Prévia do material em texto
1 RESUMO DIREITO DO COMÉRCIO INTERNACIONAL O DCI e a Competitividade Os objetos das normas do Direito do Comércio Internacional recaem sobre as transações comerciais internacionais. Esse direito possui a espontaneidade como traço característico. Ademais possui autonomia, e devinculação do poder político que se reflete no âmbito da produção normativa e no de soluções de controvérsias surginas no seio dos operadores do comercio – arbitragem. Atualmente, é impossível não levar em conta a formação do Estado moderno e o primado do direito. O mundo se organiza com base na figura de Estados e OI’s. A Lex mercatória traduz uma noção histórica, cuja tradição coincide com a que serviu de base para o DIPv. Ela resolvia as questões próprias do comercio na medida em que a pratica das grandes feiras tinha dado lugar a um direito de caráter universal aplicável às relações mercantis e baseado nos usos comum dos participantes. Com a formação dos Estados passou a ocorrer a codificação. O DCI foi desenvolvido, então por três estágios, a lex mercatória – corpo de leis aceitas universalmente –, incorporação no direito domestico de vários estados nacionais que sucederam a estratificação feudal da sociedade medieval; e os conceitos legais amplamente aceitos na contemporaneidade (princípios e convenções) que possuem similitude no âmbito domestico (autonomia da vontade das partes; arbitragem), a dependência da autoridade das soberanias nacionais para aplicabilidade nas jurisdições domesticas. O DCI é formulado por organismos internacionais. Para a harmonização e unificação do DCI, introduziu-se regulamentos normativos, elaborados no contexto de tratados internacionais concluídos entre dois ou mais estados; formulou-se leis modelos para servirem de guias para adaptação local; e leis uniformes a serem incorporadas pelos Estados na sua legislação; e formulou-se também costumes e praticas comerciais, fundadas em usos da comunidade comercial internacional. O DCI é, então, um conjunto de normas jurídicas que regem as operações comerciais realizadas por particulares cujos interesses se situam em diferentes Estados. Essas normas jurídicas abrangem disposições nacionais, tratados internacionais, regulamentação profissional internacional, usos e costumes internacionais, e o soft law. O DCI visa reger as operações que implicam o exercício do comercio, ou seja deve reger a formação e funcionamento dos sujeitos plurais, atos de comercio e os objetos desses atos. Esse direito extrapolou para o reinado do Direito internacional Econômico e a moldura jurídica das relações econômicas internacionais. Quanto à formulação das normas, cada Estado e sistema regional devem estabelecer normas sobre o DCI que respeitem uma nova moldura jurídica internacional, multilateral ou regional. Além disso, deve-se ter coerência normativa dos sistemas multilaterais e regionais bem como no âmbito domestico, não apenas na elaboração de normas, mas na aplicação do direito. 2 O Direito é um elemento fundamental no ambiente de negócios, pois para se analisar a performance econômica e a eficiência governamental deve-se analisar uma gama de assuntos jurídicos relativas a diversas áreas do direito nacional e internacional. Em Regulações, ressaltam-se os “marcos legais setoriais”, e ainda as regulações trabalhistas, que se subdividem em questões trabalhistas, previdenciárias, o incentivo para a busca de trabalho, a legislação de imigração e a liberdade de empregar mão de obra estrangeira. No subfator Estrutura Social, identificam-se a administração da Justiça, a segurança pessoal e a proteção dos direitos de propriedade privada, e o risco de instabilidade política que sofre impacto da estabilidade das instituições. Ressaltam-se ainda Concorrência e Regulações, as quais abrangem subsídios governamentais e a possível distorção à concorrência e ao desenvolvimento econômico, a atuação de empresas públicas, a existência de uma legislação de concorrência eficiente para coibir a concorrência desleal, o impacto de uma economia paralela na economia, o estabelecimento de normas que facilitem a condução dos negócios, apoiem a criação de empresas, com agilidade e sem a multiplicação de procedimentos. A Eficiência de Negócios, inclui a questão da produtividade de empresas relacionada a estratégias globais de atuação, questões relacionadas ao mercado de trabalho, e a regulação do mercado financeiro e bancário. Infraestrutura, abrange Infraestrutura Científica, abarca a questão da proteção dos direitos de propriedade intelectual, a legislação relativa à pesquisa científica e o incentivo à inovação. O respeito aos direitos humanos civis, políticos, sociais, culturais e econômicos, incluindo o direito ao desenvolvimento, o discurso da sustentabilidade e a proteção ao meio ambiente, passa a ser também de fundamental relevância para a imagem do país e para as empresas; Direito como ferramenta fundamental para o desenvolvimento nacional, e estratégica para o planejamento e a execução dos negócios, em especial de processos de internacionalização. Além do papel do Direito como formador do ambiente no qual os negócios se realizam, o conhecimento do Direito por aqueles que atuam no mundo corporativo pode ser entendido como um força e fator de competitividade (SWOT). Ou seja, não basta o conhecimento do ordenamento jurídico brasileiro, deve-se conhecer também o ordenamento jurídico dos mercados de interesse e atuação das empresas, valendo-se de expertise de profissionais no âmbito nacional e também no exterior. Portanto, é o reconhecimento do papel do direito e de profissionais que o operam como estratégico em um mundo em que empresas e países buscam se tornar mais competitivos. O direito como conhecimento estratégico é importante para a competitividade e internacionalização; processos que não alcançam apenas grandes empresas, mas também pequenas e médias. Inúmeros aspectos jurídicos devem ser de atenção das empresas em um processo de internacionalização, ou sua atuação nacional, visto que concorrem