Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Olá amigos, tudo bem? Preparei o material sobre a reforma trabalhista pensando em você que está estudante para as provas de processo do trabalho, comparando a redação da CLT antes da reforma e a redação pós Lei nº 13.467/17. Entendo que a comparação é muito importante para os estudos, por isso a apostila trata dos principais pontos reformados em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho, sendo que os quadros comparativos possuem os seguintes quadros: redação antes da reforma, redação após a reforma e os pontos de atenção para as provas !! Espero que gostem e seja bastante útil. Não deixem de enviar ara os seus amigos que também estão estudando. Vamos ajudar a maior quantidade possível de pessoas !!! Abaixo seguem os meus contados: Site: www.brunoklippel.com.br e www.tstsimplificado.com.br Instagram: @brunoagklipel Facebook: www.facebook.com/brunoagklipel Whatsaap: 27 99635-0150 Bons estudos!! Abraços Prof. Bruno Klippel Vitória/ES CUPOM DE DESCONTO (40%) PARA TODOS OS CURSOS DO SITE DO PROF. BRUNO KLIPPEL (WWW.BRUNOKLIPPEL.COM.BR) BRUNO40 Disciplina: Direito do Trabalho Instituto: Grupo Econômico Previsão Legal: Art. 2º da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: Não havia a previsão expressa acerca do grupo econômico por coordenação ou horizontal, mas tão somente do grupo por subordinação ou vertical. Além de reconhecer expressamente também o grupo por coordenação ou horizontal, o legislador criou a regra de que a mera identidade de sócios não caracteriza a existência do grupo e, por conseqüência, a responsabilidade solidária das empresas. Assim, a configuração do grupo deve ocorrer pelo reconhecimento de que existem interesses e atuação comuns entre as empresas, conforme §3º do art. 2º da CLT. Duas são as informações mais importantes sobre grupo econômico: A existência de responsabilidade solidária entre as empresas componentes do grupo; A mera identidade de sócios não caracteriza o grupo, devendo haver a prova de que há interesses e atuação conjunta; Disciplina: Direito do Trabalho Instituto: Jornada de Trabalho Previsão Legal: Art. 4º da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: O tempo em que o empregado estava na empresa era considerado à disposição e, portanto, jornada de trabalho. Se o empregado chegava mais cedo ou saia mais tarde, mesmo por estar realizando atividades particulares, presumia-se o cumprimento da jornada de trabalho. A inclusão do §2º do art. 4º da CLT traz inúmeras situações em que o empregado, apesar de estar nas dependências da empresa, não está cumprindo jornada de trabalho, já que está desenvolvendo atividades particulares ou se protegendo de mau tempo ou mesmo por questões de segurança. Mesmo que o empregado permaneça por mais de 5 minutos após o horário normal ou entre na empresa antes dos 5 minutos previstos no art. 58 da CLT, não será o período considerado como jornada de trabalho. Devem ser conhecidas as situações previstas no §2º do art. 4º que não geram a presunção de que o empregado está à disposição do empregador, tais como: busca por proteção, práticas religiosas, descanso, lazer, estudo, alimentação, relacionamento social, higiene pessoa, troca de roupa ou uniforme. ATENÇÃO: se houver a obrigatoriedade de troca de uniforme/roupa na empresa e o tempo ultrapassar os 5 minutos do art. 58 da CLT, o tempo será considerado jornada, pois o empregado estará à disposição. Disciplina: Direito do Trabalho Instituto: Análise das negociações coletivas Previsão Legal: Art. 8º, §3º da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: Não havia previsão acerca dos limites do Poder Judiciário quando da análise das cláusulas inseridas em negociação coletiva. Prevê o §3º do art. 8º da CLT que o Poder Judiciário analisará as negociações coletivas apenas sob o aspecto do preenchimento dos requisitos (elementos essenciais) do negócio jurídico, previstos no art. 104 do Código Civil. Assim, o Poder Judiciário respeitará a autonomia da vontade dos entes sindicais que firmaram a O Poder judiciário balizará a sua atuação, quando da análise das negociações coletivas, será pautada pelo princípio da intervenção mínima na autonomia da vontade dos entes coletivos que firmaram a negociação, que pode ser um acordo coletivo ou convenção coletiva de trabalho. negociação. Disciplina: Direito do Trabalho Instituto: Responsabilidade do sócio-retirante Previsão Legal: Art.10-A da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: Não havia previsão expressa na CLT acerca da responsabilidade do sócio retirando, aplicando-se o Código Civil, em seu art. 1003, § único. Prevê a CLT que o sócio- retirante responde pelas dívidas da empresa apenas no período em que figurou como sócio, nas ações ajuizadas até 2 anos a contar da modificação do contrato social, sendo que existe ainda uma ordem a ser obedecida na execução dos bens: 1. Empresa devedora; 2. Sócios atuais; 3. Sócio-retirante. Por fim, havendo fraude na alteração societária, o sócio- retirante responde solidariamente com a pessoa jurídica e os atuais sócios. As questões certamente irão cobrar dois pontos principais, a saber: A ordem para execução dos bens: empresa, sócios atuais e sócios retirantes; A possibilidade da responsabilidade ser solidária ocorre apenas na hipótese de fraude na alteração societária. Disciplina: Direito do Trabalho Instituto: Prescrição Intercorrente Previsão Legal: Art. 11-A da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: A prescrição intercorrente, que é aquele que ocorre no curso do processo de execução, não era reconhecida pelo TST, que por meio de sua súmula 114 afirmava a não aplicação do instituto ao processo do trabalho, enquanto que o STF, por intermédio de sua súmula 327 afirmava o seu cabimento. O legislador seguiu a tese adotada pelo STF e incluiu a possibilidade de ser reconhecida a prescrição intercorrente no processo do trabalho, quando o processo de execução ficar parado por dois anos a contar do momento em que o exeqüente se mantém inerte, não realizando ato processual que ao mesmo caberia. A prescrição intercorrente pode ser alegada ou reconhecida de ofício em qualquer grau de jurisdição. Os aspectos mais importantes sobre a prescrição intercorrente são: É aplicável ao processo do trabalho; Ocorre quando o processo fica parado por dois anos por inércia do exeqüente; Pode ser alegada ou reconhecida de ofício em qualquer grau de jurisdição; Disciplina: Direito do Trabalho Instituto: Jornada in itinere Previsão Legal: Art. 58, §2º