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Atividade Prática Supervisionada
Polo: Niterói
Curso: Tecnologia em Marketing
Disciplina: Direito Empresarial
Prof.
Profª. Tutora à Distância: Elisângela Facina
Tema: Relatório dos Aspectos Legais da Empresa
Amanda Assunção – RA 5560125279
Elaine Justiniano – RA 5560122530
Tiago Napoleão – RA 5560122582
Thamires de Oliveira Santos – RA 5311957107
Niterói / RJ
20/11/2012
Etapa 1
Passo 1
Direito Comercial
O direito comercial não abrange apenas os atos de comércio e o regime jurídico do comerciante, isso consistia a parte geral do Código Comercial. É no direito comercial que se estuda, além da caracterização de quem seria comerciante (parte geral), os títulos de crédito, as marcas e patentes, a falência e concordata, o direito societário, o direito marítimo, o direito aeronáutico e, dependendo da corrente doutrinária a ser seguida, também o direito do mercado de capitais e o direito bancário. A doutrina consagrou que disposições de ramos distintos se interpretam de forma distinta. Isso decorre, evidentemente, da natureza específica de cada ramo do direito, já que cada ramo do direito tem objeto de regulação distinto, expressões próprias, visam atender necessidades sociais diferenciadas.
Com o novo Código Civil foi revogada a primeira parte do Código Comercial de 1850, e inserida uma novidade no mundo jurídico: a figura do empresário (anteriormente “comerciante”) e dos atos empresariais (antes “atos do comercio”). Essa revogação não fez desaparecer o direito comercial, apenas a regulamentação dos atos praticados na economia entre pessoas de direito privado passou a ser feita pelo Código Civil.
O direito falimentar continua existindo, tendo modificado apenas seu âmbito fático de incidência, agora a todos os empresários; o direito das marcas e patentes permanece inalterado; títulos de créditos, como objeto de regulação, continuam sendo títulos de créditos, ainda que novas disposições legislativas; o "Registro Público de Empresas Mercantis" também continua existindo, passando apenas a registrar empresários e não mais comerciantes; direito societário também continua sendo direito societário, ainda que com algumas alterações legislativas trazidas pelo novo Código.
Direito Empresarial
Direito Empresarial ou ainda Direito Comercial  são nomes dados a um mesmo ramo das ciências jurídicas, constituindo uma subdivisão do chamado Direito Privado. Tal divisão irá cuidar da atividade empresarial e de seu executante, o empresário, estabelecendo um corpo de normas disciplinadoras importantes na condução harmônica da atividade com os interesses do coletivo.
O principal documento do direito empresarial no Brasil é o Código Civil, que prevê as disposições importantes para empresários e empresas, em uma parte dedicada especialmente à matéria o Livro II, “do Direito de Empresa” que se estende do artigo 966 ao 1195.
Como mencionado, o principal ator dentro do direito empresarial é o empresário, e este possui uma definição específica no mesmo artigo 966:
“Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços“
Importante lembrar que sócios de sociedade empresária não são empresários, sendo considerados empreendedores ou investidores. Por sua vez, o empresário distingue-se da sociedade empresária, pois um é pessoa física (empresário) e o outro pessoa jurídica (sociedade empresária).
Já a empresa deve ser entendida como atividade revestida de duas características singulares, ou seja: é econômica e é organizada. Tecnicamente, o termo empresa deve ser utilizado como sinônimo de “empreendimento”.
De acordo com o Código Civil, as empresas podem se organizar de cinco formas distintas:
sociedade por nome coletivo – é empresa por sociedade, onde todos os sócios respondem pela dívidas de forma ilimitada.
sociedade comandita simples – organizada em sócio comanditários, de responsabilidade limitada e comanditados de responsabilidade ilimitada
sociedade comandita por ações – sociedade onde o capital está dividido em ações, regendo-se pelas normas relacionadas às sociedades anônimas.
sociedade anônima (companhia), conforme reza o artigo 1088 do Código Civil, sociedade onde o capital divide-se em ações, obrigando-se cada sócio ou acionista apenas pelo preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas.
sociedade limitada – prevista no Código Civil, no seu artigo 1052, em tal sociedade a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, sendo que todos respondem solidariamente pela integralização do capital social, dividindo-se este em quotas iguais ou desiguais, cabendo uma ou diversas a cada sócio.
Além destas sociedades, o direito empresarial prevê a figura da sociedade simples, aquela que não é registrada em Registro Público de Empresas Mercantis (requisito obrigatório a todas as cinco modalidades previstas acima), sendo por isso, impedida de postular direitos perante a justiça comum. Na prática, as empresas no Brasil estão distribuídas entre sociedades limitadas ou anônimas, sendo que as outras modalidades existem praticamente apenas no papel.
Não está relacionado ao mundo empresarial, mas é citado no Código Civil, a figura do Profissional Liberal, exatamente no parágrafo primeiro do primeiro artigo no Código Civil dedicado ao direito empresarial, o 966:
O Empresário
Conceito que ainda está em elaboração. No Projeto do Código Civil de 1975 é empresário quem exerce atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou se serviços.
Existe uma tendência do Direito Comercial de identificar o conceito de empresário com o de comerciante individual. Assim, o empresário pode ser uma Pessoa Física, correspondente ao comerciante individual ou uma Pessoa Jurídica (sociedade comercial).
Etapa 1
Passo 2
Histórico
Apresentação as Empresa:
LCCF ADVOGADOS
Razão Social: Lanna Ribeiro, Carneiro de Souza, Cirne Lima e Fragoso Pires Advogados.
Ramo de atividades: Prestação de serviços jurídicos e assessorias.
Média empresa com filiais em São Paulo e Brasília.
Número de colaboradores: 60 (entre sócios e contratados)
Endereço: Rua Sete de setembro n° 71, Centro – Rio de Janeiro / RJ.
Principais Executivos: Pedro Lanna Ribeiro, Candido Carneiro, Eduardo Cirne Lima e Pedro Romano Fragoso Pires.
Breve Histórico da Empresa:
Sociedade fundada em meados de 2011 em amplo crescimento na área jurídica em seus vários segmentos.
Já considerada 2° maior nome entre os escritórios do ramo em 2012.
A origem do capital da empresa deu-se por meio de aporte na formação do primeiro Contrato Social.
A composição acionária divide-se me sócios A com 2.000 cotas e sócios B com 1 cota cada.
Seu nível de faturamento é de R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais por mês).
Empregados registrados por CLT : 10 entre sede e filial.
Cultura e clima organizacional: O escritório se destaca pelo seu compromisso e parceria com o cliente, participando ativamente de suas operações, em todos os ramos do direito empresarial, por meio de um atendimento personalizado e inovador. 
LCCF Advogados possui, como valores institucionais, excelência em qualidade, atuação ágil, objetiva e soluções eficientes.
Visão: Acreditamos no aperfeiçoamento da sociedade pelo Direito. E na Advocacia compromissada com a ética, responsabilidade, excelência das soluções legais, satisfação dos nossos clientes e realização pessoal dos nossos integrantes.
Site da empresa: http://www.lccfadvogados.com.br/Home.html
Etapa 1 
Passo 3
Empresa e Empresário
EMPRESA
Surgiu no Código Comercial francês de 1807, referindo-se ao contrato de empresa, fornecimento de serviços, dentro da matéria de competência dos tribunais de Comércio, somente no Civil Italiano de 1942 , a empresa foi acolhida sob a égide do empresário, de estabelecimento para atividade, mudando o núcleo conceitual do direito comercial do ato de comércio para a empresa.
DEFINIÇÃO JURÍDICA DE EMPRESA
Atividade organizada com caráter econômico e profissional, constituídacom o fim de produzir lucro. O titular da empresa poderá ser um comerciante em nome individual ou uma sociedade.
TIPOS DE EMPRESA
A atividade econômica organizada produtiva pode ser exercida individualmente ou de forma coletiva, objetivando a partilha do resultado.
Se a opção for a de Empresário Individual, o patrimônio particular se confunde com o da empresa.
EMPRESÁRIO
Empresário é quem realiza a empresa. O empresário é o organizador da atividade econômica, pois ele agrega os vários fatores de produção. Portanto, empresário é “quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens e serviços “. O escopo é a produção ou circulação de bens ou serviços para o mercado.
 O novo Código Civil não define o que seja "atividade econômica organizada" ou o que seja "empresa", mas define quem é “empresário”:
 "Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento da empresa."
 A origem desse dispositivo é o art. 2.082 do Código Civil italiano de 1942.
 “Art. 2082. Imprenditore
É imprenditore chi esercita professionalmente un'attività economica organizzata (2555, 2565) al fine della produzione o dello scambio di beni o di servizi (2135, 2195).”
Portanto, empresário é aquele que conjuga fatores de produção em uma atividade de produção ou circulação de bens ou de serviços. Esses bens e serviços devem ser destinados ao mercado, ou seja, a terceiras pessoas e não para consumo do empresário. Desse modo, quem não tem como atividade a produção ou circulação de bens ou serviços não é empresário no sistema do direito atual.