com empresas estrangeiras. Para construir soluções para as empresas o direito se aproxima da linguagem dos empresários, conhecendo seu negocio e planejando, conjuntamente com as outras áreas, o processo de expansão negocial. O Direito está presente no discurso da competitividade como um elemento que influencia a formação do ambiente de negócios em um país, e o conhecimento dele por 3 parte das empresas pode constituir um fator de competitividade – facilitação de negócios e defesa de interesses. De acordo com o WEF, “Competitividade é o conjunto de instituições, políticas e fatores que determinam o nível de produtividade de um país.” Competitividade sustentável é “[...] o conjunto de instituições, políticas e fatores que tornam uma nação produtiva ao longo prazo, assegurando a sustentabilidade social e ambiental. Sustentabilidade social, por sua vez, é definida como instituições, políticas e fatores que permitem a todos os membros da sociedade vivenciarem, da melhor forma possível, saúde, participação e segurança; e que maximiza seu potencial de contribuir para e se beneficiar da prosperidade econômica do país em que vivem. E definimos sustentabilidade ambiental como instituições, políticas e fatores que asseguram um gerenciamento eficiente dos recursos que permita prosperidade para as gerações presente e futura.” Para essa definição são definidos 12 pilares, instituições, infraestrutura, ambiente macroeconômica, educação primaria e saúde, educação superior e treinamento, eficiência do mercado de bens, eficiência do mercado de trabalho, desenvolvimento do mercado financeiro, prontidãotecnológica, tamanho do mercado, sofisticação de negócios e inovação. A IDM relaciona o ambiente de um pais e o processo de criação de riqueza; e define a competitividade pela eficiência, escolha estratégica, mobilização e recursos; objetivos. Competitividade é um campo da teoria econômica, que analisa os fatos e as políticas que define a habilidade de uma nação para criar e manter um ambiente que sustenta a criação de valor para suas empresas e mais prosperidade para seu povo. O IMD leva em consideração a performance econômica, eficiência governamental, eficiência empresarial e infraestrutura. Texto: GARELLI, Stéphane. Competitiveness of nations: the fundamentals. 1. Qual a definição condensada utilizada pelo autor para competitividade? A competitividade analise como as nações e empresas ligam com a totalidade de suas competências para alcançarem a prosperidade ou lucro. 2. Há limitações na definição trazida pelo autor? Se sim, quais? Não leva em consideração que a nação ou empresa são dependentes ide atributos físicos como a localização, disponibilidade de recursos naturais e do legado de políticas passadas. 3. Qual relação é possível fazer com o conceito de especialização? E a teoria de David Ricardo? A competitividade não deve ser vista como uma situação de ganho/perda, e sim como uma vantagem comparativa numa area na qual se pode obter uma performance melhor que os demais, ou seja, uma fraqueza em um ponto, pode ser compensado por uma força em outro. Isso nos leva a teoria da especialização do comercio internacional de David Ricardo. Competitividade é sobre alcançar o melhor do indivíduo, organização ou nação. 4. Qual a definição acadêmica utilizada pelo autor para competividade? (Verifique também o anexo II para comentários) A competitividade da nação é um campo da 4 teoria econômica, que analisa os fatos e políticas que moldam a habilidade de uma nação criar e manter um ambiente que sustenta maior valor de criação para suas empresas e maior prosperidade para seu povo. 5. Essa definição permite explorar diferenças no que se refere a empresas e nações (Estados)? Sim, o que diferencia esses dois é onde a criação do valor económico ganha valor na sociedade. E assume que esse valor é criado apenas pelas empresas, mas que as nação podem estabelecer ambientes que apoiam e melhoram as atividades das empresas. 6. O autor analisa trechos da definição acadêmica. Comente cada um deles. A competitividade como teoria econômica é um campo relativamente novo, baseado em inúmeros conceitos econômicos, que nos remetem aos economistas clássicos, como por exemplo a teoria da vantagem comparativa. O ambiente de uma nação é o resultado da combinação de fatos – recursos naturais, desastres naturais, epidemias, guerras…– e políticas. Essa combinação define a estratégia e a liberdade de ação de uma nação para estabelecer uma estrutura competitiva à longo prazo. Algumas nações que não relacionam a competitividade com a qualidade de vida, e herança cultural estão gradualmente perdendo suas vantagens comparativas. Competitividade é sobre aumentar a prosperidade das pessoas, que pode ser definida como uma mistura de salarios, padrões de vida e qualidade de vida, assim, ela é importante pois enfatiza o lado não económico da competitividade. Competitividade não pode ser reduzida à produtividade ou lucro. 7. Por que, para o autor, a competitividade é um conceito tão poderoso no pensamento econômico moderno? Verificar anexo I para comentários. Uma das maiores contribuições da Competitividade é porque ela engloba as consequências económicas de questão não económicas, como educação, ciencias, estabilidade econômica ou sistemas de valor. 8. Como o IMD World Competitiveness Yearbook (WCY) analisa a relação entre o ambiente nacional de um país e o processo de criação de riqueza? Verificar o quadro 9. Princípios da Competitividade Mundial. Qual a relação entre Direito e Competitividade pode ser vislumbrada, a partir da busca para essa resposta, na sua opinião? O WCY foca nos resultados da interação de 4 fatores que geralmente definem o ambiente nacional do país: performance econômica, eficiência do governo, eficiência dos negócios e infraestrutura. Ele assume que a performance saudável nessas dimensões criam um ambiente nacional que sustentam a competitividade mundial. Que por meio do direito, os governos devem promover a justiça e a equidade, além de outros incentivos, para propiciarem condições competitivas para suas empresas e qualidade de vida para seu povo. 10. As nações competem entre sim? Por quê? Sim, elas competem no 5 desenvolvimento de atratividade, ou seja, em propiciar um melhor ambiente competitivo para as empresas. Consequentemente, as nação devem promover suas vantagens comparativas em varias areas. As estratégias competitivas são bem sucedidas quando fazem um balanço entre os imperativos econômicos impostos pelo mercado mundial com os requisitos sociais da nação, formados pela história, sistemas de valor e tradição. 11. O autor explica a teoria que embasa o WCY a partir de 4 dimensões que delimitam o perfil de competitividade de um país. Quais são essas dimensões? Essa teoria visa destacar o perfil competitivo que caracteriza um economia e antecipa como ela provavelmente se comportará, não visa quantificar a competitividade. Assim, para essa analise, destaca as dimensões da atratividade vs. agressividade; proximidade vs globalidade, ativos vs processo; e tomada de risco individual vs coesão social. 12. Qual o impacto do sistema de valores de um país em seu nível de competitividade? As nações não competem apenas como produtos e serviços, mas também com educação e sistemas de valores. 13. Quais os modelos comportamentais são identificados pelo autor? Você possui críticas a tais modelos? Conforme o desenvolvimento de um país, os valores tendem a evoluírem pelas seguintes fases: trabalho duro, riqueza, participação social e auto- realização. 14. Qual o impacto da tecnologia na competitividade das nações e das empresas? A revolução tecnológica teve um profundo impacto na competitividade das nações. A infraestrutura, hoje, não é considerada apensa nos termos tradicionais, a infraestrutura tecnológica tem se tornado um ativo chave para a competitividade futura de um nação. A disponibilidade de sistemas de telecomunicação baratos e eficientes, conexões de internet, desenvolvimento da telefonia móvel, são apenas algumas das prioridades das nação que querem competir. A tecnologia impacta também a educação. A prioridade de uma nação competitiva é desenvolver as pessoas que irão operar essa nova infraestrutura tecnológica. Os requisitos tecnológicos das empresas forçaram os países à darem prioridade à tecnologia. 15. Qual o papel e as responsabilidade do Estado no novo cenário de competitividade? Os estados continuam maldade o ambiente competitivo de formas diferentes, por meio de impostos, educando ou saúde. os novos domínios de responsabilidade são aqueles referentes a segurança ou migração. A priorização das responsabilidades estão sendo definidas. O estado continua sendo o garantidor ultimo da integridade da infraestrutura de um país, mesmo que ele tenha delegado sua responsabilidade operacional para o setor privado. A competitividade destaca a importância da educação, conhecimento, bens intangíveis e infraestrutura tecnológica. A grande dificuldade não é desenvolver ideias novas, mas escapar das antiga, e a teoria da competitividade aborda ambas. 16. Quais são as regras de ouro da competitividade? Comente-as. As regras de ouro da competitividade são criar um ambientelegislativo estável e previsível; trabalhar em 6 uma estrutura económica flexível e resiliente; investir na infraestrutura tradicional e tecnológica, promover poupanças privadas e investimento domestico; desenvolver agressividade nos mercados internacionais assim como atratividade para o IED; focar na qualidade, rapidez e transparência na administração e no governo; manter uma relançar entre os níveis salariais, produtividade e impostos; preservar a fabrica social pela redução das disparidades salariais e reforçando a classe média; investir pesadamente em educação, especialmente na de nível secundário, e no treinamento a longo prazo da força de trabalho; balancear as economias da proximidade e da globalidade para garantir uma criação de riqueza substancial, enquanto preserva os sistemas de valores que os cidadão desejam, Texto: BRIS, Arturo; CABALLERO, José. Revisiting the Fundamentals of Competitiveness: a Proposal. IMD WORLD COMPETITIVENESS YEARBOOK 2015. https://www.imd.org/uupload/imd.website/wcc/Fundamentals.pdf 1) O que a definição de competitividade de Bris e Caballero traz de diferente da definição de Garelli? Para Bris e Caballero, a competitividade é a habilidade de um pais em facilitar um ambiente no qual as empresas possam gerar valores sustentáveis. Garelli, em sua definição afirma que a competitividade leva em consideração o lucro e a prosperidade. Diferentemente de Bris e Caballero que levam em consideração em sua analise prioritariamente as questões de lucro, produtividade e emprego, sustentabilidade da empresa, por prosperidade, Garelli leva em conta o aspecto social da competitividade em termos de qualidade de vida da populaçãoo. 2) Como é possível avaliar a criação de valor sustentável? A perspectiva do país é diferente da perspectiva da empresa? A mensuração de sustentabilidade ou de criação de valor a longo prazo, para se torna operacional, deve ser feita a partir do lucro das empresas a longo prazo e seu nível de criação de emprego durante o mesmo período. A sustentabilidade só pode ser alcançada pela minimização de externalidades negativas das atividades economica, ou seja, a sustentabilidade da criação de valor é a capacidade das empresas se manterem lucrativas durante o tempo enquanto minimizam o impacto ambiental de suas atividades, promovendo um contexto organizacional no qual a força de trabalho prospera. A operacionalização do lucro e da criação de emprego é feita em duas perspectivas, a do país e a a da empresa. Os indicadores dos países agem como facilitadores de competitividade, enquanto que para as empresas são os costumes e praticas que elas adotam que aumentam seus níveis de competitividade. Assim, a performance empresariam está relacionada com as capacidades dinâmicas da empresa. No nível dos paises, é necessário considerar os critérios que identificam os esforços da minimização das externalidade que o ambiente sofre como resultado das atividades econômicas, em termos de emprego, deve-se incluir os indicadores do país relativos à qualidade da educação, infraestrutura da saúde, segurança individual, que são fundamentais para o bem estar da força de trabalho e da sociedade no geral. No nível da empresa, é necessário valorar as praticas e costumes da empresa que possam impactar a 7 sustentabilidade e a satisfação do trabalho pelos seus funcionários. 3) Quais as limitações para se revisitar o conceito de competitividade? O acesso para os dados das empresas é limitado. É difícil também inserir a prosperidade dentro das analises de competitividade. Além disso critica-se os resultados da competitividade e suas relações de causa e efeito, que ainda não são claras. 4) Quais as sugestões foram dadas no texto para se empreender a revisitação do conceito? As medidas agregadas das dimensões ambiente do país, emprego, sustentabilidade da empresa, e dinâmica de talentos, podem ser testadas contra os indicadores do lucro da empresa e o nível de emprego. Aproximar os dados de competitividade permite também resultados mais concretos e mais mensuráveis. A imagem da competitividade emerge da linha tênue que une os diferentes valores para um país em particular. 5) Como podemos relacionar direito e competitividade na sua opinião? A legislação e as estruturas das instituições são canais pelos quais os governos influenciam a competitividade, por tentar propiciar um ambiente favorável ao desenvolvimento da sustentabilidade das empresas e do mercado de trabalho. Além disso, a infraestrutura tecnológica é um fator limitador da competitividade. As políticas das empresas, o accountability, os valores, e o ambiente de trabalho podem ajudar também na sustentabilidade da empresa. Texto: HAUSMANN, Ricardo et. al. Atlas of Economic Complexity. 1) O que é h Econômica? Complexidade Econômica é uma medida da complexidade das rede de interações e de quanto conhecimento produtivo uma sociedade mobiliza. Ela reflete a quantidade de conhecimento embutido na estrutura produtiva de uma economia.A complexidade econômica, portanto, é expressa na composição da produção de um país e reflete as estruturas que emergem para se manter e combinar o conhecimento. A única forma para as sociedades aumentarem a base de conhecimento é facilitando a interação de indivíduos com diferentes especializações e aumentando a complexidade das redes de organizações e mercados. Aumentar a complexidade econômica é necessário para que a sociedade seja capaz de manter e usar uma grande quantidade de conhecimento produtivo. 2) Como a Complexidade Econômica pode ser mensurada? Qual a analogia utilizada pelos autores? Para se medir a Complexidade, pode-se olhar para a variedade de produtos que um país é capaz de produzir, e assim poderá se inferir o que o país sabe. A analogia utilizada foi o jogo Scrabble, assumindo que as palavras são como os produtos, as letras são as capacidades ou módulos do conhecimento embutido e os jogadores são os países. Assim, a diversidade é a primeira medida de quanto conhecimento um país possui. – quantos tipos de produtos diferentes um país é capaz de fazer. Outra medida é a ubiquidade dos produtos produzidos – numero de países que são capazes de produzir determinado produto. 8 3) Qual a relação entre complexidade econômica e os conceitos de diversidade e ubiquidade? A diversidade e a ubiquidade são as medidas pelas quais se analisa a complexidade econômica de um país. 4) Por que a Complexidade Econômica é importante? Ela é importante pois ela conduz à prosperidade. Ela está, também estreitamente relacionada com a renda per capita. Em suma, A complexidade econômica importa porque ajuda a explicar as diferenças nos níveis de renda dos países, e porque prevê o crescimento econômico. 5) Em que a Complexidade Econômica difere de outras abordagens? A complexidade econômica captura mais informações relevantes para o crescimento do que os 6 indicadores de Governança Global e informações mais diretamente relacionadas aos níveis de renda e as taxas de crescimento futuros do que as variáveis padrões que medem o capital humano. O ranking de competitividade é menos informativo sobre as prospecções de crescimento do que os indicadores de complexidade. E estes indicadores possuem informações mais relevantes a respeito das medidas de divida financeira, ademais, as medidas financeiras não oferecem estatísticas mais significativas que as de complexidade apresentam. Ainda, As medidas sofisticadas de exportação explicam uma fração menor da variação de crescimento quando comparada com o índice de complexidade econômica. Conclui- se então de que as variáveis da complexidade econômicacontêm mais informações sobre a renda e o potencial de crescimento dos países do que outros indicies mais comuns, e é o melhor em prever o crescimento futuro. 6) Como a complexidade econômica evolui? Qual a analogia utilizada pelos autores para explicar essa parte? O países expandiram seu conhecimento produtivo criando produtos derivados e relacionados com aqueles já existentes. Isto aumenta a probabilidade de que o esforço para acumular qualquer capacidade adicional será bem sucedida, assim como as capacidades complementares necessárias para fazer um novo produto são mais prováveis de estarem presentes na produção das mercadorias relacionadas. Desde que capacidades são úteis apenas quando combinado com os outras, a acumulação de competências é abrandada pelo problema do ovo e da galinha. Novos produtos podem exigir recursos que não existem precisamente porque os outros produtos que os utilizam não estão presentes. Além disso, uma vez que as capacidades são pedaços de conhecimento tácito, acumulando-los é difícil mesmo quando não há demanda por eles, porque o país não tem nenhum exemplar para copiar. A posição de um país no espaço do produto determina suas oportunidades para expandir seu conhecimento produtivo e aumentar o seu nível de complexidade econômica. Mas desde que o espaço do produto é altamente heterogêneo, que enfrenta países com radicalmente diferentes oportunidades. Em última análise, o desenvolvimento é a expansão da quantidade total de conhecimento produtivo que está incorporado em uma sociedade, mas o processo pelo qual esse conhecimento é acumulado tem uma estrutura que, graças ao espaço do produto, só agora estamos começando a entender. ––––––– 9 Sistema Mundial de Comércio – Histórico Nos séculos XIX e XX os acordos bilaterais de comercio tinha uma mínima institucionalização da cooperação internacional, restrita a alguns aspectos técnicos. Com a primeira guerra mundial houve um aumento do protecionismo e restrições variadas aos fluxos de bens, serviços e capitais. O tratado de Versalhes, a Liga das nações e a OIT tentaram reduzir o potencial de conflitos pelos sistemas coloniais de reserva de mercado e de preferencias tarifarias, mas a crise de 29 bloqueou as soluções cooperativas para os problemas de comercio internacional, e técnicas protecionistas – dumping, subsídios, desvalorizações – se proliferaram e foram apontadas como causas mediatas da 2ª G.M. Com o fim da 2ªG.M. houveram esforços de reconstrução da ordem internacional econômica – multilateralismo, livre comercio, não discriminação e reciprocidade. Em 1944 aconteceu o acordo de Breton Woods, que criou um ambiente de maior cooperação na área internacional econômica. E em 1945 a ONU foi criada, assim como seu Conselho Econômico e Social (ECOSOC), com o intuito de que esse se tornasse o principal órgão coordenador de iniciativas de cooperação internacional econômica. Em 1946 o ECOSOC aprovou por unanimidade uma resolução de propostas que visava elaborar a constituição de uma organização internacional do comercio e estabelecer negociações para reduções tarifárias em âmbito mundial para a expansão da produção, troca, e do consumo de mercadorias. A OIC seria o terceiro pilar do sistema internacional econômico do pós segunda GM, ao lado do BM e do FMI. Ainda em 1946 aconteceu o GATT, acordo sobre tarifas e comercio para garantir as concessões tarifarias conseguidas nas negociações multilaterais. Originalmente ele era um acordo especifico no contexto da OIC. Em 1950 aconteceu o fim prematuro da OIC, pois a Carta de Havana não foi ratificada pelo congresso dos EUA, e a maior parte do fluxo de comercio era creditada aos EUA. Mas o GATT continuou e se tornou uma agencia especializada, sendo que sua base institucional eram suas rodadas de negociação, coordenação e supervisão das normas internacionais. O GATT estabeleceu direitos e obrigações aos governos signatários e repercutiu diretamente na formulação e na conduta das politicas comerciais nacionais. Seu objetivo era o desenvolvimento econômico, pleno emprego, eficaz utilização dos recursos mundiais, com base na premissa de que a liberdade de comercio iria constituir um procedimento adequado para tais fins. Da consideração do tema de desenvolvimento, surgiram alguns resultados: a criação da CNUCED (UNCTAD), adição da parte IV da carta de Havana no GATT, criação de um comitê de comercio e desenvolvimento para a aplicação das disposições da parte IV; protocolo de negociações entre países subdesenvolvidos; e criação do SGP. A CNUCED, órgão subsidiário da Assembleia Geral da ONU era encarregada de debater e promover o desenvolvimento econômico pelo incremento do comercio internacional e tinha como funções: funcionar como fórum para deliberações intergovernamentais e manter discussões e trocas de experiências como especialistas em CI; realizar pesquisas, coletar dados e analisar politicas comerciais; fornecer assistência 10 técnica de acordo com as necessidade do país com ênfase nos países menos desenvolvidos e economias em transição para um regime de mercado; colaborar na criação de politicas internas capazes de garantir desenvolvimento sustentável para os membros de forma coordenada com as disposições gerais do comercio internacional. Em paralelo, os países em desenvolvimento instituíram o G-77, com a declaração conjunta dos signatários no final na primeira sessão da CNUCED. O G-77 é uma organização intergovernamental que promove meios para os países do sul para se articularem e promoverem seus interesses econômicos coletivos e aumentarem sua capacidade de negociação conjunta em todas as principais questões de economia internacional no sistema da ONU, e promover a cooperação sul-sul para o desenvolvimento. GSTP – sistema global de preferencias de comercio entre os países em desenvolvimento. Já a UNCITRAL foi estabelecida em 1966 a partir do reconhecimento das disparidades nas leis nacionais que tratavam da regulamentação do comercio internacional, com o consequente impacto da falta de padronização no fluxo de comercio. Assim, ela tem o objetivo de promover maior harmonização e unificação das normas relativas ao direito do comercio internacional, e deve então coordenar e sistematizar e acelerar os processos de uniformização e padronização do DI. Em 1986, aconteceu a Rodada Uruguai do GATT, com os objetivos de reduzir e reverter o protecionismo e remover as distorções ao comercio; preservar os princípios básicos do GATT e aumentar seus objetivos; desenvolver um sistema multilateral mais aberto, viável e durável, levando em conta o vinculo entre comercio, finanças e desenvolvimento. Nessa rodada surgiram também propostas de institucionalização. Os temas fundamentais da rodada eram: barreiras tarifárias e não tarifarias, produtos e recursos naturais, têxteis e vestuário, agricultura, produtos tropicais, artigos do GATT, códigos da rodada Tóquio, direitos antidumping, subsídios e medidas compensatórias, propriedade intelectual, medidas de investimento, soluções de controvérsias, sistema GATT, comercio de serviços. A OMC foi criada, com os princípios de reciprocidade, livre comercio por meio da redução substancial das tarifas aduaneiras e dos demais obstáculos ao comercio, não discriminação nas relações comerciais internacionais; baseada na doutrina que defendia soberania e defesa nacional, desenvolvimento sustentável, cooperação e multilateralismo; transparência; rule of law e proporcionalidade. Os objetivos da OMC são elevação das condições de vida, pleno emprego, elevação constante das receitas reais e da demanda efetiva; aumento da produção e do comercio de bens e serviços,permitindo ao mesmo tempo a utilização ótima dos recursos mundiais em conformidade com o objetivo de desenvolvimento sustentável e buscando proteger e preservar o meio ambiente e incrementar os meios para faze-lo, de modo compatível com as necessidades e interesses dos países segundo os diferentes níveis de desenvolvimento econômico; Obtenção pelos países em desenvolvimento, especialmente os de menor desenvolvimento relativo, de uma parte do incremento do comércio internacional que corresponda às necessidades de seu desenvolvimento econômico. As normas da OMC que visam implementar princípios 11 e realizar objetivos são: tratamento da nação mais favorecida; tratamento nacional ao produtos importados. O International Trade Center é o ponto focal na ONU para assistência técnica relativa ao comercio. Ele trata de negócios e exportações principalmente e tem um forte relacionamento com a OMC, que define as regras de comercio, e com a UNCTAD, que trata de pesquisa e política. Quando critérios para os países menos desenvolvidos (LDC), eles possuem baixos níveis de renda (PIB), leva-se em consideração também índices de recursos humanos, de vulnerabilidade econômica; e assistência para desenvolver infraestrutura e recursos humanos, aumentar capacidades institucionais, reduzir desvantagem competitiva na economia global. Hoje, 48 paises são considerados LDC. A UNCTAD propõe medidas domesticas e internacionais para os LDC: mobilização de recursos necessários para investimentos de base; política industrial, e medidas macroeconômicas. A OMC aos 20 anos A OMC é muito maior que seu pilar negociador, mas neste pilar cabe destacar que foi possível obter resultados concretos em negociações comerciais concluídas por todos os membros da organização. Ademais, o ingresso de novos participantes na OMC também é um fator de destaque, dentre eles, Rússia e China. É importante lembrar também que alguns acordos foram negociados com sucesso por parte dos membros, criando obrigações apenas para eles, mas, pela sua natureza, foram incorporados ao marco normativo da OMC e beneficiam todos os seus membros de maneira não discriminatória. Negociações plurilaterais com resultados multilaterais. Ademais, os membros da OMC, adotaram por consenso o pacote Bali, que inclui temas relevantes da agenda da Rodada Doha, como temas de desenvolvimento, bem agrícola e o chamado Acordo de facilitação de comercio, o qual foi incorporado ao quadro normativo da OMC. Esse acordo visa simplificar procedimentos de importação e exportação, e tem o potencial de reduzir em até 15% os custos do comercio em países em desenvolvimento. Ainda, o sistema de soluções de controvérsias é muito importante para o multilateralismo e para seus membros/ Outro pilar importante da OMC é o monitoramento de praticas comerciais. Transparência, revisão de politicas entre os membros, questionamentos e pedidos de esclarecimento prestam uma grande contribuição para a segurança e previsibilidade do comercio internacional. Ao institucionalizar mecanismos de consulta e troca de informações, o trabalho da OMC facilita a solução de diferenças de forma mais rápida e menos custosa que um litigio formal. Exercício similar também ocorre no trabalho dos comitês, focado aí em áreas especificas, como barreiras técnicas por exemplo. A OMC e o sistema baseado em regras que ela incorpora contribuíram, nos últimos vinte anos, para reduzir barreiras ao comércio, estimular o crescimento dos fluxos 12 comerciais, apoiar a maior participação dos países em desenvolvimento no comércio mundial e assegurar o respeito às regras que pautam as relações comerciais internacionais. Certamente a OMC ainda tem muito a contribuir para a economia global. O aniversário de 20 anos da Organização não apenas convida à avaliação do passado, mas também estimula a reflexão sobre o futuro. Na área das negociações comerciais, há um grande potencial para a OMC seguir estimulando o desenvolvimento, o comércio e a economia internacional. Em paralelo, ao fortalecer os demais pilares da Organização, equipamos o sistema multilateral de comércio para melhor lidar com as necessidades do futuro. Quando se pensa em governança global, convém sempre lembrar que, entre os arranjos comerciais existentes, apenas a OMC conta com 161 Membros, e que eles são responsáveis por 98% do comércio mundial. Avanços a partir dessa base ampla têm, por definição, repercussão considerável. Este enorme ativo, combinado com a experiência exitosa dos últimos vinte anos, são um alicerce sólido para que a OMC contribua ainda mais para a economia global. É realmente difícil pensar no comércio mundial sem a OMC. Como costumo dizer, se a OMC não existisse, ela precisaria ser inventada. SGP Os sistemas preferenciais são acordos comerciais celebrados com o objetivo de reduzir ou eliminar a tributação das importações, em caráter reciproco (integração), em caráter unilateral (acesso a mercados para países em desenvolvimento). O Sistema Global de Preferencias Comerciais (SGPC) é um acordo criado pelos países membros do G-77 como forma de incentivo comercial com benefícios reciproco, com apoio da CNUCED, em vigor desde 1989. O G-77 hoje tem 134 países membros. O Sistema Geral de Preferencias (SGP) foi apresentado na primeira reunião da CNUCED em 1964, e adotado na segunda reunião em 1968. Ele é não reciproco e não discriminatório em favor dos países em desenvolvimento, com medidas especiais para as menos desenvolvidas, com o objetivo de: aumentar os ganhos nas exportações, promover a industrialização e acelerar as taxas de desenvolvimentos. Não discriminatório, autonomia, provisoriedade, unilateralidade. Relevância da Regra de origem. Texto: Human Rights in the Law of the WTO – Noordhoek O termo direitos humanos é usado para se refere ao direito