da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: O art. 58 §2º da CLT previa que o tempo gasto no deslocamento casa-trabalho-casa seria considerado jornada de trabalho se presentes alguns requisitos, a saber: local de trabalho de difícil acesso ou não servido por transporte público regular e condução fornecida pela empresa. Com a reforma trabalhista não há mais a jornada in itinere, ou seja, o tempo gasto pelo empregado no itinerário entre sua casa e o local de trabalho não é considerado jornada, que somente será iniciada quando o trabalhador chegar ao local de trabalho. Assim, não se considerada mais o tempo de deslocamento como tempo à O aluno deve lembrar que a jornada de trabalho tem início com a efetiva ocupação do posto de trabalho, não mais sendo considerado como jornada otempo de deslocamento, independentemente da forma de condução utilizado pelo obreiro, se fornecida ou não pelo empregador. disposição do empregador. Disciplina: Direito do Trabalho Instituto: Jornada a Tempo Parcial Previsão Legal: Art. 58-A da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: A jornada a tempo parcial era aquela em que o obreiro laborava até 25 horas semanais, sem possibilidade de realização de horas extras. Além disso, o empregado neste tipo de jornada não podia converter férias em pecúnia, assim como tinha um período de férias reduzido, de 8 a 18 dias, conforme prescrito no art. 130- A da CLT. Atualmente, a jornada a tempo parcial é aquela realizada em até 30 horas semanais, ou aquela de até 26 horas demais, com possibilidade de realização de horas extras, em número de até 6h. Com a revogação do art. 130-A da CLT, as férias passaram a ser de 30 dias, conforme art. 130 da CLT, podendo haver a “venda das férias’, ou seja, a sua conversão em pecúnia, da mesma forma como ocorre para os empregados que laboram em jornada padrão. Alguns pontos serão certamente cobrados pelas bancas examinadoras, a saber: A possibilidade do empregado em jornada a tempo parcial prestar horas extras; A possibilidade das férias serem convertidas em pecúnia; O período de férias “normal” a partir da reforma trabalhista, com o período padrão de 30 dias. Disciplina: Direito do Trabalho Instituto: Banco de Horas Previsão Legal: Art. 59 da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: O banco de horas somente era estabelecido por negociação coletiva e podia ter prazo máximo de compensação de um ano, daí ser denominado de banco de horas anual. A reforma trabalhista criou outras espécies de banco de horas, como o semestral e mensal. A diferença é a forma de pactuação, uma vez que o anual continua a ser estabelecido por negociação coletiva, enquanto que o semestral pode ser por acordo individual escrito, sendo que o mensal pode ser por acordo individual escrito ou tácito. A não compensação em qualquer das espécies gera a necessidade de pagamento das horas extras ao término do período máximo. Na hipótese de rescisão, as horas serão calculadas com base no valor do salário do término do contrato de trabalho. Provavelmente as bancas examinadoras exigirão o conhecimento acerca da forma necessária para a pactuação do banco de horas, a saber: Banco de horas ANUAL: Negociação Coletiva. Banco de horas SEMESTRAL: Acordo individual escrito. Banco de horas MENSAL: acordo individual escrito ou tácito. Disciplina: Direito do Trabalho Instituto: Jornada 12x36 Previsão Legal: Art. 59-A da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: O TST possuía entendimento consolidado na Súmula nº 444 acerca da viabilidade da jornada 12x36 apenas quando pactuado por negociação coletiva ou dispositivo de lei. Dispõe o art. 59-A da CLT que a jornada 12x36 pode ser estabelecida por negociação coletiva (acordo coletivo ou convenção coletiva) e acordo individual escrito, podendo ser A forma de pactuação, que sempre foi muito exigida, mas que possuía suporte apenas na jurisprudência do TST, continuará a ser exigida, lembrando que agora também indenizados os intervalos para repouso e alimentação. pode a jornadas 12x36 ser estabelecida por ACORDO INDIVIDUAL ESCRITO, ou seja, direto com o empregado, dispensando-se a negociação coletiva. Disciplina: Direito do Trabalho Instituto: Intervalos não concedidos Previsão Legal: Art. 71, §4º da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: Aplicava-se a Súmula nº 437, II do TST, que afirmava ser devido o período integral do intervalo não concedido e não apenas o período suprimido. Assim, se o empregado usufruía 40 minutos em vez de 1 hora, seria devido o período de 1 hora extra, ou seja, com o adicional de 50% e todos os reflexos legais. Dispõe o art. 71, §4º da CLT que somente será remunerado o período suprimido, ou seja, que foi retirado do empregado. Assim, se o empregado usufruía 40 minutos em vez de 1 hora, será devido ao mesmo apenas 20 minutos, com adicional de 50%, mas sem natureza salarial, ou seja, sem os reflexos salariais, uma vez que o dispositivo fala em natureza indenizatória. O principal ponto de atenção é o pagamento apenas do período suprimido, com natureza indenizatória. A Súmula nº 437, II do TST não mais de aplicará em decorrência da nova legislação. Concede-se o pagamento com 50% de adicional apenas do período suprimido; O pagamento possui natureza indenizatória, ou seja, não há os reflexos legais. Disciplina: Direito do Trabalho Instituto: Teletrabalho Previsão Legal: Art. 75-A a E da CLT e Art. 62 da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: A única previsão existente na CLT sobre o trabalho à distância encontra-se no § único do art. 6º, que previa que os equipamentos telemáticos e informatizados seriam equiparados às ordens pessoais, havendo a subordinação jurídica da mesma forma, mesmo que o empregador estivesse à distância ou trabalhando em domicílio. A regulamentação do teletrabalho traz inúmeras informações relevantes, tais como: O teletrabalho é exceção e o trabalho presencial é a regra geral. Poderá haver a mudança do presencial para o teletrabalho se houver autorização do empregado, anotado em aditivo contratual. A mudança do teletrabalho para o presencial pode ser determinado pelo empregador, desde que seja respeitado um prazo mínimo de 15 dias para as adaptações devidas. A realização de atividades presenciais, quando necessárias, não desnatura o teletrabalho. Não se pode esquecer, de forma alguma, que: A mudança para o teletrabalho depende do consentimento do empregado e o retorno depende do respeito ao prazo de 15 dias, sem necessidade de consentimento. O teletrabalhador não possui jornada controlada, não fazendo