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A Ocitocina e Suas Aplicações

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Aluna: Mariana Patrício de Oliveira - mariianinha89@gmail.com 
Orientador: Edson Negreiros dos Santos - ednegreiros@terra.com.br Página 1 
 
 
A OCITOCINA E SUAS INÚMERAS APLICAÇÕES 
 
Mariana Patrício de Oliveira 
Aluna do Curso de Especialização em Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica da Pontifícia 
Universidade Católica de Goiás & Instituto Pharmacológica 
Orientador: Edson Negreiros dos Santos 
 
RESUMO 
O objetivo do presente estudo foi relatar aspectos gerais sobre a ocitocina, um “neuropeptídeo 
social” que vem sendo conhecido como o hormônio dos bons relacionamentos; seus possíveis 
papéis no controle das interações sociais como auxiliar no tratamento do autismo e 
esquizofrenia; atuação no humor e expressão das emoções, além de seu papel na sexualidade. 
São comumente descritas as ações periféricas da ocitocina, como a produção de contrações da 
musculatura lisa no momento do parto e na ejeção do leite durante a amamentação. A atual 
proposta é de investigar suas ações centrais, onde trabalhos revelaram que níveis plasmáticos 
deste hormônio encontraram-se elevados durante a relação sexual e diminuídos em quadros de 
depressão. O método utilizado para a realização do levantamento dos dados foram artigos 
científicos, encontrados na internet através da base de dados Scielo, Medline, Pubmed e 
outros. Tornou-se mais visível após a realização desta revisão, a importância da ocitocina em 
sua atuação central, responsável por suas inúmeras aplicações. 
Palavras-chave: Ocitocina; Emoção; Sexualidade. 
 
ABSTRACT 
The goal of this study was to report on the general aspects of oxytocin, a "social 
neuropeptide" that has been known as the hormone of good relationships; their possible roles 
in the control of social interactions as help in treatment of autism and schizophrenia, mood 
and performance in expression of emotions, and their role in sexuality. They are frequently 
described the actions of peripheral oxytocin, as the production of smooth muscle contractions 
of during childbirth and milk ejection during lactation. The current proposal is to investigate 
their central actions, where work has shown that plasma levels of this hormone found to be 
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high during sexual intercourse and reduced in patients with depression. The method used to 
conduct the survey data were scientific papers, found on the internet through sites Scielo, 
Medline, Pubmed and others. Became more visible after the completion of this review, the 
importance of oxytocin in their central performance, responsible for it is numbers 
applications. 
Keywords: Oxytocin; Emotion; Sexuality. 
 
1. INTRODUÇÃO 
A ocitocina é o neuropeptídeo mais abundante no hipotálamo, sendo muito 
conhecido em espécies de mamíferos devido aos efeitos característicos periféricos que 
promove e sua importante contribuição na propagação do ciclo da vida, de acordo com o 
esquema representando pela Figura 1: 
 
 
 
Figura 1 
Nota: Um ciclo de vida simples ilustra inúmeros pontos susceptíveis de atuação e aplicação da 
ocitocina nos comportamentos e na fisiologia para facilitar a propagação das espécies. 
Fonte: Heon et al. 2009 
 
