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PRÁTICA SIMULADA II. TRABALHO. CASO CONCRETO. SEMANA 11. RECURSO ORDINÁRIO. ESTÁCIO. FIC. 2017

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PRÁTICA SIMULADA II (TRABALHO) 
CASO 11
 XXI EXAME OAB 
Paulo foi empregado da microempresa Tudo Limpo Ltda. de 22/02/15 a 15/03/16. Trabalhava como auxiliar de serviços gerais, atuando na limpeza de parte da pista de um aeroporto de pequeno porte. Durante todo o contrato, prestou serviços na Aeroduto Empresa Pública de Gerenciamento de Aeroportos. Ao ser dispensado e receber as verbas rescisórias, ajuizou reclamação trabalhista em face da empregadora e da tomadora dos serviços, pretendendo adicional de insalubridade porque trabalhava em local de barulho, bem como a incidência de correção monetária sobre o valor dos salários, vez que recebia sempre até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido. Logo, tendo mudado o mês de competência, deveria haver a correção monetária, dado o momento, na época, de inflação galopante. A ação foi distribuída para a 99ª Vara de Trabalho de Salvador. No dia da audiência, a primeira ré, empregadora, fez-se representar pelo seu contador, assistido por advogado. A segunda ré, por preposto empregado e advogado. Foram entregues defesas e prova documental, sendo que, pela segunda ré, foi juntada toda a documentação relacionada à fiscalização do contrato entre as rés, o qual ainda se encontra em vigor, bem como exames médicos de rotina realizados nos empregados, inclusive o autor, os quais não demonstravam nenhuma alteração de saúde ao longo de todo o contrato, além dos recibos do autor de fornecimento de EPI para audição. Superada a possibilidade de acordo, o juiz indeferiu os requerimentos da segunda ré para a produção de provas testemunhal e pericial, consignando em ata os protestos da segunda ré, pois visava, com isso, comprovar que o EPI eliminava a insalubridade. O processo seguiu concluso para a sentença, a qual decretou a revelia e confissão da primeira ré por não estar representada regularmente. Julgou procedentes os pedidos de pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, bem como de incidência de correção monetária sobre o valor do salário mensal pago após a “virada do mês”. Outrossim, condenou a segunda ré, subsidiariamente, em todos os pedidos, fundamentando a procedência na revelia e confissão da 1ª ré.
PEÇA RECURSAL
EXCELENTÍSSIMO JUÍZ DE DIREITO PERTENCENTE À VARA DO TRABALHO Nº 99 DA CIDADE DE SALVADOR/BA
RECURSO ORDINÁRIO
PROCESSO Nº: XX.
Aeroduto Empresa Pública de Gerenciamento de Aeroportos, empresa pública, já qualificada nos autos do processo em epígrafe, vem, respeitosamente, através de seu advogado já devidamente qualificado na espécie, à presença de vossa excelência, demonstrar o inconformismo com a sentença proferida nos presentes autos, a qual julgou integralmente procedentes os pedidos formulados pela Autor, interpor RECURSO ORDINÁRIO, com arrimo no artigo 895, inciso I, do Estatuto Obreiro e amparado nas razões adiante expendidas. 
Nesses termos, requer que seja recebido o presente recurso e, após cumpridas as formalidades de estilo, que seja este remetido para o Colendo Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região, a fim de que este profira seu superior julgamento. 
Espera deferimento.
Cidade, 24 de outubro de 2017.
Advogado
OAB/UF. Nº XXX-XXX
COLENDO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 5ª REGIÃO
RECURSO ORDINÁRIO
PROCESSO Nº: XX.
RECORRENTE: AERODUTO EMPRESA PÚBLICA DE GERENCIAMENTO DE 
 AEROPORTOS
RECORRIDO: PAULO
DA TEMPESTIVIDADE
Cumpre registrar a tempestividade do instrumento recursal aqui utilizado, visto a sentença ter sido publicada na data xx/xx/xxxx, razão pela qual o prazo para interposição do Recurso Ordinário iniciou dia xx/xx/xxxx, findando então dia xx/xx/xxxx, e interposto o presente recurso dia xx/xx/xxxx, por então, resta-se demonstrado a regular temporalidade do seguinte instrumento, conforme interpretação do artigo 895,I, da consolidação das leis trabalhistas.
DAS RAZÕES RECURSAIS
 	Em que pese o reconhecido saber jurídico do douto juízo de primeira instância prolator da sentença ora vergastada, carece de reforma a decisão que julgou procedente os pedidos do reclamante, ante os fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.
DA SÍNTESE DA DEMANDA
O ora recorrido fora empregado da microempresa Tudo Limpo Ltda de 22/02/15 a 15/03/16. Prestava serviço como auxiliar de serviços gerais, atuando na limpeza de parte da pista de um aeroporto de pequeno porte. Durante todo o contrato, prestou serviços na Aeroduto Empresa Pública de Gerenciamento de Aeroportos, tomadora dos serviços, e ora recorrente. 
Ao ser dispensado e receber as verbas rescisórias, o recorrido ajuizou reclamação trabalhista em face da microempresa Tudo Limpo Ltda e da tomadora dos serviços, pretendendo adicional de insalubridade, alegando que trabalhava em local de barulho, bem como a incidência de correção monetária sobre o valor dos salários, vez que recebia sempre até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido. Logo, tendo mudado o mês de competência, deveria haver a correção monetária, dado o momento, na época, de inflação galopante. 
