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Resumo Cap 7 Terraplanagem

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Capítulo 07 – Terraplenagem
Terraplenagem: pode ser definida como todo ato intencional de configuração de um terreno consistindo basicamente no movimento de material encontrado no local das obras como solos e rochas sendo que para tanto pode-se faze uso dos seguintes processos: escavação, carga, transporte, descarga e, compactação. É ela que dá a forma da estrada através dos cortes e aterros.
	
	
	
	
	Serviços Preliminares
	Desmatamento e Limpeza
	
	
	Destocamento
	
	
	
	
	Obras de Arte Corrente
	Bueiros
	
	
	Drenos
	
	
	
	Terraplenagem
	
	Escavação
	
	Terraplenagem
	Carga
	
	
	Transporte
	
	
	Descarga e Espalhamento
	
	
	Compactação
	
	
	
	
	
	Valetas de Proteção
	
	Serviços Complementares
	Sarjetas
	
	
	Proteção de Corte
	
	
	
O reconhecimento dos materiais pode ser feito através de furos de onde retiramos amostras para posterior classificação, ou modernamente, com a utilização de metodologias oriundas da prospecção de petróleo onde se utilizam ondas sísmicas resultantes de abalos provocados por explosões e captados por sensores apropriados. Para abertura dos furos podemos utilizar pá e picareta, trados manuais ou mecânicos, ou ainda perfuratrizes rotativas. 
Expansão volumétrica ou empolamento: É o aumento volumétrico do material após ser retirado de sua situação inicial de compactação natural. Quando escavamos o material, soltamos suas partículas, aumentando o volume de vazios. Quando o compactamos posteriormente, podemos alcançar um grau de compactação superior à sua condição inicial. Assim, normalmente encontramos o caso onde 1 m3 de solo natural, ao ser transportado, devido ao empolamento, passa a ter um volume de superior a 1 m3, ao ser compactado vem a apresentar um volume inferior a 1 m3 mas sempre com o mesmo peso inicial. 
Compactabilidade: A princípio, como vimos, todo material possui um grau de compactação quando em seu estado natural, quando solto e após sua compactação mecânica. A compactabilidade é a capacidade de um material sofrer adensamento, com conseqüente aumento de seu peso específico e diminuição de seus volumes de vazios.
Princípios básicos: 
Tempo de ciclos: o tempo total que um equipamento consome para efetuar um ciclo completo de suas tarefas. É o tempo total necessário para carregar, transportar, despejar e retornar para novo carregamento. Este tempo é determinante, portanto, na produção de um equipamento, já que ele determina o número de viagens que podem ser alcançadas em uma hora e pode ser dividido em tempo fixo e tempo variável. Tempo fixo: é o tempo necessário para que o equipamento carregue o material, descarregue, faça a manobra de retorno, acelere e desacelere. É muito fácil de ser medido, possui pouca variação e já vem até tabelado para cada equipamento, conforme podemos ver no quadro 7.2, a seguir. Tempo variável: depende de diversos fatores e é característico para cada serviço, e condições locais, como, aderência da vias, distância a ser percorrida, velocidade de operação do veículo, etc.. Embora possa ser medido quando da operação do equipamento, este tempo pode também ser calculado antecipadamente, o que é muito importante para a determinação do custo da obra.
Características dos equipamentos: Geralmente, os fatores importantes a serem conhecidos dos equipamentos são: seu peso, potência e capacidade, sendo fornecidos pelos fabricantes ou tabelados e disponíveis na literatura.
Condições da via: Para os equipamentos de terraplenagem, o fator mais importante é o peso próprio do equipamento e o peso do material, pois são eles que definirão a potência necessária. Este peso será deslocado pelas vias de forma mais fácil ou custosa conforme sua conformação, sempre tendo que vencer as resistências advindas da via. Estas resistências são: resistência ao rolamento e resistência de rampa.
Influencia do material a ser transportado: O material é o fator principal na escolha do equipamento de terraplenagem. Dele precisamos saber características como peso, volume, resistência a desagregação, umidade, etc.
Eficiência: A eficiência da produção de um equipamento de terraplenagem é definida pela razão entre o tempo realmente trabalhado e o tempo disponível. Esta razão não chega a 1,00, pois existe o cansaço do operador, a manutenção do equipamento, esperas, etc.
Potência dos equipamentos: Quando nos referimos ao termo potência pode-se encontrar várias diferenciações que são importantes. A seguir as estudaremos:
Potência é a energia em ação, o trabalho realizado em determinado período de tempo, sendo normalmente utilizada como unidade de medida o cavalo-força ou HP.
Potência disponível é aquela potência que o equipamento realmente pode fornecer para a execução do trabalho já descontando as resistências internas.
Potência usável é aquela que o usuário pode utilizar na prática, dentro de todas as limitações locais, como resistência de rampa e de rolamento.
A potência nominal do motor é que indica a capacidade de uma máquina executar trabalho a uma determinada velocidade, sendo medida em HP.
Equipamentos de Terraplenagem: Os equipamentos utilizados em terraplenagem são aqueles com capacidade de escavar, transportar, espalhar ou compactar os materiais, podendo ser analisados segundo as seguintes características:
