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LABORATO´RIO DE MATERIAIS DE CONSTRUC¸A˜O MECAˆNICA: PROCEDIMENTO DE CORTE E EMBUTIMENTO Guilherme Gazzinelli Rohrmann∗ ∗CEFET-MG,Divino´polis, Minas Gerais, Brasil Email: guilherme.gazzinelli@gmail.com Resumo— No presente relato´rio sa˜o apresentados os me´todos de preparo de amostra e o embutimento em resina a frio. Palavras-chave— Embutimento, corte, amostra, parafuso 1 Introduc¸a˜o Este relato´rio aborda dois procedimentos iniciais para se realizar a ana´lise metalogra´fica. Este rela- to´rio se subdivide em duas sec¸o˜es principais: corte e embutimento. Nestas sec¸o˜es sera˜o analisados os fatores principais para a realizac¸a˜o de cada proce- dimento. A ana´lise da estrutura dos metais e´ um proce- dimento que e´ de suma importaˆncia para preven- c¸a˜o ou detecc¸a˜o de motivos de falhas. A forma- c¸a˜o estrutural deve ser estudada para que o mate- rial final esteja em concordaˆncia com as definic¸o˜es do projeto. Conceitos como dureza, ductibilidade, entre outros sa˜o relacionados ao tipo de material e tambe´m ao procedimento de preparo relacionado a` pec¸a confeccionada. Os estruturas desejadas e processos de preparo sa˜o guiados pelo livro Ci- eˆncia e Engenharia de Materiais Uma Introduc¸a˜o (Callister, 2008). 2 Ana´lise e corte da pec¸a 2.1 Ana´lise Ao se fazer uma ana´lise pre´-corte deve-se conside- rar as caracter´ısticas de fabricac¸a˜o da pec¸a, bem como os poss´ıveis erros que podem ser gerados no procedimento e tambe´m qual a intenc¸a˜o de da ana´- lise metalogra´fica. A pec¸a que sera´ analisada se trata de um pa- rafuso, o que nos incentiva a fazer diversas per- guntas. Desejamos obter algumas informac¸o˜es -o parafuso e´ estampado ou forjado; ha´ alguma pro- tec¸a˜o superficial contra oxidac¸a˜o; a dureza da a´rea rosqueada e da a´rea de acoplamento da chave- para definir a qualidade do material e da pec¸a. Segundo esta ana´lise deveriam ser feitos cor- tes na a´rea da rosca para a visualizac¸a˜o da estru- tura do eixo em direc¸a˜o vertical, uma para a ana´- lise transversal do parafuso, que foi limado para um bom posicionamento no embutimento, ale´m da ana´lise da ponta do parafuso. Figura 1: Pec¸a a ser analizada Figura 2: Acionamento da serra 2.2 Corte Para a realizac¸a˜o do corte e´ utilizada uma serra com l´ıquido refrigerante para garantir que a estru- tura do metal na˜o mude devido ao aquecimento que ocorre quando o material e´ cortado. Existem dois boto˜es no dispositivo, um que ativa a rotac¸a˜o do disco, outro que aciona a refrigerac¸a˜o, como vemos na figura 2. O equipamento possui um disco de corte muito fra´gil, o que exige muita cautela ao execu- tar o procedimento. Ha´ uma tampa de protec¸a˜o que deve ser baixada pelo operador e este deve verificar que ela esta´ bem posicionada, pois na˜o ha´ nenhum mecanismo que impec¸a o corte caso a tampa esteja levantada. A alavanca de aproxi- mac¸a˜o deve ser cautelosamente pressionada para baixo e o controle do corte deve ser realizado ou- vindo o equipamento. Ao se ouvir um som muito alto deve-se reduzir a forc¸a de compressa˜o na ala- vanca e se deve verificar o estado do corte e do disco. Outra boa pra´tica e´ manter uma ma˜o na alavanca e a outra no bota˜o de acionamento de corte, pois assim pode-se rapidamente desligar o equipamento caso haja um imprevisto. O equipa- mento e o POP sa˜o indicados na figura 3. Para a fixac¸a˜o do parafuso no suporte foi uti- lizada uma porca na extremidade. A pec¸a deve ser posicionada com o ponto de corte na localizac¸a˜o Figura 3: A serra e a operac¸a˜o devida Figura 4: Detalhe do posicionamento e fixac¸a˜o do parafuso na serra. Figura 5: Posicionamento e fixac¸a˜o do parafuso na serra. que se deseja e para fixar gira-se a alavanca ate´ que a pec¸a esteja firmemente presa. O parafuso foi fixado como mostra a figura 4 e 5 em detalhe. O corte foi realizado no meio do parafuso. Po- demos ver na figura 6 o avanc¸o do disco de corte no fim do processo. Posteriormente o parafuso teve sua cabec¸a limada e foi realizado o embutimento, o qual explicaremos na pro´xima sec¸a˜o. 3 Procedimento de embutimento O procedimento de embutimento utiliza resina para a fixac¸a˜o das sec¸o˜es da pec¸a que foram pre- viamente cortadas e limadas. O procedimento e´ nomeado embutimento a frio, pois na˜o ha´ aque- cimento externo ale´m do que ocorre pela reac¸a˜o qu´ımica da resina, o que garante uma imutabili- dade da estrutura da pec¸a a ser analisada. O embutimento e´ realizado para se facilitar o manuseio das pequenas partes. E´ utilizado um pedac¸o de cano PVC sobre uma folha, onde e´ de- positado a amostra com a superf´ıcie a ser anali- sada com face para baixo. Apo´s o posicionamento uma mistura de resina com endurecedor e´ jogada no tubo de PVC. E´ necessa´rio que se aguarde um tempo que varia de 24 a 72 horas para que a re- sina seque. Este tempo veria de acordo com a Figura 6: Avanc¸o do disco no corte Figura 7: Embutimento - vista superf´ıcie de ana´- lise Figura 8: Embutimento - vista superior quantidade de endurecedor. O procedimento teve de ser realizado mais de uma vez, pois a resina na˜o adquiria a dureza ne- cessa´ria, se mantendo em estado viscoso que na˜o pode ser usado como suporte de amostra. Diver- sos fatores podem ter ocasionado o ocorrido, den- tre eles a resina e o endurecedor estarem vencidos, ou a proporc¸a˜o ou ate´ a pureza do endurecedor. O processo na˜o possui fotos do procedimento, pois este foi realizado pelo professor orientador, que lidou com o problema de endurecimento da resina. O embutimento final e´ visto na figura 7 e 8. A resina e´ to´xica, assim o procedimento deve ser feito em local arejado, com uso de EPI e devem ser lidas as instruc¸o˜es da resina para se conhecer a proporc¸a˜o ideal de endurecedor. E´ importante se atentar para a qualidade dos produtos bem como o prazo de validade. 4 Concluso˜es Os procedimentos apresentados sa˜o essenciais para uma boa ana´lise metalogra´fica de uma pec¸a. Quesitos de seguranc¸a devem ser atentamente ob- servados para se garantir a integridade f´ısica do analista, bem como da pec¸a e do equipamento. Refereˆncias Callister, W. J. (2008). Cieˆncia e Engenharia de Materiais Uma Introduc¸a˜o, 7o edn, LTC.
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