protegido por vários acordos e convenções internacionais de direitos humanos. No GATT as questões de DH eram no geral ignoradas, mas, o preambulo do acordo da OMC mostrou que algumas questões de DH que eram marginalmente afetadas pelo comercio ganharam alguma relevância das negociações de comercio internacional, e o desenvolvimento sustentável, a proteção do meio ambiente, necessidade especiais de desenvolvimento e os LDC foram explicitamente mencionados. Adicionalmente, o acordo da OMC tratava sobre a propriedade intelectual, e outras questões relevantes para os DH. Entretanto, não há nenhuma referencia explicita aos direitos humanos no acordo da OMC. 13 Os desenvolvimentos nos campos do comercio e dos direitos humanos aconteceram de forma paralela. E a separação estrita entre os dois só diminuiu no final dos anos 90, por causa de muitos protestos de ativistas contra a OMC. Então, os estudiosos de ambos os lados, perceberam como o comercio pode afetar os direitos humanos, e vice-versa. Então, aconteceu uma incorporação implícita de direitos humanos nos acordos da OMC. O GATT já tratava sobre o principio da nação mais favorecida – quando a parte contratante garante certos direitos e privilégios para outro país na exportação ou importação de um certo produto, e deve garantir esses direitos para todas as partes as partes contratantes. Com isso, visava eliminar as politicas discriminatórias. Na pratica, os países desenvolvidos se beneficiavam desse artigo. Apesar das boas intenções, a clausula da NMF afetou o crescimento dos países em desenvolvimento, e por isso foi necessária a criação de novas regras entre os desenvolvidos e os em desenvolvimento. Na reunião da UNCTAD, os países decidiram então criar o sistema geral de preferencias, baseado em objetivos e princípios comuns, visandopermitir oportunidades equivalentes aos países em desenvolvimento para expandires o crescimento das exportações. Essa clausula foi incorporada pelo GATT pela “enabling cause”, que permitiu uma base legal permanente para o tratamento preferencial. O primeiro SGP estabelecido mundialmente foi o da CEE, em 1971, e foi modificado ao longo do tempo para incorporar os desenvolvimentos do mercado mundial. Em 2001, a EU desenvolveu uma nova versão do SGP, que apresentou 5 possibilidades de tarifas preferenciais. A possibilidade de introduzir acordos de incentivos especiais não segue automaticamente a “enabling cause”. Esse sistema da EU visa apenas grupos específicos de países em desenvolvimento, enquanto a clausula apenas permite explicitamente o tratamento diferenciado dos LDC. Esse SGP da UE, gerou questionamentos, pois segundo a India, não cumpria os requisitos de alguns parágrafos da Clausula. Por isso, esse país estabeleceu um painel contra a EU na OMC. A EU perdeu a diputa e teve que fazer modificações em seu SGP. Nesta reforma, a CE teve que mudar seu acordo sobre drogas, mas fez tomou uma decisão mais radical e adotou um SGP complemento novo. Uma regulação da CE foi a primeira baseada nessas orientações e estabeleceu regras para o tratamento preferencial. No presente regulamento, os três regimes especiais de trabalho, meio ambiente e drogas abriram espaço para um único arranjo que é conhecido como 'GSP Plus' e abrange direitos humanos, direitos do trabalho, proteção ambiental, corrupção e luta contra a produção de drogas ilegais e tráfico. Para ser elegível para receber um tratamento preferencial no âmbito do SPG Plus, os países em desenvolvimento precisam 'ratificar e aplicar efetivamente' oito convenções das Nações Unidas de direitos humanos, oito convenções da Organização Internacional do Trabalho, e pelo menos sete convenções fora de uma lista de sete convenções ambientais, três convenções sobre drogas, e uma convenção anticorrupção. Ainda, os países precisam ser vulneráveis, critério baseado nas classificações do BM e numa porcentagem de exportação máxima. 14 GSP Plus utiliza a ratificação e implementação de várias convenções internacionais como um padrão para avaliar as necessidades de desenvolvimento, financeiras ou comerciais de um país. O uso dessas convenções parece se encaixar perfeitamente na definição de um padrão objetivo do Órgão de Apelação. No entanto, existem dois problemas potenciais relacionados à escolha desta norma pela CE. Em primeiro lugar, um país (A) que não tenha ratificado nem aplicaram as convenções necessárias para ser elegíveis para o SPG Além disso, pode ter a mesma needs95 como outro país (B), que se ratificar e implementar todas estas convenções. Sob GSP Além disso, o país B receberá um tratamento pautal favorável, desde que tenha ratificado e aplicado as convenções necessárias, enquanto país A com necessidades idênticas, não receberá tratamento pautal favorável, simplesmente porque ele não assinou as convenções. Obviamente, esta situação está em conflito com a orientação estabelecida pelo Órgão de Apelação, porque as necessidades de um país não são avaliados objetivamente, em vez ratificação e aplicação de determinadas convenções internacionais do país é objectivamente avaliado. Além disso, há amarras para a ratificação e aplicação das convenções internacionais. Em segundo lugar, a CE tem o poder de escolher as convenções que precisam ser ratificados e aplicados pelos membros beneficiários. Ao considerar as convenções incluído e os deixado de fora, é evidente que a seleção é para a maior parte com base nas convenções de direitos humanos fundamentais comumente aceitos como determinado pela Organização das Nações Unidas ( "UN"), mas algumas escolhas parecem ser um pouco arbitrário. Por exemplo, a Convenção de Migrações da ONU não está incluído, enquanto que a ONU considera esta uma convenção núcleo direitos humanos. Por outro lado, a Convenção Apartheid foi incluído, enquanto que esta não é uma Convenção núcleo e dois terços dos Estados-Membros da UE não ratificaram esta Convenção si. O segundo critério usado pelo programa GSP Plus para determinar se um país é elegível para o SPG Plus é o critério de "vulnerabilidade". Este