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Ministério da Educação Universidade Federal do Paraná Setor de Tecnologia Materiais de Construção Civil III TC 034 MATERIAIS CERÂMICOS Prof.a Dr.a Laila Valduga Artigas UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos 1. Definição: Produtos cerâmicos – materiais de construção obtidos pela secagem e cozimento de materiais argilosos. UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos 2. Histórico: 12.000 a.C. : necessidade de armazenar alimentos; emprego: locais onde a pedra era escassa; matéria-prima abundante na natureza; essencial na história da humanidade; UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos Frágeis, porém duráveis; Assírios e caldeus: primeiros povos a produzirem tijolos; Árabes: revalorizaram e difundiram; Com o desenvolvimento do concreto armado e estruturas metálicas Æ elemento de vedação. UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos 3. Argilas Conjunto de minerais compostos, principalmente, de silicatos de alumínio hidratados (decomposição de rochas feldspáticas); Material natural, terroso, de baixa granulometria (com elevado teor de partículas com φ < 2 µm), que apresentam plasticidade quando em contato com água; UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos Provenientes da decomposição de rochas constituídas de argilominerais e outros minerais acessórios; Com água são moldáveis, conservam a forma moldada, endurecem com a perda de água e solidificam-se definitivamente com o calor; UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos Quanto à plasticidade: Gordas (pobres em desengordurante); Magras (silicosas, produtos frágeis). Tipos de argila: Argila vermelha; Argila para grês; Argila refratária; Caulim; Argilas de bola (azuladas ou negras, de grande plasticidade); Bentonita: vulcânica, muito plástica, aumenta de 10 a 15 x seu volume quando em contato com água. UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos 4. Propriedades das argilas Plasticidade: Propriedade de se deformar quando submetido à uma força, e conservar a deformação quando esta é retirada; UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos Estados da plasticidade: Líquido; Plástico; Semi-sólido; Sólido. Classificação segundo o Mole, média, rija, dura, etc. IP hLLIC %−= L.L L.P. L.C. UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos Retração: Propriedade de variar de volume com a variação de umidade; Inconveniente, pois pode gerar fissuração. UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos Porosidade: Volume de vazios/volume total; Influência na resistência mecânica; densidade; condutibilidade térmica; condutibilidade elétrica. UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos Influência da temperatura: Até 600º C Æ secagem; de 600º C a 950º C Æ reações químicas; mais de 950º C Æ vitrificação. Porosidade do produto depende da quantidade de vidro formado. UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos Presença de impurezas: Sílica livre; Alumina livre; Álcalis; Matéria orgânica; Sais; Óxidos; Cálcio. 5. Fabricação: Queima Exploração da jazida Tratamentos e regularização da matéria-prima Moldagem Secagem Etapas básicas UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos Exploração da jazida: Viabilidade técnica/econômica/ambiental; Tratamento da matéria-prima: Purificação e trituração; Regularização da matéria-prima: Umidificação e homogeneização; UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos Moldagem: Pasta seca: h% de 4 a 10%, prensagem, ex.: telhas; Pasta consistente: h% de 20 a 35%, extrusão, ex.: blocos; Pasta fluida: h% de 35 a 50%, barbotina, ex.: louça sanitária; Fonte: KAZMIERCZAK, 2007. UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos Secagem: Retirada da umidade; Controlada, para evitar retração; Queima: Mudança na estrutura; Vitrificação. Fonte: KAZMIERCZAK, 2007. UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos 6. Produtos Cerâmicos para Construção Civil 6.1. Produtos de argila: Blocos cerâmicos: Maciços (tijolos); Vazados (vedação ou estruturais); Telhas; Tubos (manilhas); Tavelas; Elementos vazados. UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos Pisos cerâmicos, Azulejos, Porcelanatos e Pastilhas; Louça sanitária; Material refratário. 