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Anotações de Fisiologia do Exercício

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Glossário
- Glicose: É um monossacarídeo (açúcar simples) usado pelo organismo como principal fonte de energia para o corpo.
- ATP: Adenosina trifosfato, é um nucleotídeo responsável pelo armazenamento de energia em suas ligações químicas.
- ADP: Adenosina difosfato, substância solúvel que quando é juntada com Pi (Fosfato inorgânico) gera ATP, toda vez que a energia é liberada em uma das etapas da respiração aeróbica.
- Glicogênio: É a forma como a glicose é estocada no organismo para futuras necessidades energéticas. Encontrado principalmente no músculo e no fígado.
- Hexocinase: É a enzima que catalisa a conversão de ATP e uma D-hexose a ADP e uma D-hexose em glicose-6-fosfato.
A função da hexocinase na regulação do metabolismo de carboidratos é bem conhecida e essencial para sua metabolização, sendo a primeira enzima a atuar sobre a glicose transformando-a em glicose-6-fosfato, que é o principal substrato para as vias metabólicas.
- Glicose-fosfato isomerase: Há a isomerização reversível da glicose-6-fosfato, formando frutose-6-fosfato. A enzima que catalisa esta reação é a glicose-fosfato isomerase que. participa na glicólise como a segunda enzima da via. 
- Fosfofrutocinase: Transforma frutose 6-fosfato + ATP em frutose-1,6 difosfato + ADP.
- Aldolase: Ocorre a divisão (clivagem) da frutose-1,6-bisfosfato em dois fragmentos de 3 carbonos, formando diidrogliceraldeido-fostato e gliceraldeído-3-fosfato. A enzima que catalisa esta reação é a aldolase.
- Triosefosfato isomerase: Apenas o gliceraldeído-3-fosfato pode ser diretamente degradada nos passos subsequentes da glicólise. Entretanto, a diidrogliceraldeido-fostato é convertida reversivelmente em gliceraldeído-3-fosfato, pela enzima triose-fosfato-isomerase.
- Gliceraldeído 3-fosfato desidrogenase: Ocorre a oxidação do gliceraldeído-3-fosfato a 1,3-difosfoglicerato, pela enzima gliceraldeído-3-fosfato-desidrogenase. Esta é a reação característica da glicólise, porque envolve a adição de fosfato ao gliceraldeído-3-fosfato e transferência de elétrons para o NAD+. O NAD+ é um transportador de energia, e é reduzido a NADH ao receber dois elétrons e um próton.
- Fosfoglicerato cinase: Há a produção de ATP pela fosforilação do ADP. A enzima que catalisa a reação de conversão do 1,3-difosfoglicerato a 3-fosfoglicerato é a fosfoglicerato-cinase. 
- Fosfogliceromutase: Há um rearranjo do 3-fosfoglicerato, e o fosfato passa do carbono 3 (C-3) para o carbono 2 (C-2). Isso acontece pela enzima fosfogliceromutase, formando então o 2-fosfoglicerato.
- Enolase: Enzima responsável pela perda de H2O, transformando o 2-fosfoglicerato em fosfoenolpiruvato. 
- Piruvato cinase: Ocorre a transferência de fosfato do fosfoenolpiruvato para o ADP, pela enzima piruvato cinase, formando 2 moléculas de  piruvato  e 2 ATP. 
A fadiga muscular
A fadiga muscular pode ser definida como uma perda de força que acarreta na redução do desempenho em uma determinada tarefa
	
	 
	Em situação de intensa atividade muscular, os músculos estriados esqueléticos necessitam de muita energia. O grau e a causa da fadiga muscular são dependentes da duração, intensidade e natureza dos exercícios, composição do tipo de fibra muscular, nível de condicionamento físico e fatores ambientais como altitude, umidade e temperatura.
Exercícios de alta intensidade –Este tipo de exercício envolve uma demanda energética que ultrapassa a potência aeróbica máxima do indivíduo, solicitando um alto grau de metabolismo anaeróbico. Conseqüentemente diminuem os fosfatos de alta energia do músculo, trifosfato de adenosina (ATP) e fosfocreatina (CP), enquanto que fosfato inorgânico (Pi), difosfato de adenosina (ADP), lactato e íons hidrogênio (H+) aumentam na medida em que a fadiga se instala.
O acúmulo desses metabólitos tem sido apontado como um fator importante na gênese da fadiga muscular e na predisposição às câimbras. Para evitá-las, concentrações adequadas de ATP devem ser mantidas pelo organismo, pois esse substrato é um dos responsáveis pela fonte imediata de energia para as contrações musculares. A fosfocreatina também diminui com a atividade contrátil do músculo, e alguns estudos têm sugerido que concentrações baixas de CP podem também induzir à fadiga muscular.
O hidrogênio é particularmente interessante como agente causal, pois pode atuar de várias formas na célula: inibição da atividade de enzimas das vias produtoras de energia, inibição da utilização do cálcio (Ca+) pelas células musculares, e alteração do perfil iônico intracelular. Uma fonte importante dos íons de hidrogênio durante a atividade muscular intensa é a produção anaeróbica de ácido lático, que em sua maior parte se dissocia em íons lactato e H+. Atualmente, já está bem estabelecido que a fadiga ocorra pela elevada concentração de H+ (íons hidrogênio) e não pelo aumento de lactato ou ácido lático não dissociado, devido à inibição das vias metabólicas produtoras de energia.
Exercícios de endurance – Inúmeros fatores têm sido apontados como causadores de fadiga resultante de atividades físicas de longa duração. Entre eles estão incluídos a depleção de glicogênio muscular e hepático (do fígado), a diminuição da glicose sanguínea, a desidratação, e o aumento da temperatura corpórea.

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