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Uma de suas primeiras funções descobertas foi a facilitação de contrações do 
músculo liso do útero no momento do parto e a ejeção de leite durante a lactação. Desde 
então, este hormônio esta sendo encontrado para regular o comportamento maternal e para 
ajudar na formação de laços sociais (SHELDRICK E FLINT, 1985; GIMPL E 
FAHRENHOLZ, 2001). 
Pesquisas realizadas sugerem que a ocitocina está intimamente relacionada com a 
vasopressina (hormônio humano secretado em casos de desidratação e queda da pressão 
arterial) desempenhando um importante papel no desenvolvimento da cognição normal, no 
comportamento social e atuando indiretamente ocasionando uma ação antiestressora 
(CARTER et al. 1992; INSEL E HULIHAN, 1995; INSEL et al. 1999; DACOME & 
GARCIA, 2008). Além disso, este neuropeptídeo também foi encontrado recentemente 
contribuindo para a diminuição de respostas do estresse e ansiedade em interações sociais 
(NEUMANN et al. 2000; BALE et al. 2001). 
Assim como a ocitocina, a vasopressina também está envolvida no funcionamento do 
reconhecimento social e a infusão de vasopressina no cérebro pode prolongar a duração da 
memória de reconhecimento social (LEMOAL et al. 1987). 
Atualmente, destacaram-se os efeitos pró-sociais da administração intranasal de 
ocitocina em humanos, incluindo o aumento da confiança, diminuição da ativação da 
amígdala para o medo, estímulos indutores de reconhecimento e melhoria de sinais sociais 
(KIRSCH et al. 2005; GUASTELLA et al. 2008). Isto vem gerando um enorme interesse no 
papel deste neuropeptídeo em diversas psicopatologias humanas, como o autismo, a 
esquizofrenia e a fobia social (SCHULKIN et al. 2003; HOLLANDER et al. 2007). 
De acordo com Landgraf & Neumann (2004), receptores para este neuropeptídeo 
estão distribuídos em várias regiões do cérebro, incluindo regiões límbicas tais como o 
hipotálamo e a amígdala, os quais recebem várias inervações vias ocitocinérgicas, regiões que 
estão envolvidas na produção de emoções (HUBER et al. 2005; DACOME & GARCIA, 
2008). 
O presente trabalho tem como objetivo relatar os diversos papéis desempenhados 
pela ocitocina em sua atuação central, tais como: aumento das interações sociais no autismo e 
esquizofrenia, melhora da satisfação nas relações sexuais e auxilio nas neuroadaptações. Além 
de suas características gerais, possíveis mecanismos de ação e formas de administração. Com 
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estas considerações, partimos para um breve e abrangente estudo de revisão sobre os efeitos 
deste hormônio. 
 
2. METODOLOGIA 
O presente trabalho constitui-se de uma revisão bibliográfica, onde foi realizada 
consultas em diversos bancos de dados online, tais como Scielo, Medline e Pubmed. 
 
3. DESENVOLVIMENTO 
 
3.1. Características gerais 
A Ocitocina é um hormônio nonapeptídeo sintetizado a partir de neurônios do núcleo 
paraventricular (PVN) e supra-óptico (SON) do hipotálamo e posteriormente armazenado na 
neuro-hipófise (SWAAB et al. 1975; VANDESANDE & DIERICKX, 1975; ROSSONI et al. 
2008). Sendo processada a partir de sua forma precursora, em conjunto com a proteína de 
transporte, ao longo da projeção axonal para a pituitária posterior, a partir da qual o peptídeo é 
secretado para a circulação sistêmica (BROWNSTEIN et al. 1980). 
Além disso, os receptores de ocitocina estão amplamente distribuídos por todo o 
sistema nervoso central, influenciando muitas funções neurocomportamentais (MCCARTHY 
& ALTEMUS, 1997). É composta por nove aminoácidos (Cys-Tyr-Ile-Gln-Asn-Cys-Pro-Leu-
GlyNH2) com uma ponte de enxofre entre as duas cisteínas. A estrutura da ocitocina é muito 
semelhante a do outro nonapeptídeo, a vasopressina (AVP), a qual difere da ocitocina por dois 
aminoácidos (CALDWELL et al. 2008). 
Atualmente, a ocitocina é conhecida por apresentar apenas um receptor(Oxtr), ao 
contrário da vasopressina que apresenta pelo menos três subtipos diferentes. O Oxtr pertence 
à rodopsina que esta acoplada a proteína da família (GPCR) (GIMPL E FAHRENHOLZ, 
2001; CALDWELL et al. 2008). 
Muitos trabalhos têm sido realizados para a criação de agonistas e antagonistas 
(ambos os peptídeos e as moléculas pequenas) com especificidade para o receptor de 
ocitocina e pouca ou nenhuma atividade nos receptores da vasopressina (MANNING et al. 
2008). Dois antagonistas da ocitocina bem conhecidos são atosibano (desamino-[D-Tyr
2
 - (O-
etil)-Thr
4
Orn
8
]-vasotocina) e OVTA (d(CH2)5[Try(Me)
2
Thr
4
Orn
8
Tyr
9
-NH2]-vasotocina). 
Atosiban é clinicamente usado para atrasar o parto prematuro. No entanto, ambos os 
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antagonistas têm uma afinidade pelo receptor da vasopressina (AVPR) (ELANDS et al. 1988; 
AKERLUND et al. 1999; ZINGG E LAPORTE, 2003). 
 