jus ao recebimento de horas extras, adicional noturno e intervalos, razão pela qual foi inserido no art. 62, III da CLT. O teletrabalhador encontra-se no art. 62 da CLT, o que significa dizer que não faz jus ao recebimento de horas extras, adicional noturno ou intervalos para descanso e alimentação, já que ele mesmo controla a jornada de trabalho. Eventuais despesas com equipamentos e contas mentais serão tratados no contrato firmado entre as partes. Eventuais pagamentos como luz, água, internet, etc, não são consideradas como salário in natura. Disciplina: Direito do Trabalho Instituto: Férias Previsão Legal: Art. 134 da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: As férias podiam ser fracionadas, em situações excepcionais, em 2 períodos, sendo que nenhum deles poderia ser inferior a 10 dias. Agora, mediante a concordância do empregador, as férias podem ser concedidas em até 3 períodos, sendo um deles de pelo menos 14 dias e os demais de, pelo menos, 5 dias, não podendo haver início da gozo das férias no período de 2 dias que antecede feriado ou descanso semanal remunerado. Certamente as bancas vão querer saber em quantos períodos as férias podem ser fracionadas, bem como os períodos mínimos de dias. Por isso vale a pena lembrar: Em até 3 períodos; Um - com pelo menos 14 dias. Os demais - com pelo menos 5 dias. Disciplina: Direito do Trabalho Instituto: Afastamento da Gestante Previsão Legal: Art. 394-A da CLT Antes daReforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: O dispositivo falava que haveria o afastamento da gestante e da lactante de atividades insalubres, sem especificar o grau de insalubridade, afirmando que a mulher, naquelas condições, deveria trabalhar em local salubre. O dispositivo diz que haverá o afastamento das atividades insalubres grau máximo, podendo haver o afastamento também nas atividades grau médio e mínimo, se houver apresentação de atestado médico. Já a lactante será afastada de qualquer atividade insalubre, independentemente do grau, se apresentar atestado médico. Em qualquer situação, o adicional de insalubridade continua a ser pago. Certamente as provas exigirão o conhecimento acerca do afastamento, destacando-se que a Lei 13.467/17 prevê que o adicional de insalubridade continuará a ser pago e que o afastamento ocorrerá nas seguintes hipóteses: Gestante: Grau máximo: afastamento automático, independentemente de atestado médico. Grau médio e mínimo: afastamento apenas se apresentar atestado médico. Lactante: afastada nos graus mínimo, médio e máximo somente se apresentar atestado médico. Disciplina: Direito do Trabalho Instituto: Intervalos para amamentação Previsão Legal: Art. 396 da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: Previa o art. 396 da CLT apenas que a mulher teria 2 intervalos de 30 minutos cada, durante a jornada, para amamentar o próprio filho, até os 6 meses. Atualmente a questão é tratada na Lei 13.509/17, posterior à reforma trabalhista, que diz que o intervalo também é devido na hipótese de adoção, sendo que os horários dos intervalos serão definidos em acordo individual entre mulher a empregador. O intervalo é devido para a mulher que dá a luz ao filho, bem como àquela que adota, até os seis meses, podendo o período ser elevado por determinação médica, sendo que os horários de intervalos serão acertados diretamente entre empregada e empregador. Disciplina: Direito do Trabalho Instituto: Contratação de autônomos Previsão Legal: Art. 442-B da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: Não havia norma explícita acerca da questão, entendendo- se que o trabalhador que preenchia os requisitos do art. 3º da CLT era empregado, enquanto que o autônomo era aquele que tinha liberdade para trabalhar, não possuía a subordinação inerente ao trabalhador. O art. 442-B da CLT passou a afirmar textualmente que o trabalhador que não preenche os requisitos do vínculo de emprego é autônomo, garantindo-se a contratação nesta modalidade, com ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, ou seja, deixou claro que o autônomo não é empregado. A Lei 13.467/17 – reforma trabalhista – previu a possibilidade do autônomo ser contratado com exclusividade, ou seja, trabalhando tão somente para um tomador de serviços, com ou sem continuidade, desde que não estejam presentes todos os requisitos do art. 3º da CLT. Disciplina: Direito do Trabalho Instituto: Altos Empregados Previsão Legal: Art. 444, § único da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: Não havia previsão acerca dos contratos dos altos empregados, nem mesmo a sua qualificação e possibilidade de flexibilização das normas inerentes aos trabalhadores em estudo. Os “altos empregados”, assim qualificados quando portadores de diploma de ensino superior e recebedores de salário igual ou superior a duas vezes o limite dos benefícios do INSS (Regime Geral de Previdência Social – RGPS), podem livremente estipular as cláusulas do contrato de trabalho, desde que sejam aquelas matérias que constam no art. 611-A da CLT, que para os demais empregados há necessidade de negociação A qualificação como um “alto empregado” é fundamental para as nossas questões, bem como a liberdade que o mesmo possui para negociar direto com o seu empregador. Assim, tem-se que este empregado é aquele que: Possui diploma de ensino superior. Recebe salário igual ou superior a 2 vezes o limite dos benefícios do regime geral de previdência social (RGPS coletiva. Inclusive as normas criadas nesta negociação entre empregador e alto empregado possui preponderância sobre os instrumentos coletivos existentes (acordo coletivo e convenção coletiva). – INSS). Disciplina: Direito do Trabalho Instituto: Responsabilidade na Sucessão Trabalhista Previsão Legal: Art. 448-A da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: Não havia dispositivo legal acerca da responsabilidade das empresas sucessora e sucedida, apesar de diversos entendimentos jurisprudenciais e doutrinários sobre o tema. Incluíram na CLT os entendimentos da doutrina e jurisprudência, afirmando que a responsabilidade pelos débitos trabalhistas é da empresa sucessora, mesmo em relação àqueles anteriores ao negócio, mesmo que haja cláusula de não responsabilização no contrato. A novidade fica por conta da responsabilidade solidária entre sucessor e sucedido na hipótese de fraude na sucessão. Você deve atentar para as seguintes informações sobre a responsabilidade dos entes que participam da sucessão trabalhista: Sucedida (empresa que foi vendida, por exemplo): não possui responsabilidade, regra geral. Sucessora (empresa compradora, por exemplo): possui toda a responsabilidade pelos débitos trabalhistas, mesmo os anteriores ao negócio. Sucedida e sucessora solidariamente responsáveis: tão somente na ocorrência de fraude trabalhista. Disciplina: Direito do Trabalho Instituto: Uniforme Previsão Legal: Art. 456-A da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: Não havia previsão legal acerca da responsabilidade pela limpeza do uniforme, bem como em relação à possibilidade do empregador incluir propaganda/logomarcas no mesmo. O dispositivo traz duas informações relevantes: 1. limpeza e sua responsabilidade; 2. Possibilidade de inclusão de propaganda/logomarcas no uniforme. Em relação à limpeza, será em regra do empregado, salvo se houver necessidade de utilização de produtos especiais, situação em que a responsabilidade passa a ser do empregador. Já no tocante às propagandas/logomarcas, diz o texto legal que o empregador pode incluí-las no uniforme. Sobre a limpeza do uniforme, devem ser lembradas as seguintes regras: Limpeza normal: responsabilidade do empregado. Limpeza especial: responsabilidade do empregador. Disciplina: Direito do Trabalho Instituto: Remuneração e Salário Previsão Legal: Art. 457 da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: As diárias de viagem teriam natureza salarial se o seu valor fosse superior a 50% do salário, assim como o ticket alimentação também seria considerado salário, nos termos da Súmula nº 241 do TST. Dispõe o §1º do art. 457 da CLT que as diárias de viagem e as ajudas de custo, mesmo que habituais, não possuem natureza salarial, assim como o auxílio-alimentação, que não pode ser pago em dinheiro. Também os prêmios e abonos não possuem natureza salarial. Atenção sempre as seguintes informações: Possuem natureza salarial: salário, gratificações e comissões. Possuem natureza indenizatória (não salarial): ajuda de custo, diárias de viagem, auxílio-alimentação, prêmios e abonos. Disciplina: Direito do Trabalho Instituto: Salário in natura Previsão Legal: Art. 458 da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: Havia apenas a menção à assistênciamédica, hospitalar e odontológica, como utilidades não salariais no §2º, IV do art. 458 da CLT, sem especificação de medicamentos, óculos, etc. A inclusão do §5º do art. 458 da CLT foi no sentido de especificar que também não são utilidades salariais os medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, próteses, órteses, despesas médico-hospitalares e outras similares. Tais valores, mesmo que provenientes de reembolso, não trazem reflexos trabalhistas ou no cálculo da contribuição previdenciária. Neste ponto da matéria é sempre importante saber quais são as utilidades que não possuem natureza salarial, que constam expressamente no §2º do art. 458 da CLT e no novo §5º incluído pela reforma trabalhista. As bancas cobram o texto legal, que precisa ser memorizado. Disciplina: Direito do Trabalho Instituto: Equiparação Salarial Previsão Legal: Art. 461 da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: Dentre os requisitos para a equiparação salarial, tínhamos a mesma localidade, entendido como município ou região metropolitana, assim como o tempo no emprego era irrelevante para a análise do requisito “trabalho de igual valor”. Além disso, era necessária a homologação do quadro de carreira para a exclusão de equiparação salarial. A nova redação do art. 461 da CLT fala em “mesmo estabelecimento” em vez de “mesma localidade”, sendo um requisito agora mais restritivo, além de termos que analisar agora também o tempo de emprego (tempo de empresa), pois se houver diferença superior a 4 anos na empresa entre reclamante e paradigma, não haverá direito à equiparação salarial. O quadro de carreira não precisa ser mais homologado, podendo prever a ascensão apenas por antiguidade ou merecimento e não necessariamente pelos dois critérios. Por fim, a equiparação somente será possível entre Sobre equiparação salarial o mais importante é sempre lembrar dos requisitos legais, a saber: Identidade de funções (mesmas tarefas no dia a dia); Trabalho de igual valor, não podendo haver diferença superior a 2 anos na função e 4 anos na empresa; Mesmo empregador; Mesmo estabelecimento (e não mais na mesma localidade); empregados contemporâneos, não cabendo mais a equiparação em cadeia. Disciplina: Direito do Trabalho Instituto: Alteração do Contrato de Trabalho Previsão Legal: Art. 468 da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: Até a reforma trabalhista, se o empregado fosse revertido para o cargo anteriormente ocupado após dez ou mais anos, ele teria direito a continuar recebendo a gratificação de função, conforme Súmula nº 372 do TST. O §2º do art. 468 da CLT prevê que não haverá mais a incorporação da gratificação de função, não se falando em direito adquirido, independentemente do tempo em que o empregado permaneceu na função de confiança ou o motivo da sua reversão. Sobre reversão é fundamental lembrar que: É licita, tratando-se de jus variandi do empregador; Pode ocorrer com ou sem motivo justo; Não há a incorporação da gratificação da função, perdendo a mesma imediatamente, independentemente do tempo em que permaneceu na função de confiança. Disciplina: Direito do Trabalho Instituto: Rescisão contratual e pagamento Previsão Legal: Art. 477 e 477-A da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: O art. 477, §6º da CLT previa dois prazos para o pagamento das verbas rescisórias, a depender da espécie de aviso prévio, se indenizado ou trabalhado. Havia a necessidade de homologação da rescisão nos contratos com mais de 1 ano. Após a reforma, o §6º traz tão somente um prazo, que é de 10 dias corridos para o pagamento das verbas rescisórias, comunicações necessários aos órgãos públicos e entrega dos documentos ao empregado. Não há mais necessidade de homologação da rescisão perante o sindicato ou Ministério do Trabalho. Além disso, o art. 477-A da CLT equiparou as rescisões individuais, plúrimas e coletivas, afirmando que não há necessidade de autorização prévia do sindicato ou negociação coletiva para a sua efetivação. Deve-se lembrar que: O prazo paga pagamento das verbas rescisórias é de 10 dias corridos, independentemente da espécie de aviso prévio. Não há mais a obrigação de homologação da rescisão contratual. As demissões plúrimas e coletivas podem ocorrer da mesma forma que as individuais, ou seja, por vontade do empregador, sem necessidade alguma de autorização. Disciplina: Direito do Trabalho Instituto: Plano de Demissão Voluntária Previsão Legal: Art. 477-B da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: Não havia previsão legal na CLT para os planos de demissão voluntária (PDV), ensejando a dúvida acerca da quitação em relação ao vínculo de emprego. Havia inclusive confronto na jurisprudência entre STF e TST A reforma trabalhista previu expressamente que a realização do plano de demissão voluntária, que deve estar previsto em negociação coletiva, gera a quitação plena e irrevogável de todos os direitos Sobre o plano de demissão voluntária, deve-se lembrar que: O PDV deve estar previsto em negociação coletiva. A realização do PDV gera a quitação plena de irrevogável de todo o sobre o assunto. decorrentes do vínculo de emprego, salvo se houver cláusula expressa no próprio PDV. contrato de trabalho, regra geral. Pode ser instituída cláusula excepcionando a quitação plena e irrevogável, como uma ressalva feita em relação a alguma ou algumas verbas decorrentes do contrato. Disciplina: Direito do Trabalho Instituto: Justa Causa Previsão Legal: Art. 482 da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: Não havia previsão expressa sobre a perda da habilitação ou requisitos para a realização do trabalho, como hipótese de justa causa. Inseriu-se a alínea “m” do art. 482 da CLT, que prevê a hipótese de justa causa decorrente da perda da habilitação ou dos requisitos para a realização do trabalho, mas apenas por conduta dolosa do empregado, ou seja, quando provada a sua vontade, não cabendo na hipótese de culpa (imprudência, negligência e imperícia). A extinção do contrato pela nova hipótese de justa causa somente pode ocorrer quando houver uma CONDUTA DOLOSA e não culposa. Disciplina: Direito do Trabalho Instituto: Rescisão por comum acordo Previsão Legal: Art. 484-A da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: Não havia previsão legal acerca da hipótese de rescisão por comum acordo. O art. 484-A da CLT prevê a possibilidade do contrato de trabalho ser rescindido por comum acordo entre empregado e empregador, ensejando o pagamento de 50% do aviso prévio indenizado e da multa do FGTS e na integralidade as demais verbas trabalhistas, possibilitando o saque de até 80% dos valores depositados na conta do FGTS, mas não autoriza o recebimento de seguro-desemprego. Devem ser lembradas as verbas pagas na hipótese, a saber: Na metade: aviso prévio indenizado e multa do FGTS (20%); Na integralidade as demais verbas trabalhistas. Em relação ao saque do FGTS, o mesmo pode ser de até 80%, mas não há possibilidade de recebimento do seguro- desemprego. Disciplina: Direito do Trabalho Instituto: Arbitragem Previsão Legal: Art. 507-A da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: O TST entendia pelo não cabimento da arbitragem nos contratos individuais de trabalho. A arbitragempassou a ser possível em alguns contratos individuais de trabalho, quando o empregado receber mais de duas vezes o limite dos benefícios do RGPS (INSS), e desde que a cláusula de arbitragem seja de iniciativa do Os seguintes pontos devem ser lembrados; A arbitragem é possível nos contratos em que o empregado recebe mais de 2x o limite dos benefícios do RGPS; Deve haver a iniciativa empregado ou mediante a sua concordância expressa. do empregado ou a sua concordância expressa. Disciplina: Direito do Trabalho Instituto: Recibo de quitação anual Previsão Legal: Art. 507-B da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: Não havia a previsão legal do recibo de quitação anual, mas a homologação da rescisão era obrigatória nos contrato com mais de um ano, o que equivalia ao presente instituto. Pode ser firmado o recibo de quitação anual, durante ou após o término do contrato, perante o sindicato dos empregados, discriminando as obrigações mensais que foram cumpridas pelo empregador. O recibo de quitação anual é uma faculdade das partes; Precisa ser firmado perante o sindicato do empregado; Deve discriminar as parcelas pagas e obrigações cumpridas mensalmente; Pode ser firmado durante o contrato de trabalho ou após o seu término. Disciplina: Direito do Trabalho Instituto: Descontos de contribuições devidas ao sindicato Previsão Legal: Art. 545, 578, 579, 582, 583, 587 e 602 da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: O desconto do “imposto sindical” ou contribuição sindical obrigatória era realizado sem a anuência do empregado, tratando mesmo de tributo. Independentemente do empregado ser sindicalizado ou não, de querer pagar a contribuição ou não, a mesma era devida e descontado pelo empregador. A regra criada pela reforma trabalhista, em todos os artigos acima descritos, é que qualquer desconto para o sindicato deve ser autorização prévia do empregado. Não há mais o pagamento da contribuição sindical obrigatória, podendo o empregador realizar o desconto apenas se houver autorização prévia do empregado. Disciplina: Direito do Trabalho Instituto: Negociação Coletiva Previsão Legal: Art. 611-A e B, 614 e 620 da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: Não havia norma específica sobre os limites da negociação coletiva, o que podia ser alterado por norma coletiva, assim como era admitida pela Súmula 277 do TST (suspensa pela STF) a ultratividade das normas coletivas. O art. 611-A da CLT representa a máxima acerca da “prevalência do negociado sobre o legislado”, trazendo uma série de institutos previstos pelo legislador que podem ser alterados por negociação coletiva, prevalecendo a ultima. Já o art. 611-B da CLT prevê as cláusulas da negociação coletiva que serão consideradas nulas, por suprimirem direitos básicos dos trabalhadores, que são aqueles previstos no art. 7º da CF. Além disso, não mais se permite a ultratividade, ou seja, ao Devem ser lidos os dispositivos e lembrados os seguintes pontos: As hipóteses do art. 611-A da CLT que podem ser alteradas por negociação coletiva. As situações do art. 611-B da CLT que não podem ser modificadas por negociação coletiva, que se inseridas em negociação coletiva, serão consideradas nulas. Não há mais a ultratividade das término da vigência da negociação coletiva, que pode ser de até 2 anos, não haverá mais a produção de efeitos. Por fim, o art. 620 da CLT prevê que as condições estabelecidas em ACT sempre prevalecerão sobre a CCT, por ser mais específica. normas coletivas, que param de produzir os seus efeitos após o término da sua vigência. O acordo coletivo de trabalho sempre prevalecerá sobre a convenção coletiva de trabalho, por ser mais específica. Disciplina: Direito Processual do Trabalho Instituto: Homologação de acordo extrajudicial Previsão Legal: Art. 855-B da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: A Justiça do Trabalho não possuía competência para homologar acordos feitos fora de processos judiciais, ou seja, extrajudiciais. Os acordos eram firmados tão somente nas ações trabalhistas em curso. A reforma estabeleceu a competência da Justiça do Trabalho para a análise e homologação de acordos extrajudiciais, que devem ser apresentados por petição inicial conjunta, com assinatura de Advogado, não podendo ser Advogado comum. A análise será feita no prazo de 15 dias pelo Juiz, que poderá designar ou não audiência, para homologar ou não o acordo. Não há obrigação de homologação do acordo, conforme Súmula nº 418 do TST. Os seguintes pontos devem ser lembrados para as provas: Não se aplica o jus postulandi, ou seja, as partes devem estar representadas por Advogado. Não pode haver Advogado comum, ou seja, cada parte deve ser representada por Advogado específico. A petição deverá ser conjunta. O prazo para análise é de 15 dias. O Juiz pode determinar a realização de audiência. O Juiz pode homologar ou não o acordo. Disciplina: Direito Processual do Trabalho Instituto: Contagem dos prazos processuais Previsão Legal: Art.775 da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: Os prazos processuais eram contínuos, ou seja, contados em dias corridos, diferentemente do novo CPC. Os prazos passam a ser contados em dias úteis, assim como no novo CPC. As regras sobre exclusão do primeiro dia e inclusão do último continuam valendo normalmente. Lembrar que os prazos não são mais contínuos, como antigamente, na redação antiga do art. 775 da CLT. Disciplina: Direito Processual do Trabalho Instituto: Custas Processuais Previsão Legal: Art. 789 da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: Não havia previsão legal de valor máximo para a condenação ao pagamento de custas processuais, havendo apenas a previsão de valor mínimo, que é de R$10,64. O art. 789 da CLT passou a prever o limite máximo para a condenação ao pagamento de custas processuais, que é de 4 vezes o limite dos benefício do Regime Geral de Previdência Social (INSS), que em 2018 é de Deve-se lembrar dos valores mínimo e máximo para as custas processuais: Mínimo: R$10,64; Máximo: 4 vezes o limite dos benefícios do RGPS (INSS); R$22.583,20. Disciplina: Direito Processual do Trabalho Instituto: Justiça Gratuita Previsão Legal: Art. 790 da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: A justiça gratuita era concedida a quem recebia até 2 salários mínimos. O benefício podia ser concedido de ofício ou a requerimento da parte. O benefício da justiça gratuita será concedido a quem receber até 40% do limite dos benefícios do regime geral de previdência social (INSS) ou àquele que receber quantia superior, não tenha condições de arcar com os custos do processo. O benefício pode ser deferido de ofício ou a requerimento. Deve-se lembrar que: O benefício pode ser concedido de ofício ou a requerimento da parte. Será concedido a quem receber até 40% do limite dos benefícios do RGPS; Àquele que receber quantia superior, será concedido o benefício se demonstrada a hipossuficiência financeira. Disciplina: Direito Processual do Trabalho Instituto: Honorários Periciais Previsão Legal: Art. 790-B da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: O beneficiário da justiça gratuita não pagava a perícia, que era responsabilidade financeira daUnião, conforme Súmula nº 457 do TST. Não havia a previsão de parcelamento do valor. O beneficiário da justiça gratuita é condenado ao pagamento dos honorários periciais, se perder o pedido relacionado àquele meio de prova, havendo atualmente a previsão de pagamento com créditos que o sucumbente tenha a receber no processo ou em outro, bem como a possibilidade do valor ser parcelado, cabendo à União o pagamento apenas na real impossibilidade de pagamento pelo beneficiário da Justiça Gratuita. Além disso, incorporou-se o entendimento do TST de que não é legal a exigência de honorários periciais prévios (OJ nº 98 da SDI-2 do TST). Devemos lembrar dos seguintes pontos: O beneficiário da justiça gratuita será condenado ao pagamento dos honorários periciais. O valor poderá ser parcelado pelo Juiz; A União somente arcará com o pagamento quando ficar evidente a impossibilidade de pagamento pelo beneficiário da justiça gratuita. Os honorários periciais prévios são ilegais. Disciplina: Direito Processual do Trabalho Instituto: Honorários Advocatícios de sucumbência Previsão Legal: Art. 791-B da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: Os honorários advocatícios de sucumbência, em regra, eram recebidos apenas pelo Sindicato, pois a Súmula nº 219 do TST previa a aplicação do sistema de “assistência judiciária gratuita”, que é prestada pelo Sindicato. Adota-se o sistema da “mera sucumbência”, sendo a quantia devida aos Advogados particulares e também aos sindicatos. O percentual varia de 5% a 15%, conforme diversos critérios constantes no §2º do art. 791-A da CLT, como complexidade e tempo do Os principais pontos da matéria são: Adota-se o sistema da mera sucumbência. O percentual varia entre 5% e 15%. O beneficiário da justiça gratuita será condenado ao processo, dentre outros. Não haverá a compensação dos honorários entre as partes, sendo a quantia devida mesmo pelo beneficiário da justiça gratuita, sendo suspensa a exigibilidade da quantia. Por fim, os honorários são devidos na reconvenção, por possuir a mesma a natureza jurídica de ação. pagamento da quantia, sendo suspensa a execução, que poderá ocorrer em até dois anos a contar do trânsito em julgado, caso o beneficiário passe a ter recursos para efetivar o pagamento. Após o prazo de 2 anos, o crédito deixa de existir e não pode ser mais cobrado. Disciplina: Direito Processual do Trabalho Instituto: Exceção de incompetência Previsão Legal: Art. 800 da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: A exceção de incompetência era apresentada na audiência, como uma das espécies de defesa, havendo a apresentação de manifestação pelo excepto em 24 horas. A exceção é apresentada antes da audiência, no prazo de até 5 dias a contar do recebimento da notificação, suspendendo-se o processo e com manifestação do excepto em 5 dias. Poderá ser realizada audiência para produção de provas na exceção, sendo que o excipiente possui direito de produzir a sua prova oral no local indicado como correto, por carta precatória. Depois a exceção será julgada com fixação do