento, bem 
agrícola e o chamado Acordo de facilitação de comercio, o qual foi incorporado ao quadro 
normativo da OMC. Esse acordo visa simplificar procedimentos de importação e 
exportação, e tem o potencial de reduzir em até 15% os custos do comercio em países em 
desenvolvimento. 
Ainda, o sistema de soluções de controvérsias é muito importante para o 
multilateralismo e para seus membros/ 
Outro pilar importante da OMC é o monitoramento de praticas comerciais. 
Transparência, revisão de politicas entre os membros, questionamentos e pedidos de 
esclarecimento prestam uma grande contribuição para a segurança e previsibilidade do 
comercio internacional. Ao institucionalizar mecanismos de consulta e troca de 
informações, o trabalho da OMC facilita a solução de diferenças de forma mais rápida e 
menos custosa que um litigio formal. Exercício similar também ocorre no trabalho dos 
comitês, focado aí em áreas especificas, como barreiras técnicas por exemplo. 
A OMC e o sistema baseado em regras que ela incorpora contribuíram, nos 
últimos vinte anos, para reduzir barreiras ao comércio, estimular o crescimento dos fluxos 
 12 
comerciais, apoiar a maior participação dos países em desenvolvimento no comércio 
mundial e assegurar o respeito às regras que pautam as relações comerciais internacionais. 
Certamente a OMC ainda tem muito a contribuir para a economia global. O 
aniversário de 20 anos da Organização não apenas convida à avaliação do passado, mas 
também estimula a reflexão sobre o futuro. Na área das negociações comerciais, há um 
grande potencial para a OMC seguir estimulando o desenvolvimento, o comércio e a 
economia internacional. Em paralelo, ao fortalecer os demais pilares da Organização, 
equipamos o sistema multilateral de comércio para melhor lidar com as necessidades do 
futuro. 
Quando se pensa em governança global, convém sempre lembrar que, entre os 
arranjos comerciais existentes, apenas a OMC conta com 161 Membros, e que eles são 
responsáveis por 98% do comércio mundial. Avanços a partir dessa base ampla têm, por 
definição, repercussão considerável. Este enorme ativo, combinado com a experiência 
exitosa dos últimos vinte anos, são um alicerce sólido para que a OMC contribua ainda 
mais para a economia global. É realmente difícil pensar no comércio mundial sem a 
OMC. Como costumo dizer, se a OMC não existisse, ela precisaria ser inventada. 
 
SGP 
Os sistemas preferenciais são acordos comerciais celebrados com o objetivo de 
reduzir ou eliminar a tributação das importações, em caráter reciproco (integração), em 
caráter unilateral (acesso a mercados para países em desenvolvimento). 
O Sistema Global de Preferencias Comerciais (SGPC) é um acordo criado pelos 
países membros do G-77 como forma de incentivo comercial com benefícios reciproco, 
com apoio da CNUCED, em vigor desde 1989. O G-77 hoje tem 134 países membros. 
O Sistema Geral de Preferencias (SGP) foi apresentado na primeira reunião da 
CNUCED em 1964, e adotado na segunda reunião em 1968. Ele é não reciproco e não 
discriminatório em favor dos países em desenvolvimento, com medidas especiais para as 
menos desenvolvidas, com o objetivo de: aumentar os ganhos nas exportações, promover 
a industrialização e acelerar as taxas de desenvolvimentos. Não discriminatório, 
autonomia, provisoriedade, unilateralidade. Relevância da Regra de origem. 
