Aula 08 - O Livro Didático de Matemática Recurso no Processo Ensino-Aprendizagem

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Conteúdo, Metodologia e Prática do Ensino da Matemática
Aula 8 – O Livro Didático de Matemática: Recurso no Processo Ensino-Aprendizagem
Objetivos da aula: 1. Identificar o livro didático de Matemática como recurso auxiliar na condução do trabalho didático. 2. Comparar a evolução do livro didático de Matemática com as importantes funções que desempenha no ensino e aprendizagem. 3. Identificar os critérios e instrumentos de avaliação do livro didático de Matemática.
Esta aula convida você a identificar quais são os recursos que o livro didático pode oferecer em relação ao ensino, à aprendizagem de matemática e ao trabalho pedagógico do professor na sala de aula. Além disso, levanta várias questões sobre a cuidadosa escolha desses manuais e o papel da autonomia pedagógica do professor na utilização desse recurso auxiliar na condução do trabalho didático.   Ao comparar a evolução do livro didático com as várias e relevantes funções que desempenha, apresentamos mudanças ocorridas em relação à nova estrutura de organização do ensino fundamental de nove anos.  Para concluir a aula, são identificados os critérios utilizados na avaliação do livro didático.
O Livro didático em questão
O que é um livro didático de matemática? No Brasil, para ser didático, um livro necessita ser utilizado de forma sistemática no ensino-aprendizagem de uma determinada área do conhecimento, como é o caso da Matemática.  Além disso, deve ser uma publicação dirigida tanto aos professores quanto aos alunos. Assim, o Livro Didático: - Organiza os conteúdos a serem ensinados; - Indica a forma como o professor deve planejar as suas aulas e tratar os conteúdos matemáticos com os alunos. São considerados livros didáticos todos aqueles que motivam o aluno apoiando a autonomia e a organização dos alunos em situações de ensino-aprendizagem, criando condições para  diversificar e ampliar as informações matemáticas que trazem em seu contexto. Clique na ilustração ao lado e conheça  a história do livro didático, desde sua elaboração pelos autores, passando pela editora, pela gráfica, pelo MEC até chegar à escola e às mãos dos alunos. A história do Livro Didático http://revistaescola.abril.com.br/swf/animacoes/exibi-animacao.shtml?gestao-livro-didatico-2.swf Como você pode observar, o PNLD (Programa Nacional do Livro Didático), desde 1996, por meio de critérios de avaliação, faz a indicação oficial dos livros didáticos. 
As orientações do PNLD para a avaliação das coleções de Matemática têm como base os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) e os estudos mais recentes no âmbito da Educação Matemática sobre o ensino e aprendizagem dessa disciplina. Os conteúdos escolares de matemática, que estão presentes nos livros didáticos, são determinados pelos programas escolares e formulados de acordo com as tendências de cada autor e editora. Estes manuais, ao serem utilizados em sala de aula, influenciam as práticas dos professores e condicionam a aprendizagem dos alunos através das suas propostas didáticas. Os livros didáticos são de interesses muito variáveis para os professores porque cada LD (livro didático) possui uma intenção de utilização: Correção de exercicios, função didática de cada função e ajuda, Complemento da disciplina de matemática. Estes manuais tornam-se, para os professores, instrumentos importantes a partir das orientações que contêm referentes à didática e aos conteúdos, constituindo-se em material de referência e de reflexão para o professor.  Assim, de acordo com o Guia de Livros Didáticos – PNLD 2010, que está disponível na Biblioteca desta aula, cabe à escola, em particular ao professor,  a condução do processo de ensino e aprendizagem, assim como o acompanhamento do desenvolvimento dos alunos.
Quais as funções do livro didático de Matemática?
O quadro a seguir, elaborado a partir do Guia de Livros Didáticos – PNLD 2010, nos ajuda a organizar as funções que o livro didático desempenha em relação ao professor e aluno
Qual é o papel do livro didático no ensino-aprendizagem da Matemática?
O livro didático é um recurso auxiliar na condução do trabalho didático. Ele é mais um interlocutor que passa a dialogar com o professor e com o aluno. Nesse diálogo, o livro didático é portador de uma perspectiva sobre o saber a ser estudado e sobre o modo de se conseguir aprendê-lo mais eficazmente. Ele não pode ocupar papel dominante neste processo e cabe ao professor ficar atento para que a sua autonomia pedagógica não seja comprometida. O livro didático não deve ser o único suporte do trabalho pedagógico do professor, ele deve buscar: Complementá-lo de modo a ampliar suas informações e as atividades que são propostas; Contornar as suas deficiências; Considerar as especificidades sociais e culturais da comunidade em que o livro é utilizado; Adequá-lo ao grupo de alunos que o utiliza. Estas são ações nas quais o professor é insubstituível!
O ensino fundamental de nove anos e o livro didático de matemática
Como concebemos a Matemática no mundo de hoje?
Nas aulas anteriores, foi possível observar como a Matemática está presente nas atividades humanas. 