juízo competente. As principais novidades sobre a exceção de incompetência são: Prazo: em até 5 dias a contar do recebimento da notificação, antes da audiência. Intimação para o excepto apresentar defesa/manifestação em 5 dias. Há a suspensão do processo principal até o julgamento da exceção. Pode ser designada audiência para a produção de provas. Disciplina: Direito Processual do Trabalho Instituto: Distribuição do ônus da prova Previsão Legal: Art. 818 da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: O art. 818 da CLT dizia simplesmente que os fatos deveriam ser provados por quem os alegou. A reforma trabalhista praticamente equiparou o art. 818 da CLT e o art. 373 do CPC, trazendo a teoria estática da distribuição do ônus da prova (fatos constitutivos provados pelo autor e os extintivos, impeditivos e modificativos pelo réu). Além disso, afirmou a existência da teoria dinâmica, que permite ao Juiz, no caso concreto, por decisão fundamentada, alterar a regra geral, antes do início da instrução. Sobre a teoria dinâmica da distribuição do ônus da prova, temos que lembrar que: É o Juiz, no caso concreto, que altera a regra geral sobre a distribuição do ônus da prova. A decisão que dinamiza deve ser fundamentada; Deve ocorrer antes do início da instrução. Haverá a redesignação da audiência caso solicitado. Disciplina: Direito Processual do Trabalho Instituto: Petição Inicial Previsão Legal: Art. 840 da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: A petição inicial trabalhista não previa, pelo menos no rito ordinário, a necessidade de indicação do valor da causa, que seria determinado pelo Juiz, na ausência da petição inicial. O art. 840, §1º da CLT traz textualmente a necessidade de indicação do pedido certo, determinado e COM INDICAÇÃO DO SEU VALOR, o que enseja a necessidade de indicação do valor da causa, sob pena de extinção do pedido sem resolução do mérito, conforme §3º do mesmo artigo. Deve-se lembrar, principalmente, que os pedidos que não tenham valor serão extintos sem resolução do mérito, sem possibilidade de emenda da petição inicial. Disciplina: Direito Processual do Trabalho Instituto: Desistência da ação Previsão Legal: Art. 841 da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: Não havia previsão legal expressa acerca da desistência da ação, aplicando na época os dispositivos do CPC. O art. 841, §3º da CLT prevê expressamente que a desistência da ação, após a apresentação da defesa, que pode ser inclusive a eletrônica, dependerá do consentimento do reclamado, pois apesar do momento em que o réu apresenta a defesa, passa o mesmo a ter direito ao julgamento de mérito. A desistência da ação pelo autor seguirá as seguintes normas: Até a apresentação da defesa: pode ser requerida a desistência, que independe do consentimento do réu. Após a apresentação da defesa: dependerá do consentimento do réu, que pode negar o pedido e determinar a continuação do processo. Disciplina: Direito Processual do Trabalho Instituto: Defesa do reclamado Previsão Legal: Art. 847 da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: O art. 847 da CLT previa tão somente a defesa oral, em até 20 minutos, apesar de na prática a defesa sempre ter sido entregue de forma escrita. A CLT foi alterada em seu art. 847 para prever a possibilidade da defesa ser apresentada de forma oral, em até 20 minutos, ou por escrito, encaminhada antes da audiência pelo sistema informatizado. A defesa pode ser apresentada das seguintes formas e nos seguintes prazos: Defesa oral, em até 20 minutos, NA AUDIÊNCIA. Defesa escrita, apresentada ANTES DA AUDIÊNCIA, pelo sistema informatizado. Disciplina: Direito Processual do Trabalho Instituto: Preposto Previsão Legal: Art. 843 da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: O preposto, pelo entendimento do TST, em sua Súmula nº 377, tinha que ser empregado, com algumas situações excepcionais. O preposto não precisa ser empregado, podendo ser qualquer pessoa que tenha conhecimento dos fatos. Sobre o preposto, atenção especial: Pode ser qualquer pessoa (contador, estagiário, etc). Deve possuir conhecimento dos fatos, não precisater presenciado os fatos. As declarações do preposto obrigam o proponente. Disciplina: Direito Processual do Trabalho Instituto: Audiência Previsão Legal: Art. 844 da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: Previa o art. 844 da CLT que a ausência injustificada do reclamante acarreta o arquivamento do processo e condenação ao pagamento de custas processuais. O dispositivo passa a prever que o reclamante pode justificar a sua ausência à audiência no prazo de 15 dias, isentando o mesmo da condenação ao pagamento das custas processuais, cujo pagamento passa a ser obrigatório para o reajuizamento da ação. A ausência do reclamante continua a gerar o arquivamento do processo e condenação ao pagamento das custas processuais, mas o reclamante possui 15 dias para justificar a ausência. Caso queira ajuizar novamente a ação, deverá pagar as custas processuais. Disciplina: Direito Processual do Trabalho Instituto: Revelia Previsão Legal: Art. 844 da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: A ausência do reclamado importa a revelia, conforme art. 844 da CLT, trazendo por conseqüência a presunção de veracidade dos fatos afirmados na petição inicial. O dispositivo continua a prever revelia, com a presunção de veracidade, mas incorporou informações que antes constavam apenas no CPC, introduzindo o §4º que trata de hipóteses em que não teremos os efeitos da revelia, sendo que as principais situações são: apresentação de defesa por outro reclamado, direitos indisponíveis, ausência de documento considerado necessário para a prova, etc. Além disso, o §5º afirma que a contestação e os documentos serão aceitos caso o Advogado esteja presente. Sobre o tema, devem ser lembradas as seguintes informações: A ausência do reclamado gera a revelia; A revelia induz a presunção de veracidade dos fatos afirmados na petição inicial. Não haverá tal presunção nas hipóteses do §4º. A contestação e documentos apresentados pelo Advogado serão aceitos caso o Advogado esteja presente, conforme §5º. Disciplina: Direito Processual do Trabalho Instituto: Desconsideração da personalidade jurídica Previsão Legal: Art. 855-A da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: O procedimento para desconsideração da personalidade jurídica, prevista no art. 133 a 137 do CPC, já era aplicável ao processo do trabalho por determinação da IN 39/16 do TST, mas não havia previsão legal expressa na