Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
INTRODUÇÃO AO LABORATÓRIO CLÍNICO Finalidades? Diagnóstico Acompanhamento Etapas de execução Fluxo do Exame de Laboratório Exame Clínico Fase Pré-analítica Erro: ± 60 a 70% Pedido de exame Preparo do paciente Obtenção da amostra Realização do exame Fase analítica Erro: ± 20 a 30% Avaliação dos resultados Fase pós-analítica Erro: ± 10% Liberação do laudo Avaliação médica do laudo Objetivos do Laboratório Clínico Garantir que os resultados de exames não contenham erros de importância médica Assegurar que todas as etapas sejam cumpridas de modo que não sejam inseridos erros significativos nos resultados 5 Quais os objetivos do laboratório diante das etapas do exame laboratorial? Recepção/Coleta erros Amostras inaceitáveis Erros analíticos Transtornos/custos/”imagem” do laboratório Cabe ao Setor de Bioquímica especificar condições de coleta e procedimentos para a recepção e coleta de material – amostras aceitáveis Causas Pré-Analíticas de Variação dos Resultados Jejum Preconizado um período de jejum para a coleta de sangue para exames laboratoriais Estados pós-prandiais → causam turbidez do soro → o que pode interferir em algumas metodologias Populações pediátrica e de idosos → tempo de jejum deve guardar relação com os intervalos de alimentação RECOMENDA-SE: coleta pela manhã após repouso noturno em jejum de 8 a 12 horas. A ingestão de água não faz parte do jejum 8 Devem-se evitar coletas de sangue após jejum prolongado, acima de 16 horas. Em crianças na primeira infância ou lactentes, pode ser de 1 ou 2 horas apenas. Dieta Rica em gorduras ↑ triglicérides Rica em proteínas e carboidratos ↑ amônia, uréia, ácido úrico Estimulação da secreção de insulina e glucagon Rica em glicídios Estimula secreção de insulina 9 A dieta a que o indivíduo está submetido, mesmo respeitando o período de jejum, pode interferir na concentração de alguns componentes, na dependência das características orgânicas do próprio paciente. Alterações bruscas na dieta, como ocorrem, em geral, nos primeiros dias de uma internação hospitalar, exigem certo tempo para que alguns parâmetros retornem aos níveis basais. Ingestão de café A cafeína pode induzir a liberação de epinefrina → estimula a neoglicogênese → elevação da glicose no sangue Pode elevar a atividade da renina plasmática e a concentração de catecolaminas Efeito diurético → ↑ excreção de hemácias e células tubulares renais na urina Variação Cronobiológica Ciclo circadiano A melhor condição para coleta de sangue para realização de exames de rotina é o período da manhã EXAMES URGENTES É recomendável que exista uma indicação no laudo, do horário em que foi realizada a coleta, evitando interpretação equivocada do resultado Gênero Diferenças hormonais específicas Parâmetros sanguíneos e urinários se apresentam em [ ] significativamente distintas entre homens e mulheres → decorrência das diferenças metabólicas e da massa muscular, entre outros fatores Os intervalos de referência para estes parâmetros são específicos para cada gênero 12 Há diferenças hormonais específicas entre homens e mulheres. Idade Alguns parâmetros bioquímicos possuem concentração sérica dependente da idade do indivíduo Esta dependência é resultado de diversos fatores, como maturidade funcional dos órgãos e sistemas, conteúdo hídrico e massa corporal Posição Mudança rápida na postura pode causar variações de alguns componentes séricos 13 A mudança da posição deitada para de pé provoca saída de água e substâncias filtráveis do espaço intra-vascular para o intersticial. Proteínas, elementos celulares, e compostos associados às proteínas e células se elevam: albumina, cálcio, proteínas totais, bilirrubinas, colesterol, triglicérides, várias enzimas, hemoglobina. No indivíduo que se interna e permanece deitado, a albumina reduz de 3,8 → 3,4 g/dl. Ingestão de álcool Depende da duração e amplitude do seu consumo Efeito agudo (dentro de 2 a 4 horas) ↓ glicose ↑ ácido úrico e lactato plasmático Efeito crônico ↑ triglicérides e VCM (devido deficiência folatos) Efeito prolongado ↑ GGT (por enzimas indutoras) ↑ AST, ALT, glutamato desidrogenase (devido ao efeito