Etapa 1
Passo 4
Direito Comercial
Os bens e serviços que precisamos para viver que atende as nossas necessidades são produzidos em organizações econômicas. O intuito dessas organizações são os fatores de produção em poder de ganhar dinheiro. Os quatro fatores de produção são capitais pode ser próprio; os insumos que são a compra do material para produção e o investimento; mão de obra o desenvolvimento do produto e a tecnologia que precisam realizar para desenvolver produto ou um serviço a um bom preço no mercado com qualidade. O Direito Comercial cuida dessa atividade econômica organizada pelo fornecimento de bens e serviços denominado empresa, seu objetivo é estruturar através de conflitos de interesses envolvendo empresários e as empresas que trabalham para explorar os bens e serviços que precisamos.
O Direito Empresarial cuida da parte jurídica incluindo as obrigações dos empresários, as sociedades dos empresários, os contratos especiais do comércio, os títulos de crédito, a propriedade intelectual entre outros. Antigamente as roupas e víveres eram produzidos na própria casa, para os seus moradores, em algumas ocasiões eram trocados entre vizinhos ou na praça. Os escravos também ajudavam nessa troca da produção de vestes, alimentos, vinho e utensílios. Os fenícios se destacavam, pois estimulavam a produção de bens destinados à venda, dessa forma, o comércio expandiu-se rapidamente, estabelecendo entre culturas distintas, o desenvolvimento da tecnologia e meios de transportes entre os estados, em função disto surgiram às guerras, onde os recursos naturais se esgotavam e os povos eram escravizados.
A Empresa
Empresa é uma atividade organizada, de natureza privada, com o objetivo de produção ou de circulação de bens e serviços no mercado. Sendo uma atividade que possui um conjunto de elementos, que uma vez unidos, passam a ter identidade própria, para realizar o objetivo pelo qual foi constituída. Para Alfreo Rocco o conceito de empresa se delineia em: “Temos empresa e consequentemente, ato comercial, quando a produção é obtida mediante trabalho de outros, quando o empresário recruta o trabalho, o organiza, o fiscaliza, e o dirige para fins da produção.”.
Quem conduz a empresa é o empresário, realizando a atividade sozinha ou em parceria com outras pessoas. O empresário pode ser pessoa física ou pessoa jurídica, quando atua em sociedade. Há também outros elementos que fazem parte da empresa, como os fatores incorpóreos, sendo os créditos, as dívidas, o ponto comercial, a propriedade industrial, e também há os corpóreos, que são as vitrines, mostruários, prateleiras, prédios, casa, balcões, estoque e etc.
Quando se abre uma empresa, esta precisa ser registrada na junta comercial do estado em que se situa, e escolhendo a possibilidade de exploração, sendo como empresário individual ou na forma de sociedade, dentre isso podendo ser uma sociedade limitada (Ltda.) e sociedade anônima (S/A), que são os mais importantes e utilizados no Brasil.
O Empresário
O mundo gira em torno do consumo de bens e serviços, que por sua vez, são fornecidos através de organizações especializadas em atender as necessidades dos consumidores. E para que elas possam existir é essencial que profissionais como os empresários as criem, possibilitando aos mesmos, lucro financeiro através da atividade exercida.
Eles são responsáveis pela atividade econômica organizada, onde utilizam da cautela para evitar o risco de insucesso de seus negócios. Diante desse conceito, retiramos os seguintes elementos caracterizadores do empresário, que são eles:
 
•	Capacidade: o empresário somente poderá realizar atividade comercial, se for uma pessoa Capaz perante o Direito Civil.
•	Profissionalidade: para que uma pessoa preencha esta exigência da lei, deve se atentar para os seguintes requisitos:
	Habitualidade: os atos comerciais devem ser constantes, não é considerado empresário aquele que realiza uma atividade esporadicamente.
	Pessoalidade: é a contratação de empregos, para a realização da produção ou circulação de bens e serviços.
	Atividade econômica organizada: a empresa sempre visa o lucro, sendo organizada, pois reúne fatores da produção, sendo capital, mão de obra, insumos e tecnologia.
O conceito atual de empresário é bem mais abrangente que o antigo, pois inclui atividades que antes eram ignoradas pela lei. Segundo a definição tradicional de atos de comercio, a circulação dos bens é a atividade típica do comerciante. Agora o empresário é quem realiza essa pratica, por exemplo, ele pode ser o dono de uma padaria, de uma loja em um shopping, até mesmo um atacadista, pois mesmo que não transmita o bem até o consumidor final, realiza uma parte dessa trajetória.
Etapa 2
Passo 1
Direito Empresarial e suas funções sociais
A função social da empresa tem como fundamento fornecer a sociedade bens e serviços que possam satisfazer suas necessidades. O presente artigo traz algumas nuances do direito internacional quanto a função social da empresa e a sua previsão legal.
INTRODUÇÃO
A propriedade privada é, hoje, um direito consagrado universalmente, reconhecido pelo ordenamento jurídico internacional. Na declaração americana dos direitos do homem a propriedade privada é um direito indisociável da dignidade da pessoa[1]. Na constituição brasileira o direito à Propriedade também é um direito fundamental[2]. Partindo-se do ponto de vista que a empresa é um ente privado, logo uma propriedade privada, é latente que esta goze de proteção constitucional, proteção essa que encontra limitação na própria Constituição. Porque embora as empresas gozem de direitos, não falamos aqui de um gozo total, mas sim relativo, pois a Constituição ressalta que a empresa deve cumprir a sua função social[3]. Essa matéria constitucional está em consonância com o Pacto de San José que também assegura aos proprietários o uso e gozo de suas propriedades, mas que também, assim como na Constituição federativa do Brasil, prescreve que esse uso e gozo deve estar subordinado aos interesses social [4]. 
Segundo Rosenvald e Cristiano Farias a expressãofunção social tem origem no termo latim functio, “cujo significado é o de cumprir algo ou desempenhar um dever ou uma atividade [5]”. Do ponto de vista do Direito Empresarial a função social da empresa está relacionada à satisfação de uma demanda humana por bens e serviços. A partir desse prisma conceitual é mister salientar que a empresa detém papel social importante para a efetivação de direitos e garantias fundamentais implementados pelos Estados de direito. É bem verdade que o fim último da empresa é o lucro, mas também é verdade que, na busca pelos lucros e mercados a sociedade seja beneficiada uma vez que a corrida pelos lucros produzem algumas externalidades positivas, como o emprego: que fomenta a inserção do sujeito na sociedade uma vez que ele é agente direto capaz de satisfazer um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil insculpido no art. 3º. Inciso, III da CF/88 e art. 2º., alínea “g” da Carta dos Estados[6]. Outra externalidade relevante é a contribuição para a efetivação de um dos princípios da ordem econômica que é a busca pelo pleno emprego (art. 170, VIII da CF/88). Além dos princípios insculpidos na Constituição, a empresa tem a função de oferecer através de sua atividade a possibilidade de, conjuntamente com o governo contribuir para a “eliminação da pobreza crítica e ajudar na consolidação da democracia[7]”. Outros fatores importantes são: as rendas, os tributos recolhidos em decorrência da atividade empresarial. Atividade essa que deverá dentro de sua área de atuação observar os dispositivos legais propostos quanto à execução do objeto social. Pois como defende Fabio Ulhoa Coelho,
“não poderia, em outros termos, a ordem jurídica conferir uma obrigação a alguém, sem, concomitantemente, prover os meios necessários para integral cumprimento dessa obrigação [8]”.
A partir do exposto é perceptível que também é função social da empresa observar as leis, seja ela trabalhista, civil e, principalmente, os preceitos constitucionais. Se é mister que a ordem jurídica dê respaldo para que as pessoas possam exercer suas atividades empresarial, também é necessário que estas se sujeitem aos “deveres compatíveis com a sua natureza[9]” e atividade. Ainda é importante que a empresa seja socialmente responsável como forma de atender ao princípio Constitucional da função social da propriedade privada (art. 170, II, CF/88) uma vez que o gozo da propriedade não poder ser desmedido de forma que prejudique a sociedade, pois é necessário que haja um equilíbrio entre o direito de exercício da atividade empresarial e o direito da sociedade, porque o princípio constitucional da livre iniciativa (art. 170, CF/88) não pode pode sobrepor a interesses coletivos. Por isso, segundo Fernando Aguillar o grau de regulamentação das atividades econômicas, dentre elas a empresarial, depende dos interesses envolvidos. Sob esse prisma, segundo ele, é que se define o grau da concentração regulatória,
“O grau de concentração regulatória revela a confiança maior ou menor do Estado em que os interesses públicos serão alcançados mediante outorga de liberdade à iniciativa privada. A ampla liberdade de iniciativa (controle pela desconcentração) revela que os fins do Estado, na opinião do próprio Estado, podem ser alcançados plenamente pela ação dos particulares[10]”.