 
Texto: Human Rights in the Law of the WTO – Noordhoek 
O termo direitos humanos é usado para se refere ao direito protegido por vários 
acordos e convenções internacionais de direitos humanos. No GATT as questões de DH 
eram no geral ignoradas, mas, o preambulo do acordo da OMC mostrou que algumas 
questões de DH que eram marginalmente afetadas pelo comercio ganharam alguma 
relevância das negociações de comercio internacional, e o desenvolvimento sustentável, 
a proteção do meio ambiente, necessidade especiais de desenvolvimento e os LDC foram 
explicitamente mencionados. Adicionalmente, o acordo da OMC tratava sobre a 
propriedade intelectual, e outras questões relevantes para os DH. Entretanto, não há 
nenhuma referencia explicita aos direitos humanos no acordo da OMC. 
 13 
Os desenvolvimentos nos campos do comercio e dos direitos humanos 
aconteceram de forma paralela. E a separação estrita entre os dois só diminuiu no final 
dos anos 90, por causa de muitos protestos de ativistas contra a OMC. Então, os 
estudiosos de ambos os lados, perceberam como o comercio pode afetar os direitos 
humanos, e vice-versa. Então, aconteceu uma incorporação implícita de direitos humanos 
nos acordos da OMC. 
O GATT já tratava sobre o principio da nação mais favorecida – quando a parte 
contratante garante certos direitos e privilégios para outro país na exportação ou 
importação de um certo produto, e deve garantir esses direitos para todas as partes as 
partes contratantes. Com isso, visava eliminar as politicas discriminatórias. Na pratica, os 
países desenvolvidos se beneficiavam desse artigo. Apesar das boas intenções, a clausula 
da NMF afetou o crescimento dos países em desenvolvimento, e por isso foi necessária a 
criação de novas regras entre os desenvolvidos e os em desenvolvimento. 
Na reunião da UNCTAD, os países decidiram então criar o sistema geral de 
preferencias, baseado em objetivos e princípios comuns, visandopermitir oportunidades 
equivalentes aos países em desenvolvimento para expandires o crescimento das 
exportações. Essa clausula foi incorporada pelo GATT pela “enabling cause”, que 
permitiu uma base legal permanente para o tratamento preferencial. 
O primeiro SGP estabelecido mundialmente foi o da CEE, em 1971, e foi 
modificado ao longo do tempo para incorporar os desenvolvimentos do mercado mundial. 
Em 2001, a EU desenvolveu uma nova versão do SGP, que apresentou 5 possibilidades 
de tarifas preferenciais. A possibilidade de introduzir acordos de incentivos especiais não 
segue automaticamente a “enabling cause”. Esse sistema da EU visa apenas grupos 
específicos de países em desenvolvimento, enquanto a clausula apenas permite 
explicitamente o tratamento diferenciado dos LDC. 
Esse SGP da UE, gerou questionamentos, pois segundo a India, não cumpria os 
requisitos de alguns parágrafos da Clausula. Por isso, esse país estabeleceu um painel 
contra a EU na OMC. A EU perdeu a diputa e teve que fazer modificações em seu SGP. 
Nesta reforma, a CE teve que mudar seu acordo sobre drogas, mas fez tomou uma 
decisão mais radical e adotou um SGP complemento novo. Uma regulação da CE foi a 
primeira baseada nessas orientações e estabeleceu regras para o tratamento preferencial. 
No presente regulamento, os três regimes especiais de trabalho, meio ambiente e drogas 
abriram espaço para um único arranjo que é conhecido como 'GSP Plus' e abrange direitos 
humanos, direitos do trabalho, proteção ambiental, corrupção e luta contra a produção de 
drogas ilegais e tráfico. Para ser elegível para receber um tratamento preferencial no 
âmbito do SPG Plus, os países em desenvolvimento precisam 'ratificar e aplicar 
efetivamente' oito convenções das Nações Unidas de direitos humanos, oito convenções 
da Organização Internacional do Trabalho, e pelo menos sete convenções fora de uma 
lista de sete convenções ambientais, três convenções sobre drogas, e uma convenção 
anticorrupção. Ainda, os países precisam ser vulneráveis, critério baseado nas 
classificações do BM e numa porcentagem de exportação máxima. 