A ação foi distribuída para a 99ª Vara de Trabalho de Salvador. No dia da audiência, a 1ª reclamada fez-se representar pelo seu contador, assistido por advogado. A segunda reclamada, por preposto empregado e advogado. Foram entregues defesas e prova documental, sendo que, pela segunda ré, foi juntada toda a documentação relacionada à fiscalização do contrato entre as rés, o qual ainda se encontra em vigor, bem como exames médicos de rotina realizados nos empregados, inclusive o autor, os quais não demonstravam nenhuma alteração de saúde ao longo de todo o contrato, além dos recibos do autor de fornecimento de EPI para audição. 
Superada a possibilidade de acordo, o juiz indeferiu os requerimentos da segunda ré para a produção de provas testemunhal e pericial, o que fora de logo consignado em ata os protestos da segunda ré, pois visava, com isso, comprovar que o EPI eliminava a insalubridade. O processo seguiu concluso para a sentença, a qual decretou a revelia e confissão da primeira ré por não estar representada regularmente. Julgou procedentes os pedidos de pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, bem como de incidência de correção monetária sobre o valor do salário mensal pago após a “virada do mês”. Outrossim, condenou a segunda ré, subsidiariamente, em todos os pedidos, fundamentando a procedência na revelia e confissão da 1ª ré.
DO CERCEAMENTO DE DEFESA
Colenda câmara, resta-se nítido após simples leitura do resumo fático da presente demanda o injusto cerceamento de defesa que se dera na espécie. Tendo o douto juiz de primeiro grau impossibilitado, de modo completamente injustificado, acrescente-se, que a segunda reclamada, ora recorrente, produzisse prova a fim de confirmar a efetiva entrega dos materiais de proteção EPI ao obreiro, e de que tais instrumentos foram adequados à proteção do trabalhador nos serviços prestados. 
Portanto, à vista da clara afronta aos princípios da ampla defesa e do contraditório, previstos no artigo 5º, LV, da CF, com disposição também nos artigos 7º e 369 do CPC/15, da pertinência da prova testemunhal e pericial requerida com o caso em tela, e do tamanho do prejuízo sofrido pela recorrente, visto ter sido condenada subsidiariamente em todos os pedidos do autor. Requer-se, Excelências, desde logo, a decretação da nulidade da sentença proferida pelo juízo “a quo”, vez que fora claramente prolatada em avilto a preceitos fundamentais de defesa e liberdade processual. 
DA RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA
O douto juízo de primeira instância condenou a recorrente como responsável subsidiária em todos os pedidos do reclamante. Em que pese a indiscutível capacidade analítica e julgadora do MM. Juiz, se faz necessário afirmar que neste ponto também laborou em erro o ínclito magistrado, uma vez que a sua decisão fora proferida em total afastamento com o contexto fático da demanda, e da jurisprudência aplicável em casos análogos.Em sua sentença, o juízo de primeiro grau olvida que a empresa pública Aeroduto, aqui recorrente, demonstrara efetivamente em todo o caminho do feito, o seu zelo e cumprimento integral a todos os termos contratuais que carecem na execução de um contrato administrativo. 
A recorrente, de modo tempestivo, juntou toda a documentação relacionada à fiscalização do contrato, bem como exames médicos de rotina realizados nos empregados da primeira reclamada, sendo inclusive dentre eles o autor, os quais não demonstraram nenhuma alteração de saúde ao longo de todo o contrato. Cumpre ainda registrar a presença nos autos dos recibos subscritos pelo autor sobre o fornecimento de EPI para audição. Visto que o mesmo reclama a indenização por insalubridade, todavia, vê-se que o mesmo sempre dispôs dos equipamentos cruciais de proteção auditiva. E se não os utilizasse, fora por culpa exclusiva do mesmo. Aqui mostra-se atendido o que se detém da súmula 80 do TST, que assim dispõe:
Súmula nº 80 do TST
INSALUBRIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo exclui a percepção do respectivo adicional. 
Ademais, tudo o que fora exposto tanto neste tópico, como em todo o feito, resta-se em consonância ao artigo 71, parágrafo 1º da lei 8.666/93, e a súmula 331, V, do TST, quando aduzem, em suma, sobre a impossibilidade da administração pública, aqui indireta, ser responsável pela inadimplência do contratado em obrigações trabalhistas, fiscais e comerciais, e ainda, quanto àquelas primeiras, o inciso quinto da súmula do TST já referida, firmou entendimento peremptório sobre a reponsabilidade da entidade pública, que somente ocorrerá quando restar-se inequivocamente comprovada a falta de fiscalização, ainda que culposa, no cumprimento das obrigações da lei nº 8.666/93, e nas responsabilidades oriundas do contrato firmado com empresa prestadora de serviço. O que se denota que não ocorrerá uma única vez na espécie. Vejamos então o que diz os regramentos aludidos:
 Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato.
§ 1º A inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis. (Lei nº 8.966/93)
Súmula nº 331 do TST
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE (nova redação do item IV e inseridos os itens V e VI à redação) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011 
I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974). 
 