 3.2. Ocitocina no autismo e esquizofrenia 
Sabe-se que o autismo é um transtorno neuropsicológico que provavelmente é capaz 
de envolver muitas questões genéticas e ambientais, caracterizado por relações sociais 
anormais, incluindo a interação prejudicada e comunicação, assim como alterações de 
comportamentos. Transtornos do espectro autista são rotulados como distúrbios de 
desenvolvimento, e podem incluir outras desordens médicas, tais como retardamento, 
convulsões e problemas psicológicos, como ansiedade elevada. Além disso, esses transtornos 
característicos do indivíduo autista são tipicamente caracterizados por fenótipos que 
promovem além de interrupções no convívio social, uma série de prejuízos nas habilidades 
comunicativas (CARTER et al. 1995; FOMBONNE, 2005). 
Recentemente, atenções foram direcionadas para a determinação das causas 
subjacentes de desordens do autismo e afins. A relação positiva entre ocitocina e formação de 
laços sociais em estudos com animais têm levado muitos a acreditar que este neuropeptídeo 
pode desempenhar um papel auxiliar no tratamento do autismo (HAMMOCK E YOUNG, 
2006). 
No entanto, além do autismo, alguns prejuízos no funcionamento social são comuns 
também na esquizofrenia. Estudos têm sugerido que pacientes com esquizofrenia são 
prejudicados em reconhecer as emoções. Recentemente, tem sido demonstrado que este 
“neuropeptídeo social” pode trazer efeitos benéficos em comportamentos sociais e têm 
demonstrado através destes, um aumento da percepção das expressões emocionais na 
esquizofrenia e parentes de primeiro grau não afetados pela doença também pareceram 
demonstrar alterações nessa percepção, embora seja em menor grau. Além disso, as 
dificuldades na classificação de emoções têm demonstrado contribuir para déficits sociais 
(LIM & YOUNG, 2006; AVERBECK et al. 2011). 
 Embora os dados dos níveis de ocitocina no plasma são consistentes com a hipótese 
de que as perturbações no sistema deste hormônio contribuem para o fenótipo social e 
comportamental do autismo, também é plausível que estas diferenças em níveis de ocitocina 
podem ser uma consequência de alteração no processamento cognitivo em pacientes autistas. 
O autismo também pode ser caracterizado por alterações cognitivas em geral, modificando o 
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processamento sensorial e também cortical, os quais são provavelmente independentes de 
ocitocina e vasopressina. Alterando o processamento cerebral de estímulos sociais, pode-se 
realmente impedir a ativação normal dos sistemas de ocitocina e vasopressina resultando em 
diminuição das concentrações plasmáticas (ELIZABETH et al. 2006). 
Um estudo realizado por pesquisadores do Laboratório de Neuropsicologia do 
Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA, demonstrou os efeitos positivos da 
administração de ocitocina (24UI por dia via intranasal) sobre o desempenho do 
reconhecimento de emoção em um grupo contendo 21 pacientes com esquizofrenia (todos 
homens) que preenchiam os critérios do Diagnostic and Statistical Manual of Mental 
Disorders, 4ª edição para a esquizofrenia. Os resultados deste estudo sugeriram que a 
ocitocina pode ter efeitos benéficos sobre o reconhecimento da emoção, a qual representa um 
déficit bem característico desta população clínica avaliada, o que pode trazer impacto sobre os 
sintomas em longo prazo, visto que as diferenças foram evidentes após 3 semanas de 
tratamento e contribuíram para a melhor interação social dos pacientes com esquizofrenia 
(AVERBECK et al. 2011). 
 