Esforço trator que é a força disponível na barra de tração ou nas rodas motrizes;
Velocidade que vai influenciar diretamente na produção do equipamento;
Aderência que vai permitir ao equipamento evitar que patine sobre os terrenos, desperdiçando energia;
Flutuação que permite ao equipamento deslocar-se sobre terrenos de baixa capacidade de suporte sem afundar;
Balanceamento que permitirá ao equipamento boas condições de equilíbrio e distribuição do peso
Descrição dos equipamentos: unidades escavo-empurradoras: São aquelas que possuem uma lâmina, capaz de escavar e empurrar o material a curtas distâncias. As lâminas possuem vários formatos e são geralmente móveis de forma a podermos variar seu angulo em relação ao eixo longitudinal do trator. Unidades escavo-transportadoras (scrapers): podem ser rebocados por outro equipamento ou possuírem sua própria fonte de potência, quando são chamados de “Motoscrapers”. Executam operações de escavação, carga, transporte e descarga de materiais de consistência mole ou média, em médias distâncias. Unidades escavo-carregadeiras: Escavadeiras: possuem geralmente na frente, uma caçamba que escava e transporta o material. O braço que suporta a caçamba e a liga com o equipamento é predominantemente horizontal. Carregadeiras: Também possuem uma caçamba, mas os braços articulados são posicionados na vertical. A caçamba pode ainda estar presa por correntes a uma lança comprida, sendo arrastada durante o processo de carregamento. Unidades aplainadoras: mais conhecidas por motoniveladoras são equipamentos utilizados no acabamento da terraplenagem devido a sua grande mobilidade e precisão de sua lâmina de corte. Unidades transportadoras: a utilização das unidades transportadoras é feita para grandes distâncias, quando o uso de empurradores ou escavo-transportadores deixa de ser econômico. Podemos encontrar os seguintes tipos de equipamentos de transportes: caminhões fora de estrada, caminhões basculantes, vagões, etc. Unidades compactadoras: A estes equipamentos cabe a tarefa de compactação dos solos através do uso de seu peso próprio ou de energia vibratório aplicada a materiais granulares. A escolha do tipo de compactador é feita em função do material a ser adensado, que podem ser: rolo liso, pé de carneiro, de pneus, vibratórios, combinados e especiais. Unidades escavo-elevadoras: São equipamentos cujo ciclo de operação é contínuo, ao contrário do que acontece com equipamentos similares como os escavo carregadores. Neles enquanto o equipamento vai se deslocando existe a escavação e o material retirado é transportado por correias até o equipamento de transporte. 
Manutenção dos equipamentos:a importância da implantação de uma manutenção adequada, que contemple todos os equipamentos, com intervenções de caráter preventivo e corretivo. Manutenção preventiva: é a intervenção deve ocorrer em horas e dias programados, e se destinada a prevenir defeitos, corrigir vazamentos ou substituir peças ou conjuntos, cuja vida útil está por vencer. Manutenção corretiva: é aquela que ocorre quando da quebra do equipamento. A obra deve estar equipada para resolver com rapidez esta interrupção através da sua estrutura de oficina (pessoal e ferramental), do almoxarifado de peças, ou do setor de aprovisionamento.
DESMONTE DE ROCHAS: 
Equipamentos de perfuração; O processo de desmonte é feito, simplificadamente, através das operações de perfuração, colocação dos explosivos, detonação e carregamento. Após isto o material é levado aos britadores onde lhe será dada a granulometria desejada ou usado na forma que resultou da explosão, como matacões, nos aterros. Os equipamentos utilizados na perfuração são as perfuratrizes. 
Explosivos: são capazes de liberar altas energias em curo espaço de tempo, o que é chamado de explosão. O resultado esperado destas explosões é a fratura dos maciços de rochas em partes menores capazes de serem manipuladas pelas carregadeiras e depois transportadas para seu uso final. A escolha dos explosivos deve considerar: A dureza da rocha; Tipo da rocha (metamórfica, sedimentar, etc.); Presença de água; Fissuração do maciço; Posição no furo; Custo; Diâmetro do furo. Carregamento dos explosivos: é a introdução dos explosivos dentro dos furos, conforme definido em um projeto denominado plano de fogo. Este carregamento pode ser feito tanto manualmente quanto com o auxílio de equipamentos apropriados denominados carregadores.
Desmonte de rochas: é sempre feito a céu aberto através de cortes verticais do maciço que podem tomar forma de diversos “degraus”, caso a altura assim o exija. A determinação das alturas das bancadas é feita com base no comprimento dos equipamentos de perfuração. As bancadas são compostas por três elementos: 
O plano de fogo definirá como perfurar e carregar o maciço, fornecendo as seguintes informações para a execução das bancadas:
Afastamento dos furos (V);
Espaçamento dos furos (E);
Diâmetro dos furos;
Profundidade da furação;
Inclinação da face da bancada;
Altura da bancada;
Carregamento;
Tampão.
Figura 7.16 – Bancadas múltiplas com seus elementos
Bancadas
 Topo
 Praça
 Face

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