 14 
GSP Plus utiliza a ratificação e implementação de várias convenções 
internacionais como um padrão para avaliar as necessidades de desenvolvimento, 
financeiras ou comerciais de um país. O uso dessas convenções parece se encaixar 
perfeitamente na definição de um padrão objetivo do Órgão de Apelação. No entanto, 
existem dois problemas potenciais relacionados à escolha desta norma pela CE. Em 
primeiro lugar, um país (A) que não tenha ratificado nem aplicaram as convenções 
necessárias para ser elegíveis para o SPG Além disso, pode ter a mesma needs95 como 
outro país (B), que se ratificar e implementar todas estas convenções. Sob GSP Além 
disso, o país B receberá um tratamento pautal favorável, desde que tenha ratificado e 
aplicado as convenções necessárias, enquanto país A com necessidades idênticas, não 
receberá tratamento pautal favorável, simplesmente porque ele não assinou as 
convenções. Obviamente, esta situação está em conflito com a orientação estabelecida 
pelo Órgão de Apelação, porque as necessidades de um país não são avaliados 
objetivamente, em vez ratificação e aplicação de determinadas convenções internacionais 
do país é objectivamente avaliado. Além disso, há amarras para a ratificação e aplicação 
das convenções internacionais. 
Em segundo lugar, a CE tem o poder de escolher as convenções que precisam ser 
ratificados e aplicados pelos membros beneficiários. Ao considerar as convenções 
incluído e os deixado de fora, é evidente que a seleção é para a maior parte com base nas 
convenções de direitos humanos fundamentais comumente aceitos como determinado 
pela Organização das Nações Unidas ( "UN"), mas algumas escolhas parecem ser um 
pouco arbitrário. Por exemplo, a Convenção de Migrações da ONU não está incluído, 
enquanto que a ONU considera esta uma convenção núcleo direitos humanos. Por outro 
lado, a Convenção Apartheid foi incluído, enquanto que esta não é uma Convenção 
núcleo e dois terços dos Estados-Membros da UE não ratificaram esta Convenção si. 
O segundo critério usado pelo programa GSP Plus para determinar se um país é 
elegível para o SPG Plus é o critério de "vulnerabilidade". Este critério é composto por 
dois subcritérios: (1) o Banco Mundial não deve ter classificado o país como um salário 
alto um durante três anos consecutivos, e as cinco maiores secções das suas exportações 
abrangidas pelo SPG para a Comunidade representam mais de 75% em valor do total das 
suas exportações abrangidas pelo SPG; e (2) percentagem das exportações SPG para a 
CE do país em desenvolvimento deve ser inferior a 1% no valor total das importações 
SPG da Comunidade. O primeiro critério pode dito ser objetivo, uma vez que se baseia 
em dados do Banco Mundial e em dados de comércio do próprio país. A objetividade do 
segundo fator pode ser questionável, uma vez que é definido em termos de importações 
da UE e não em termos do país em questão. O critério 'importações da UE "é 
completamente alheios às necessidades de um país candidato SPG +, e, portanto, não é 
um padrão objetivo para determinar as necessidades desse país. Assim, o segundo critério 
do regime SPG + se parece mais com um instrumento que foi criado para proteger o 
mercado europeu a partir de países em desenvolvimento que têm uma parte substancial 
das importações europeias. 
Concluding, in EC-Tariff Preferences, the Appellate Body opened the door for the 
implicit incorporation of human rights into trade policies and trade disputes, and with 
 15 
respect to GSP schemes, created disciplines to ensure that preferential treatment is related 
to the needs of developing countries. This ruling was an important step for the legitimate 
incorporation of human rights in GSP programmes, as has been shown by the European 
GSP Plus programme. However, the text of the GSP programme and its practical 
application show that the EC enjoys quite some discretion in deciding which developing 
country is eligible for the programme, and hence the programme is easily used to make 
developing countries comply with requirements that address certain policy concerns of 
the EC. To clarify all these issues, a trade dispute on this GSP Plus programme is needed, 
so that the Appellate Body can clarify and tighten its own guidelines. 