A função social da propriedade privada segundo Norberto Bobbio é originário do Estado promocional que busca incentivar o exercício de condutas que sejam socialmente úteis a sociedade e segundo ele isso daria por meios de imposição de sanções positivadas, capazes de estimular o desenvolvimento, na visão atual não podemos pensar em desenvolvimento somente da empresa como ente, mas também que ela deve ter um viés utilitarista. A partir desse entendimento é visível que o princípio da função social da empresa encontra-se no corpo da Constituição como forma de justificar a razão pela a qual a atividade empresarial não se pode abster da pratica de condutas que objetivem não só o desenvolvimento do empresariodo ou da empresa como um ente, mas também da sociedade como um todo. Esse pressuposto é tão importante que a LSA prevê no art. 206, II, “b” que, se a sociedade não é capaz de realizar o seu objeto, deve ser extinta, o que é salutar e lógico. Se a Sociedade Empresarial não é capaz de atender as demandas empresarial e social, principalmente, no que tange, aos bens e serviços, é visível que ela não cumpre sua função social. No entanto no caso de descumprimento de preceitos legais, como o acima extraído da norma que rege as Sociedades Anônimas, o governo sempre busca, pela a importância da empresa como ferramenta de efetivação de políticas sociais e de mercado, uma saida plausível para que aquelas empresas que acabaram se desvencilhando do cumprimento de suas funções retorne a cumprí-las. Como é o caso da Lei de Recuperação e Falência, “cujo o objetivo fundamental é sua recuperação econômica e sobrevida, considerando os interesses que para ela convergem[11]”. Reafirmando, é claro, a sua relevante importância econômica e social.
Podemos concluir que a função social da empresa é uma prática que leva o empresariado, através da atividade empresarial, comprometerem-se a efetivarem suas atividades de forma que beneficiem a sociedade. E, buscarem meios que objetivam definir medidas para compensar os impactos causados pelas constantes transformações socioeconômicas oriundas da atividade empresarial e do capitalismo. Com base no exposto, é imprescindível que a empresa desempenhe bem o seu papel social para que possa, além de atingir o seu objetivo, criar junto a sociedade uma imagem positiva.
Etapa 2
Passo 2
A função social da empresa em face da Constituição Federal de 1988.
Em 28 de janeiro de 1808, surgem três outros alvarás, de extrema importância para a economia nacional: O alvará de 1º de abril de 1808 permitindo o livre estabelecimento de fábricas e manufaturas; alvará de 23 de agosto de 1808, criando no Rio de Janeiro a Real Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação; alvará de 12 de outubro de 1808, criando no Rio de Janeiro o primeiro banco nacional, o Banco do Brasil. Definindo que: "atos de comércio serão os atos praticados pelos comerciantes, no exercício de sua profissão, e como tais, ficam sempre sujeitos à lei comercial"
 A prática habitual determina-lhes a comercialidade, e investe o agente da qualidade de comerciante. São atos por natureza comerciais, atos profissionais. São atos praticados para ou em razão do exercício do comércio, mantendo com ele estreita relação, conexão ou dependência. São atos artificialmente comerciais. Por mais reiterada que seja sua prática, não podem atribuir ao agente a qualidade de comerciante. Comerciante como a pessoa natural ou jurídica que, habitual ou profissionalmente, em nome próprio, e com finalidade de lucro, praticam os chamados atos de comércio.
 O Código brasileiro adotou a conceituação real de consideração do comerciante exige apenas os requisitos citados no parágrafo anterior de acordo com a redação do art. 4º do Código Comercial Brasileiro de 1850, para que seja aplicado o regime jurídico do Código Comercial é imprescindível o devido registro do comerciante.
	A empresa: atividade econômica organizada para produção ou circulação de bens ou serviços.
 O Empresário: quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços.
 Se a empresa é a atividade, então o empresário é o sujeito de direito que a exerce, podendo ser pessoa física, na condição de comerciante individual, ou pessoa jurídica, na condição de sociedade empresária.
Juntamente com o empresário, temos o estabelecimento comercial, formando assim o tripé de sustentação da teoria da empresa.
 Em 1972 a comissão apresentou ao Poder Executivo seu anteprojeto. Após receber muitas emendas e sofrer muitas revisões, foi elaborado o Projeto de Código Civil, transformando-se no Projeto de Lei n. 634, de 1975. A proposta foi aprovada,em 1984, pela Câmara dos Deputados, Porém, o andamento do projeto foi paralisado, para a elaboração de uma nova Constituição Federal, promulgada em 1988. Que aprovou a lei da Adoção, Estatuto da Mulher Casada, Lei de Registros Públicos, Lei do Divórcio, que reconheceram os direitos dos companheiros e conviventes, Código de Defesa do Consumidor, Código das Águas, Código de Minas, Lei de Locação, Estatuto da Criança e o Adolescente, Estatuto do Idoso, entre tantos outros dispositivos legais. Podemos destacar os princípios da dignidade da pessoa humana, da liberdade e da igualdade, como os mais importantes regentes das relações familiares e pessoais.
A realidade da sociedade mudou, assim teve o novo Código que abandonar a concepção individualista que norteava o Código antigo, e adotar o princípio social do direito contemporâneo, já recepcionado pela constituição federal.
 Código Civil baseou-se em três princípios orientadores: Socialidade, a Eticidade e a Operabilidade.
 Com o advento da carta Magna, em 1988, foram criadas regras gerais e consolidada a transformação de um direito empresarial marcado pelo liberalismo, onde o objetivo maior da empresa era o lucro, para uma visão social da empresa.
 Esta deixa de ser interpretada como propriedade exclusiva do empresário, que podia geri-la como bem lhe aprouvesse, para ter uma função importante na sociedade, como centro de formação de pessoas, formadora de cidadãos e uma dos responsáveis pelo desenvolvimento do ser humano e da sociedade em geral. Assim o empresário passou a ter algumas regras a serem seguidas, e deveria gerir a empresa de forma a propiciar crescimento e engrandecimento da sociedade, a preservar o meio-ambiente, e não somente com intuito de lucro.
 Podemos definir então, que atualmente a empresa exerce, uma grande função social, se analisada sob um aspecto secundário, porque ela somente aceitou tutelar alguns princípios constitucionais pela visão de poder fomentar negócios e abrir novos horizontes na busca de incrementar e consolidar os seus produtos e serviços para o consumo da população, carente dos direitos e princípios básicos dos direitos fundamentais e sociais constitucionalmente previstos. Assim, o Estado consegue fornecer aos seus cidadãos os direitos básicos estabelecidos na Constituição Federal desde que a iniciativa privada, sob o intuito de exploração de mercado, também pratique a sua função de trazer melhorias e serviços, outrora somente de responsabilidade do poder publico.
Etapa 2
Passo 3
Uma das legislações que a empresa LCCF segue é o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) - LEI Nº 8.906, DE 4 DE JULHO DE 1994.
Sua ordem de classe é a Ordem dos Advogados do Brasil
O LCCF esta sujeito em todos os valores de prestação de serviços no Brasil, a recolher: Imposto de renda, PIS, COFINS e CSLL, recolhendo na fonte o percentual de 6,15% e através de DARM posteriormente o percentual de 8,85%.
A ética de trabalho é sempre preservar a integridade do cliente e prestar um serviço de qualidade.
Não há restrições para comunicações.
Pode se aplicar as normas do CDC no artigo 14, §4º, nos contratos de prestação de serviços jurídicos.
Etapa 2
Passo 4
Debate sobre a função social da empresa.
1.Empresas são entidades organizadas e desempenham um papel importante para a sociedade: o de produzir bens e serviços para atender diversas necessidades humanas, visando não somente o lucro, mas também o bem para sociedade em qual ela esta inserida exercendo seus direitos e deveres enquanto desempenha sua atividade empresarial.
Sendo assim as empresas devem buscar o seu crescimento obedecendo a deveres trabalhistas, tributários e ambientais. Ao mesmo tempo em que a organização esta cumprindo com seus deveres ela esta desempenhando uma Função Social. Que pode ser vista quando ela está gerando empregos, riquezas, pagando devidamente seus impostos, desenvolvendo tecnologias, estimulando o mercado econômico, entre outras coisas, tudo isso sem deixar de obter lucros para seus investidores. 
Podemos comparar a função social empresarial, algo que é previsto na Constituição Federal Brasileira com um assunto que vem sendo muito comentado nos últimos anos sustentabilidade, que está ligada a preservação da natureza, e também ao desenvolvimento humano, e gerar economia. Não há como falar que a empresa é sustentável, e que ela cumpri com as funções sociais porque ela apoia um projeto de uma ong infantil, se quando se olha para os colaboradores da organização vê-se indivíduos insatisfeitos, sem segurança no trabalho, e com alguns direitos trabalhistas burlados, ou ainda a empresa preserva uma área de verde pequena dentro da cidade, mas ela própria não tem descarta seu lixo corretamente, a partir daí se duvida da responsabilidade que toda a empresa tem perante a sociedade, mostrar que cuido de uma pequena área de verde na cidade é a preocupação que eu tenho com a natureza, e consequentemente com a cidade e a população ou mostrar-se sustentável é apenas para se isentar de algumas cargas contributivas, ou simplesmente uma jogada de marketing?
O lucro de qualquer instituição brasileira vem consequentemente quando ela cumpri sua função social, gerando produtos ou serviços a sociedade, fazendo a circulação da economia e não causando danos ao meio ambiente, esse lucro dá-se porque a população consome do seu produto ou serviço, esse produto ou serviço que vem para trazer benefícios a quem os consome, e de alguma forma a organização causa algum mal a quem os rodeia, ela já não está cumprindo com seu dever perante a sociedade, mas é claro que função social não deve ter foco apenas nos clientes, ou a sociedade em si, a função social vai além, as empresas devem estar atentas em trazer benefícios ou ao menos não causa malefícios também aos acionistas, aos colaboradores, em gerar renda e empregos, e em preservar a natureza.