II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da Administração Pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988). 
 
III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta. 
 
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação processual e conste também do título executivo judicial. 
 
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada. 
 
VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da condenação referentes ao período da prestação laboral.
	Pelo exposto, Excelências, nota-se que a modificação da sentença ora vergastada é medida que se faz extremamente necessária. Por ocasião da força probante de todos os documentos que demonstram a efetiva vigilância e cuidado em que sempre esteve o ente público perante aos empregados da prestadora de serviços contratada, todos devidamente juntado aos presentes autos, mas que foram, ao que parece, notadamente esquecidos pelo juízo de primeiro grau ao proferir sua decisão. Assim, desde logo, passa-se a requerer a exclusão da responsabilidade subsidiária da segunda reclamada, nos termos da fundamentação supra. 
DA REVELIA DA 1ª RECLAMADA
Em razão da aplicabilidade escorreita da lei, mesmo que o fundamento do tópico favoreça a primeira reclamada, faz-se necessário citar que o juízo de primeira instância, ao decretar a revelia da mesma, não se ateve ao mandamento expresso na súmula 377 do TST, quando aduz sobre a não obrigatoriedade de o preposto ser empregado da empresa reclamada, quando se trata de microempresa. O se mostra, então, necessário a reforma quanto a este tópico na sentença atacada. Nesses termos:
Súmula nº 377 do TST
PREPOSTO. EXIGÊNCIA DA CONDIÇÃO DE EMPREGADO (nova redação) - Res. 146/2008, DJ 28.04.2008, 02 e 05.05.2008
Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser necessariamente empregado do reclamado. Inteligência do art. 843, § 1º, da CLT e do art. 54 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. 
DA IMPOSSIBILIDADE DE FIXAÇÃO DE INSALUBRIDADE PELO JUÍZO SEM PERÍCIA PRÉVIA.
Mais uma vez resta-se patente a necessidade de modificação na sentença que se mostra completamente desordenada dos preceitos da lei especial aplicável, levando agora em consideração que o MM. Juiz fixou o grau máximo de periculosidade no caso em tela, quando o mandamento expresso da consolidação das leis do trabalho, exige o laudo técnico elaborado por perito oficial previamente habilitado. 
Assim, não poderia o magistrado arbitrar ex officio qualquer grau de periculosidade em total arrepio da lei pertinente. Assim é expressão do artigo 195, parágrafo 2º, da CLT:
Art. . 195 - A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho.
§ 2º - Argüida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado, seja por Sindicato em favor de grupo de associado, o juiz designará perito habilitado na forma deste artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do Trabalho. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977) (CLT)
DA NÃO SUJEIÇÃO À CORREÇÃO MONETÁRIA DO SALÁRIO DO OBREIRO.
O douto juiz do trabalho fixou na condenação a correção monetária no salário do Reclamante, sob o argumento de que haveria corrosão inflacionária nos vencimentos do autor por decorrência do pagamento ter se dado sempre no quinto dia útil do mês. Ocorre que mais uma vez labora em erro o Excelentíssimo magistrado, visto entendimento consagrado na súmula 381 do TST, sobre a impossibilidade de se aplicar correção monetária quando o pagamento dá-se até o quinto dia útil de cada mês, o que sempre ocorrera no caso em análise. E mais, a súmula referida diz que só se torna exigível a correção quando ultrapassado o período temporal supra referido, tendo-se aqui a atualização do valor para o mês subsequente, o que ainda assim não fora aplicado na presente reclamação. Nesse sentido:
