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2. Teoria Geral de Sistemas

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Teoria Geral de Sistemas – T.G.S
Referências:
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração – Edição Compacta. 3ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
CARAVANTES, Geraldo. PANNO, Claudia C. KLOCKNER, Mônica C. Administração Teorias e Processo. Ed. Pearson Prentice Hall, São Paulo SP, 2007.
Teoria Geral de Sistemas.
A TGS foi formulada por uma equipe de cientistas sociais. Baseado no conceito de Aristóteles de que o todo é maior que a somas das partes, afirma que todo individuo é direcionado à consecução de metas e para entender o comportamento de um organismo faz-se necessário vê-lo como um todo, com suas tendências aos objetivos, com a sua organização de partes interligadas e em interação. 
A TGS é um modelo de análise do mundo empírico, um modelo de como analisar fenômenos complexos enquanto sistemas, um todo com partes inter-relacionadas.
Precursores
Ludwig Von Bertalanffy foi biólogo e destacou-se como importante figura da escola sistêmica, é reconhecido como fundador da Teoria Geral de Sistemas.
A TGS foi concebida em 1937 e exposta em conferencias ao longo dos anos de 1945, 1948, 1951 e 1956, culminando no livro General Systems Theory, em 1968.
A TGS visa à formulação e derivação dos diversos princípios e leis, propiciando modelos usados em áreas diferentes do conhecimento. Assim, os princípios e leis podem ser transferidos de uma área para outra, descartando as analogias até então elaboradas e que eram o único meio disponível para o cientista transpor conceitos de um campo para outro.
Kenneth Boulding, economista, é considerado, juntamente com Bertalanffy, um dos principais nomes da escola sistêmica.
Publicou em 1956 o artigo “General Systems Theory: The Skeleton of Sciene”, descrevendo a natureza geral da teoria sistêmica, seu objetivo e importância para o estudo dos fenômenos científicos.
Aspectos Principais 
Para qualquer teórico de sistemas, há postulados, pressupostos ou julgamentos de valor a serem considerados, respeitados e seguidos, ou seja, devem preferir a ordem e a regularidade em detrimento do caos, pois, assim como as leis e as regras, a regularidade faz o mundo melhor. São desejadas, inclusive, leis sobre as leis; para se conseguir ordem é preciso privilegiar a quantificação e a matemática; e, finalmente, para se buscar a ordem, deve ter referências empíricas.
As propriedades dos sistemas abertos podem ser condensadas em dez, que formam uma lista com as principais ideias de todos os teóricos:
inter-relação e interdependência dos objetos e seus atributos;
holismo (todo não é soma de partes divididas e sim de partes interdependentes);
busca pela consecução dos objetivos;
inputs e outputs (relacionar entradas e saídas para consecução da meta);
processo de transformação;
entropia (energia para trabalho útil);
regulação;
hierarquia;
diferenciação;
equifinalidade.
Boulding propôs a classificação dos sistemas segundo critério de complexidade (hierarquia de complexidade, o que significa aumento de complexidade do sistema ao se passar de um nível a outro).
Nível 1 – Básicos: o nível um é a estrutura estática, por exemplo, a anatomia do universo.
Nível 2 – Dinâmicos: nesse nível, inserem-se sistemas dinâmicos simples, como a maquina a vapor e o dínamo.
Nível 3 – Cibernético: é composto por mecanismo de controle automático por feedback, como o termostato.
Nível 4 – Aberto: os sistemas abertos são estruturas automantenedoras. Existe diferença entre as formas que possuem vida e aquelas que não possuem, por exemplo, a célula.
Nível 5 – Genético-social: o exemplo pode ser uma planta que preocupa o mundo da botânica.
Nível 6 – Animal: o sistema animal se caracteriza por uma crescente mobilidade, comportamento teleológico e autopercepção.
Nível 7 _ Humano: a diferença do sistema humano com o sistema animal é a autoconsciência do homem.
Nível 8 _ Organização social: a importante unidade no sistema de organização social está no homem, mas não no homem em si, e sem no papel que ele desempenha na organização.
Nível 9 _ Transcendental: nesse nível incluem-se o que é final, absoluto e desconhecido.
Nos sistemas fechados, não há entrada de recursos adicionais do ambiente. Não há, portanto, interação com o ambiente: o sistema é autossuficiente quanto aos recursos.