Em nossa sociedade atual, permeada por tecnologias de base científica  e por um crescente acúmulo de troca de informações de vários tipos,  as competências matemáticas desempenham  papel relevante para a inserção de todo o cidadão nesta mesma sociedade. Este saber não é um repertório de conhecimentos antigos e cristalizados, mas sim um conjunto de ideias e procedimentos extremamente poderosos e em evolução constante. Estudos no campo da educação matemática defendem que ensinar Matemática não é simplesmente transmitir informações sobre o saber acumulado nesse campo. É muito mais do que isso –  o processo de ensino-aprendizagem da Matemática envolve um leque variado de competências cognitivas e requer, além disso, que se favoreça a participação ativa do aluno. O Guia do PNLD 2010 propõe um conjunto de competências matemáticas a serem construídas: Utilizar as novas tecnologias de computação e de informação; Interpretar matematicamente situações do dia a dia ou de outras áreas do conhecimento; Usar independentemente o raciocínio matemático para a compreensão do mundo que nos cerca; Resolver problemas, criando estratégias próprias para sua resolução, desenvolvendo a iniciativa, a imaginação e a criatividade; Avaliar se os resultados obtidos na solução de situações-problema são ou não razoáveis; Estabelecer conexões entre os campos da Matemática e entre essa e as outras áreas do saber; Raciocinar, fazer abstrações com base em situações concretas, generalizar, organizar e representar; Compreender e transmitir ideias matemáticas, por escrito ou oralmente, desenvolvendo a capacidade de argumentação; Utilizar a argumentação matemática apoiada em vários tipos de raciocínio: dedutivo, indutivo, probabilístico, por analogia, plausível, entre outros. Comunicar-se utilizando as diversas formas de linguagem empregadas na Matemática; Desenvolver a sensibilidade para as relações da Matemática com as atividades estéticas e lúdicas. Essas competências gerais desenvolvem-se de forma articulada com competências específicas associadas aos conteúdos matemáticos visados no ensino do 1º ao 5º ano.
Os conteúdos  que você acabou de ver podem ser organizados em quatro grandes campos:
Números e Operações: consiste no estudo dos números naturais e racionais e das operações fundamentais. Este Bloco foi estudado nas Aulas 1, 2 e 4. Aproveite e faça uma releitura dessas aulas.
Geometria: refere-se à exploração do espaço e forma e dos movimentos, onde estão associados à localização, o deslocamento de espaço  nas três dimensões, a semelhança, simetria, dentre outros. Este Bloco foi estudado na Aula 3. Aproveite e faça uma releitura dessa aula.
Grandezas e Medidas: Grandezas é tudo aquilo que se convencionou como possível de ser mensurado (comprimento, área, volume, massa, tempo, temperatura, valor monetário e velocidade). Asmedidas são parâmetros com os quais pode-se mensurar determinada grandeza (metro, litro, quilograma, etc). As grandezas e medidas tornam-se bastante significativas para a aprendizagem da Matemática por mostrarem claramente ao aluno a utilidade do conhecimento matemático em seu cotidiano. Este campo foi estudado por você na Aula 5. Aproveite e faça uma releitura dessa aula.
Tratamento da Informação: é constituído por conteúdos relativos à estatística, à combinatória e à probabilidade. Na sociedade atual, esses conteúdos ganham relevância porque referem-se à interpretação e compreensão de dados, veiculados principalmente nos meios de comunicação. Você estudou este campo na Aula 6. Aproveite e faça uma releitura dessa aula. 
Estes conteúdos  fazem parte do currículo de Matemática para os anos iniciais do Ensino Fundamental e são,  geralmente, abordados pelos livros didáticos de Matemática.
O que é ensino fundamental de nove anos? 
No sentido de oferecer maiores oportunidades de aprendizagem no período da escolarização obrigatória e assegurar o ingressi, mais cedo, no sistema de ensino, segundo o Plano Nacional de Educação de 2000, que entreou em vigor em 2001, através da lei nº 10.172, as crianças a partir de 6 anos de idade são incluídas no ensino fundamental. Assim, os nove anos no ensino fundamental garntem uma nomeclatura comum: 
A antecipação do início da escolarização obrigatória aumenta o numero de crianças na escola e esta medida tende a oferecer uma modificação na estrutura escolar. No entando, esta antecipação não está simplesmente relacinada aos conteúdos que seriam da primeira séria para as crinaçs de 6 anos, mas a de conceber uma nova estrutura de orgnaizaçao dos eonteúdos em ensino fundamental de nove anos considerando o perfil dos alunos. Os conteúdos e metodologias devem cuidadosamente escolhidos e abordados. Nesta fase de transição, o livro didático para criança de 6 anos acaba assumindo a função de nortear o trabalho de matemática do professor uma vez que essa antecipação de ingresso da criança nesse nível de ensino ainda não está concretizada nos documentos que norteiam o trabalho docente do ensino fundamental. Em breve, os RCNEIs (Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil) e os PCNs (Parametros Curriculares Nacionais) serão reformulados a fim de atender a essa mudança. 
A escolha do livro didátio: critérios de avaliação 
Uma coleção, ao ser submetida á avaliação, é analisada em relação a alguns critérios: 
O Manual do Professor também é item de análise do Livro Didático de Matemática. Os aspectos apresentados no quadro abaixo caracterizam, de maneira resumida, os itens de análise desse manual.
 Além da análise, o Guia de Avaliação do Livro Didático apresenta sugestões para o planejamento e uso dos materiais didáticos destacando-se as características que permitem um melhor uso do livro didático avaliado. Quando necessário, são apontados aspectos sobre os conteúdos, alertando o professor para a necessidade de fazer uma complementação e são assinaladas inadequações a serem contornadas.
A escolha de um livro didático não é uma tarefa simles e merece do professor um olhar crítico e cuidadoso sobre a sua qualidade e adequação ao contexto de sua turma. Além disso, quando bem utilizado, pode ser um exelente recurso á aprendizagem dos alunos. 
Síntese da aula:
- Aprendeu o que é um livro didático de Matemática e quais são as suas funções;
- Compreendeu o papel do livro didático no ensino da Matemática no contexto desta disciplina do mundo de hoje; 
- Analisou os critérios de avaliação do livro didático de Matemática; 
- Compreendeu o que é o ensino fundamental de 9 anos.
TELA 15 O EXERCÍCO: