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Fichamento Darcy Ribeiro

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA
DIVERSIDADE CULTURA E RELAÇÕES ÉTNICO RACIAIS
DISCENTE: PHALOMA RODRIGUES ARAÚJO
	Gestação Étnica (p. 80 - 140).
	RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: A formação e o sentido do Brasil. 2º edição. São Paulo: ed. Companhia Das Letras, 1995. pp 81-86.
	Ribeiro, explica como aconteceu o processo de formação do povo brasileiro que se deu inicialmente através do cunhadismo. Esta prática consistia em incorporar estranhos a comunidade, tornando integrante da família outros povos, até mesmo os europeus. O cunhadismo teve a função de fazer elevar o número de gente mestiça além de desenvolver uma nova civilização. Contudo com o criatório de gente os europeus se familiarizaram com a cultura indígena e muitos deles ficaram nas aldeias, assim viabilizaram a economia mercantil trocando artigos europeus por mercadorias da terra. Desta forma formaram três núcleos em (São Paulo, Bahia, Pernambuco) liderados respectivamente por Ramalho e Antônio Rodrigues; Diogo Álvares e Jerônimo de Albuquerque. Estes núcleos serviam para transporte de mercadorias e de escravos.
	RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: A formação e o sentido do Brasil. 2º edição. São Paulo: ed. Companhia Das Letras, 1995. pp 86-98.
	O governo geral implantou um regime de donatarias para preservar seus interesses e frear a pratica do cunhadismo, que por sua vez abalou a economia da coroa portuguesa. Este regime consistia em contemplar os degredados a fim de fazê-los tomar posse com a função de povoar o Brasil e fazê-los produzir mercadorias, elevando a economia portuguesa. Este sistema alcançou com êxito seu objetivo no núcleo de Pernambuco, mas em outros núcleos fracassaram. Um dos principais donatários chamado Martim Afonso, trouxe 400 povoadores e cavaleiros, o trabalho era intenso e a prosperidade ia sendo alcançada mesmo com as múltiplas dificuldades. O governo geral instalou-se na Bahia e construiu a cidade com a gente que trazia. Contudo houve a revolução econômica com o salto da múltipla roça, que se cultivava misturando dezenas de plantas. Este fato caminhou para a fartura-fome para quem lavrava, pois deixavam de cultivar o que se comia e usavam para a produção de mercadorias. Por fim em 1570, a dominação portuguesa estava assentada em pelo menos oito implantações em sua grande maioria mamelucos, alcançando com êxito a civilização brasileira.
	