Os sistemas abertos, por sua vez, importam recursos do ambiente e os transformam em saídas/produtos que serão exportados ao ambiente. Há interação contínua, é um sistema auto renovador, pronto para receber e interagir. 
2 Cibernética.
Vocábulo inglês cybernetics, de origem Grega Kubernetes, que significa timoneiro ou piloto, regulador ou governador.
A introdução da cibernética como nova disciplina deve-se a Norbert Wiener com seu livro Cybernetics, or Control and Communication in the Animal and the Machine, publicado em 1948, e com o segundo, The Human Use of Human Beings, de 1950.
Pode-se entender, portanto, a cibernética como a ciência da comunicação e do controle, assim estabelecido por Wiener, que estudou problemas de controle manifestados após a Segunda Guerra Mundial. A preocupação com o controle surgiu tanto para máquinas como para seres vivos, com questionamentos sobre o comportamento da informação nos sistemas elétricos, como medir o conteúdo de uma informação dentro de uma mensagem e como ocorre o fluxo de informações no corpo humano para o controle Psicológico.
Stafford Beer, publicou Cybernetics and Management, em 1959, e Decision and Control: The Meaning of Operational Reserch and Management Cybernetics, em 1966.
Estuda a cibernética como parte da pesquisa operacional e da teoria sistêmica, fazendo sua aplicação à Psicologia, à Sociologia e à Administração.
O controle é descrito, como um conjunto de elementos dinamicamente relacionados, interagindo, para atingir um objetivo, ou uma reunião de entidades que reagem coerentemente.
A cibernética é o campo de investigação para os sistemas probabilísticos excessivamente complexos que podem ser descritos e de difícil detalhamento. Sua previsão está limitada às lógicas de probabilidade.
A característica principal da cibernética é a auto-regulagem, ou controle automático, pelo mecanismo conhecido como feedback.ou retroalimentação, retorno da informação gerada no próprio sistema.
A cibernética mostra que os sistemas, possuindo essa característica de retroalimentação, constituem a base do comportamento finalístico das máquinas construídas pelo homem, assim como os organismos vivos e os sistemas sociais.
3 Análise de Sistemas
Aplicabilidade em diversos campos, da simplificação do trabalho até os complexos planejamentos militares dos países altamente desenvolvidos.
Análise que sugere um curso de ação mediante exame sistemático do custo, da eficácia e dos riscos de políticas e estratégias alternativas, inclusive formulação de outras, caso as examinadas sejam insatisfatórias.
A análise das decisões exige um curso de ação, eis alguns estágios:
Formulação - definir pontos de interesse, delimitar o problema.
Procura – determinar os dados pertinentes, buscando programas alternativos para resolver o problema.
Explicação – construir um modelo e usá-lo para explorar as consequências dos programas alternativos.
Interpretação – dedução de conclusões.
Verificação – testar as conclusões pela experimentação.
4 Engenharia de Sistemas
	
A engenharia de sistemas pode ser definida como: O planejamento e a formulação de novos sistemas para melhor desempenho de operações e andamento ou para implementação de operações, funções ou serviços até então nunca executados.
Seus objetivos são propiciar à administração a maior quantidade de informações para controlar e desenvolver os programas; formular planos e objetivos de longo prazo, equilibrar o desenvolvimento geral do programa para assegurar progresso em todos os setores necessários.
4.1 Sistemas
Subsistema 4
Subsistema 3
Subsistema 1
Subsistema 2
Sistema
Segundo o biólogo alemão Ludwig von Bertalanffy, fundadorda Teoria Geral de Sistemas:
Um sistema é um conjunto de elementos independentes em interação, com vistas a atingir um objetivo.
Pela definição de Stafford Beer:
Um grupo de elementos dinamicamente relacionados no tempo de acordo com algum padrão coerente. Todo o sistema tem um proposto.
Ambas as definições identificam três elementos básicos e essenciais na conceituação: Subsistemas, Relações e Propósitos.
Subsistemas
Os sistemas são compostos de elementos que podem ser identificados de forma independente uns dos outros, possuem uma existência e uma identidade própria que os destaca como partes individuais.
Relações
São constituídas pelas interações ou pelas relações dinâmicas entre os elementos. Por meio das interações e relações dinâmicas, os elementos colaboram uns com os outros para produzir um sistema interessante, capaz de produzir um propósito novo e especial que seus elementos independentes isoladamente não seriam capazes de exibir. As relações dão lugar à sinergia, fazendo surgir propriedades emergentes no sistema que não existiam nos subsistemas.