 De hoje em diante lembre-se organizações sustentáveis e organizações que cumpre sua função social são sinônimos, e, portanto essas caminham juntas.
2.Relatório
Função social da empresa juridicamente dizendo, se entende como um conjunto de deveres e obrigações que variam de acordo com o ramo que a empresa atua, não desconsiderando essas obrigações e deveres como algo negativo a empresa, mas sim em prol e em beneficio da sociedade. Desde a constituição de 1988 já existia uma visão diferente do direito, do capital, da propriedade e da sociedade. Assim a visão de que as empresas deveriam trabalhar para o bem da sociedade e não ao contrario se justificou. A partir daí que se insere o instituto da Função Social que tem como objetivo visualizar uma sociedade livre, justa e solidária.
A função social se divide em função social da empresa e a função social da propriedade, que se subdivide em rural e urbana. A doutrina da função social da propriedade não tem outro fim senão o de dar sentido mais amplo ao conceito econômico de propriedade, encarando-a como uma riqueza que se destina à produção de bens que satisfaçam as necessidades sociais. A propriedade rural ressalta a utilização adequada dos recursos naturais, a exploração que possa favorecer tanto o bem estar dos proprietários como os dos trabalhadores entre outros benefícios. Já a urbana é responsável por garantir o bem estar de seus habitantes, procurando sempre favorecer a todos o melhor.
O conceito de propriedade privada é visto em três planos diferentes na ordem de valores. Em um primeiro lugar, o homem: em razão de sua natureza específica tem um direito natural de adquirir bens materiais. Num segundo, o problema da apropriação dos bens, qual resulta, em última instância, no direito de propriedade propriamente dito. Por fim, num terceiro plano, São Tomás de Aquino permite o condicionamento da propriedade ao momento histórico de cada povo, desde que não se chegue ao extremo de negá-la.
A função social da empresa não se restringe a ações humanitárias, ou seja, ações ligadas diretamente aos colaboradores ou os indivíduos da sociedade,mas sim uma série de fatores , como a produção para criação e circulação de bens e serviços. Portanto, a Função Social da empresa se baseia na geração de riquezas; grandes empresas colaboram na sociedade com apoio a cultura, esporte e saúde, por exemplo, a WEG com a “Ação comunitária WEG” que tem como principal objetivo orientações e auxilio em diversas áreas da saúde. Na manutenção de empregos; oportunidade para seus colaboradores se aperfeiçoarem, assim mantendo-os dentro da empresa, como por exemplo os cursos profissionalizantes oferecidos dentro de algumas empresas. No pagamento de impostos; que favorece o país no geral, pois é um dinheiro revertido para o bem da sociedade. Nos desenvolvimentos tecnológicos; são inovações que ajudam no desenvolvimento tecnológico do pais. Na movimentação do mercado econômico, consequentemente uma empresa que colabora com a manutenção de empregos, pagamento de impostos e desenvolvimento tecnológico sempre estará colaborando para a movimentação econômica do mercado. Sem esquecer do lucro que é responsável pela geração de novos investimentos que faz com que o ciclo econômico não pare, assim sempre gerando novos empregos, novos investimentos e fatores que favorecem uma sociedade com potencial de alto desenvolvimento.
Portanto, Função Social da empresa tem como obrigação zelar pela sociedade, assim todos os membros da sociedade, Estado, os juristas, advogados, empresários, juizes e todos os envolvidos devem estar atentos ao cumprimento da função social da empresa, pois através dela a sociedade cresce de forma justa e igualitária.
Etapa 3
Passo 1
1.Direito Cambiário e seus princípios
Título de crédito genericamente expressando, é um documento que tem como objetivo representar um crédito relativo a uma transação específica de mercado, facilitando desta forma a sua circulação entre diversos titulares distintos, substituindo num dado momento a moeda corrente ou dinheiro em espécie, além de garantir a segurança da transação.
Considerando suas principais características e o que melhor expressa a doutrina, podemos conceituar título de crédito como um documento representativo do direito de crédito pecuniário que nele se contém e que pode ser executado por si mesmo, de forma literal e autônoma, independentemente de qualquer outro negócio jurídico subjacente ou subentendido, bastando que preencha os requisitos legais.
Os títulos de crédito são de fundamental importância para os negócios, haja vista que promovem e facilitam a circulação de créditos e dos respectivos valores a estes inerentes, além de propiciar segurança a circulação de valores.
Um título de crédito é um documento representativo de um direito de crédito e não propriamente originário deste, mesmo porque a existência de um direito de crédito não implica necessariamente na criação de um título, enquanto que ao contrário, a existência de um título de crédito, exige obrigatoriamente a existência anterior de um direito de crédito a ser representado formalmente pelo respectivo título.
A origem de uma obrigação representada por um título de crédito pode ser:
Extracambial, que é o caso, por exemplo, de uma pessoa que pede emprestado um computador a um amigo e o devolve com defeito, decorrente do mau uso. Neste caso, a pessoa ao assumir a culpa, e sendo a importância devidamente quantificada, pode ter o valor da obrigação de pagar, representado pela a assinatura de um cheque ou uma nota promissória;
Contrato de compra e venda ou mútuo, etc., no qual consta o valor da obrigação a ser cumprida;
Cambial, que é o caso do avalista de uma nota promissória;
Dentre as principais características ou atributos que possuem os títulos de crédito, que lhes dão agilidade e garantia, são:
- Negociabilidade representada pela facilidade de circulação do crédito que o título representa. Assim, um título de crédito pode ser transferido mediante endosso (assinatura no verso do título, podendo o endosso, ser em preto quando declara o nome do beneficiado, e em branco quando não o faz). 
- Executividade representativa da garantia de cobrança mais ágil quando o credor resolve recorrer ao judiciário visando à satisfação do crédito. A executividade assegura uma maior eficiência para a cobrança do crédito representado.
Existem dezenas de espécies de títulos de crédito no Brasil, todos eles regulados por legislação específica. As principais modalidades que garantem a grande maioria das operações de crédito no mercado brasileiro são: letra de câmbio, nota promissória, cheque e duplicata. 
Os títulos de crédito nas suas mais variadas espécies guardam em si três características fundamentais, quais sejam:
Carturalidade – A cartularidade é a característica do título que tem por base sua existência física ou equivalente, ou seja, o título tem que existir na sua essência como elemento efetivo e representativo do crédito. Assim, um título de crédito existe enquanto existir a sua cártula, ou seja, enquanto existir o próprio título impresso, não sendo admitido inclusive cópia para efeitos de execução da dívida. Daí decorre o axioma jurídico de que "o que não está no título não está no mundo".
Exceções: Lei das Duplicatas e a evolução da informática com a criação de títulos de créditos não-cartularizados.
Literalidade – A literalidade carrega em si a formalidade e o rigor do que deve estar expresso no título de crédito, pois representa o conteúdo escrito no próprio documento. Só tem valor jurídico-cambial o efetivo escrito no título de crédito original, explicitando assim, de forma literal, a obrigação por ele representada. 
Em decorrência da literalidade, o devedor tem a garantida de que até à data do vencimento, não lhe será exigido obrigação cambiária em valor superior ao que está literalmente expresso documentalmente. Por outro lado, o credor tem a garantia de que o devedor, na data aprazada, lhe pagará a efetiva quantia expressa no título de crédito, sob pena de incorrer em obrigações adicionais, a exemplo de juros, multa e honorários advocatícios.
Em virtude da literalidade, a quitação de um título deverá estar expressa no próprio título de crédito. Assim como o aval só terá efeito jurídico-cambial se estiver assinado no próprio título. 
Autonomia e Abstração – A autonomia representa a independência das obrigações vinculadas a um mesmo título, ou seja, com a autonomia tem-se a desvinculação do título de crédito em relação ao negócio jurídico que motivou a sua criação.
2. Teoria Geral dos Títulos de Créditos
TEORIA GERAL DOS TÍTULOS DE CRÉDITO
 Titulo de crédito é o documento formal com força executiva representativo de dívida líquida e certa, de circulação desvinculada do negócio que o originou. São documentos representativos de obrigações pecuniárias.
 Cesare Vivante afirma que “Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e autônomo, nele mencionado”. Em sua acepção econômica, significa a confiança que uma pessoa deposita em outra, a quem entrega coisa sua, para que, em futuro, receba dela coisa equivalente. Jurídicamente, significa o direito que tem a pessoa de exigir de outra o cumprimento da obrigação contraída.
 O título de crédito não é um mero documento mas um instrumento que representa um crédito ou débito. Segundo o Código Civil, enquanto o título de crédito estiver em circulação, só ele poderá ser dado em garantia ou ser objeto de medidas judiciais (e não os direitos ou mercadorias que representa.
 Os títulos de crédito podem ser nominais(aqueles que identificam a pessoa beneficiada), tem que ter a figura do sacado e do sacador, o endosso(ato de transferir para outro a responsabilidade)
 
 O endosso pode ser de duas espécies:
1- Em branco- não contém o nome da pessoa em favor da qual é feito.
2- em preto- traz mencionado o nome daquele em favor de quem é feito.