CLT. O art. 855-A da CLT determina expressamente o procedimento previsto no CPC, afirmando que os artigos 133 a 137 daquele código devem ser seguidos pelo Juiz do Trabalho. A CLT vai além e trata da possibilidade de interposição de recurso da decisão que julga o incidente, sendo este o princípio ponto a ser lembrado para as provas de Atenção para a possibilidade ou não de interposição de recurso contra a decisão que julga o incidente de desconsideração. Vejamos: Decisão no processo de conhecimento: não cabe qualquer recurso, por tratar-se de decisão interlocutória. Decisão no processo de processo do trabalho. execução: cabe o recurso de agravo de petição, previsto no art. 897 “a” da CLT. Decisão proferida no Tribunal pelo Relator: cabe o recurso de agravo interno, previsto no art. 1.021 do CPC e Súmula nº 435 do TST. Disciplina: Direito Processual do Trabalho Instituto: Liquidação de sentença Previsão Legal: Art. 879 da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: A liquidação de sentença por cálculos, prevista no §2º do art. 879 da CLT, que permitia a homologação dos cálculos com ou sem intimação das partes, ou seja, havia a faculdade de intimação, sendo que a manifestação das partes era no prazo de 10 dias. Duas alterações profundas foram realizadas no §2º do art. 879 da CLT. O primeiro sobre a intimação obrigatória das partes. Não há a faculdade de intimação. Outra, sobre o prazo de manifestação, que foi reduzido para 8 dias. Na liquidação por cálculos, temos que: A intimação das partes passou a ser obrigatória; O prazo de manifestação passou a ser de 8 dias. Disciplina: Direito Processual do Trabalho Instituto: Execução Trabalhista Previsão Legal: Art. 878 da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: A execução trabalhista, nos termos do art. 878 da CLT, podia ser iniciada de ofício sempre pelo Juiz. A execução trabalhista somente pode ser iniciada de ofício pelo Juiz do Trabalho quando a parte estiver sem Advogado, ou seja, com o jus postulandi. Se a parte estiver representada por Advogado, o profissional deve requerer o início da execução. O ponto de atenção é sobre a possibilidade do Juiz do Trabalho não poder iniciar a execução quando a parte estiver representada por Advogado. Disciplina: Direito Processual do Trabalho Instituto: Garantia da execução Previsão Legal: Art. 882 da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: A garantia do Juízo ocorria com o depósito da quantia ou com a nomeação de bens à penhora. A garantia do juízo pode se dar por depósito da quantia, por nomeação de bens ou por apresentação de seguro- garantia judicial. O valor que vai garantir o juízo, por depósito da quantia, por apresentação de seguro-garantia ou nomeação de bens deve levar em consideração o valor principal + atualização do valor + despesas processuais. Disciplina: Direito Processual do Trabalho Instituto: Protesto da decisão judicial Previsão Legal: Art. 883-A da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: Não havia previsão legal na CLT acerca do protesto da decisão judicial. A CLT agora prevê a possibilidade de apresentação do protesto judicial, gerando a inscrição do nome do devedor O protesto da decisão judicial somente pode ocorrer após o trânsito em julgado e depois de 45 dias após a citação do em órgãos de proteção ao crédito e no BNDT (Banco Nacional de devedores trabalhstas) depois de 45 dias após a citação do executado, se não houver garantia do juízo. executado, se não houver garantia do juízo. Havendo a garantia, não é possível o protesto e os registros a que alude o art. 883-A da CLT. Disciplina: Direito Processual do Trabalho Instituto: Embargos à execução Previsão Legal: Art. 884 da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: Não havia a dispensa de garantia do juízo para qualquer ente, sendo necessário o mesmo para a apresentação dos embargos à execução. O §6º do art. 884 da CLT trouxe a dispensa da garantia do juízo para a apresentação dos embargos à execução para as entidades filantrópicas e ou aqueles que compõem ou compuseram a sua diretoria. Não há dispensa de garantia do juízo para as entidades sem fins lucrativos, mas tão somente para as ENTIDADES FILANTRÓPICAS e os membros da diretoria. Disciplina: Direito Processual do Trabalho Instituto: Recurso de Revista – transcendência Previsão Legal: Art. 896-A, §1º da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: Não havia previsão legal acerca dos conceitos de transcendência, que já era considerado um pressuposto de admissibilidade para o recurso de revista. A reforma trabalhista incluiu o art. 896-A §1º da CLT tratando dos conceitos das diversas espécies de transcendência previstos em lei e que devem ser demonstrados para a admissibilidade dos recursos de revista. Vejamos: Transcendência Econômica: elevado valor da causa. Transcendência social:discussão sobre direitos previstos no art. 7º da CF. Transcendência jurídica: existência de nova interpretação sobre a legislação trabalhista. Transcendência política: violação de súmulas dos tribunais superiores (TST e STF). O principal em relação ao tema é lembrar dos conceitos de transcendência (política, jurídica, social e econômica), verificando no caso concreto qual está presente. Disciplina: Direito Processual do Trabalho Instituto: Depósito Recursal Previsão Legal: Art. 899 da CLT Antes da Reforma: Após a Reforma: Ponto de ATENÇÃO: O depósito recursal era realizado por meio da Guia GFIP (Súmula 426 do TST), sendo depositado na conta de FGTS do empregado, sendo corrigido de acordo com a atualização do FGTS, não havendo previsão de pagamento pela metade. O Diversas foram as alteração promovidas pela reforma trabalho, como a sua realização por depósito judicial, em conta à disposição do juízo, sendo o valor corrigido pelos índices da poupança, podendo ser substituído por fiança bancária Os principais pontos de atenção são os seguintes: Não mais se utiliza a Guia GFIP, mas guia de depósito judicial normal. O valor ficará em conta judicial à disposição do juízo. depósito tinha que ser realizado em dinheiro. ou seguro-fiança judicial. Além disso, os §9º e 10 prevêem o pagamento pela metade, bem como as hipóteses de isenção. A correção dos valores seguirá os índices da poupança. Os entes previstos no §9º realizam o depósito pela metade, como empregadores domésticos, MEI, entidades sem fins lucrativos, microempresas, etc. Os entes que estão isentos constam no §10, dentre eles, as entidades filantrópicas, beneficiários da justiça gratuita e empresas em recuperação judicial.
Compartilhar