Propósito
A identificação de um sistema está intimamente relacionada à identificação do propósito do sistema. O propósito genérico estabelecido para os sistemas é a sua sobrevivência. Os sistemas são criados para atingir objetivos econômicos, políticos ou sociais.
Origens da Teoria de Sistemas
A TGS não busca solucionar problemas ou tentar soluções práticas, mas produzir teorias e formulações conceituais para aplicações na realidade empírica. Os pressupostos básicos da TGS são:
Existe uma tendência para a integração das ciências naturais e sociais;
Essa integração parece orientar-se rumo a uma teoria dos sistemas;
A teoria dos sistemas constitui o modo mais abrangente de estudar os campos não físicos do conhecimento científico, como as ciências sociais;
A teoria dos sistemas desenvolve princípios unificadores que atravessam verticalmente os universos particulares de diversas ciências;
A teoria dos sistemas conduz a uma integração na educação científica.
A TGS fundamenta-se em três premissas básicas:
1- Os sistemas existem dentro de sistemas. Cada sistema é constituído de subsistemas e, ao mesmo tempo, faz parte de um sistema maior;
2- Os sistemas são abertos. Cada sistema existe dentro de um meio ambiente constituído por outros sistemas.
3- As funções de um sistema dependem de sua estrutura. Cada qual com seu objetivo que o constitui em seu papel no intercâmbio com outros sistemas no meio ambiente.
Conceito de Sistemas
Sistema é um conjunto ou combinação de coisas ou partes formando um todo unitário.
Sistemas Fechados. Não apresentam intercâmbio com o ambiente que os circunda. Não recebem influência do ambiente nem o influenciam. São sistemas mecânicos como máquinas ou equipamentos.
Sistemas abertos. Apresentam relações de intercâmbio com o ambiente através de inúmeras entradas e saídas.
Trocam matéria e energia regularmente com o meio ambiente.
Organização como um sistema aberto.
O conceito de sistema aberto é aplicável à organização. Pode ser entendido como um conjunto de partes em constante interação e interdependência, constituindo um todo sinergético (o todo é maior do que a soma das partes), orientado para determinados propósitos (comportamento teleológico orientado para fins) e em permanente relação de interdependência com o ambiente (entendida como dupla capacidade de influenciar o meio externo e ser por ele influenciado).
A organização é um sistema aberto que apresenta as seguintes características:
- Importação (entrada). A organização recebe insumos do ambiente e depende de suprimentos renovados de outras pessoas ou instituições;
-Transformação. (processamento). Os sistemas abertos transformam a energia recebida. A organização processa e transforma seus insumos em produtos acabados, serviços, etc.
- Exportação (saídas). Os sistemas abertos exportam seus produtos, serviços ou resultados para o meio externo.
- Os sistemas são ciclos ou eventos que se repetem. As organizações reciclam constantemente suas operações ao longo do tempo.
- Entropia negativa. Processo ao qual o sistema organizado tende à exaustão, desorganização, desintegração e, no fim a morte. A sobrevivência depende de sua movimentação para deter o processo entrópico e se reabastecerem de energia, mantendo a estrutura organizacional.
- Informação como insumo, retroação negativa e processo de codificação. Recebem informações que proporcionam sinais à estrutura sobre o ambiente e sobre seu funcionamento.
- Estado firme e homeostase dinâmica. O sistema aberto mantém certa constância no intercâmbio de energia importada e exportada do ambiente para assegurar seu caráter organizacional e evitar o processo entrópico.
- Diferenciação. Como sistema aberto, a organização tende à diferenciação, isto é, a multiplicação e elaboração de funções, que lhe traz também multiplicação de papéis e diferenciação interna.
- Equifinalidade. Um sistema pode alcançar, por uma variedade de caminhos, o mesmo resultado final partindo de diferentes condições iniciais. A medida que os sistemas abertos criam mecanismos regulatórios (homeostase) para regular suas operações, a quantidade de equifinalidade é reduzida.
- Limites ou fronteiras. S limites ou fronteiras definem a esfera de ação do sistema, bem como seu grau de abertura (receptividade de insumos) em relação ao ambiente. 
Prof. José Luís

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