critério é composto por dois subcritérios: (1) o Banco Mundial não deve ter classificado o país como um salário alto um durante três anos consecutivos, e as cinco maiores secções das suas exportações abrangidas pelo SPG para a Comunidade representam mais de 75% em valor do total das suas exportações abrangidas pelo SPG; e (2) percentagem das exportações SPG para a CE do país em desenvolvimento deve ser inferior a 1% no valor total das importações SPG da Comunidade. O primeiro critério pode dito ser objetivo, uma vez que se baseia em dados do Banco Mundial e em dados de comércio do próprio país. A objetividade do segundo fator pode ser questionável, uma vez que é definido em termos de importações da UE e não em termos do país em questão. O critério 'importações da UE "é completamente alheios às necessidades de um país candidato SPG +, e, portanto, não é um padrão objetivo para determinar as necessidades desse país. Assim, o segundo critério do regime SPG + se parece mais com um instrumento que foi criado para proteger o mercado europeu a partir de países em desenvolvimento que têm uma parte substancial das importações europeias. Concluding, in EC-Tariff Preferences, the Appellate Body opened the door for the implicit incorporation of human rights into trade policies and trade disputes, and with 15 respect to GSP schemes, created disciplines to ensure that preferential treatment is related to the needs of developing countries. This ruling was an important step for the legitimate incorporation of human rights in GSP programmes, as has been shown by the European GSP Plus programme. However, the text of the GSP programme and its practical application show that the EC enjoys quite some discretion in deciding which developing country is eligible for the programme, and hence the programme is easily used to make developing countries comply with requirements that address certain policy concerns of the EC. To clarify all these issues, a trade dispute on this GSP Plus programme is needed, so that the Appellate Body can clarify and tighten its own guidelines. 2.1.2 GSP+ as a special instrument for human rights, sustainable development and good governance Although all three arrangements are to some extent conditional on respect for certain human rights, the GSP+ arrangement is the most explicit governance instrument for human rights, sustainable development and good governance. Below we briefly outline how this instrument works. 2.1.2.1 Eligibility First of all, there are a number of eligibility criteria to the GSP+, the most important being to be a beneficiary of the general scheme, and to be ‘vulnerable’, meaning that imports into the EU must be low and concentrated on a few products, making that country’s trading industries insufficiently integrated within the international trading system and vulnerable to variations in the market (Art. 9 1. (a) and Annex VII of the GSP regulation). 2.1.2.2 Conditionality In addition to these ‘eligibility’ criteria, a GSP+ beneficiary must take a number of active steps to meet the following conditions (Art. 9 1 (b) to (f)). First, GSP+ beneficiaries must have ratified 27 ‘core’ international conventions pertaining to human/labour rights, sustainable development and good governance, listed in annex VIII of the GSP regulation. Second, the ‘relevant monitoring bodies’ of such conditions must not have identified‘a serious failure to effectively implement any of those conventions’. Finally, the GSP+ beneficiary must provide several binding commitments for the future: - maintain ratification of all 27 conventions; - accept without reservation the reporting requirements imposed by those conventions; and - cooperate with the Commission in the monitoring of the continued fulfillment of these conditions. 2.1.2.3 Granting process In terms of process, GSP+ beneficiary status is granted on the basis of individual applications showing that the requesting party fulfills the above conditions (Art. 10 1. GSP Regulation 2012). The application is reviewed by the Commission after notification to the Council and Parliament. The Commission then decides by delegated act (see below) 16 whether or not to include the country in question in the list of GSP+ beneficiaries (Annex III GSP Regulation 2012). The Commission has adopted ‘Delegated Regulation (EU) No 155/2013 of 18 December 2012 establishing rules related to the procedure for granting the special incentive arrangement for sustainable development and good governance under Regulation (EU) No 978/2012 of the European Parliament and of the Council applying a scheme of generalised tariff preferences’, substantiating the application and granting process. 2.1.2.4 Monitoring and withdrawal In a number of cases, preferences can be ‘temporarily withdrawn’ (see also Yap, 2015). For what regards temporary withdrawal from the whole GSP scheme, Art. 19 of the GSP regulation provides that, notably in case of serious and systematic violations of the core conventions mentioned in Part A of Annex VIII, but also when a country is guilty of exporting goods made by prison labour or of unfair trading practices, temporary withdrawal can be decided by the Commission. For what concerns the GSP+ conditions, the Commission must ‘keep under review’ the status of ratification of the 27 conventions, and ‘monitor’ their effective implementation and the beneficiaries’ cooperation with the conventions’ monitoring bodies. Moreover each GSP+ beneficiary must collaborate to the monitoring process, notably by providing information on the fulfillment of the conditions (Art. 13 GSP Regulation 2012). Every two years, the Commission reports to the Parliament and the Council on the fulfilment status of those conditions (Art. 14 1. GSP Regulation 2012). In the event the Commission has a ‘reasonable doubt’ that the GSP+ conditions are no longer fulfilled by a beneficiary, it may ‘initiate the procedure for the temporary withdrawal’ (Art. 15 3. GSP Regulation), which might result in a withdrawal of the GSP+ preferences.