 O código civil de 2002, em seu artigo 887, conceitua título de crédito, apresentando-o como:“O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preenche os requisitos da lei, forma de restituição (com ou sem majoração) de valores entregues anteriormente ao devedor.
 Os principais requisitos para o Título de Crédito ter valor legal são:
 a- Data da emissão;
 b- A indicação precisa dos direitos que confere;
 c- Assinatura do emitente.
3. O direto empresarial, tradicionalmente denominado de direito comercial, é o ramo jurídico que tem como objeto de estudo os meios socialmente estruturados de superação dos conflitos de interesse entre os exercentes de atividades econômicas de produção e circulação de bens e serviços1.
Os títulos de crédito surgiram devido à necessidade de facilitar a circulação de riqueza, e de torná-la mais rápida. São um dos pilares de estudo do direito empresarial. A moeda manual não bastava mais para o rápido desenvolvimento comercial. Para Ascarelli2, o desenvolvimento dos títulos de crédito permitiu que o mundo moderno mobilizasse suas próprias riquezas, vencendo o tempo e o espaço. Neste sentido, explica André Luiz Santa Cruz Ramos3 que o crédito, ao conseguir fazer com que o capital circule, torna o capital extremamente mais produtivo e útil.
Para Fabio Ulhoa Coelho4, os títulos de crédito são documentos que se distinguem dos demais documentos por três características. A primeira destas características é o fato de que os títulos de crédito se referem unicamente a relações creditícias, sem conterem nenhuma outra obrigação, de dar, fazer ou não fazer. Em segundo lugar, os títulos de crédito ensejam facilidade na cobrança do crédito por eles representado em juízo, por serem dotados de natureza de título executivo extrajudicial. Por fim, os títulos de crédito distinguem-se dos demais documentos devido à sua negociabilidade, que é assegurada pelas regras do regime jurídico-cambial, as quais facilitam a circulação do crédito por oferecerem mais garantia e mais segurança aos credores do que as regras do regime jurídico civil.
2. Princípios dos títulos de crédito
Os princípios são regras especiais, que se diferenciam das outras regras. Segundo Canotilho apudInocêncio Mártires Coelho5 esta diferenciação se faz de acordo com alguns critérios. O primeiro critério que diferencia os princípios das regras para Canotilho é o grau de abstração, ou seja, os princípios jurídicos são normas que possuem um maior grau de abstração do que o grau que possuem as demais regras de direito. O grau de determinabilidade dos princípios também é diferenciado, uma vez que são vagos e indeterminados, precisando de medidas concretizadoras, enquanto que as regras podem ser aplicadas diretamente. Para o autor, os princípios, diferentemente das regras, possuem caráter fundamental, devido à sua posição hierárquica nas fontes do direito, detendo importância estruturante dentro do sistema jurídico. Ainda para Canotilho, os princípios são fundados nas exigências de justiça, enquanto as regras podem ter conteúdo meramente funcional. Por fim, os princípios possuem ainda natureza normogenética, ou seja, regras são criadas com base nos princípios.
O título de crédito costuma ser definido pelos autores de direito empresarial como o documento necessário para o exercício do direito literal e autônomo nele mencionado. Este conceito foi criado por Cesare Vivante, e inclui nele a idéia dos princípios informadores do direito cambial. Os três princípios informadores do direito cambial são: o princípio da cartularidade, o princípio da literalidade e o princípio da autonomia.
Para o princípio da cartularidade, só se pode exercer o direito de crédito presente no título mediante a sua posse legítima. Ou seja, o direito de crédito não existe sem o documento que o representa, que é o título de crédito. Decorre também do princípio da cartularidade o fato de que o direto de credito não se transmite sem a transferência do título, e de que não pode ser exigido sem a exibição do mesmo. Ainda de acordo com o princípio da cartularidade, a posse do título pelo devedor faz presumir o seu pagamento, e ainda só é possível protestar o título mediante a sua apresentação. Para os autores de direito empresarial, em regra, só é possível executar o título apresentando-o. Sustentam estes autores que nem mesmo a apresentação de cópia autenticada supre a apresentação do título para a sua execução. Porém, para Fredie Didier6, a cópia autenticada supre a apresentação do título para a sua execução.
O princípio da literalidade determina que só vale o que está escrito no título de crédito, ou seja, só é credor quem o título determina, e no exato valor e forma que determina. Diz-se inclusive que só existe para o direito cambiário o que está expresso no título7. Neste sentido, o devedor também não se obriga a nada além do que está escrito no titulo de crédito.
Por sua vez, o princípio da autonomia dos títulos de crédito, que é considerado o mais importante princípio do direito cambial, determina que o título de crédito configura documento constitutivo de direito novo, autônomo, originário e completamente desvinculado da relação que lhe deu origem8. Isto significa que as relações obrigacionais presentes no título de crédito estão desvinculadas das obrigações que originalmente deram origem ao título de crédito. Ou seja, caso haja um vício na relação jurídica que originou o título de crédito, este vício não vai atingi-lo. Para Cesare Vivante, o título tem um direito próprio, que não pode ser limitado ou destruído por relações anteriores.
Há dois subprincípios do direito cambiário que derivam diretamente do princípio da autonomia: o subprincípio da abstração e o subprincípio da inoponobilidade das exceções pessoais ao terceiro de boa-fé.
Etapa 3
Passo 2
a) Os títulos de crédito se destacam como instrumento para circulação de riquezas, o que é bastante perceptível em um mundo cada vez mais consumista.
 Um dos títulos mais utilizado é o cheque que por sua vez tem uma grande importância econômica, pois substitui a mobilização de valores monetários no meio comercial. A princípio sua função é de meio de pagamento, ou seja, compensação de débitos e créditos.
Entendimento: Muitos autores defendem o cheque como titulo de crédito e outros contestam esta teoria dizendo que o cheque é simplesmente uma forma de pagamento.
b) Carturalidade – A cartularidade é a característica do título que tem por base sua existência física ou equivalente, ou seja, o título tem que existir na sua essência como elemento efetivo e representativo do crédito. Assim, um título de crédito existe enquanto existir a sua cártula.
Entendimento: enquanto existir o próprio título impresso, não sendo admitida inclusive cópia para efeitos de execução da dívida. Daí decorre o axioma jurídico de que "o que não está no título não está no mundo".
c) Literalidade – A literalidade carrega em si a formalidade e o rigor do que deve estar expresso no título de crédito, pois representa o conteúdo escrito no próprio documento. Só tem valor jurídico-cambial o efetivo escrito no título de crédito original, explicitando assim, de forma literal, a obrigação por ele representada. 
Entendimento: decorrência da literalidade, o devedor tem a garantida de que até à data do vencimento, não lhe será exigido obrigação cambiária em valor superior ao que está literalmente expresso documentalmente. Por outro lado, o credor tem a garantia de que o devedor, na data aprazada, lhe pagará a efetiva quantia expressa no título de crédito, sob pena de incorrer em obrigações adicionais, a exemplo de juros, multa e honorários advocatícios.
d) Autonomia e Abstração – A autonomia representa a independência das obrigações vinculadas a um mesmo título.
Entendimento: com a autonomia tem-se a desvinculação do título de crédito em relação ao negócio jurídico que motivou a sua criação.
Etapa 3
Passo 3
 A influência da informática sobre os mais variados ramos doconhecimento tem gerado desafios para os respectivos profissionais, que têm que se adaptar a essa nova realidade marcada pela constante e veloz mudança que a tecnologia da informação vem imprimindo. Na ciência do direito não é diferente. O direito processual, principalmente, tem sofrido mudanças largas para se adaptar ao mundo da tecnologia digital. Por consequência, o processo também deve seguir novos rumos: o processo eletrônico já é realidade na maioria dos Tribunais. No entanto, esse impacto tecnológico tem sido mais acentuado nas relações comerciais, sendo os bancos os pioneiros nessa revolução. E nesse contexto, num dos elementos principais das transações comerciais reside o objeto do presente trabalho: os títulos de crédito. Tratados pelo direito cambiário, os títulos de crédito foram atingidos de cheio pela nova realidade tecnológica com a possibilidade de emissão de títulos virtuais ou eletrônicos. O Código Civil Brasileiro, em seu artigo 889, § 3º, agasalhou tais instrumentos que na prática já vinham sendo  utilizados. No entanto, alguma dificuldade prática, e considerável, tem surgido quando o devedor não paga voluntariamente o título, sendo necessária a execução. Nesse ponto o credor se vê diante de um complicador que entrava a satisfação do seu direito: como executar um título gerado em meio magnético utilizando-se de um processo materializado totalmente em uma plataforma de papel, como ainda é na maioria das comarcas da justiça estadual? Tal dilema conduz a um outro questionamento: o direito brasileiro comporta a execução de tais títulos eletrônicos? No presente trabalho, após breve revisão acerca da teoria geral dos títulos de crédito e do atual estágio do desenvolvimento do processo eletrônico em nossos Tribunais, conclui-se que a criação do título em meio eletrônico já é acobertada pelo direito brasileiro, conforme se pode observar do §3º do artigo 889 do Código Civil. No entanto, em relação à executividade desse título, o direito processual ainda não alcançou o estágio do direito material.  Para viabilizar completamente a execução, devem ser processadas alterações legislativas a fim de estender a  todos os títulos de crédito a facilidade do protesto por indicações, conferida às duplicatas pela lei 5.478/68, e por outro lado, a relativização do princípio da cartularidade, para autorizar que a execução seja proposta à vista de boleto ou outro documento similar, emitido pelo credor a partir de informações relativas ao título obtidas em seu livro de registro
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Sociedade fundada em meados de 2011 em amplo crescimento na área jurídica em seus vários segmentos.