2.1.2 GSP+ as a special instrument for human rights, sustainable development and 
good governance 
Although all three arrangements are to some extent conditional on respect for 
certain human rights, the GSP+ arrangement is the most explicit governance instrument 
for human rights, sustainable development and good governance. Below we briefly 
outline how this instrument works. 
2.1.2.1 Eligibility 
First of all, there are a number of eligibility criteria to the GSP+, the most 
important being to be a beneficiary of the general scheme, and to be ‘vulnerable’, meaning 
that imports into the EU must be low and concentrated on a few products, making that 
country’s trading industries insufficiently integrated within the international trading 
system and vulnerable to variations in the market (Art. 9 1. (a) and Annex VII of the GSP 
regulation). 
2.1.2.2 Conditionality 
In addition to these ‘eligibility’ criteria, a GSP+ beneficiary must take a number 
of active steps to meet the following conditions (Art. 9 1 (b) to (f)). First, GSP+ 
beneficiaries must have ratified 27 ‘core’ international conventions pertaining to 
human/labour rights, sustainable development and good governance, listed in annex VIII 
of the GSP regulation. Second, the ‘relevant monitoring bodies’ of such conditions must 
not have identified‘a serious failure to effectively implement any of those conventions’. 
Finally, the GSP+ beneficiary must provide several binding commitments for the future: 
 - maintain ratification of all 27 conventions; 
 
 - accept without reservation the reporting requirements imposed 
by those conventions; 
and 
 
 - cooperate with the Commission in the monitoring of the 
continued fulfillment of these 
conditions. 
 
2.1.2.3 Granting process 
In terms of process, GSP+ beneficiary status is granted on the basis of individual 
applications showing that the requesting party fulfills the above conditions (Art. 10 1. 
GSP Regulation 2012). The application is reviewed by the Commission after notification 
to the Council and Parliament. The Commission then decides by delegated act (see below) 
 16 
whether or not to include the country in question in the list of GSP+ beneficiaries (Annex 
III GSP Regulation 2012). 
The Commission has adopted ‘Delegated Regulation (EU) No 155/2013 of 18 
December 2012 establishing rules related to the procedure for granting the special 
incentive arrangement for sustainable development and good governance under 
Regulation (EU) No 978/2012 of the European Parliament and of the Council applying a 
scheme of generalised tariff preferences’, substantiating the application and granting 
process. 
2.1.2.4 Monitoring and withdrawal 
In a number of cases, preferences can be ‘temporarily withdrawn’ (see also Yap, 
2015). 
For what regards temporary withdrawal from the whole GSP scheme, Art. 19 of 
the GSP regulation provides that, notably in case of serious and systematic violations of 
the core conventions mentioned in Part A of Annex VIII, but also when a country is guilty 
of exporting goods made by prison labour or of unfair trading practices, temporary 
withdrawal can be decided by the Commission. 
For what concerns the GSP+ conditions, the Commission must ‘keep under 
review’ the status of ratification of the 27 conventions, and ‘monitor’ their effective 
implementation and the beneficiaries’ cooperation with the conventions’ monitoring 
bodies. Moreover each GSP+ beneficiary must collaborate to the monitoring process, 
notably by providing information on the fulfillment of the conditions (Art. 13 GSP 
Regulation 2012). Every two years, the Commission reports to the Parliament and the 
Council on the fulfilment status of those conditions (Art. 14 1. GSP Regulation 2012). 
In the event the Commission has a ‘reasonable doubt’ that the GSP+ conditions 
are no longer fulfilled by a beneficiary, it may ‘initiate the procedure for the temporary 
withdrawal’ (Art. 15 3. GSP Regulation), which might result in a withdrawal of the GSP+ 
preferences.