6.2. Produtos de grês ou de louça: UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos 6.1 Produtos de argila: UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos 6.1.1.Blocos cerâmicos maciços (tijolos) UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos Podem ser fabricados por extrusão ou prensagem; Normas: NBR 7170/83 – Tijolo maciço cerâmico para alvenaria - especificação; NBR 6460/83 – Tijolo maciço cerâmico para alvenaria - verificação da resistência à compressão; NBR 8041/83 – Tijolo maciço cerâmico para alvenaria – forma e dimensões. UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos Devem apresentar: Ausência de eflorescências; Queima uniforme; Formato paralelepipédico; Podem apresentar rebaixos de fabricação em uma das faces de maior área. UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos Características: Dimensões: Comuns: 19 x 9 x 5,7 cm 19 x 9 x 9 cm Especiais: formas ou dimensões diferentes; Absorção: entre 15 e 25%; Tolerância de ± 3 mm UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos Resistência à compressão: De 1,5 a 20 MPa; Mais comuns: 1,5 (A), 2,5 (B) e 4,0 MPa (C); Ensaio: saturado; Tijolos cortados e unidos com argamassa; 25 peças em um lote de 50.000. UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos 6.1.2.Blocos cerâmicos vazados (vedação ou estruturais) UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos Possuem furos paralelos a uma das faces; De vedação ou estruturais Suportam cargas previstas em alvenaria estrutural; Furos na vertical; Três tipos: • blocos com paredes maciças; • blocos com paredes vazadas; • blocos perfurados. Suportam somente o peso próprio; Furos na vertical ou na horizontal. Vedação com furos na vertical Vedação com furos na horizontal Estrutural com paredes maciças Estrutural com paredes vazadas Estrutural perfurado Fonte: KAZMIERCZAK, 2007. Vedação com furos na vertical Vedação com furos na horizontal Estrutural com paredes vazadas Estrutural perfurado Vedação - concreto Estrutural - concreto UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos normas (2005): 15270-1: Componentes cerâmicos – parte 1: Blocos cerâmicos para alvenaria de vedação: terminologia e requisitos; 15270-2: Componentes cerâmicos – parte 2: Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural: terminologia e requisitos; 15270-3: Componentes cerâmicos – parte 3: Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural e de vedação: métodos de ensaio. UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos Dimensões: visam a modularidade (10 cm), considerando 1 cm de junta; norma é apenas orientativa (também quanto ao número de furos); Principais dimensões especificadas por norma, com tolerância de ± 5 mm: tabela 1; Espessura das paredes: tabela 2; Largura (cm) Altura (cm) Comprimento (cm) 9 19 24 - - 14 19 24 29 - 19 19 24 29 39 11,5 24 - - - 14 24 - - - 19 19 24 29 - 14 19 19 24 29 39 19 19 19 24 29 39 24 24 - 24 29 39 11,5 9 Tabela 1 – Principais dimensões de blocos cerâmicos especificadas na NBR 15270:2005 Espessura (mm) Tipo de bloco Paredes externas Septos Vedação ≥ 7,0 ≥ 6,0 Estrutural de parede vazada ≥ 8,0 ≥ 7,0 Estrutural de parede maciça ≥ 20,0 ≥ 8,0 Estrutural perfurado ≥ 8,0 - Tabela 2 – Espessura de paredes para blocos cerâmicos (NBR 15270:2005) UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos Ambos devemser ≤ 3 mm UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos Resistência à compressão: Deve ser compatível com as exigências de projeto; Resistências mínimas: Tipo de bloco Resistência àcompressão (MPa) Blocos de vedação utilizados com furos na horizontal ≥ 1,5 Blocos de vedação utilizados com furos na vertical ≥ 3,0 Blocos estruturais ≥ 3,0 UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos Absorção: Absorção de água