Já considerada 2° maior nome entre os escritórios do ramo em 2012.
A origem do capital da empresa deu-se por meio de aporte na formação do primeiro Contrato Social.
A composição acionária divide-se me sócios A com 2.000 cotas e sócios B com 1 cota cada.
Seu nível de faturamento é de R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais por mês).
Empregados registrados por CLT : 10 entre sede e filial.
Cultura e clima organizacional: O escritório se destaca pelo seu compromisso e parceria com o cliente, participando ativamente de suas operações, em todos os ramos do direito empresarial, por meio de um atendimento personalizado e inovador. 
LCCF Advogados possui, como valores institucionais, excelência em qualidade, atuação ágil, objetiva e soluções eficientes.
Visão: Acreditamos no aperfeiçoamento da sociedade pelo Direito. E na Advocacia compromissada com a ética, responsabilidade, excelência das soluções legais, satisfação dos nossos clientes e realização pessoal dos nossos integrantes.
Bibliografia: http://www.lccfadvogados.com.br/Home.html
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Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultando à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
O Princípio da Capacidade Contributiva é o princípio jurídico que orienta a instituição de tributos impondo a observância da capacidade do contribuinte de recolher aos cofres públicos. Neste sentido, vale transcrever os ensinamentos de Ruy Barbosa:
Griziotti propôs como conceito da capacidade de pagar imposto a soma da riqueza disponível, depois de satisfeitas as necessidades elementares de existência que pode ser absorvida pelo Estado, sem reduzir o padrão de vida do contribuinte e sem prejudicar as suas atividades econômicas. [4]
Bernardo Ribeiro de Moraes assim conceitua o referido princípio:
O princípio da capacidade contributiva, pelo qual cada pessoa deve contribuir para as despesas da coletividade de acordo com a sua aptidão econômica, ou capacidade contributiva, origina-se do ideal de justiça distributiva. [5]
Com a aplicação deste princípio haverá tratamento justo, se o legislador considerar as diferenças dos cidadãos, tratando de forma desigual os desiguais impondo o recolhimento de impostos considerando a capacidade contributiva de cada cidadão em separado. O tributo é justo desde que adequado à capacidadeeconômica da pessoa que deve suportá-lo. Não basta que o imposto seja legal, mister se faz que o mesmo seja legítimo. O eminente doutrinador Sacha Calmon teceu as seguintes considerações:
Por que deve o legislador considerar as disparidades? Para nós, a juridicidade da capacidade contributiva resulta, como vimos, do lado positivo do princípio da igualdade: o dever imposto ao legislador de distinguir disparidades. [6]
A capacidade contributiva a ser aferida é a capacidade subjetiva do contribuinte, a real aptidão de determinada pessoa para recolher ao Fisco. Assim, observa o ilustre mestre Aliomar Baleeiro, na sua obra clássica Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar, verbis:
Do ponto de vista subjetivo, a capacidade econômica somente se inicia após a dedução das despesas necessárias para a manutenção de uma existência digna para o contribuinte e sua família. Tais gastos pessoais obrigatórios ( com alimentação, vestuário, moradia, saúde, dependentes, tendo em vista as relações familiares e pessoais do contribuinte, etc.) devem ser cobertos com rendimentos em sentido econômico – mesmo no caso dos tributos incidentes sobre o patrimônio e heranças e doações – que não estão disponíveis para o pagamento de impostos. A capacidade econômica subjetiva corresponde a um conceito de renda ou patrimônio líquido pessoal, livremente disponível para o consumo, e assim, também para o pagamento de tributo. Desta forma, se realizam os princípios constitucionalmente exigidos da pessoalidade do imposto, proibição do confisco e igualdade, conforme dispõem os arts. 145, §1º, 150, II e IV, da Constituição. [7]
Toda pessoa que possui capacidade contributiva possui capacidade para ser sujeito passivo tributário. O tributo é um dever e tem como finalidade captar recursos para os cofres públicos, tem natureza econômica, patrimonial. Os cidadãos devem contribuir para a manutenção do Estado, para que este possa atingir os seus fins, devendo esta contribuição operar-se na medida do possível, na proporção de suas respectivas capacidades. A observância deste princípio resulta na equidade da tributação, ensinamentos já relevantes no final do século XVIII, tendo sua primeira manifestação sido percebida na Declaration des droits, a declaração francesa de direitos, de 1989, e profundamente difundido por Adam Smith.
Trata-se de uma verdadeira limitação ao poder do Estado de instituir tributos, já que é de aplicação imperativa a referida norma constitucional. Assim, sempre que for possível, os impostos deverão ser graduados de forma progressiva em nome da justiça e da igualdade, sob pena de ser instituído imposto juridicamente inválido. Configura-se, enfim, como uma proteção ao contribuinte.
Toda pessoa que possui capacidade contributiva possui capacidade para ser sujeito passivo tributário. O tributo é um devere tem como finalidade captar recursos para os cofres públicos, tem natureza econômica, patrimonial. Os cidadãos devem contribuir para a manutenção do Estado, para que este possa atingir os seus fins, devendo esta contribuição operar-se na medida do possível, na proporção de suas respectivas capacidades. A observância deste princípio resulta na equidade da tributação, ensinamentos já relevantes no final do século XVIII, tendo sua primeira manifestação sido percebida na Declaration des droits, a declaração francesa de direitos, de 1989, e profundamente difundido por Adam Smith.
Etapa 4
Passo 2
1. O presente trabalho tem por objetivo discutir a possibilidade de se enquadrar o princípio da capacidade contributiva como fonte de direitos fundamentais do contribuinte. Para que tal enquadramento seja possível, há de se investigar se o referido princípio pode ser inserido na estrutura própria dos direitos fundamentais.
Destarte, com o intuito de realizar tal investigação, será exposta, em um primeiro momento, a conceituação dos direitos fundamentais, distinguindo-os de conceitos afins e ressaltando suas esferas objetiva e subjetiva. Em seguida, será explicada a estrutura ínsita aos direitos fundamentais, a qual tem como base a distinção entre regras e princípios.
Ultrapassada essa fase, será exposto o conceito do princípio da capacidade contributiva, o que servirá como base para se averiguar se de tal princípio pode ser enunciado como fonte donde são ortivos direitos fundamentais.
Ao final, serão apresentadas as conclusões alcançadas com o presente estudo.
2. O conceito de direitos fundamentais e suas esferas subjetiva e objetiva
Na tarefa de se estabelecer um conceito de direitos fundamentais, importa, antes de mais nada, analisá-los em conjunto com a conceituação de diversas figuras afins, que possuem estreita ligação com eles, sem, no entanto, que se possa confundi-los. É o que se passa a fazer.
Desde a concepção original dos direitos fundamentais, coincidente com o auge do ideal burguês de sociedade, muitas foram as modificações sofridas pelo conceito destes tais direitos. Se, em um primeiro momento, eram direitos fundamentais, tão-só, a vida, a liberdade e a propriedade – de modo a restar delimitada uma esfera de atuação pessoal onde seria impossível imiscuir-se o Estado – em tempos posteriores veio a alargar-se e, até mesmo, modificar-se a concepção que informara os ideais iluministas sobre a conceituação dos direitos fundamentais.
Estas modificações históricas do conceito tornam difícil delimitá-lo ainda nos dias de hoje, já que a própria expressão “direitos fundamentais” não é única, tendo sido apenas uma das utilizadas ao longo dos anos para expressar o que hoje entendemos como direitos fundamentais. Neste diapasão, antes que se possam conceituar os direitos fundamentais, faz-se mister fixar o significado das outras expressões utilizadas, equivocadamente, para representar os direitos fundamentais.
Dentre as expressões mais utilizadas, cumpre analisar com mais detença as seguintes: direitos naturais, direitos humanos, direitos individuais e direitos da personalidade.
2. A avaliação da carga tributária de um país é obtida pela comparação entre o total dos tributos arrecadados pelas diversas esferas de governo e o Produto Interno Bruto – PIB. [01] De certa forma, o montante das receitas tributárias devem estar adequadas às necessidades de recursos suficientes para o financiamento das despesas e serviços públicos especificados nos orçamentos dos entes públicos, observada a capacidade de contribuição da população.
É uma estranha constatação a de que, em geral, discuta-se o nível da carga tributária desconectada da idéia de Estado que se pretende edificar. Se o seu financiamento se dá, especialmente, pelos tributos pagos pelos cidadãos, ambos devem ser levados em consideração, pois cabe à sociedade debater em primeiro plano, o conjunto de políticas públicas que espera ver concretizados pelos poderes estatais, para somente após dimensionar o montante a ser arrecadado para atingir os fins pretendidos.