 
	RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: A formação e o sentido do Brasil. 2º edição. São Paulo: ed. Companhia Das Letras, 1995. pp 98-105.
	O autor aponta a escravidão indígena como algo predominante do século XVII e como forma de disseminação os escravos ainda eram vendidos a preços considerados baixos. Mesmo com a mão de obra indígena os colonos preferiam a escravatura negra para produção mercantil. Os índios tinham como função a produção de subsistência, além de trabalharem como serralheiros, marceneiros, oleiros e também na produção artesanal. A carta régia de 1570 autorizou o apresamento dos índios somente em guerras justas, por outro lado outra lei autorizava o cativeiro através de procedimentos paralegais. Além de serem mantidos em cativeiros os índios custavam uma quinta parte do preço do negro importado, ficando conhecido como escravo dos pobres, pois eram “mercadorias” baratas. Nóbrega por sua vez, desaconselha à vinda de colonos pobres e aconselha a vinda de abonados que tivessem condição de adquirir índios cativos, assim como os jesuítas que aos seus esforços por regulamentar o cativeiro dos índios, tinha como base interesses administrativos. De um lado a contradição da coroa, dos jesuítas e o imediatismo dos traficantes de índios, do outro, a indecisão da liberdade indígena dos cativeiros. 
	RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: A formação e o sentido do Brasil. 2º edição. São Paulo: ed. Companhia Das Letras, 1995. pp 106-113.
	Os brasilíndios ou mamelucos foram aqueles gerados por pais brancos, sobre mulheres índias, e também os responsáveis pela expansão do domínio português. Estes portugueses foram os principais gestadores dos brasilíndios. Os mamelucos paulistas eram pobres e viajavam caminhando durante meses a procura da mercadoria que estivesse ao seu alcance como exemplo os índios seja para uso próprio, para venda ou até mesmo para caçar, pescar, cozinhar e produzir. Os brasilíndios ou mamelucos sofreram duas rejeições. A dos pais que os viam como impuros filhos da terra, em quando crianças e jovens aproveitavam seu trabalho e depois integravam as suas bandeiras. A segunda rejeição era do gentio materno. Contudo os mamelucos não se identificavam com nenhum de seus ancestrais, nem se reconhecia. Desta forma o cunhadismo criou um novo gênero, pois este povo não se via como índio, nem como europeu tampouco como negro. Este fato se deu como agente da civilização, desenvolveram a comunicação do seu modo e viam a vida de forma diferente dos outros povos. 
	RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: A formação e o sentido do Brasil. 2º edição. São Paulo: ed. Companhia Das Letras, 1995. pp 113-120.
	Os negros foram trazidos para o Brasil em três grandes grupos, Yoruba, Nagô e os Dahomey. Estes grupos maiores e os menores trouxeram para o Brasil culturas africanas islamizadas, porém este fato foi pouco relevante para a formação da protocélula original da cultura brasileira. Os negros trazidos serviram para atuar na produção açucareira e foram os responsáveis por quase tudo que se tinha na terra, pois eram mão de obra recrutável. Os negros tiveram que aprender a viver na cultura luso-tupi, já que eram impedidos de juntar-se aos escravos que falavam a mesma língua e tinham a mesma identificação tribal. Contudo os negros deram um passo a frente ao conseguirem aprender a falar a língua portuguesa, que mais tarde utilizaram para comunicar-se entre si, este fato proporcionaram acontecimentos importantes como, por exemplo, conseguiram aportuguesar o Brasil, além de influenciar as áreas culturais do nordeste açucareiro e as zonas de mineração do centro do país. Os negros foram radicalmente deculturados e gradativamente aculturados ao modo de ser e de fazer do brasileiro. Este capítulo também descreve os tantos fatos desumanos ocorridos. E o quanto os negros sofreram por falta de alimento, foram jogados em navios sem comida, sem água sem direito sequer a fazer suas necessidades com privacidade, eram todos juntos e apertados em um único espaço, muitos deles morriam ali mesmo por não suportarem os maus tratos e a saudade da família o qual foram arrancados, pratica também conhecida como banzo.
	RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: A formação e o sentido do Brasil. 2º edição. São Paulo: ed. Companhia Das Letras, 1995. pp 121-125.
	Os neobrasileiros formaram a maior população, superando as aldeias indígenas, além de terem liberado a maioria de seus integrantes das atividades de subsistência a fim de torná-los integrantes de uma só identidade étnica. No entanto sua população era muito mais indígena que negra e européia, devido à maior parcela dos neobrasileiros serem indígenas, a língua materna foi o tupi até meados do século XVIII, logo, o curso se completa substituindo a língua geral, pela a língua portuguesa. O processo de sucessão ocorre com a tecnologia produtiva, inicialmente indígena, que aos poucos foram sendo substituídas por técnica européias. No entanto a base tecnológica indígena vem sendo enriquecida pelos europeus na elaboração de instrumentos de ferro, como por exemplo, machados, facas, foices e enxadas. Este capítulo mostra os avanços nas construções das casas e no modo de vida dos indígenas.
	RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: A formação e o sentido do Brasil. 2º edição. São Paulo: ed. Companhia Das Letras, 1995. pp 126-133.
	O nome Brasil, surgiu de velhas cartas e lendas do mar que traziam registros de uma ilha chamada Brasil, referida por pescadores ibéricos. Portanto aqueles que nasciam na terra eram chamados de brasileiros.Contudo surgi à necessidade de denominar territórios devido a grande quantidade de núcleos que se instalavam naquela região. Os primeiros núcleos foram os neobrasileiros formados por brasilíndios e afro-brasileiros. Esta mestiçagem causada pelo envolvimento entre homens brancos e mulheres e índias provoca estranheza no lusitano, o brasileiro tinha o desejo de marcar sua superioridade e diferença frente aos indígenas. Os mamelucos não se identificavam com seus ancestrais nem com os europeus e se via condenado de ser o que não era e nem existia. Com o continente africano, já sendo desafricanizado surgi contribuições maciças de descendentes sendo eles os mulatos que assim como os mamelucos não se identificavam com nenhum grupo étnico. Desta forma os mamelucos somados aos mulatos formaram a maioria da população que passaria a serem vistos como a gente brasileira. Aprenderam com os índios a diferenciar as plantas úteis das venenosas, bem como técnicas de cultivo e de caça, entre outros artifícios. Portanto este capítulo retrata o surgimento de uma etnia brasileira que, envolvem variados costumes e gentes, como, mulatos (negros com brancos), caboclos (brancos com índios), ou curibocas (negros com índios). 
	RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: A formação e o sentido do Brasil. 2º edição. São Paulo: ed. Companhia Das Letras, 1995. pp 133-140.
	Anchieta e Nóbrega se identificavam com a etnia do colonizador, enquanto Gregório de Matos detinha uma visão mais próxima do povo nativo. No segundo parágrafo do capítulo O ser e a consciência, Darcy nos mostra a preferência de Nóbrega e Anchieta sobre João Ramalho, e o posicionamento de Gregório de Matos sobre a nobreza da Bahia dizendo que “Não sabem governar sua cozinha, e podem governar o mundo inteiro”. O melhor testemunho daqueles tempos foi de frei Vicente do Salvador, natural da Bahia, foi solidário com a nossa gente, era homem de bom humor e justiceiro, pois julgava os colonos dizendo que não sabem povoar nem aproveitar as terras que conquistaram, além de serem muito ingratos. Salvador gaba nossos rios, matas e se derrama de encantamento com nossos bálsamos medicinais, óleos, frutos, madeiras entre muitas outras iguarias. Contudo o capítulo discute diferentes visões do mesmo acontecido, de um lado, Anchieta e Nóbrega de acordo com o ponto de vista do colonizador português, por outro lado as críticas do frei á forma que foi dada a colonização.

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