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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR J U Í Z D E DIRE ITO DA 99ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE SALVADOR/BA RECURSO ORDINÁRIO PROCESSO Nº AERODUTO EMPRESA PÚBLICA DE GERANCIAMENTO DE AEROPORTOS, já qualificada nos autos, vem por seu advogado também já qualificado nos autos, vem perante vossa Excelência interpor RECURSO ORDINÁRIO em face da sentença proferida no Juízo a quo a qual julgo integralmente os pedidos autorais, amparado pelas razões a seguir expostas: Nestes termos, requer que seja recebido o presente recurso, após cumpridas as devidas formalidades, que seja remetido ao juízo ad quam a fim de que seja proferido o correto julgamento. Nestes Termos, Pede Deferimento. Petrópolis, __ de ______ de ____. Advogado OAB COLENDO TRIBUNAL REGIONAL DA REGIÃO RECURSO ORDINÁRIO PROCESSO Nº RECORRENTE: AERODUTO EMPRESA PÚBLICA DE GERANCIAMENTO DE AEROPORTOS RECORRIDO: PAULO DA TEMPESTIVIDADE: Cumpre registrar a tempestividade do presente recurso, haja vista, a sentença foi publicada no dia XXXX tendo um prazo de 08 dias, e o presente foi interposto no dia XX, restando demonstrado a regular temporalidade do seguinte instrumento. DAS RAZÕES RECURSAIS: A sentença que merece reforma é a que julgou todos os pedidos da reclamante integrais. DOS FATOS: Paulo foi empregado da microempresa Tudo Limpo Ltda. de 22/02/15 a 15/03/16. Trabalhava como auxiliar de serviços gerais, atuando na limpeza de parte da pista de um aeroporto de pequeno porte. Durante todo o contrato, prestou serviços a Recorrente. Ao ser dispensado e receber as verbas rescisórias, ajuizou reclamação trabalhista em face da empregadora e da tomadora dos serviços, pretendendo adicional de insalubridade porque trabalhava em local de barulho, bem como a incidência de correção monetária sobre o valor dos salários, vez que recebia sempre até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido. Logo, tendo mudado o mês de competência, deveria haver a correção monetária, dado o momento, na época, de inflação galopante. No dia da audiência, a primeira ré, empregadora, fez-se representar pelo seu contador, assistido por advogado. A segunda ré, por preposto empregado e advogado. Foram entregues defesas e prova documental, sendo que, pela Recorrente, foi juntada toda a documentação relacionada à fiscalização do contrato entre as rés, o qual ainda se encontra em vigor, bem como exames médicos de rotina realizados nos empregados, inclusive o autor, os quais não demonstravam nenhuma alteração de saúde ao longo de todo o contrato, além dos recibos do autor de fornecimento de EPI para audição. Superada a possibilidade de acordo, o juiz indeferiu os requerimentos da Recorrente para a produção de provas testemunhal e pericial, consignando em ata os protestos da segunda ré, pois visava, com isso, comprovar que o EPI eliminava a insalubridade. O processo seguiu concluso para a sentença, a qual decretou a revelia e confissão da primeira ré por não estar representada regularmente. Julgou procedentes os pedidos de pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, bem como de incidência de correção monetária sobre o valor do salário mensal pago após a virada do mês. Outrossim, condenou a Recorrente, subsidiariamente, em todos os pedidos, fundamentando a procedência na revelia e confissão da 1ª ré. 1- DO CERCEAMENTO DA DEFESA: Colenda câmara, insta destacar que o juiz de primeira instância ao rejeitar as provas da Recorrente, violou princípio resguardado constitucionalmente de ampla defesa, a qual a Recorrente buscava buscar que sempre fez questão de utilizar equipamentos de proteção EPI, bem como, zelava pelo bem estar de seus contratados realizando exames médicos de rotina, assim, espera pela reforma da sentença pois impossibilitou a ampla defesa da Recorrente. 2- DA RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA: Aqui destaca-se Doto Julgador que o juiz de 1ª instância condenou de forma subsidiária a Recorrente quando na verdade esta não deu causa para tanto, uma vez que, cumpriu com suas responsabilidades fornecendo os EPI’s cruciais para a realização do serviço contrato, bem como, a realização de exames periódicos para assegurar a saúde dos terceirizados, se a 1ª Ré não cumpriu as exigência à Recorrente não pode ser atribuída culpa, sendo a 1ª Ré responsável pelos encargos trabalhistas, fiscais, previdenciários e comerciais da execução do contrato com fulcro no art. 71 da lei 8.666/93 que rege as licitações envolvendo órgãos federativos, como no caso em tela trata-se de empresa pública, como não foi comprovada a conduta culposa da Recorrente a sentença atacada também contrariou a súmula 331, V, TST. 3- DA REVELIA DA 1ª RECLAMADA: Impende citar, que o juízo de 1ª instância ao julgar a revelia da 1ª reclamada não observou o disposto na súmula 377, TST quando aduz sobre a não obrigatoriedade do preposto ser empregado da reclamada, só cabe tal indagação para empregado doméstico ou micro empreendedor. 4- DA IMPOSSIBILIDADE DE FIXAÇÃO DE GRAU MAXÍMO DE INSALUBRIDADE SEM PERÍCIA: Caro julgador, ao condenar a Recorrente ao pagamento do grau máximo de insalubridade o juiz da 1ª instância não observou a necessidade de perícia como dispõe o art. 195 § 2º, CLT também devendo ser reformada a sentença. 5- DA CORREÇÃO MONETÁRIA: Também carece de reforma a sentença prolatada pela 1ª instância no quesito da correção monetária referente ao salário que era pago no quinto dia útil, pois, não contrariou a súmula 381, TST. DOS PEDIDOS: Diante do exposto requer: 1- Seja decretada a nulidade da sentença, tendo em vista ter cerceado a ampla defesa da Recorrente; 2- Se superado o item 1 seja modificada a sentença tendo como base o art. 71 da lei 8.666/93 a qual a Recorrente por se tratar de empresa pública e não deu causa a inexecução do contrato não deve responder subsidiariamente pelos encargos do contrato; 3- Seja afastada à revelia da 1ª Ré, pela inobservância pelo juízo de 1ª instância a sumula 377, TST; 4- Seja reconhecida a impossibilidade de fixação do grau máximo de insalubridade sem prévia perícia; 5- Seja excluída a correção monetária visto o entendimento consagrado da súmula 381m TST. Nestes Termos, Pede Deferimento. Petrópolis, __ de _____ de ____ Advogado OAB
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