Súmula nº 381 do TST
CORREÇÃOMONETÁRIA. SALÁRIO. ART. 459 DA CLT (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 124 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
O pagamento dos salários até o 5º dia útil do mês subseqüente ao vencido não está sujeito à correção monetária. Se essa data limite for ultrapassada, incidirá o índice da correção monetária do mês subseqüente ao da prestação dos serviços, a partir do dia 1º. (ex-OJ nº 124 da SBDI-1 - inserida em 20.04.1998)
DOS PEDIDOS
Ante ao exposto, colenda câmara, pelo mais que dos autos consta, doutrina, jurisprudência e princípios gerais do direito, espera e requer o recorrente o provimento do presente recurso ordinário para:
Que seja decretada a nulidade da sentença proferida pelo juízo “a quo”, vez que fora prolatada em avilto a preceitos fundamentais de defesa e liberdade processual, em afronta aos princípios da ampla defesa e do contraditório, previstos no artigo 5º, LV, da CF, com disposição também nos artigos 7º e 369 do CPC/15, e da pertinência da prova testemunhal e pericial requerida, com o caso em tela, as quais foram imotivadamente obstadas pelo juízo de primeira instância, em nítido cerceamento de defesa a parte requerente, o que resultara em grave prejuízo a esta, visto ter sido condenada subsidiariamente em todos os pedidos do autor;
Sendo superado o pedido do item "I", que seja modificada a sentença vergastada afim de que se exclua a responsabilidade subsidiária da segunda reclamada, por ocasião da força probante de todos os documentos que demonstram a efetiva vigilância e cuidado em que sempre esteve o ente público perante aos empregados da prestadora de serviços contratada, todos devidamente juntados aos presentes autos, mas que foram, ao que parece, notadamente esquecidos pelo juízo de primeiro grau ao proferir sua decisão, em consonância ao artigo 71, parágrafo 1º da lei 8.666/93, e da súmula 331, V, do TST;
Seja afastada a revelia da 1ª reclamada, visto que a sentença não se ateve ao mandamento expresso na súmula 377 do tst, quando aduz sobre a não obrigatoriedade de o preposto ser empregado da empresa reclamada, quando se trata de microempresa;
Seja reconhecida a impossibilidade de fixação de grau de insalubridade pelo juízo sem perícia prévia, vez que fora fixado o grau máximo de periculosidade no caso em tela, quando o mandamento expresso da consolidação das leis do trabalho, exige o laudo técnico elaborado por perito oficial previamente habilitado, nos termos do artigo 195, parágrafo 2º da clt;
Seja excluída a correção monetária do salário do obreiro, visto entendimento consagrado na súmula 381 do tst, sobre a impossibilidade de se aplicar correção monetária quando o pagamento dá-se até o quinto dia útil de cada mês, o que sempre ocorrera no caso em análise. E mais, a súmula referida diz que só se torna exigível a correção quando ultrapassado o período temporal supra referido, tendo-se aqui a atualização do valor para o mês subsequente, o que ainda assim não fora aplicado no julgamento da presente reclamação.
Nestes termos, pede e espera deferimento.
Cidade-Estado, quinta-feira, 25 de setembro de 2017.
NOME DO ADVOGADO
OAB/UF 
Nº. XX.XXX-X

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