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ART.331 CP - RESUMO

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DESACATO – ART. 331 DO CÓDIGO PENAL 
Núcleo do tipo ou conduta: vem expressa no verbo desacatar, que significa desrespeitar, desprestigiar, ofender, humilhar o funcionário público no exercício de sua função. 
Bem jurídico protegido: o bem jurídico protegido é a Administração Pública, no que diz respeito à dignidade e decoro devidos aos seus agentes no exercício de suas funções. 
Sujeito ativo: pode ser qualquer pessoa. 
Sujeito passivo: é o Estado; secundariamente, o funcionário público que sofre o desacato. 
Elemento subjetivo: é o dolo, que deve abranger o conhecimento da qualidade de funcionário público do sujeito passivo. 
Classificação doutrinária: crime de ação livre, comum, monossubjetivo, instantâneo, unissubsitente (o iter criminis não comporta fracionamento, salvo se praticado por escrito) ou plurissubsistente (por escrito), formal, comissivo (podendo, no entanto, ser praticado via omissão imprópria), transeunte em regra. 
Consumação: o delito se consuma com o efetivo ato de ofensa. A ofensa deve ser irrogada na presença do funcionário público. 
Crime formal ou de consumação antecipada: independe, para a consumação, de o sujeito passivo se sentir ofendido. 
Tentativa: Afirma Rogério Greco (2016) que depende da forma como o delito é praticado, será possível o reconhecimento da tentativa. No entanto, André Estefam (2011) assinala que não se admite tentativa por se tratar de um crime unissubsistente.
Ação penal: a ação penal é de iniciativa pública incondicionada. 
Casos de embriaguez e desacato: tudo o que é aplicado no delito de resistência em relação a embriaguez, aplica-se ao crime de desacato. A jurisprudência reconhece que em caso de embriaguez e de uso de droga não impedem a caracterização do crime, salvo se decorrente de caso fortuito ou força maior (TJRS, Rcr 71002686715, DJERS 20/08/2010). 
Indignação e desacato: leciona Rogério Greco (2016) que o simples fato de demonstrarmos a nossa indignação com determinadas atitudes administrativas não importa em desacato. 
Qual é a diferença entre desacato e injúria contra funcionário público? Se o fato for cometido na presença do funcionário, há crime de desacato (é fundamental que o ofendido se encontre a uma distância suficiente para ouvir ou perceber diretamente a desonra). Quando a ofensa for irrogada sem que a vítima se encontre presente, há injúria (cuja consumação se dará quando ele tomar conhecimento do fato). Assim, por exemplo, dá-se o delito contra a honra quando a ofensa é proferida via telefone (Art. 140 do CP c/c 141 II do CP).
A ofensa proferida contra vários funcionários públicos, no mesmo contexto, enseja concurso formal? 
Não. Trata-se de crime único (embora a conduta seja mais grave e, portanto, merecedora de reprimenda proporcionalmente mais severa), porquanto o sujeito passivo é o Estado. Rogério Greco assevera (2016) que o número de funcionários desacatados devem ser considerados para efeitos de aplicação da pena.

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