Nos últimos séculos, a carga tributária dos países vem caminhando em sintonia com os diversos modelos de Estado implementados em cada época. Especialmente a partir do século XVII, ocorre um processo cíclico de aumento e redução dos poderes estatais em cada uma de suas fases que, de certa forma, fez-se acompanhar por uma maior ou menor incidência tributária sobre os indivíduos. O Estado Absolutista detinha todo o poder centrado numa realeza que tributava com rigor, especialmente as classes mais pobres, para financiar a pesada estrutura pública. Com o advento do Estado Liberal, a redução das atribuições estatais permitiu uma diminuição dos tributos, deixando à economia o papel de produzir a melhoria das condições de vida da população. Seguindo outra linha, o Estado de Bem-Estar estava comprometido com a ampliação dos direitos sociais que somente se concretizaram pela ampliação da tributação. Por fim, o Estado Neoliberal caminha para a minimização das funções públicas e, em consequência, para uma redução da carga tributária.
3.Questinario:
O Impacto dos impostos pode ser totalmente repassado aos consumidores?
Resposta: Nesta linha, se o mercado de determinados produtos ou serviços é muito suscetível à variação de preços, o impacto de um imposto não poderá ser totalmente repassado aos consumidores, porque redundaria em queda nas quantidades vendidas em maior proporção ao aumento dos preços, por conseguinte, em redução no faturamento. Neste caso, os contribuintes elevarão os preços até o ponto máximo de equilíbrio, em que a redução da demanda seja amenizada, e arcarão com uma parte do imposto. Por outro lado, caso a afetação decorrente da variação de preços seja pequena ou nula, os fornecedores de bens ou serviços poderão repassar integralmente o custo dos impostos aos consumidores.·.
Oque pode afetar a capacidade econômica dos consumodores?
Resposta: Porquanto, quando se tratar de tributos incidentes diretamente sobre pessoas e suas riquezas, a tributação opera-se por meio da retirada de parte da renda disponível para consumo ou poupança, o que por evidente, diminui a capacidade de compra dos consumidores. 
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Passo 3
1. A rotina moderna e as transformações sociais têm exigido um direito com uma atuação mais célere. A dinâmica do Direito, considerando-se a produção de leis funciona aquém das necessidades sociais. E isso é especialmente verdadeiro, em se tratando do caso do Direito Empresarial. Um exemplo é a mudança de nomenclatura do antigo Direito Comercial, para o atual Direito Empresarial, demonstrando uma distinção significativa de elementos-chave.
De um lado, no que se refere às Obrigações Civis, há princípios que não admitem maleabilidade em sua aplicação. De outro, alguns institutos são mutáveis, admitindo algumas variações interpretativas. E é isso que garante a possibilidade de adaptação do Direito ao caso concreto. O que não quer dizer, porém, que não haja contradições entre a vontade do legislador e o texto da lei.
O objetivo do presente artigo é analisar a relação entre o atual Direito Empresarial e o Direito Civil. Para tanto, impende reconhecer os movimentos de unificação destes, por intermádio do regramento civilista. Estuda-se também a formação dos contratos civis e comerciais, tendo por norte as diferenças entre estes. Por último, trata-se das Obrigações Civis e Comercias, relevando-se o que as difere e os motivos que levam parte da doutrina a afirmar que estas foram unificadas.
Inicialmente, porém, realiza-se uma discussão acerca da satisfação de necessidades. Isso é um elemento relevante para a discussão acerca da modificação de sentido do Direito Comercial e sua transformação em Direito Empresarial. Porém, normalmente, deixa-se de discuti-la com o apuro necessário.
2. COMÉRCIO E SATISFAÇÃO DE NECESSIDADES
Antes da discussão proposta, deve-se referir que é intrínseca ao ser humano a satisfação de suas necessidades. Nesse sentido, sábias são as observaçõesde Maslow, segundo Chiavenato (1994). Este formulou uma teoria comportamental que postula que a busca pela satisfação das necessidades ocorre, primeiro, acerca daquelas de nível mais inferior, que possuem o caráter físico. Depois, o ser humano busca saciar as suas necessidades de nível superior, sendo estas consideradas em função do seu caráter intelectual.
Marx (2000) busca no processo histórico o fundamento das relações sociais, considerando-se o controle das posições dos indivíduos em relação às estruturas de poder. Para tal autor, a história é entendida como um complexo de lutas entre os elementos sociais (classes), que disputam o poder no âmbito de relações de conflito. Não se trata de uma luta exclusiva pela satisfação suas necessidades, propriamente ditas. Para Marx, a luta de classes se refere ao controle dos Meios de Produção. É por meio deles que se determina a quais produtos serão produzidos e, por conseguinte, se determina quais necessidades serão satisfeitas.
Levando em consideração essa tendência, porém focalizando elementos distintos, situa-se Schumpeter (1961). Para esse economista, o universo de ação do indivíduo é pautado levando-se em consideração a administração de vontades, sejam estas consideradas como pessoais (individuais) ou coletivas. Segundo esse autor, é dentro de cada estrato social que atua a administração de vontades. E ela se processa à medida que cada um dos indivíduos consegue efetivamente atingir os seus objetivos.
Observa o autor que é dentro de cada estrato social, que as famílias se organizam em funções, incorporando ações que são consideradas relevantes no mundo do trabalho. E isso define o status dos seus membros, bem como o status que a família irá adquirir, em determinada sociedade. Deve-se ressaltar que a luta (física ou teórica) pela conquista de funções importantes/essenciais para a sociedade, é a constante nas atividades desenvolvidas. E é isso que determina a busca pelo poder.
Como se pode perceber, tal questão difere radicalmente do sentido adotado pela teoria marxista, na qual o papel de cada estrato social, que são interpretados enquanto classes sociais que possuem caráter fixo. Até mesmo porque, considerando-se o controle dos Meios de Produção, os papeis de cada classe são fixos. Ao contrário, a administração dos conhecimentos dominados, bem como a situação (econômica) familiar e suas alianças (casamentos) são os elementos com os quais se maximiza os ganhos de poder, dentro da estrutura social, como bem elabora Schumpeter.
Porém, deve-se evidenciar que Pareto (1984) acrescenta tese mais controversa. Para esse pensador italiano, a realidade é igualmente um luta. No entanto, o que move o homem é o seu eterno e incompleto desejo pela satisfação. E, pela falta de possibilidade de saciar as necessidades, gera-se a insatisfação. Considerando-se tal perspectiva, a insatisfação age no inconsciente, determinando aquelas necessidades que devem ser satisfeitas. E, nesse sentido, a desestabilização é de tal ordem, que não se observa qualquer possibilidade de hierarquizá-las. É por meio dessa “viagem de satisfação”, que o indivíduo explica seus atos de forma racionalmente válida, de modo a justificar suas ações.
Independentemente da teoria analítica das necessidades humana pela qual se paute, inegável é que o homem desenvolveu seu convívio com o objetivo de satisfazer suas necessidades. É inerente a cada um dos indivíduos a busca pelo conforto e pela possibilidade de alcançar dado bem com o menor esforço possível. Para tanto, desenvolveu-se a noção de troca, o que influenciou na construção da noção de comércio, que orienta toda a economia. A questão se complica não no que se refere às necessidades a serem satisfeitas, mas sim no que concerne aos atos que levarão até a essa satisfação.
O primeiro passo nessa cadeia, porém, envolve a produção desses bens. Partindo-se da noção de controle de insumos, até a confirmação efetiva produção desses bens, o caminho é extenso. Além do mais, toda a cadeia produtiva precisa atender a uma determinada lógica, que privilegia a concepção dos bens e do conforto potencial, a ele associado. Considerando-se a importância desses elementos, os seres humanos buscaram regrar essa espécie de interação. Assim, surgiu o chamado Direito Comercial. Esse elemento é discutido no próximo item.
3. DA TEORIA DOS ATOS DE COMÉRCIO À TEORIA DA EMPRESA
No presente item, busca-se analisar as transformações no modo de ser do Direito Comercial, com o advento do Código Civil de 2002. O foco principal se refere à alteração dos limites teóricos e práticos do diploma legal anterior. Para operacionalizar a discussão proposta, inicia-se com o dimensionamento do status atual do Direito Empresarial. Em especial, busca-se dar conta da sua diferenciação em relação ao tradicional Direito Comercial.
O Código Comercial regulamentava as atividades comerciais no país antes de ser promulgado o Código Civil de 2002. Note-se que tal diploma pertencia a uma legislação desconectada da realidade atual, uma vez que foi criado em 1850, ainda durante o reinado de Dom Pedro II. Prova disso é que ele dispunha a atividade comercial enquanto relação baseada na teoria dos “Atos de Comércio”.
A Teoria dos Atos de Comércio é uma concepção legal utilizada na França, que foi fundada nas aspirações da Revolução Francesa, de 1789. A despeito das particularidades da classificação dos Atos de Comércio, falha em alguns casos, ela fundou o Direito Comercial brasileiro. Segundo a concepção expressa pelo Código Comercial, tal ramo de direito era baseado na realização de uma atividade econômica visando o lucro, advinda da interposição habitual de troca, segundo Führer (2005).
Nesse sentido, cabível é observar a interpretação dada por Waldermar Ferreira. Pautando-se por observações daquele autor, Lippert (2003) expõe que “[...] o ato de comércio distingue-se do ato jurídico de natureza civil pelo seu caráter especial, ou seja, pela mediação entre a produção e o consumo, 'no seu conceito profundo e eminentemente econômico' (LIPPERT, 2003, p. 52). Dessa forma, fica evidente que a atividade comercial envolve a intermediação com vistas à aquisição de bens.