3.3. Ocitocina no prazer sexual 
De acordo com Dacome & Garcia (2008), acredita-se que a ocitocina em associação 
com outros hormônios ou neurotransmissores é capaz de promover em situações de grande 
excitabilidade fisiológica no sistema nervoso central, semelhante ao que acontece em uma 
relação sexual de maneira positiva e adaptativa, uma ação protetora na regulação da 
intensidade e duração desse estado de excitabilidade, além das ações centrais da ocitocina 
relacionadas à reprodução e comportamento sexual serem fortemente dependentes de 
esteróides. Dentre os esteróides sexuais mais importantes temos: a testosterona no homem e o 
estrogênio e progesterona na mulher. 
Estudos realizados em humanos mostraram que nos homens a ocitocina pode ser 
encontrada no corpo cavernoso e epidídimo do pênis indicando que a ligação dela nesta região 
pode afetar a contratilidade e posteriormente a ejaculação (FILIPPI et al. 2003; VIGNOZZI et 
al. 2004). Os níveis plasmáticos deste hormônio podem aumentar durante as relações sexuais 
no orgasmo, principalmente nos homens (CARMICHAEL et al. 1987). Neles, a instilação 
intranasal de ocitocina, promove um aumento significativo deste hormônio no plasma e os 
níveis de epinefrina param por pelo menos cerca de uma hora, e aumenta a auto percepção de 
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excitação durante a masturbação (BURRI et al. 2008). Além disso, um estudo de caso recente 
indica que a ocitocina intranasal administrada durante o coito, pode tratar anorgasmia em 
homens, que é a dificuldade em atingir o orgasmo, mesmo que ocorra o interesse sexual e 
todas as outras respostas satisfatórias para a realização do ato (ISHAK et al. 2008). 
Nas mulheres, a principal utilização médica de tratamento através da ocitocina é de 
promover rapidamente as contrações uterinas. Ela também tem sido utilizada para facilitar a 
amamentação, uma vez que auxilia na descida do leite (CARTER, 2003). 
Um estudo de caso relata que a instilação nasal de ocitocina para estimular a 
amamentação, aumenta a lubrificação vaginal e sentimentos de excitação (SALONIA et al. 
2005). No entanto, estudos mostraram que houve um aumento dos níveis de ocitocina no 
plasma durante a excitação sexual e durante o orgasmo em mulheres (CARMICHAEL et al. 
1987; BLAICHER et al. 1999). 
De acordo com estudo realizado por Carmichael et al. (1987), determinou os níveis 
de alteração da ocitocina plasmática durante as respostas sexuais em humanos. Os níveis deste 
hormônio foram medidos antes, durante e após autoestimulação de orgasmos em homens e 
mulheres normais. Os níveis plasmáticos aumentaram durante a excitação sexual nos homens 
e nas mulherese foram significativamente mais elevados no momento do orgasmo/ejaculação. 
Sugere-se, portanto que o padrão de secreção da ocitocina pode estar relacionado às 
contrações da musculatura lisa do sistema reprodutivo durante o orgasmo. 
 