total: entre 8 e 22%; Índice de absorção de água inicial: quantidade de água absorvida em 1 min; Se os valores > 30g/193,55 cm3 Æ elevada absorção Æ recomendável umedecer o bloco antes do assentamento; UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos Queima: som vibrante e não abafado; Não pode ter “coração negro”; Módulo de deformação longitudinal e coeficiente de Poisson: Estimativa do comportamento da alvenaria quando submetida à carregamentos e variações de temperatura e umidade. UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos Bloco apresentando problemas na queima Bloco apresentando impurezas Bloco apresentando defeitos sistemáticos UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos 6.1.3. Telhas cerâmicas Telhas + componentes cerâmicos = construção de telhados; Primeira etapa de fabricação: extrusão da argila, formando um bastão que é cortado nas dimensões adequadas; UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos Segunda etapa: prensagem em fôrmas; Terceira etapa: secagem e queima (900º C a 1100º C); Algumas podem levar esmaltação (impermeabilidade, brilho e cor); UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos NBR 15310:2005: Componentes cerâmicos – Telhas – Terminologia, requisitos e métodos de ensaio; Classificação é função das características geométricas e tipo de fixação; UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos 4 tipos: Plana de encaixe: se encaixam por meio de sulcos e saliências, apresentam furos e pinos para fixação. Ex.: francesa; Composta de encaixe: capa e canal no mesmo componente, apresentam furos e pinos para fixação. Ex.: romana; UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos Simples de sobreposição: capa e canal independentes (o canal possui furos e pinos para fixação). Ex.: paulista; Planas de sobreposição: somente se sobrepõem (podem apresentar furos e pinos para fixação). Ex.: alemã. Plana de encaixe Composta de encaixe Simples de sobreposição Plana de sobreposição Fonte: KAZMIERCZAK, 2007. Plana de encaixe - Francesa Composta de encaixe – Colonial e Romana Simples de sobreposição – Paulista e Plana UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos Exigências para telhas: Impermeabilidade: não apresentar vazamentos ou formação de gotas em sua face inferior; Retilinearidade e planaridade: para evitar problemas de encaixe; Massa da telha seca: máximo 6% superior ao valor especificado no projeto para o modelo da telha; UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos Tolerância dimensional: ± 2% em relação à especificação; Absorção de água: Clima temperado ou tropical: ≤ 20%; Clima frio e temperado : ≤ 12%; Clima muito frio ou úmido: ≤ 7%; Características visuais (pequenos defeitos) e sonoridade (som metálico). UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos Eflorescências em telhas UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos Eflorescências em telhas UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos Resistência à flexão: transporte e montagem do telhado e trânsito eventual de pessoas: Plana de encaixe: 1000 N; Composta de encaixe: 1300 N; Simples de sobreposição: 1000 N; Plana de sobreposição: 1000 N. UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos 6.1.4 Tubos cerâmicos “manilhas”; Canalização de águas pluviais e esgoto; Ponta e ponta / ponta e bolsa; Fabricados por extrusão; UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos Normas: NBR 5645:1991 – Tubos cerâmicos para canalizações; NBR 6549:1991 – Tubos cerâmicos para canalizações – verificação da permeabilidade; NBR 6582:1991 – Tubos cerâmicos para canalizações – verificação da resistência à compressão diametral; NBR 7530:1991 – Tubos cerâmicos para canalizações – verificação dimensional. UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos Podem ser vidrados (cloreto de sódio); Diâmetros nominais: 75, 100, 150, 200, 250, 300, 375, 400, 450, 500 e 600 mm; Comprimentos: 600, 800, 1000, 1250, 1500 e 2000 mm; UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos São verificados quanto à : Dimensões; Permeabilidade e Absorção de água (A≤ 10%); Resistência à compressão diametral; Sonoridade; Aspecto visual (trincas e falhas); Resistência química. UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos 6.1.5 Tavelas: Elementos retangulares utilizados na confecção de lajes pré-moldadas; Peças redutoras de peso; Apóiam-se entre pequenas vigotas de concreto armado e servem de fôrma para a laje; Exigência: resistência à flexão ≥ 700 N. UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos 6.1.6 Elementos vazados: Elementos não estruturais, para ventilação e iluminação. UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos 6.2 Produtos de grês e louça: UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos 6.2.1. Histórico dos revestimentos cerâmicos Portugal: apesar de não ser grande produtor, foi o país europeu que mais empregou revestimentos cerâmicos; Início com as navegações (séc. XV): contato com civilizações de origem muçulmana, assírios, persas, egípcios e chineses. UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos Uso em igrejas, palácios e conventos Æ em forma de tapetes ou uso ornamental; Séc. XVII: azulejos chegam ao Brasil importados de Lisboa; Fim do séc. XIX, abertura das primeiras fábricas brasileiras. UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos 6.2.2. Processo de fabricação Preparação; Conformação; Secagem, esmaltação e queima. UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos Preparação: Via líquida (barbotina): argila diluída em água, passa pelo moinho de bolas, até obtenção da plasticidade e granulometria desejadas: Pisos: segue para um atomizador para extração da umidade Louça sanitária UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos Conformação: Prensagem: Efeitos de relevo ou não; Ranhuras paralelas no tardoz; Código B (BI, BII, etc.) Extrusão: Ranhuras diagonais convergentes; Código A. Tipo B Tipo A UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos Secagem, esmaltação e queima: Monoqueima ou biqueima; Terceira queima: para acrescentar relevo com metais e/ou pigmentos. Fonte: GASTALDINI e SICHIERI, 2007. Matérias-primas Estocagem Moagem Umidificação Secagem Prensagem ou extrusão Preparação das matérias- primas Conformação Secagem 1ª queima Esmaltação 2ª queima Bi-queima: porosa Queima Porcelanato Queima Esmaltação Monoqueima: Porosa Semi-grês Grês polimento (para não esmaltados) e retificação UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos 6.2.3. Placas cerâmicas • Tipos: • Azulejos; • Pisos; • Porcelanatos; • Pastilhas; • Peças decorativas. UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos Azulejos: peças porosas, destinadas a revestimentos de paredes e vidradas em uma das faces; Pisos: mais compactos que a cerâmica vermelha e mais escuros que louça; Pastilhas: peças de pequena dimensão, coladas em folha de papel ou unidas por pontos de resina para facilitar o assentamento; UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos Peças decorativas (especiais): molduras (listelos) e mosaicos (tozetos); Fonte: http://www.gabriellanet.com.br/produtos/linha/13 UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos • Normas: •NBR 13816: 1997 – Placas cerâmicas para revestimento – Terminologia; • NBR 13817: 1997 – Placas cerâmicas para revestimento – Classificação; • NBR 13818: 1997 – Placas cerâmicas para revestimento – Especificação e métodos de ensaio; • NBR 15463: 2007 – Placas cerâmicas para revestimento – Porcelanato; UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos Classificação quanto à qualidade: Classe A (1ª): 95% das peças não tem defeitos visíveis a 1 m (separação por bitolas, tonalidades, curvaturas e ortogonalidade de acordo com as normas); Classe B: defeitos visíveis a 1 m; Classe C: defeitos visíveis a 3 m. Características dos pisos e porcelanatos a) Absorção de água b) Resistência à flexão c) Resistência à Abrasão Superficial d) Resistência à Abrasão Profunda e) Resistência ao risco – Dureza Mohs f) Expansão por Umidade - EPU g) Dilatação Térmica Linear h) Resistência ao Choque Térmico i) Resistência ao Congelamento j) Coeficiente de Atrito (resistência ao deslizamento) k) Resistência ao Gretamento Características Físicas Características Químicas a) Resistência ao manchamento b) Resistência ao ataque químico Características Geométricas a) Dimensionais: Lados e Espessura b) Forma: Ortogonalidade, retitude lateral, planaridade Características Visuais a) Defeitos b) Tonalidade Referências: Portobello (cd institucional). UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos a) Absorção de água Classificação das placas cerâmicas quanto à absorção de água. Absorção Grupo B placas prensadas Tipos Aplicações Acima de 10 até 20 % B III Porosa * Paredes internas Acima de 6 até 10 % B IIb Semi-Porosa * Paredes internas, pisos internos Acima de 3 até 6% B IIa Semi-Grês * Paredes e pisos internos, pisos externos Acima de 0,5 até 3% B Ib Grês ** Paredes e pisos internos, pisos externos e fachadas Até 0,5% B Ia Porcelanato ** Paredes e pisos internos, pisos externos e fachadas UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos b) Resistência à flexão Quanto menor a absorção de água e maior a espessura da placa, maior a resistência à flexão. Grupo B placas prensadas Tipos Resistência à Flexão Kgf/ cm2 B III Porosa ≥ 150 B II b Semi-Porosa ≥ 180 B II a Semi-Grês ≥ 220 B I b Grês ≥ 300 B I a Porcelanato ≥ 350 UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos c) Resistência à abrasão No de Giros PEI Tráfego Orientações para especificação PORTOBELLO 100 0 - Somente Paredes 150 1 Muito leve Paredes e detalhes de pisos com pouco uso 600 2 Muito leve Paredes e detalhes de pisos com pouco uso 750 a 1.500 3 Leve Residencial: Pisos de banheiros e dormitórios, salas e varandas com pouco uso. 2.100 a 12.000 4 Moderado Residencial: Pisos de cozinhas e salas com saída para rua, calçadas, garagens. Comercial e Serviços: Pisos de boutiques, ambientes do administrativo de empresas, de escritórios, de bancos, de hotéis, de consultórios, de supermercados, de hospitais, etc. ≥ 12.000 + ensaio de manchamento 5 Intenso Comercial e Serviços: Ambientes de atendimento ao público, ambientes com tráfego rodado, praças e passeios públicos, cozinhas industriais, chão de fábricas sem tráfego de veículos pesados. Abrasão superficial - Característica de cerâmicas esmaltadas. UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos Abrasão profunda - Característica de cerâmicas não esmaltadas. Grupo B placas prensadas Tipos Resistência à Abrasão Profunda B II b Semi-Porosa ≤ 540 B II a Semi-Grês ≤ 345 B I b Grês ≤ 175 B I a Porcelanato ≤ 175 UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos Importante: Nunca especificar apenas o PEI! A primeira especificação deve ser a Absorção de água! PEI: Porcelain Enamel Institute (Instituto de Esmalte para Porcelana) UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos e) Resistência ao risco Atrito com materiais de diferentes durezas. Mineral Dureza Mohs Talco 1 Gesso 2 Calcita 3 Fluorita 4 Apatita 5 Feldspato 6 Quartzo 7 Topázio 8 Corindon 9 Diamante 10 UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos f) Resistência ao deslizamento Grau de atrito da cerâmica. Classificação Coeficiente de Atrito à úmido Orientações para Especificação PORTOBELLO Classe I Menor que 0,40 Ambientes internos secos com pouca circulação de pessoas Classe II De 0,40 a 0,74 Ambientes externos planos (até 3% de inclinação), escadas internas residenciais, ambientes internos molhados, decks de piscina, garagens, ambientes internos molhados, locais internos públicos com média e grande circulação de pessoas (hospitais, prédios residenciais, clínicas, escritórios, shoppings, lojas comerciais supermercados, aeroportos, rodoviárias, restaurantes e similares) Classe III Igual ou maior que 0,75 Escadas e rampas internas e externas, (inclinação até 10%), praças e passeios públicos, locais públicos com grande circulação de pessoas (metrôs, terminais urbanos) UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos g) Resistência ao manchamento Facilidade na remoção de manchas. Classes Processo de limpeza utilizado no Ensaio para remoção da mancha Orientação para Especificação PORTOBELLO 5 Água quente por 5 minutos. (máxima facilidade de limpeza) Hospitais e similares, cozinhas industriais, supermercados restaurantes e similares, áreas com grande circulação de pessoas, garagens coletivas, oficinas mecânicas, salão de beleza, indústrias, áreas externas com terra vermelha. 4 Limpeza com pano e detergente neutro Lojas comerciais de pequeno porte, hotéis e similares, cozinhas e garagens residenciais 3 mínimo Limpeza com escova e produto de limpeza forte Salas, dormitórios e banheiros residenciais 2 Limpeza por imersão em ácidos ou solventes, por 24h Recusado por norma 1 Impossibilidade de remoção da mancha Recusado por norma UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos h) Resistência química Capacidade de manter o aspecto original. Placas Esmaltadas Ensaio Análise Classificação Efeitos não visíveis GA Mudança no aspecto GB Ensaio c/ produtos químicos domésticos e de piscina Perda parcial ou total da superfície GC Norma exige mínimo B Efeitos não visíveis GLA Mudança no aspecto GLB Ensaio c/ ácidos e bases em baixa concentração Perda parcial ou total da superfície GLC A declarar Efeitos não visíveis GHA Mudança no aspecto GHB Ensaio c/ ácidos e bases em alta concentração Perda parcial ou total da superfície GHC A declarar Placas Não Esmaltadas Ensaio Análise Classificação Efeitos não visíveis UGA Efeitos visíveis nos lados UGB Ensaio c/ produtos químicos domésticos e de piscina Efeitos visíveis nos lados e na superfície UGC Norma exige mínimo B Efeitos não visíveis ULA Efeitos visíveis nos lados ULB Ensaio c/ ácidos e bases em baixa concentração Efeitos visíveis nos lados e na superfície ULC A declarar Efeitos não visíveis UHA Efeitos visíveis nos lados UHB Ensaio c/ ácidos e bases em alta concentração Efeitos visíveis nos lados e na superfície UHC A declarar UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos 6.2.4 Louça sanitária • Feitos com argila branca (caulim quase puro); • Utiliza-se o processo da pasta fluida (barbotina), em moldes de gesso (também há processos de prensagem em moldes de plástico); • Peças impermeáveis na superfície (vidrado) e porosas no interior; • Bacias sanitárias de 30 litros (mais antigas) e de 6 a 9 litros (mais novas). UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos MOLDE DE GESSODE UM VASO SANITÁRIO PRONTO PARA SER PREENCHIDO COM BARBOTINA LÍQUIDA. UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos LINHA DE PRODUÇÃO AUTOMATIZADA COM PRENSAGEM EM MOLDES DE PLÁSTICO UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos ESMALTAÇÃO UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos VASOS SANITÁRIOS JÁ ESMALTADOS ENTRANDO NO FORNO SOBRE VAGONETES, PARA A SEGUNDA QUEIMA. UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos 6.2.5 Tijolos Refratários • Blocos maciços; • Suportam altas temperaturas, abrasão e ação química; • Para o assentamento: argamassas especiais (geralmente com cimento aluminoso – resiste à altas temperaturas); UFPR – TC 034 - Materiais Cerâmicos • Tipos: RMP 35 e RMP 42 (função do teor de alumina). • NBR 10955 - Materiais refratários isolantes - Determinação das resistências à flexão e à compressão à temperatura ambiente. Definição: 2. Histórico: 3. Argilas 4. Propriedades das argilas 5. Fabricação: 6. Produtos Cerâmicos para Construção Civil 6.1 Produtos de argila: 6.1.1.Blocos cerâmicos maciços (tijolos) 6.1.2.Blocos cerâmicos vazados (vedação ou estruturais) 6.1.3. Telhas cerâmicas 6.1.4 Tubos cerâmicos 6.1.5 Tavelas: 6.2 Produtos de grês e louça: 6.2.1. Histórico dos revestimentos cerâmicos 6.2.2. Processo de fabricação 6.2.3. Placas cerâmicas Características dos pisos e porcelanatos a) Absorção de água b) Resistência à flexão c) Resistência à abrasão e) Resistência ao risco f) Resistência ao deslizamento g) Resistência ao manchamento h) Resistência química 6.2.4 Louça sanitária 6.2.5 Tijolos Refratários