Impende ressaltar que configura-se o Ato de Comércio se forem observadas duas condições. De um lado está a prática, com regularidade ou habitualidade, por um indivíduo, no âmbito de sua atividade profissional, dessa intermediação. De outro lado, está a prática da intermediação com a intenção da obtenção de resultado financeiro positivo, ou seja, com o intuito da percepção de um determinado lucro.
No entanto, acerca de tais atos, informa Silva, que
“[...] atos com conteúdo econômico poderiam ser civis ou comerciais. Na verdade a questão não era tão simples, pois a doutrina não conseguia estabelecer exatamente um conceito científico do que seria o ato de comércio, sendo mais fácil admitir que ato de comércio seria uma categoria legislativa, ou seja, ato de comércio seria tudo que o legislador estabelece que teria regime jurídico mercantil”. (SILVA, 2003, p. 01)
Desse modo, como bem reforça Lippert (2003), houve a necessidade de estruturar atos considerados como específicos de comércio. Para suprir essa definição, surgiram duas tipologias. A primeira determinava aqueles atos que eram tipicamente mercantis, de modo exemplificativo. Já a segunda, primava por enumerar os elementos caracterizadores dos Atos de Comércio, segundo o teor legal-burocrático. Porém, essa não era uma classificação fácil de ser realizada, como se observa, especialmente considerando-se as semelhanças entre ambos.
Resta claro que, mesmo antes da promulgação do Código Civil de 2002 havia ampla discussão acerca do funcionamento das obrigações comerciais, bem como acerca da semelhança entre os atos de comércio e os demais atos jurídicos, de conteúdo civil. Isso se deve ao fato de ambos possuírem os mesmos requisitos essenciais. Afinal, em qualquer dos casos, relevante será a preocupação com a capacidade dos agentes e a possibilidade da identificação ou licitude doobjeto. Além disso, é necessário que se considerem também as formalidades associadas a cada do ato, para aqueles nos quais a formalidade é da sua essência.
É interessante notar que tal questão é, de todo modo, controversa. Especialmente quando se considera que “[...] compreendeu-se que o negócio jurídico é tão-somente uma oportunidade para a manifestação da autonomia privada (entendida esta como o poder de dispor a respeito de seus interesses nas relações com os outros), como refere Perin Junior (2000, p. 01). Porém, a autonomia não é uma questão definitiva, no momento atual, especialmente quando se releva o papel da função social.
Essa percepção reforça uma diferenciação objetiva, entre o Negócio Jurídico e o Ato de Comércio. No primeiro caso, a função social é mais relevante, uma vez que ela é o motor da vontade dos agentes. No segundo caso, há uma ligação lógica entre a produção e o consumo, que deve ser respeitada. E isso faz com que o Ato de Comércio tenha um sentido muito mais de atendimento à vontade dos agentes, do que o Negócio Jurídico civil.
Reforce-se que a adoção de uma definição “genérica”, determinada por intermédio de um conceito abrangente representa uma complicação para a busca da Segurança Jurídica. Relevância ainda maior tem uma definição mais precisa, uma vez que se considera que as atividades econômicas são relevantes não apenas na produção de riquezas, mas sobremaneira enquanto motores do desenvolvimento do país e de sua indústria. Trata-se de uma questão delicada, uma vez que mesmo se baseando na Teoria dos Atos de Comércio, o Código Comercial não buscou definir o seu significado.
Porém, essa questão não passou a descoberto. Isso ocorre à medida que o Regulamento 737, também de 1850, buscou realizar uma determinação legal enumerativa, por meio do seu art. 19, do significado desse termo. Não se escapa, porém, do paradoxo de o Código Comercial ao adotar aquela teoria, sem definir os atos, mesmo que de modo geral, enquanto o referido regulamento estipula um rol estrito, definindo com precisão o caráter de tais atos.
Tal questão foi resolvida pelo Código Civil de 2002, para Schuch (2005). Segundo o autor, houve uma ampliação teórica dos conceitos, quando da mudança do Direito Comercial para o Direito Empresarial. Além disso,
“Trata-se, sem sombra de dúvidas, da unificação codificada do Direito das Obrigações, incluindo em seu âmbito o que se classifica comumente como obrigações civis e comerciais. A unificação das obrigações pressupõe, necessariamente, o trato conjunto dos agentes profissionais que as desenvolvem. Assim, com base num conceito comum às atividades civis e comerciais, qual seja, o de atividade econômica, superou-se a dicotomia sob a figura da empresa e do empresário, regulando-se a 'Atividade Negocial' em si”. (SCHUCH, 2005, p. 01)
Para o autor, há uma intenção clara, no âmbito da legislação cível atual, no que se refere à unificação das Obrigações Cíveis e Comerciais. Porém, essa não é uma postura de todo clara, uma vez que há elementos que comprovariam um intuito contrário. Assim sendo, impende ressaltar o caráter dessas modificações estruturais, que foram propostas pelo Código Civil de 2002, com vistas à possibilidade de unificação dessas obrigações. Esse é o foco do próximo item do artigo.
2. Relatório Final.
Direito Comercial
O direito comercial não abrange apenas os atos de comércio e o regime jurídico do comerciante, isso consistia a parte geral do Código Comercial. É no direito comercial que se estuda, além da caracterização de quem seria comerciante (parte geral), os títulos de crédito, as marcas e patentes, a falência e concordata, o direito societário, o direito marítimo, o direito aeronáutico e, dependendo da corrente doutrinária a ser seguida, também o direito do mercado de capitais e o direito bancário. A doutrina consagrou que disposições de ramos distintos se interpretam de forma distinta. Isso decorre, evidentemente, da natureza específica de cada ramo do direito, já que cada ramo do direito tem objeto de regulação distinto, expressões próprias, visam atender necessidades sociais diferenciadas.
Com o novo Código Civil foi revogada a primeira parte do Código Comercial de 1850, e inserida uma novidade no mundo jurídico: a figura do empresário (anteriormente “comerciante”) e dos atos empresariais (antes “atos do comercio”). Essa revogação não fez desaparecer o direito comercial, apenas a regulamentação dos atos praticados na economia entre pessoas de direito privado passou a ser feita pelo Código Civil.
O direito falimentar continua existindo, tendo modificado apenas seu âmbito fático de incidência, agora a todos os empresários; o direito das marcas e patentes permanece inalterado; títulos de créditos, como objeto de regulação, continuam sendo títulos de créditos, ainda que novas disposições legislativas; o "Registro Público de Empresas Mercantis" também continua existindo, passando apenas a registrar empresários e não mais comerciantes; direito societário também continua sendo direito societário, ainda que com algumas alterações legislativas trazidas pelo novo Código.
Direito Empresarial
Direito Empresarial ou ainda Direito Comercial  são nomes dados a um mesmo ramo das ciências jurídicas, constituindo uma subdivisão do chamado Direito Privado. Tal divisão irá cuidar da atividade empresarial e de seu executante, o empresário, estabelecendo um corpo de normas disciplinadoras importantes na condução harmônica da atividade com os interesses do coletivo.
O principal documento do direito empresarial no Brasil é o Código Civil, que prevê as disposições importantes para empresários e empresas, em uma parte dedicada especialmente à matéria o Livro II, “do Direito de Empresa” que se estende do artigo 966 ao 1195.
Como mencionado, o principal ator dentro do direito empresarial é o empresário, e este possui uma definição específica no mesmo artigo 966:
“Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços“
Importante lembrar que sócios de sociedade empresária não são empresários, sendo considerados empreendedores ou investidores. Por sua vez, o empresário distingue-se da sociedade empresária, pois um é pessoa física (empresário) e o outro pessoa jurídica (sociedade empresária).
Já a empresa deve ser entendida como atividade revestida de duas características singulares, ou seja: é econômica e é organizada. Tecnicamente, o termo empresa deve ser utilizado como sinônimo de “empreendimento”.
De acordo com o Código Civil, as empresas podem se organizar de cinco formas distintas:
sociedade por nome coletivo – é empresa por sociedade, onde todos os sócios respondem pela dívidas de forma ilimitada.
sociedade comandita simples – organizada em sócio comanditários, de responsabilidade limitada e comanditados de responsabilidade ilimitada
sociedade comandita por ações – sociedade onde o capital está dividido em ações, regendo-se pelas normas relacionadas às sociedades anônimas.
sociedade anônima (companhia), conforme reza o artigo 1088 do Código Civil, sociedade onde o capital divide-se em ações, obrigando-se cada sócio ou acionista apenas pelo preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas.
sociedade limitada – prevista no Código Civil, no seu artigo 1052, em tal sociedade a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, sendo que todos respondem solidariamente pela integralização do capital social, dividindo-se este em quotas iguais ou desiguais, cabendo uma ou diversas a cada sócio.
Além destas sociedades, o direito empresarial prevê a figura da sociedade simples, aquela que não é registrada em Registro Público de Empresas Mercantis (requisito obrigatório a todas as cinco modalidades previstas acima), sendo por isso, impedida de postular direitos perante a justiça comum. Na prática, as empresas no Brasil estão distribuídas entre sociedades limitadas ou anônimas, sendo que as outras modalidades existem praticamente apenas no papel.

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