3.4. Ocitocina na expressão das emoções 
Existe também uma forte evidência de que a ocitocina está envolvida na regulação 
das emoções em seres humanos. Menores níveis deste hormônio no plasma foram relatados 
em humanos com um quadro severo de depressão (SCANTAMBURLO et al. 2007). Os 
níveis são também negativamente correlacionados com o auto relato de sofrimento psíquico, 
incluindo sintomas depressivos (GORDON et al. 2008). 
Este neuropeptídeo pode exercer efeitos sobre a emotividade, agindo dentro da 
amígdala, reduzindo a ativação da mesma em resposta a estímulos vagos e podem aumentar 
os sentimentos de confiança e filiação (BAUMGARTNER et al. 2008; MEYER, 2008). 
Neumann (2007) ainda constatou, por meio do monitoramento de microdiálise 
intracerebral no núcleo supra-óptico e núcleo paraventricular do hipotálamo, que liberações 
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dendríticas de ocitocina ocorrem no interior da amígdala e do septo, regiões do sistema 
límbico, indicando uma relação central do efeito da ocitocina sobre determinadas emoções. 
Segundo Kirsh et al. (2005) a ocitocina também modula a amígdala para respostas a 
estímulos socialmente relevantes, como a expressão das faces. Por exemplo, em situações de 
estresse, como falar diante de um público é um fato pode ocasionar o aumento da sensação de 
estresse, bem como a elevação dos níveis de cortisol (HEINRICHS et al. 2003). 
Ultimamente, pesquisadores começaram a examinar os efeitos da ocitocina no 
reconhecimento social humano, principalmente por meio de testes de reconhecimento de 
faces. Geralmente, este hormônio parece melhorar a memória para os rostos. A ocitocina 
administrada por via intranasal para machos e fêmeas, depois de ver rostos masculinos (com 
expressão de felicidade, raiva ou neutro) melhora significativamente a memória de 
reconhecimento de 30 minutos e 24 horas mais tarde para faces neutras e com raiva 
(SAVASKAN et al. 2008). Da mesma forma, é capaz de aumentar a memória para rostos 
raivosos em machos e fêmeas, sem influenciar o tempo de resposta, indicando que a ocitocina 
pode influenciar no reconhecimento da face nos primeiros estágios de processamento 
perceptual. Em contraste, um estudo realizado anteriormente através dos mesmos relatórios do 
grupo anterior mostrou que quando administrados apenas em machos aumenta a memória 
para rostos previamente observados com expressões felizes, irritados ou neutros 
(GUASTELLA et al. 2009). 
 A capacidade de reconhecer uma mesma espécie é imperativa para determinar a 
resposta adequada a esse indivíduo e a formação de uma "memória social" dos indivíduos é 
vital para a exibição de comportamentos adequados dentro de um grupo social. Para que 
ocorram interações, os comportamentos adequados são muitas vezes de afiliação em natureza, 
o que permite a reprodução de ajustamento do casal e os comportamentos parentais. Quando 
ocorrem interações pelo mesmo sexo, particularmente interações entre machos, os 
comportamentos adequados são na maioria das vezes agressivos por natureza e centrado em 
torno da competição por companheiros e outros recursos. Nas espécies, a ocitocina é 
importante na regulação da formação de memórias sociais, bem como na exibição de 
comportamentos de filiação e agressividade (NEUMANN, 2008; NEUMANN E 
LANDGRAF, 2008). 
 
 
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3.5. Formas de administração 
Em estudo realizado, participantes receberam uma única dose de 24 UI de ocitocina 
(Syntocinon-Spray, Novartis) por via intranasal ou placebo. A administração intranasal teve 
efeito imediato após a introdução no início da experiência (50 min antes da exposição ao 
stress), uma dose de 12 UI foi instilado em cada narina (três borrifadas por narina, cada 
borrifada com 4 UI de ocitocina). Este spray intranasal é amplamente prescrito em mulheres 
que amamentam sendo bem tolerado. Vários estudos foram realizados em seres humanos com 
doses entre 20 e 60 UI, e nenhum efeito secundário adverso têm sido relatado até o momento 
(BRUINS et al. 1992; PITMAN et al. 1993). 
Segundo Hayes e Weinstein (2008), o Synthetic Oxt (conhecido como Pitocin) é 
utilizado para induzir o parto e para ajudar na produção de leite durante a lactação. 
Em estudo mais recente, a ocitocina intranasal foi dada a indivíduos do sexo 
masculino 40 minutos antes da apresentação das faces. Vinte e quatro horas depois, os 
indivíduos tratados com o spray nasal apresentaram melhor memória para faces vistas no dia 
anterior, sem influência sobre a memória para os vistos anteriormente (RIMMELE et al. 
2009). 
Alternativamente, os estudos sobre os efeitos centrais da ocitocina e vasopressina em 
seres humanos saudáveis e em doentes foram realizados com estimulação exógena, ou seja, 
através da administração intranasal (HEINRICHS, 2000). Recentemente estes neuropeptídeos, 
foram mostrados por produzir o fluido cerebrospinal, também conhecido por líquido 
cefalorraquidiano diretamente após administração intranasal (BORN et al. 2002). 
 
