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2º. ADITIVO DO VADE MECUM DO SERVIÇO SOCIAL 8ªEdição Organizadoras: Cínthia Fonseca Lopes / Erivânia Bernadino Cruz ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, COM AS ALTERAÇÕES REALIZADAS PELA: Lei nº 13.431, de 2017; Lei nº 13.438, de 2017; Lei nº 13.509, de 2017. ALTERAÇÕES REALIZADAS NA LEI MARIA DA PENHA: Lei nº 13.505, de 2017; Lei nº 13.641, de 2018. ALTERAÇÕES REALIZADAS NO ESTATUTO DO IDOSO: Lei nº 13.466, de 2017; Lei nº 13.535, de 2017. 3 EC A w w w . p o t e r e s o c i a l . c o m . b rw w w . p o t e r e s o c i a l . c o m . b r @p ote res oci al Conheça nossa loja virtual:Acessa nossos cursos online: canaldoassistentesocial.com.br lojapoteresocial.com.br ÍNDICE SISTEMÁTICO DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990 Título I Das Disposições Preliminares Art. 1º a 6 Título II Dos Direitos Fundamentais Capitulo I - Do Direito à Vida e à Saúde (art. 7 a 14) Capítulo II - Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade (arts. 15 a 18-B) Capítulo III - Do Direto à Convivência Familiar e Comunitária (arts. 19 a 52-D) Seção I - Disposições Gerais (arts. 19 a 24) Seção II - Da Família Natural (arts. 25 a 27) Seção III - Da Família Substituta (arts. 28 a 52-D) Subseção I - Disposições Gerais (arts. 28 a 32) Subseção II - Da Guarda (arts. 33 a 35) Subseção III - Da Tutela (arts. 36 a 38) Subseção IV - Da Adoção (arts. 39 a 52-D) Capítulo IV - Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte ao Lazer (arts. 53 a 59) Capítulo V - Do Direito à Profi ssionalização e à Proteção no Trabalho (arts 60 a 69) Título III Da Prevenção Capítulo I - Disposições Gerais (arts. 70 a 73) Capítulo II - Da Prevenção Especial (arts. 74 a 85) Seção I - Da Informação, Cultura, Lazer, Esportes, Diversões e Espetáculos (arts. 74 a 80) Seção II - Dos Produtos e Serviços (arts. 81 a 82) Seção III - Da Autorização para Viajar (arts. 83 a 85) PARTE ESPECIAL Título I Da Política de Atendiomento Capítulo I - Disposições Gerais (arts. 86 a 89) Capítulo II - Das Entidades de Atendimento (arts. 90 a 97) Seção I - Disposições Gerais (arts. 90 a 94-A) Seção II - Da Fiscalização das Entidades (arts 95 a 97) Título II Das Medidas de Proteção Capítulo I - Disposições Gerais (art. 98) Capítulo II - Das Medidas Específi cas de Proteção (arts. 99 a 102) Título I Da Prática de Ato Infracional Capítulo I - Disposições Gerais (arts. 103 a 105 Capítulo II - Dos Direitos Individuais (arts. 106 a 109) Capítulo III - Das Garantias Processuais (arts. 110 a 111) Capítulo IV - Das Medidas Sócio-Educativas (arts 112 a 125) Estatuto da Criança e do Adolescente 4 w w w . p o t e r e s o c i a l . c o m . b r Conheça nossa loja virtual:Acessa nossos cursos online: canaldoassistentesocial.com.br lojapoteresocial.com.br @p ote res oci al Seção I - Disposições Gerais (arts. 112 a 114) Seção II - Da Advertência (art. 115) Seção III - Da Obrigação de Reparar o Dano (art. 116) Seção IV - Da Prestação de Serviços à Comunidade (art. 117) Seção V - Da Liberdade Assistida (arts. 118 e 119) Seção VI - Do Regime de Semi-liberdade (art. 120) Seção VII - Da Internação (arts. 121 a 125) Capítulo V - Da Remissão (arts. 126 a 128) Título IV Das Medidas Pertinentes aos Pais ou Responsáveis Art. 129 e 130 Título V Do Conselho Tutelar Capítulo I - Disposições Gerais (arts. 131 a 135) Capítulo II - Das Atribuições do Conselho (arts. 136 e 137) Capítulo III - Da Competência (art. 138) Capítulo IV - Da Escolha dos Conselheiros (art. 139) Capítulo V - Dos Impedimentos (art. 140) Título VI Do Acesso à Justiça Capítulo I - Disposições Gerais (arts. 141 a 144) Capítulo II - Da Justiça da Infância e da Juventude (arts. 145 a 151) Seção I - Disposições Gerais (art. 145) Seção II - Do Juiz (arts 146 a 149) Seção III - Dos Serviços Auxiliares (arts. 150 e 151) Capítulo III - Dos Procedimentos (arts. 152 a 197-F) Seção I - Disposições Gerais (arts. 152 a 154) Seção II - Da Perda e da Suspensão do Familiar (arts. 155 a 163) Seção III - Da Destituição da Tutela (art. 164) Seção IV - Da Colocação em Família Substituta (arts. 165 a 170) Seção V - Da Apuração de Ato Infracional Atribuído a Adolescente (arts. 171 a 190) Seção V-A - Da Infi ltração de Agentes de Polícia para a Investigação de Crimes contra a Dignidade Sexual de Criança e de Adolescente (arts. 190-A a 190-E) Seção VI - Da Apuração de Irregularidades em Entidade de Atendimento (arts. 191 a 193) Seção VII - Da Apuração de Infração Administrativa às Normas de Proteção à Criança e ao Adolescente (arts. 194 a 197) Seção VIII - Da Habilitação de Pretendentes à Adoção (arts. 197-A a 197-F) Capítulo IV - Dos Recursos (arts. 198 a 199-E) Capítulo V - Do Ministério Público (arts. 200 a 205) Capítulo VI - Do Advogado (arts. 206 e 207) Capítulo VII - Da Proteção Judicial dos Interesses Individuais, Difusos e Coletivos (arts. 208 a 224) Título VII Dos Crimes e Das Infrações Administrativas Capítulo I - Disposições Gerais (arts. 225 a 244-B) Seção I - Disposições Gerais (arts. 225 a 227)) Seção II - Dos Crimes em Espécie (arts. 228 a 244-B) Capítulo II - Das Infrações Administrativas (arts. 245 a 258-C) Disposições Finais e Transitórias (arts. 259-A a 267) 5 EC A w w w . p o t e r e s o c i a l . c o m . b rw w w . p o t e r e s o c i a l . c o m . b r @p ote res oci al Conheça nossa loja virtual:Acessa nossos cursos online: canaldoassistentesocial.com.br lojapoteresocial.com.br ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990 Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚ- BLICA: Faço saber que o Con- gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Título I Das Disposições Preliminares Art. 1º Esta Lei dispõe so- bre a proteção integral à crian- ça e ao adolescente. Art. 2º Considera-se crian- ça, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se ex- cepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vin- te e um anos de idade. Art. 3º A criança e o adoles- cente gozam de todos os direi- tos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando- -se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fi m de lhes fa- cultar o desenvolvimento físi- co, mental, moral, espiritual e social, em condições de liber- dade e de dignidade. Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam- -se a todas as crianças e ado- lescentes, sem discriminação de nascimento, situação fa- miliar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, de- fi ciência, condição pessoal de desenvolvimento e aprendi- zagem, condição econômica, ambiente social, região e local de moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem. (incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prio- ridade, a efetivação dos direi- tos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profi ssiona- lização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comu- nitária. Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: a) primazia de receber pro- teção e socorro em quaisquer circunstâncias; b) precedência de atendi- mento nos serviços públicos ou de relevância pública; c) preferência na formula- ção e na execução das políti- cas sociais públicas; d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infânciae à juventude. Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligên- cia, discriminação, exploração, violência, crueldade e opres- são, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em con- ta os fi ns sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deve- res individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento. Título II Dos Direitos Fundamentais Capítulo I Do Direito à Vida e à Saúde Art. 7º A criança e o ado- lescente têm direito a prote- ção à vida e à saúde, median- te a efetivação de políticas so- ciais públicas que permitam o nascimento e o desenvol- vimento sadio e harmonioso, em condições dignas de exis- tência. Art. 8o É assegurado a to- das as mulheres o acesso aos programas e às políticas de saúde da mulher e de pla- nejamento reprodutivo e, às gestantes, nutrição adequada, atenção humanizada à gravi- dez, ao parto e ao puerpério e atendimento pré-natal, pe- rinatal e pós-natal integral no âmbito do Sistema Único de Saúde. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) § 1o O atendimento pré-na- tal será realizado por profi ssio- nais da atenção primária. (Re- dação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) Estatuto da Criança e do Adolescente 6 w w w . p o t e r e s o c i a l . c o m . b r Conheça nossa loja virtual:Acessa nossos cursos online: canaldoassistentesocial.com.br lojapoteresocial.com.br @p ote res oci al § 2o Os profi ssionais de saú- de de referência da gestante garantirão sua vinculação, no último trimestre da gestação, ao estabelecimento em que será realizado o parto, garanti- do o direito de opção da mu- lher. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) § 3o Os serviços de saúde onde o parto for realizado as- segurarão às mulheres e aos seus fi lhos recém-nascidos alta hospitalar responsável e contrarreferência na atenção primária, bem como o acesso a outros serviços e a grupos de apoio à amamentação. (Re- dação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) § 4o Incumbe ao poder pú- blico proporcionar assistên- cia psicológica à gestante e à mãe, no período pré e pós-na- tal, inclusive como forma de prevenir ou minorar as conse- quências do estado puerperal. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 5o A assistência referida no § 4o deste artigo deverá ser prestada também a gestantes e mães que manifestem inte- resse em entregar seus fi lhos para adoção, bem como a ges- tantes e mães que se encon- trem em situação de privação de liberdade. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) § 6o A gestante e a partu- riente têm direito a 1 (um) acompanhante de sua prefe- rência durante o período do pré-natal, do trabalho de par- to e do pós-parto imediato. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) § 7o A gestante deverá re- ceber orientação sobre aleita- mento materno, alimentação complementar saudável e crescimento e desenvolvi- mento infantil, bem como so- bre formas de favorecer a cria- ção de vínculos afetivos e de estimular o desenvolvimento integral da criança. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) § 8o A gestante tem direito a acompanhamento saudável durante toda a gestação e a parto natural cuidadoso, es- tabelecendo-se a aplicação de cesariana e outras interven- ções cirúrgicas por motivos médicos. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) § 9o A atenção primária à saúde fará a busca ativa da gestante que não iniciar ou que abandonar as consultas de pré-natal, bem como da puérpera que não comparecer às consultas pós-parto. (Incluí- do pela Lei nº 13.257, de 2016) § 10. Incumbe ao poder público garantir, à gestante e à mulher com fi lho na primei- ra infância que se encontrem sob custódia em unidade de privação de liberdade, am- biência que atenda às normas sanitárias e assistenciais do Sistema Único de Saúde para o acolhimento do fi lho, em articulação com o sistema de ensino competente, visando ao desenvolvimento integral da criança. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) Art. 9º O poder público, as instituições e os emprega- dores propiciarão condições adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos fi lhos de mães submetidas a medida privativa de liberdade. § 1o Os profi ssionais das unidades primárias de saúde desenvolverão ações sistemá- ticas, individuais ou coletivas, visando ao planejamento, à implementação e à avaliação de ações de promoção, pro- teção e apoio ao aleitamento materno e à alimentação com- plementar saudável, de forma contínua. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) § 2o Os serviços de unida- des de terapia intensiva neo- natal deverão dispor de banco de leite humano ou unidade de coleta de leite humano. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) Art. 10. Os hospitais e de- mais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes, públicos e particulares, são obrigados a: I - manter registro das ativi- dades desenvolvidas, através de prontuários individuais, pelo prazo de dezoito anos; II - identifi car o recém-nas- cido mediante o registro de sua impressão plantar e digi- tal e da impressão digital da mãe, sem prejuízo de outras formas normatizadas pela au- toridade administrativa com- petente; III - proceder a exames vi- sando ao diagnóstico e tera- pêutica de anormalidades no metabolismo do recém-nasci- do, bem como prestar orienta- ção aos pais; IV - fornecer declaração de nascimento onde constem ne- cessariamente as intercorrên- cias do parto e do desenvolvi- mento do neonato; V - manter alojamento con- junto, possibilitando ao neona- to a permanência junto à mãe. VI - acompanhar a prática do processo de amamentação, prestando orientações quanto à técnica adequada, enquanto a mãe permanecer na unidade hospitalar, utilizando o corpo Estatuto da Criança e do Adolescente 7 EC A w w w . p o t e r e s o c i a l . c o m . b r Conheça nossa loja virtual:Acessa nossos cursos online: canaldoassistentesocial.com.br lojapoteresocial.com.br @p ote res oci al técnico já existente.(Incluído pela Lei nº 13.436, de 2017) Art. 11. É assegurado aces- so integral às linhas de cuida- do voltadas à saúde da criança e do adolescente, por intermé- dio do Sistema Único de Saú- de, observado o princípio da equidade no acesso a ações e serviços para promoção, pro- teção e recuperação da saú- de. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) § 1o A criança e o adoles- cente com defi ciência serão atendidos, sem discriminação ou segregação, em suas ne- cessidades gerais de saúde e específi cas de habilitação e reabilitação. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) § 2o Incumbe ao poder pú- blico fornecer gratuitamente, àqueles que necessitarem, medicamentos, órteses, próte- ses e outras tecnologias assis- tivas relativas ao tratamento, habilitação ou reabilitação para crianças e adolescentes, de acordo com as linhas de cuidado voltadas às suas ne- cessidades específi cas. (Reda- ção dada pela Lei nº 13.257, de 2016) § 3o Os profi ssionais que atuam no cuidado diário ou frequente de crianças na pri- meira infância receberão for- mação específi ca e permanen- te para a detecção de sinais de risco para o desenvolvimento psíquico, bem como para o acompanhamento que se fi zer necessário. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) Art. 12. Os estabelecimen- tos de atendimento à saúde, inclusive as unidades neo- natais, de terapia intensiva e de cuidados intermediários, deverão proporcionar condi- ções para a permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de internação decriança ou ado- lescente. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) Art. 13. Os casos de suspei- ta ou confi rmação de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente co- municados ao Conselho Tu- telar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras provi- dências legais. (Redação dada pela Lei nº 13.010, de 2014) § 1o As gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus fi lhos para ado- ção serão obrigatoriamente encaminhadas, sem constran- gimento, à Justiça da Infância e da Juventude. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) § 2o Os serviços de saúde em suas diferentes portas de entrada, os serviços de assis- tência social em seu compo- nente especializado, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e os demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos da Crian- ça e do Adolescente deverão conferir máxima prioridade ao atendimento das crianças na faixa etária da primeira infân- cia com suspeita ou confi rma- ção de violência de qualquer natureza, formulando projeto terapêutico singular que in- clua intervenção em rede e, se necessário, acompanhamento domiciliar. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) Art. 14. O Sistema Único de Saúde promoverá programas de assistência médica e odon- tológica para a prevenção das enfermidades que ordinaria- mente afetam a população infantil, e campanhas de edu- cação sanitária para pais, edu- cadores e alunos. § 1o É obrigatória a vacina- ção das crianças nos casos re- comendados pelas autorida- des sanitárias. (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 13.257, de 2016) § 2o O Sistema Único de Saúde promoverá a atenção à saúde bucal das crianças e das gestantes, de forma trans- versal, integral e intersetorial com as demais linhas de cui- dado direcionadas à mulher e à criança. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) § 3o A atenção odonto- lógica à criança terá função educativa protetiva e será prestada, inicialmente, antes de o bebê nascer, por meio de aconselhamento pré-natal, e, posteriormente, no sexto e no décimo segundo anos de vida, com orientações sobre saúde bucal. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) § 4o A criança com necessi- dade de cuidados odontológi- cos especiais será atendida pelo Sistema Único de Saúde. (Incluí- do pela Lei nº 13.257, de 2016) § 5º É obrigatória a aplica- ção a todas as crianças, nos seus primeiros dezoito meses de vida, de protocolo ou outro instrumento construído com a fi nalidade de facilitar a detec- ção, em consulta pediátrica de acompanhamento da criança, de risco para o seu desenvolvi- mento psíquico. (Incluído pela Lei nº 13.438, de 2017) Capítulo II Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade Art. 15. A criança e o ado- lescente têm direito à liberda- Estatuto da Criança e do Adolescente 8 w w w . p o t e r e s o c i a l . c o m . b r Conheça nossa loja virtual:Acessa nossos cursos online: canaldoassistentesocial.com.br lojapoteresocial.com.br @p ote res oci al de, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos ci- vis, humanos e sociais garanti- dos na Constituição e nas leis. Art. 16. O direito à liberda- de compreende os seguintes aspectos: I - ir, vir e estar nos logra- douros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais; II - opinião e expressão; III - crença e culto religioso; IV - brincar, praticar espor- tes e divertir-se; V - participar da vida fami- liar e comunitária, sem discri- minação; VI - participar da vida polí- tica, na forma da lei; VII - buscar refúgio, auxílio e orientação. Art. 17. O direito ao res- peito consiste na inviolabi- lidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos pessoais. Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da crian- ça e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamen- to desumano, violento, aterro- rizante, vexatório ou constran- gedor. Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degra- dante, como formas de corre- ção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da fa- mília ampliada, pelos respon- sáveis, pelos agentes públicos executores de medidas so- cioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) Parágrafo único. Para os fi ns desta Lei, considera-se: (Incluí- do pela Lei nº 13.010, de 2014) I - castigo físico: ação de na- tureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força físi- ca sobre a criança ou o adoles- cente que resulte em: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) a) sofrimento físico; ou (In- cluído pela Lei nº 13.010, de 2014) b) lesão; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou for- ma cruel de tratamento em relação à criança ou ao adoles- cente que: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) a) humilhe; ou (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) b) ameace gravemente; ou (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) c) ridicularize. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) Art. 18-B. Os pais, os inte- grantes da família ampliada, os responsáveis, os agentes públicos executores de medi- das socioeducativas ou qual- quer pessoa encarregada de cuidar de crianças e de ado- lescentes, tratá-los, educá-los ou protegê-los que utilizarem castigo físico ou tratamento cruel ou degradante como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto estarão sujeitos, sem prejuízo de outras sanções ca- bíveis, às seguintes medidas, que serão aplicadas de acordo com a gravidade do caso: (In- cluído pela Lei nº 13.010, de 2014) I - encaminhamento a pro- grama ofi cial ou comunitário de proteção à família; (Incluí- do pela Lei nº 13.010, de 2014) II - encaminhamento a tra- tamento psicológico ou psi- quiátrico; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) III - encaminhamento a cursos ou programas de orien- tação; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) IV - obrigação de encami- nhar a criança a tratamento especializado; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) V - advertência. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) Parágrafo único. As medi- das previstas neste artigo se- rão aplicadas pelo Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras providências legais. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) Capítulo III Do Direito à Convivência Familiar e Comunitária Seção I Disposições Gerais Art. 19. É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua famí- lia e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e co- munitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) § 1o Toda criança ou ado- lescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada 3 (três) meses, devendo a autoridade judiciá- ria competente, com base em relatório elaborado por equi- pe interprofi ssional ou mul- Estatuto da Criança e do Adolescente 9 EC A w w w . p o t e r e s o c i a l . c o m . b r Conheça nossa loja virtual:Acessa nossos cursos online: canaldoassistentesocial.com.br lojapoteresocial.com.br @p ote res oci al tidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela possibili- dade de reintegração familiar oupela colocação em família substituta, em quaisquer das modalidades previstas no art. 28 desta Lei. t§ 2o A permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento ins- titucional não se prolongará por mais de 18 (dezoito me- ses), salvo comprovada neces- sidade que atenda ao seu su- perior interesse, devidamente fundamentada pela autorida- de judiciária. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017) § 3o A manutenção ou a re- integração de criança ou ado- lescente à sua família terá pre- ferência em relação a qualquer outra providência, caso em que será esta incluída em serviços e programas de proteção, apoio e promoção, nos termos do § 1o do art. 23, dos incisos I e IV do caput do art. 101 e dos in- cisos I a IV do caput do art. 129 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) § 4o Será garantida a convi- vência da criança e do adoles- cente com a mãe ou o pai pri- vado de liberdade, por meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou, nas hipó- teses de acolhimento institu- cional, pela entidade respon- sável, independentemente de autorização judicial. (Incluído pela Lei nº 12.962, de 2014) § 5o Será garantida a convi- vência integral da criança com a mãe adolescente que estiver em acolhimento institucional. (Incluí- do pela Lei nº 13.509, de 2017) § 6o Na hipótese de não com- parecerem à audiência nem o genitor nem representante da família extensa para confi rmar a intenção de exercer o poder fa- miliar ou a guarda, a autoridade judiciária suspenderá o poder familiar da mãe, e a criança será colocada sob a guarda provisó- ria de quem esteja habilitado a adotá-la. Art. 19-A. A gestante ou mãe que manifeste interes- se em entregar seu fi lho para adoção, antes ou logo após o nascimento, será encaminha- da à Justiça da Infância e da Juventude. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) § 1o A gestante ou mãe será ouvida pela equipe interpro- fi ssional da Justiça da Infância e da Juventude, que apresen- tará relatório à autoridade judiciária, considerando inclu- sive os eventuais efeitos do es- tado gestacional e puerperal. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) § 2o De posse do relatório, a autoridade judiciária pode- rá determinar o encaminha- mento da gestante ou mãe, mediante sua expressa con- cordância, à rede pública de saúde e assistência social para atendimento especializado. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) § 3o A busca à família ex- tensa, conforme defi nida nos termos do parágrafo único do art. 25 desta Lei, respeitará o prazo máximo de 90 (noven- ta) dias, prorrogável por igual período. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) § 4o Na hipótese de não haver a indicação do genitor e de não existir outro represen- tante da família extensa apto a receber a guarda, a autoridade judiciária competente deverá decretar a extinção do poder familiar e determinar a colo- cação da criança sob a guarda provisória de quem estiver ha- bilitado a adotá-la ou de enti- dade que desenvolva progra- ma de acolhimento familiar ou institucional. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) § 5o Após o nascimento da criança, a vontade da mãe ou de ambos os genitores, se houver pai registral ou pai indicado, deve ser manifes- tada na audiência a que se refere o § 1o do art. 166 desta Lei, garantido o sigilo sobre a entrega. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) § 6o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) § 7o Os detentores da guar- da possuem o prazo de 15 (quinze) dias para propor a ação de adoção, contado do dia seguinte à data do térmi- no do estágio de convivência. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) § 8o Na hipótese de desis- tência pelos genitores — ma- nifestada em audiência ou perante a equipe interprofi s- sional ù da entrega da criança após o nascimento, a criança será mantida com os genito- res, e será determinado pela Justiça da Infância e da Ju- ventude o acompanhamento familiar pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias. (Incluí- do pela Lei nº 13.509, de 2017) § 9o É garantido à mãe o direito ao sigilo sobre o nasci- mento, respeitado o disposto no art. 48 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) § 10. Serão cadastrados para adoção recém-nascidos e crianças acolhidas não procu- radas por suas famílias no pra- zo de 30 (trinta) dias, contado a partir do dia do acolhimento. Estatuto da Criança e do Adolescente 10 w w w . p o t e r e s o c i a l . c o m . b r Conheça nossa loja virtual:Acessa nossos cursos online: canaldoassistentesocial.com.br lojapoteresocial.com.br @p ote res oci al Art. 19-B. A criança e o adolescente em programa de acolhimento institucional ou familiar poderão participar de programa de apadrinhamen- to. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) § 1o O apadrinhamento consiste em estabelecer e pro- porcionar à criança e ao adoles- cente vínculos externos à insti- tuição para fi ns de convivência familiar e comunitária e cola- boração com o seu desenvolvi- mento nos aspectos social, mo- ral, físico, cognitivo, educacional e fi nanceiro. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) § 2o Podem ser padrinhos ou madrinhas pessoas maio- res de 18 (dezoito) anos não inscritas nos cadastros de ado- ção, desde que cumpram os requisitos exigidos pelo pro- grama de apadrinhamento de que fazem parte. § 3o Pessoas jurídicas po- dem apadrinhar criança ou adolescente a fi m de colabo- rar para o seu desenvolvimen- to. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) § 4o O perfi l da criança ou do adolescente a ser apadri- nhado será defi nido no âmbi- to de cada programa de apa- drinhamento, com prioridade para crianças ou adolescentes com remota possibilidade de reinserção familiar ou coloca- ção em família adotiva. (Incluí- do pela Lei nº 13.509, de 2017) § 5o Os programas ou servi- ços de apadrinhamento apoia- dos pela Justiça da Infância e da Juventude poderão ser executados por órgãos públi- cos ou por organizações da sociedade civil. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) § 6o Se ocorrer violação das regras de apadrinhamento, os responsáveis pelo programa e pelos serviços de acolhimento deverão imediatamente no- tifi car a autoridade judiciária competente. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) Art. 20. Os fi lhos, havidos ou não da relação do casa- mento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualifi - cações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à fi liação. Art. 21. O poder familiar será exercido, em igualdade de condições, pelo pai e pela mãe, na forma do que dispuser a legislação civil, assegurado a qualquer deles o direito de, em caso de discordância, recorrer à autoridade judiciária compe- tente para a solução da diver- gência. (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos fi lhos meno- res, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais. Parágrafo único. A mãe e o pai, ou os responsáveis, têm direitos iguais e deveres e responsabilidades comparti- lhados no cuidado e na edu- cação da criança, devendo ser resguardado o direito de transmissão familiar de suas crenças e culturas, assegura- dos os direitos da criança esta- belecidos nesta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) Art. 23. A falta ou a carên- cia de recursos materiais não constitui motivo sufi ciente para a perda ou a suspensão do poder familiar. (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 1o Não existindo outro motivo que por si só autori- ze a decretação da medida, a criança ou o adolescente será mantido em sua famíliade origem, a qual deverá obri- gatoriamente ser incluída em serviços e programas ofi ciais de proteção, apoio e promo- ção. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) § 2o A condenação criminal do pai ou da mãe não implicará a destituição do poder familiar, exceto na hipótese de condena- ção por crime doloso, sujeito à pena de reclusão, contra o pró- prio fi lho ou fi lha. (Incluído pela Lei nº 12.962, de 2014) Art. 24. A perda e a sus- pensão do poder familiar se- rão decretadas judicialmente, em procedimento contradi- tório, nos casos previstos na legislação civil, bem como na hipótese de descumprimen- to injustifi cado dos deveres e obrigações a que alude o art. 22. (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Seção II Da Família Natural Art. 25. Entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou qual- quer deles e seus descenden- tes. (Vide Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Parágrafo único. Entende- -se por família extensa ou am- pliada aquela que se estende para além da unidade pais e fi lhos ou da unidade do casal, formada por parentes próxi- mos com os quais a criança ou adolescente convive e man- tém vínculos de afi nidade e afetividade. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Estatuto da Criança e do Adolescente 11 EC A w w w . p o t e r e s o c i a l . c o m . b r Conheça nossa loja virtual:Acessa nossos cursos online: canaldoassistentesocial.com.br lojapoteresocial.com.br @p ote res oci al Art. 26. Os fi lhos havidos fora do casamento poderão ser reconhecidos pelos pais, conjunta ou separadamente, no próprio termo de nasci- mento, por testamento, me- diante escritura ou outro do- cumento público, qualquer que seja a origem da fi liação. Parágrafo único. O reco- nhecimento pode preceder o nascimento do fi lho ou suce- der-lhe ao falecimento, se dei- xar descendentes. Art. 27. O reconhecimento do estado de fi liação é direito personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo ser exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer restrição, observado o segre- do de Justiça. Seção III Da Família Substituta Subseção I Disposições Gerais Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção, independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta Lei. § 1o Sempre que possível, a criança ou o adolescente será previamente ouvido por equi- pe interprofi ssional, respeita- do seu estágio de desenvolvi- mento e grau de compreen- são sobre as implicações da medida, e terá sua opinião de- vidamente considerada. (Re- dação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 2o Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, será necessário seu consenti- mento, colhido em audiência. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 3o Na apreciação do pedi- do levar-se-á em conta o grau de parentesco e a relação de afi nidade ou de afetividade, a fi m de evitar ou minorar as consequências decorrentes da medida. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 4o Os grupos de irmãos serão colocados sob adoção, tutela ou guarda da mesma família substituta, ressalvada a comprovada existência de risco de abuso ou outra situa- ção que justifi que plenamente a excepcionalidade de solução diversa, procurando-se, em qualquer caso, evitar o rompi- mento defi nitivo dos vínculos fraternais.(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 5oA colocação da crian- ça ou adolescente em famí- lia substituta será precedida de sua preparação gradativa e acompanhamento poste- rior, realizados pela equipe interprofi ssional a serviço da Justiça da Infância e da Juven- tude, preferencialmente com o apoio dos técnicos respon- sáveis pela execução da polí- tica municipal de garantia do direito à convivência familiar. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 6o Em se tratando de criança ou adolescente indí- gena ou proveniente de co- munidade remanescente de quilombo, é ainda obrigatório: (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência I - que sejam consideradas e respeitadas sua identidade social e cultural, os seus cos- tumes e tradições, bem como suas instituições, desde que não sejam incompatíveis com os direitos fundamentais re- conhecidos por esta Lei e pela Constituição Federal; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vi- gência II - que a colocação fami- liar ocorra prioritariamente no seio de sua comunidade ou junto a membros da mes- ma etnia; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência III - a intervenção e oitiva de representantes do órgão federal responsável pela po- lítica indigenista, no caso de crianças e adolescentes indí- genas, e de antropólogos, pe- rante a equipe interprofi ssio- nal ou multidisciplinar que irá acompanhar o caso. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Art. 29. Não se deferirá co- locação em família substituta a pessoa que revele, por qual- quer modo, incompatibilidade com a natureza da medida ou não ofereça ambiente familiar adequado. Art. 30. A colocação em família substituta não admiti- rá transferência da criança ou adolescente a terceiros ou a entidades governamentais ou não-governamentais, sem au- torização judicial. Art. 31. A colocação em família substituta estrangeira constitui medida excepcional, somente admissível na moda- lidade de adoção. Art. 32. Ao assumir a guar- da ou a tutela, o responsável prestará compromisso de bem e fi elmente desempenhar o encargo, mediante termo nos autos. Subseção II Da Guarda Art. 33. A guarda obriga a prestação de assistência ma- terial, moral e educacional à criança ou adolescente, confe- rindo a seu detentor o direito Estatuto da Criança e do Adolescente 12 w w w . p o t e r e s o c i a l . c o m . b r Conheça nossa loja virtual:Acessa nossos cursos online: canaldoassistentesocial.com.br lojapoteresocial.com.br @p ote res oci al de opor-se a terceiros, inclusi- ve aos pais. (Vide Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 1º A guarda destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser deferida, liminar ou incidentalmente, nos pro- cedimentos de tutela e ado- ção, exceto no de adoção por estrangeiros. § 2º Excepcionalmente, defe- rir-se-á a guarda, fora dos casos de tutela e adoção, para atender a situações peculiares ou suprir a falta eventual dos pais ou res- ponsável, podendo ser deferido o direito de representação para a prática de atos determinados. § 3º A guarda confere à criança ou adolescente a con- dição de dependente, para to- dos os fi ns e efeitos de direito, inclusive previdenciários. § 4 Salvo expressa e funda- mentada determinação em contrário, da autoridade judi- ciária competente, ou quando a medida for aplicada em pre- paração para adoção, o defe- rimento da guarda de criança ou adolescente a terceiros não impede o exercício do direi- to de visitas pelos pais, assim como o dever de prestar ali- mentos, que serão objeto de regulamentação específi ca, a pedido do interessado ou do Ministério Público. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Art. 34. O poder público estimulará, por meio de assis- tência jurídica, incentivos fi s- cais e subsídios, o acolhimen- to, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente afasta- do do convívio familiar. (Reda- ção dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 1o A inclusão da criança ou adolescente em programas de acolhimento familiar terá pre- ferência a seu acolhimento ins- titucional, observado, em qual- quer caso, o caráter temporário e excepcional da medida, nos termos desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 2o Na hipótesedo § 1o deste artigo a pessoa ou casal cadastrado no programa de acolhimento familiar poderá receber a criança ou adoles- cente mediante guarda, ob- servado o disposto nos arts. 28 a 33 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) § 3o A União apoiará a im- plementação de serviços de acolhimento em família aco- lhedora como política pública, os quais deverão dispor de equipe que organize o acolhi- mento temporário de crianças e de adolescentes em residên- cias de famílias selecionadas, capacitadas e acompanhadas que não estejam no cadastro de adoção. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) § 4o Poderão ser utilizados recursos federais, estaduais, distritais e municipais para a manutenção dos serviços de acolhimento em família acolhedora, facultando-se o repasse de recursos para a própria família acolhedora. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) Art. 35. A guarda poderá ser revogada a qualquer tem- po, mediante ato judicial fun- damentado, ouvido o Ministé- rio Público. Subseção III Da Tutela Art. 36. A tutela será deferi- da, nos termos da lei civil, a pes- soa de até 18 (dezoito) anos in- completos. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Parágrafo único. O deferi- mento da tutela pressupõe a prévia decretação da perda ou suspensão do poder familiar e implica necessariamente o dever de guarda. (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Art. 37. O tutor nomeado por testamento ou qualquer documento autêntico, con- forme previsto no parágrafo único do art. 1.729 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, deverá, no prazo de 30 (trinta) dias após a abertura da sucessão, ingres- sar com pedido destinado ao controle judicial do ato, ob- servando o procedimento pre- visto nos arts. 165 a 170 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Parágrafo único. Na apre- ciação do pedido, serão obser- vados os requisitos previstos nos arts. 28 e 29 desta Lei, so- mente sendo deferida a tutela à pessoa indicada na disposi- ção de última vontade, se res- tar comprovado que a medida é vantajosa ao tutelando e que não existe outra pessoa em melhores condições de assu- mi-la. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Art. 38. Aplica-se à desti- tuição da tutela o disposto no art. 24. Subseção IV Da Adoção Art. 39. A adoção de crian- ça e de adolescente reger-se-á segundo o disposto nesta Lei. § 1o A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas quando esgotados os recur- sos de manutenção da crian- ça ou adolescente na família natural ou extensa, na forma Estatuto da Criança e do Adolescente 13 EC A w w w . p o t e r e s o c i a l . c o m . b r Conheça nossa loja virtual:Acessa nossos cursos online: canaldoassistentesocial.com.br lojapoteresocial.com.br @p ote res oci al do parágrafo único do art. 25 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 2o É vedada a adoção por procuração. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 3o Em caso de confl ito entre direitos e interesses do adotando e de outras pessoas, inclusive seus pais biológicos, devem prevalecer os direitos e os interesses do adotando. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) Art. 40. O adotando deve contar com, no máximo, de- zoito anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes. Art. 41. A adoção atribui a condição de fi lho ao adota- do, com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vín- culo com pais e parentes, salvo os impedimentos matrimo- niais. § 1º Se um dos cônjuges ou concubinos adota o fi lho do outro, mantêm-se os vínculos de fi liação entre o adotado e o cônjuge ou concubino do adotante e os respectivos pa- rentes. § 2º É recíproco o direito sucessório entre o adotado, seus descendentes, o adotan- te, seus ascendentes, descen- dentes e colaterais até o 4º grau, observada a ordem de vocação hereditária. Art. 42. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do esta- do civil. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 1º Não podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando. § 2o Para adoção conjunta, é indispensável que os ado- tantes sejam casados civil- mente ou mantenham união estável, comprovada a esta- bilidade da família. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 3º O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do que o adotando. § 4o Os divorciados, os judi- cialmente separados e os ex- -companheiros podem adotar conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visitas e desde que o estágio de convivência te- nha sido iniciado na constân- cia do período de convivência e que seja comprovada a exis- tência de vínculos de afi nida- de e afetividade com aquele não detentor da guarda, que justifi quem a excepcionali- dade da concessão. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 5 Nos casos do § 4o des- te artigo, desde que demons- trado efetivo benefício ao adotando, será assegurada a guarda compartilhada, con- forme previsto no art. 1.584 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil. (Reda- ção dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 6o A adoção poderá ser deferida ao adotante que, após inequívoca manifestação de vontade, vier a falecer no curso do procedimento, an- tes de prolatada a sentença. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Art. 43. A adoção será de- ferida quando apresentar reais vantagens para o adotando e fundar-se em motivos legíti- mos. Art. 44. Enquanto não der conta de sua administração e saldar o seu alcance, não pode o tutor ou o curador adotar o pupilo ou o curatelado. Art. 45. A adoção depende do consentimento dos pais ou do representante legal do adotando. § 1º. O consentimento será dispensado em relação à crian- ça ou adolescente cujos pais se- jam desconhecidos ou tenham sido destituídos do poder fami- liar. (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 2º. Em se tratando de adotando maior de doze anos de idade, será também neces- sário o seu consentimento. Art. 46. A adoção será pre- cedida de estágio de convi- vência com a criança ou ado- lescente, pelo prazo máximo de 90 (noventa) dias, observa- das a idade da criança ou ado- lescente e as peculiaridades do caso. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017) § 1o O estágio de convivên- cia poderá ser dispensado se o adotando já estiver sob a tutela ou guarda legal do adotante durante tempo sufi ciente para que seja possível avaliar a con- veniência da constituição do vínculo. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 2o A simples guarda de fato não autoriza, por si só, a dispensa da realização do es- tágio de convivência. (Reda- ção dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 2o A. O prazo máximo es- tabelecido no caput deste ar- tigo pode ser prorrogado por até igual período, mediante decisão fundamentada da au- toridade judiciária. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) § 3o Em caso de adoção por pessoa ou casal residente Estatuto da Criança e do Adolescente 14 w w w . p o t e r e s o c i a l . c o m . b r Conheça nossa loja virtual:Acessa nossos cursos online: canaldoassistentesocial.com.br lojapoteresocial.com.br @p ote res oci al ou domiciliado fora do País, o estágio de convivência será de, no mínimo, 30 (trinta) dias e, no máximo, 45 (quarenta e cinco) dias, prorrogável por até igual período, uma única vez, mediante decisão funda- mentada da autoridade judi- ciária. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de2017) § 3o-A. Ao fi nal do prazo previsto no § 3o deste artigo, deverá ser apresentado laudo fundamentado pela equipe mencionada no § 4o deste ar- tigo, que recomendará ou não o deferimento da adoção à au- toridade judiciária. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) § 4o O estágio de convivên- cia será acompanhado pela equipe interprofi ssional a ser- viço da Justiça da Infância e da Juventude, preferencialmente com apoio dos técnicos res- ponsáveis pela execução da política de garantia do direi- to à convivência familiar, que apresentarão relatório minu- cioso acerca da conveniência do deferimento da medida. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 5o O estágio de convivên- cia será cumprido no território nacional, preferencialmente na comarca de residência da criança ou adolescente, ou, a critério do juiz, em cidade limí- trofe, respeitada, em qualquer hipótese, a competência do juízo da comarca de residên- cia da criança. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) Art. 47. O vínculo da ado- ção constitui-se por sentença judicial, que será inscrita no registro civil mediante man- dado do qual não se fornecerá certidão. § 1º A inscrição consignará o nome dos adotantes como pais, bem como o nome de seus ascendentes. § 2º O mandado judicial, que será arquivado, cancelará o registro original do adotado. § 3o A pedido do adotante, o novo registro poderá ser la- vrado no Cartório do Registro Civil do Município de sua resi- dência. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 4o Nenhuma observação sobre a origem do ato poderá constar nas certidões do regis- tro. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 5o A sentença conferirá ao adotado o nome do adotante e, a pedido de qualquer deles, poderá determinar a modifi - cação do prenome. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 6o Caso a modifi cação de prenome seja requerida pelo adotante, é obrigatória a oitiva do adotando, observado o dis- posto nos §§ 1o e 2o do art. 28 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 7o A adoção produz seus efeitos a partir do trânsito em julgado da sentença constitu- tiva, exceto na hipótese pre- vista no § 6o do art. 42 desta Lei, caso em que terá força retroativa à data do óbito. (In- cluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 8o O processo relativo à adoção assim como outros a ele relacionados serão manti- dos em arquivo, admitindo-se seu armazenamento em mi- crofi lme ou por outros meios, garantida a sua conservação para consulta a qualquer tempo. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 9º Terão prioridade de tramitação os processos de adoção em que o adotando for criança ou adolescente com defi ciência ou com doen- ça crônica. (Incluído pela Lei nº 12.955, de 2014) § 10. O prazo máximo para conclusão da ação de adoção será de 120 (cento e vinte) dias, prorrogável uma única vez por igual período, median- te decisão fundamentada da autoridade judiciária. (Incluí- do pela Lei nº 13.509, de 2017) Art. 48. O adotado tem di- reito de conhecer sua origem biológica, bem como de obter acesso irrestrito ao processo no qual a medida foi aplicada e seus eventuais incidentes, após completar 18 (dezoito) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Parágrafo único. O acesso ao processo de adoção poderá ser também deferido ao ado- tado menor de 18 (dezoito) anos, a seu pedido, assegura- da orientação e assistência ju- rídica e psicológica. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Art. 49. A morte dos ado- tantes não restabelece o po- der familiar dos pais naturais. (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Art. 50. A autoridade judi- ciária manterá, em cada comar- ca ou foro regional, um registro de crianças e adolescentes em condições de serem adotados e outro de pessoas interes- sadas na adoção. (Vide Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 1º O deferimento da ins- crição dar-se-á após prévia consulta aos órgãos técnicos do juizado, ouvido o Ministé- rio Público. Estatuto da Criança e do Adolescente 15 EC A w w w . p o t e r e s o c i a l . c o m . b r Conheça nossa loja virtual:Acessa nossos cursos online: canaldoassistentesocial.com.br lojapoteresocial.com.br @p ote res oci al § 2º Não será deferida a inscrição se o interessado não satisfazer os requisitos legais, ou verifi cada qualquer das hi- póteses previstas no art. 29. § 3o A inscrição de postu- lantes à adoção será precedida de um período de preparação psicossocial e jurídica, orien- tado pela equipe técnica da Justiça da Infância e da Juven- tude, preferencialmente com apoio dos técnicos responsá- veis pela execução da políti- ca municipal de garantia do direito à convivência familiar. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 4o Sempre que possível e recomendável, a preparação referida no § 3o deste artigo in- cluirá o contato com crianças e adolescentes em acolhimento familiar ou institucional em condições de serem adotados, a ser realizado sob a orienta- ção, supervisão e avaliação da equipe técnica da Justiça da Infância e da Juventude, com apoio dos técnicos responsá- veis pelo programa de acolhi- mento e pela execução da po- lítica municipal de garantia do direito à convivência familiar. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 5o Serão criados e imple- mentados cadastros estaduais e nacional de crianças e ado- lescentes em condições de serem adotados e de pessoas ou casais habilitados à adoção. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 6o Haverá cadastros dis- tintos para pessoas ou casais residentes fora do País, que somente serão consultados na inexistência de postulantes nacionais habilitados nos ca- dastros mencionados no § 5o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 7o As autoridades esta- duais e federais em matéria de adoção terão acesso integral aos cadastros, incumbindo- -lhes a troca de informações e a cooperação mútua, para melhoria do sistema. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vi- gência § 8o A autoridade judiciária providenciará, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a ins- crição das crianças e adoles- centes em condições de serem adotados que não tiveram co- locação familiar na comarca de origem, e das pessoas ou casais que tiveram deferida sua habilitação à adoção nos cadastros estadual e nacional referidos no § 5o deste artigo, sob pena de responsabilidade. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 9o Compete à Autori- dade Central Estadual zelar pela manutenção e correta alimentação dos cadastros, com posterior comunicação à Autoridade Central Federal Brasileira. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 10. Consultados os cadas- tros e verifi cada a ausência de pretendentes habilitados resi- dentes no País com perfi l com- patível e interesse manifesto pela adoção de criança ou ado- lescente inscrito nos cadastros existentes, será realizado o en- caminhamento da criança ou adolescente à adoção interna- cional. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017) § 11. Enquanto não locali- zada pessoa ou casal interes- sado em sua adoção, a criança ou o adolescente, sempre que possível e recomendável, será colocado sob guarda de famí- lia cadastrada em programa de acolhimento familiar. (In- cluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 12. A alimentação do ca- dastro e a convocação criterio- sa dos postulantes à adoção serão fi scalizadas pelo Minis- tério Público. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 13. Somente poderá ser deferida adoção em favor de candidato domiciliadono Brasil não cadastrado previa- mente nos termos desta Lei quando: (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência I - se tratar de pedido de adoção unilateral; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência II - for formulada por pa- rente com o qual a criança ou adolescente mantenha víncu- los de afi nidade e afetividade; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência III - oriundo o pedido de quem detém a tutela ou guar- da legal de criança maior de 3 (três) anos ou adolescente, desde que o lapso de tempo de convivência comprove a fi xação de laços de afi nidade e afetividade, e não seja cons- tatada a ocorrência de má-fé ou qualquer das situações previstas nos arts. 237 ou 238 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 14. Nas hipóteses pre- vistas no § 13 deste artigo, o candidato deverá comprovar, no curso do procedimento, que preenche os requisitos necessários à adoção, confor- me previsto nesta Lei. (Incluí- do pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Estatuto da Criança e do Adolescente 16 w w w . p o t e r e s o c i a l . c o m . b r Conheça nossa loja virtual:Acessa nossos cursos online: canaldoassistentesocial.com.br lojapoteresocial.com.br @p ote res oci al § 15. Será assegurada prio- ridade no cadastro a pessoas interessadas em adotar crian- ça ou adolescente com defi - ciência, com doença crônica ou com necessidades especí- fi cas de saúde, além de grupo de irmãos. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) Art. 51. Considera-se ado- ção internacional aquela na qual o pretendente possui resi- dência habitual em país-parte da Convenção de Haia, de 29 de maio de 1993, Relativa à Proteção das Crianças e à Coo- peração em Matéria de Ado- ção Internacional, promulgada pelo Decreto no 3.087, de 21 junho de 1999, e deseja adotar criança em outro país-parte da Convenção. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017) § 1o A adoção internacional de criança ou adolescente bra- sileiro ou domiciliado no Brasil somente terá lugar quando restar comprovado: (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência I - que a colocação em fa- mília adotiva é a solução ade- quada ao caso concreto; (Re- dação dada pela Lei nº 13.509, de 2017) II - que foram esgotadas todas as possibilidades de colocação da criança ou ado- lescente em família adotiva brasileira, com a comprova- ção, certifi cada nos autos, da inexistência de adotantes ha- bilitados residentes no Brasil com perfi l compatível com a criança ou adolescente, após consulta aos cadastros men- cionados nesta Lei; (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017) III - que, em se tratando de adoção de adolescente, este foi consultado, por meios adequados ao seu estágio de desenvolvimento, e que se en- contra preparado para a medi- da, mediante parecer elabora- do por equipe interprofi ssio- nal, observado o disposto nos §§ 1o e 2o do art. 28 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 2o Os brasileiros residen- tes no exterior terão preferên- cia aos estrangeiros, nos casos de adoção internacional de criança ou adolescente brasi- leiro. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 3o A adoção internacional pressupõe a intervenção das Autoridades Centrais Esta- duais e Federal em matéria de adoção internacional. (Reda- ção dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Art. 52. A adoção internacio- nal observará o procedimento previsto nos arts. 165 a 170 des- ta Lei, com as seguintes adapta- ções: (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência I - a pessoa ou casal estran- geiro, interessado em adotar criança ou adolescente bra- sileiro, deverá formular pedi- do de habilitação à adoção perante a Autoridade Central em matéria de adoção inter- nacional no país de acolhida, assim entendido aquele onde está situada sua residência habitual; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência II - se a Autoridade Central do país de acolhida conside- rar que os solicitantes estão habilitados e aptos para ado- tar, emitirá um relatório que contenha informações sobre a identidade, a capacidade jurídica e adequação dos soli- citantes para adotar, sua situa- ção pessoal, familiar e médica, seu meio social, os motivos que os animam e sua aptidão para assumir uma adoção in- ternacional; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência III - a Autoridade Central do país de acolhida enviará o relatório à Autoridade Cen- tral Estadual, com cópia para a Autoridade Central Federal Brasileira; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência IV - o relatório será instruí- do com toda a documentação necessária, incluindo estudo psicossocial elaborado por equipe interprofi ssional habi- litada e cópia autenticada da legislação pertinente, acom- panhada da respectiva prova de vigência; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência V - os documentos em lín- gua estrangeira serão devida- mente autenticados pela au- toridade consular, observados os tratados e convenções in- ternacionais, e acompanhados da respectiva tradução, por tradutor público juramentado; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência VI - a Autoridade Central Estadual poderá fazer exigên- cias e solicitar complementa- ção sobre o estudo psicosso- cial do postulante estrangeiro à adoção, já realizado no país de acolhida; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência VII - verifi cada, após estu- do realizado pela Autoridade Central Estadual, a compati- bilidade da legislação estran- geira com a nacional, além do preenchimento por parte dos postulantes à medida dos re- quisitos objetivos e subjetivos necessários ao seu deferimen- to, tanto à luz do que dispõe Estatuto da Criança e do Adolescente 17 EC A w w w . p o t e r e s o c i a l . c o m . b r Conheça nossa loja virtual:Acessa nossos cursos online: canaldoassistentesocial.com.br lojapoteresocial.com.br @p ote res oci al esta Lei como da legislação do país de acolhida, será ex- pedido laudo de habilitação à adoção internacional, que terá validade por, no máximo, 1 (um) ano; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência VIII - de posse do laudo de habilitação, o interessado será autorizado a formalizar pedi- do de adoção perante o Juízo da Infância e da Juventude do local em que se encontra a criança ou adolescente, con- forme indicação efetuada pela Autoridade Central Estadual. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 1o Se a legislação do país de acolhida assim o autorizar, admite-se que os pedidos de habilitação à adoção interna- cional sejam intermediados por organismos credenciados. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 2o Incumbe à Autorida- de Central Federal Brasileira o credenciamento de organis- mos nacionais e estrangeiros encarregados de interme- diar pedidos de habilitação à adoção internacional, com posterior comunicação às Au- toridades Centrais Estaduais e publicação nos órgãos ofi ciais de imprensa e em sítio próprio da internet. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 3o Somente será admissí- vel o credenciamento de orga- nismos que: (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência I - sejam oriundos de países que ratifi caram a Convenção de Haia e estejam devidamen- te credenciados pela Auto- ridade Central do país onde estiverem sediados e no país de acolhida do adotando para atuar em adoção internacional no Brasil; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência II - satisfi zerem as condições de integridade moral, compe- tência profi ssional, experiência e responsabilidade exigidas pelos países respectivos e pela Autoridade Central Federal Brasileira; (Incluído pelaLei nº 12.010, de 2009) Vigência III - forem qualifi cados por seus padrões éticos e sua formação e experiência para atuar na área de adoção inter- nacional; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência IV - cumprirem os requisi- tos exigidos pelo ordenamen- to jurídico brasileiro e pelas normas estabelecidas pela Autoridade Central Federal Brasileira. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 4o Os organismos creden- ciados deverão ainda: (Incluí- do pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência I - perseguir unicamente fi ns não lucrativos, nas condi- ções e dentro dos limites fi xa- dos pelas autoridades compe- tentes do país onde estiverem sediados, do país de acolhida e pela Autoridade Central Fede- ral Brasileira; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência II - ser dirigidos e adminis- trados por pessoas qualifi ca- das e de reconhecida idonei- dade moral, com comprovada formação ou experiência para atuar na área de adoção inter- nacional, cadastradas pelo De- partamento de Polícia Federal e aprovadas pela Autoridade Central Federal Brasileira, me- diante publicação de portaria do órgão federal competente; (Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência III - estar submetidos à supervisão das autoridades competentes do país onde estiverem sediados e no país de acolhida, inclusive quanto à sua composição, funciona- mento e situação fi nanceira; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência IV - apresentar à Autorida- de Central Federal Brasileira, a cada ano, relatório geral das atividades desenvolvidas, bem como relatório de acompanha- mento das adoções interna- cionais efetuadas no período, cuja cópia será encaminhada ao Departamento de Polícia Federal; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência V - enviar relatório pós- -adotivo semestral para a Autoridade Central Estadual, com cópia para a Autoridade Central Federal Brasileira, pelo período mínimo de 2 (dois) anos. O envio do relatório será mantido até a juntada de có- pia autenticada do registro civil, estabelecendo a cidada- nia do país de acolhida para o adotado; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência VI - tomar as medidas ne- cessárias para garantir que os adotantes encaminhem à Autoridade Central Federal Brasileira cópia da certidão de registro de nascimento estran- geira e do certifi cado de nacio- nalidade tão logo lhes sejam concedidos. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 5o A não apresentação dos relatórios referidos no § 4o deste artigo pelo organismo credenciado poderá acarretar a suspensão de seu creden- ciamento. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Estatuto da Criança e do Adolescente 18 w w w . p o t e r e s o c i a l . c o m . b r Conheça nossa loja virtual:Acessa nossos cursos online: canaldoassistentesocial.com.br lojapoteresocial.com.br @p ote res oci al § 6o O credenciamento de organismo nacional ou es- trangeiro encarregado de in- termediar pedidos de adoção internacional terá validade de 2 (dois) anos. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 7o A renovação do cre- denciamento poderá ser con- cedida mediante requerimen- to protocolado na Autoridade Central Federal Brasileira nos 60 (sessenta) dias anteriores ao término do respectivo prazo de validade. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 8o Antes de transitada em julgado a decisão que conce- deu a adoção internacional, não será permitida a saída do adotando do território na- cional. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 9o Transitada em julga- do a decisão, a autoridade judiciária determinará a ex- pedição de alvará com auto- rização de viagem, bem como para obtenção de passaporte, constando, obrigatoriamente, as características da criança ou adolescente adotado, como idade, cor, sexo, eventuais si- nais ou traços peculiares, as- sim como foto recente e a apo- sição da impressão digital do seu polegar direito, instruindo o documento com cópia au- tenticada da decisão e certi- dão de trânsito em julgado. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 10. A Autoridade Central Federal Brasileira poderá, a qualquer momento, solicitar informações sobre a situação das crianças e adolescentes adotados. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 11. A cobrança de valo- res por parte dos organismos credenciados, que sejam con- siderados abusivos pela Auto- ridade Central Federal Brasilei- ra e que não estejam devida- mente comprovados, é causa de seu descredenciamento. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 12. Uma mesma pessoa ou seu cônjuge não podem ser representados por mais de uma entidade credenciada para atuar na cooperação em adoção internacional. (Incluí- do pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 13. A habilitação de pos- tulante estrangeiro ou do- miciliado fora do Brasil terá validade máxima de 1 (um) ano, podendo ser renovada. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 14. É vedado o contato direto de representantes de organismos de adoção, na- cionais ou estrangeiros, com dirigentes de programas de acolhimento institucional ou familiar, assim como com crianças e adolescentes em condições de serem adota- dos, sem a devida autorização judicial. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 15. A Autoridade Central Federal Brasileira poderá limi- tar ou suspender a concessão de novos credenciamentos sempre que julgar necessário, mediante ato administrativo fundamentado. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Art. 52-A. É vedado, sob pena de responsabilidade e descredenciamento, o repas- se de recursos provenientes de organismos estrangeiros encarregados de intermediar pedidos de adoção internacio- nal a organismos nacionais ou a pessoas físicas. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Parágrafo único. Eventuais repasses somente poderão ser efetuados via Fundo dos Direi- tos da Criança e do Adolescen- te e estarão sujeitos às delibe- rações do respectivo Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Art. 52-B. A adoção por brasileiro residente no exterior em país ratifi cante da Conven- ção de Haia, cujo processo de adoção tenha sido processado em conformidade com a legis- lação vigente no país de resi- dência e atendido o disposto na Alínea “c” do Artigo 17 da referida Convenção, será au- tomaticamente recepcionada com o reingresso no Brasil. (In- cluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 1o Caso não tenha sido atendido o disposto na Alínea “c” do Artigo 17 da Convenção de Haia, deverá a sentença ser homologada pelo Superior Tribunal de Justiça. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 2o O pretendente bra- sileiro residente no exterior em país não ratifi cante da Convenção de Haia, uma vez reingressado no Brasil, deve- rá requerer a homologação da sentença estrangeira pelo Superior Tribunal de Justiça. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Art. 52-C. Nas adoções in- ternacionais, quando o Brasil for o país de acolhida, a deci- são da autoridade competen- te do país de origem da crian- ça ou do adolescente será conhecida pela Autoridade Estatuto da Criança e do Adolescente 19 EC A w w w . p o t e r e s o c i a l . c o m . b r Conheça nossa loja virtual:Acessa nossos cursos online: canaldoassistentesocial.com.br lojapoteresocial.com.br @p ote res oci al Central Estadual que tiver pro- cessado o pedido de habilita- ção dos pais adotivos, que co- municará o fato à Autoridade Central Federal e determinará as providências necessárias à expedição do Certifi cadode Naturalização Provisório. (In- cluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 1o A Autoridade Central Estadual, ouvido o Ministério Público, somente deixará de reconhecer os efeitos daquela decisão se restar demonstrado que a adoção é manifestamen- te contrária à ordem pública ou não atende ao interesse superior da criança ou do ado- lescente. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 2o Na hipótese de não reco- nhecimento da adoção, prevista no § 1o deste artigo, o Ministério Público deverá imediatamente requerer o que for de direito para resguardar os interesses da criança ou do adolescente, co- municando-se as providências à Autoridade Central Estadual, que fará a comunicação à Auto- ridade Central Federal Brasileira e à Autoridade Central do país de origem. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Art. 52-D. Nas adoções in- ternacionais, quando o Brasil for o país de acolhida e a ado- ção não tenha sido deferida no país de origem porque a sua legislação a delega ao país de acolhida, ou, ainda, na hipóte- se de, mesmo com decisão, a criança ou o adolescente ser oriundo de país que não tenha aderido à Convenção referida, o processo de adoção seguirá as regras da adoção nacional. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Capítulo IV Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer Art. 53. A criança e o ado- lescente têm direito à educa- ção, visando ao pleno desen- volvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualifi cação para o trabalho, assegurando-se-lhes: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - direito de ser respeitado por seus educadores; III - direito de contestar cri- térios avaliativos, podendo re- correr às instâncias escolares superiores; IV - direito de organização e participação em entidades estudantis; V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua resi- dência. Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagó- gico, bem como participar da defi nição das propostas edu- cacionais. Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao ado- lescente: I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusi- ve para os que a ele não tive- ram acesso na idade própria; II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio; III - atendimento educacio- nal especializado aos porta- dores de defi ciência, preferen- cialmente na rede regular de ensino; IV – atendimento em cre- che e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de ida- de; (Redação dada pela Lei nº 13.306, de 2016) V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesqui- sa e da criação artística, segun- do a capacidade de cada um; VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador; VII - atendimento no en- sino fundamental, através de programas suplementares de material didático-escolar, trans- porte, alimentação e assistência à saúde. § 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. § 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta irregular importa responsabilidade da autoridade competente. § 3º Compete ao poder pú- blico recensear os educandos no ensino fundamental, fazer- -lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsável, pela frequência à escola. Art. 55. Os pais ou respon- sável têm a obrigação de ma- tricular seus fi lhos ou pupilos na rede regular de ensino. Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de: I - maus-tratos envolvendo seus alunos; II - reiteração de faltas injus- tifi cadas e de evasão escolar, es- gotados os recursos escolares; III - elevados níveis de re- petência. Art. 57. O poder público es- timulará pesquisas, experiên- cias e novas propostas relativas a calendário, seriação, currí- culo, metodologia, didática e avaliação, com vistas à inserção de crianças e adolescentes ex- cluídos do ensino fundamental obrigatório. Estatuto da Criança e do Adolescente 20 w w w . p o t e r e s o c i a l . c o m . b r Conheça nossa loja virtual:Acessa nossos cursos online: canaldoassistentesocial.com.br lojapoteresocial.com.br @p ote res oci al Art. 58. No processo edu- cacional respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e históricos próprios do contexto social da criança e do adoles- cente, garantindo-se a estes a liberdade da criação e o acesso às fontes de cultura. Art. 59. Os municípios, com apoio dos estados e da União, estimularão e facilitarão a des- tinação de recursos e espaços para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a infância e a juventude. Capítulo V Do Direito à Profi ssionalização e à Proteção no Trabalho Art. 60. É proibido qual- quer trabalho a menores de quatorze anos de idade, sal- vo na condição de aprendiz. (Vide Constituição Federal) Art. 61. A proteção ao trabalho dos adolescentes é regulada por legislação espe- cial, sem prejuízo do disposto nesta Lei. Art. 62. Considera-se apren- dizagem a formação técnico- -profi ssional ministrada segun- do as diretrizes e bases da legis- lação de educação em vigor. Art. 63. A formação técni- co-profi ssional obedecerá aos seguintes princípios: I - garantia de acesso e fre- quência obrigatória ao ensino regular; II - atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente; III - horário especial para o exercício das atividades. Art. 64. Ao adolescente até quatorze anos de idade é assegurada bolsa de aprendi- zagem. Art. 65. Ao adolescente aprendiz, maior de quatorze anos, são assegurados os direitos trabalhistas e previdenciários. Art. 66. Ao adolescente portador de defi ciência é as- segurado trabalho protegido. Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em re- gime familiar de trabalho, alu- no de escola técnica, assistido em entidade governamental ou não-governamental, é ve- dado trabalho: I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia se- guinte; II - perigoso, insalubre ou penoso; III - realizado em locais pre- judiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social; IV - realizado em horários e locais que não permitam a freqüência à escola. Art. 68. O programa social que tenha por base o trabalho educativo, sob responsabilida- de de entidade governamen- tal ou não-governamental sem fi ns lucrativos, deverá assegu- rar ao adolescente que dele participe condições de capaci- tação para o exercício de ativi- dade regular remunerada. § 1º Entende-se por tra- balho educativo a atividade laboral em que as exigências pedagógicas relativas ao de- senvolvimento pessoal e so- cial do educando prevalecem sobre o aspecto produtivo. § 2º A remuneração que o adolescente recebe pelo tra- balho efetuado ou a participa- ção na venda dos produtos de seu trabalho não desfi gura o caráter educativo. Art. 69. O adolescente tem direito à profi ssionalização e à proteção no trabalho, obser- vados os seguintes aspectos, entre outros: I - respeito à condição pe- culiar de pessoa em desenvol- vimento; II - capacitação profi ssional adequada ao mercado de tra- balho. Título III Da Prevenção Capítulo I Disposições Gerais Art. 70. É dever de todos prevenir a ocorrência de amea- ça ou violação dos direitos da criança e do adolescente. Art. 70-A. A União, os Es- tados, o Distrito Federal e os Municípios deverão atuar de forma articulada na elabora- ção de políticas públicas e na execução de ações destinadas a coibir o uso de castigo físi- co ou