4. DISCUSSÃO 
 
Como vimos, a ocitocina está envolvida na regulação de uma grande variedade de 
comportamentos, muitas vezes estes estão interligados, por exemplo, as espécies mais sociais 
tendem a ter relacionamentos monogâmicos e ser biparental (LANDGRAF, 2005; 
CALDWELL et al. 2008). 
Portanto, este hormônio parece afetar especialmente a capacidade de compreender as 
emoções dos outros, ou seja, afeta a empatia. Quando administrado intranasal aumenta a 
quantidade de tempo gasto olhando para a região dos olhos de rostos humanos, bem como a 
probabilidade de recordar uma cara feliz (GUASTELLA et al. 2008). Além disso, também 
melhora a capacidade de inferir o estado mental de outros indivíduos (DOMES et al. 2007). 
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Da mesma forma, atenuou sentimentos de negatividade para rostos condicionados com 
avaliações afetivas negativas, particularmente em rostos com olhar direto. A ocitocina pode 
desta forma, aumentar os sentimentos de confiança e empatia por aumento do olhar e 
compreensão posterior de interações sociais. No geral, esta linha de pesquisa indica que ela 
também aumenta os sentimentos de generosidade, confiança, e pode ajudar na detecção e 
compreensão dos sentimentos dos outros (empatia) (PETROVIC et al. 2008). 
De acordo com estudos de Carmichael (1987), possibilitaram a constatação de altas 
concentrações plasmáticas de ocitocina durante o orgasmo, tanto feminino como masculino, 
essa correlação permite estabelecer uma possibilidade funcional no papel da ocitocina na 
resposta sexual. 
Infusão intravenosa de ocitocina em adultos com autismo reduz significativamente o 
número e gravidade dos comportamentos repetitivos (HOLLANDER et al. 2003), e aumenta a 
capacidade de compreender e lembrar sinais afetivos, tais como: feliz, indiferente, com raiva, 
ou triste (HOLLANDER et al. 2007). Sendo de extrema importância ressaltar que a ativaçãoda amígdala é fundamental para a sinalização de medo (AMARAL, 2003; ADOLPHS et al. 
2005). 
 
5. CONCLUSÃO 
Na atual revisão, detalhamos o papel da ocitocina como um hormônio dos bons 
relacionamentos, atuando em áreas centrais, participando juntamente com outros 
neurotransmissores em uma variedade de comportamentos humanos essenciais, tais como: 
aumento das interações sociais no autismo e na esquizofrenia, melhora da satisfação tanto do 
homem quanto da mulher nas relações sexuais em conjunto com outros hormônios/ 
neurotransmissores, o auxílio na expressão das emoções como a redução da ansiedade, 
estresse e agressividade. Também ressaltamos as suas primeiras funções, chamadas de ações 
periféricas, que são de promover contração uterina durante o parto e a ejeção de leite no 
período da lactação. Além de destacar a importância da amígdala, como principal estrutura 
que compõe o sistema límbico para o reconhecimento dos estímulos sociais e estados 
emocionais. 
Pesquisas recentes têm mostrado que os neuropeptídeos atravessam a barreira 
hematoencefálica após administração intranasal, proporcionando um método útil para o 
estudo dos efeitos da ocitocina no sistema nervoso central em seres humanos (BORN et al. 
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2002). Através deste método, têm sugerido que a ocitocina é um potente modulador no 
processamento do comportamento social em humanos (HEINRICHS & DOMES, 2008). 
As perspectivas de crescimento e aprimoramento em investigações e estudos para as 
diversas aplicações da ocitocina na manutenção de vínculos sociais são grandes e 
promissoras. Esperamos que este trabalho contribua para o desenvolvimento de novas 
intervenções terapêuticas deste hormônio, incluindo desordens de ansiedade, depressão, 
sexualidade, autismo e esquizofrenia. 
 
 
6. REFERÊNCIAS 
 
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