tóxico causado no fígado) 14 Efeito agudo: diminuição de glicose e aumento plasmático de lactato, devido a inibição da neoglicogênese hepática. Aumento de ácido úrico hepático devido ao etanol ser metabolizado em acetoaldeido e, em seguida, em acetato. Juntamente com o lactato, o acetato reduz a concentração sérica de bicarbonato, acarretando a acidose. A elevação do lactato reduz a excreção do ácido úrico na urina. Consequentemente, depois de ingerir uma grande quantidade de álcool, ocorre o aumento de ácido úrico. Efeito crônico: O aumento de triglicérides é devido ao aumento da degradação do triglicérides plasmático. Aumento do VCM, devido ao efeito tóxico direto sobre as células eritropoiéticas ou pela deficiência de folato. Efeito do fumo ↑ glicose (↑ 10 mg/dL, 10 min. após fumar um cigarro → persiste 1 h) ↑ colesterol, triglicérides, ácidos graxos, epinefrina, aldosterona, hormônio crescimento, cortisol plasmático ↓ HDL colesterol Tabagismo crônico → ↑ leucócitos (~ 30%) 15 A concentração de insulina no plasma mostra uma resposta retardada ao aumento de glicose no sangue, subindo cerca de 1 hora após fumar um cigarro. A concentração de glicose no plasma é maior em fumantes do que em não fumantes e a tolerância a glicose é levemente prejudicada em fumantes. Informar na solicitação de exames dependendo da fase do ciclo menstrual ou da gestação variações fisiológicas alteram a concentração de várias substâncias no organismo (hormônios e algumas proteínas séricas) Coleta de urina ideal fora do período menstrual Urgência adotando-se dois cuidados: assepsia na hora do exame Data da Menstruação ou Tempo de Gestação 16 Relações Sexuais Alguns exames espermograma e PSA necessidade de determinados dias de abstinência sexual Ansiedade e Stress O paciente deverá relaxar antes da realização do exame O stress afeta não só a secreção de hormônio adrenal como de outros componentes Atividade Física Influência do exercício → relacionado com a duração e intensidade da atividade Exercício de longa duração produzem aumento das enzimas musculares com CK, aldolase, AST e LDH Exercício de longo prazo produzem modificações em aldosterona, androstenediona, cortisol, estradiol, hGH, HDL colesterol, LH, prolactina, proteína total, T3 livre, testosterona, T4 livre e outros Uso de Fármacos e Drogas de Abuso Interferência in vivo (efeito fisiológico) Indução e inibição enzimática competição metabólica ação farmacológica in vitro (interferência analítica) possibilidade de ligação preferencial às proteínas eventuais reações cruzadas 19 In vivo: é provável que os efeitos na composição dos líquidos orgânicos sejam mais aparentes quando grandes doses são administradas por um longo período, do que quando a administração de uma só dose ocorre em uma ocasião isolada.Os efeitos biológicos das drogas com influência na interpretação dos resultados dos exames laboratoriais podem ser encontrados: regularmente, em todas as pessoas testadas sob o uso de certas drogas. Irregularmente, observado somente em um grupo pequeno de pessoas. Uso de Fármacos e Drogas de Abuso Mecanismo Fármaco Parâmetro Efeito Indução Enzimática Fenitoína Gama-GT Eleva Inibição Enzimática Alopurinol Ác. úrico Reduz Inibição Enzimática Ciclofosfamida Colinesterase Reduz Competição Novobiocina Bili. Indireta Eleva Aumento do transportador Anticoncepcional oral Ceruloplasmina cobre Eleva Reação cruzada Espironolactona Digoxina Elevação aparente Reação química Cefalotina Creatinina Elevação aparente Hb atípica Salicilato Hb. glicada Elevação aparente Metabolismo 4-OH propranolol BilirrubinaElevação aparente EXEMPLOS DE INTERFERÊNCIAS LABORATORIAIS GERADAS POR ALGUNS FÁRMACOS Uso de Fármacos e Drogas de Abuso A suspensão de medicamentos somente pode ser autorizada pelo médico do paciente Anotar na ficha: nome dos medicamentos Na monitorização de drogas terapêuticas, anotar o horário da última dose e registrar esta informação no laudo Aplicação do Torniquete É utilizado para facilitar o encontro da veia apropriada para fazer a punção Ideal: 1 minuto Utilizado por mais de 2 minutos congestão local e hemoconcentração altera plaquetas, testes de coagulação e cálcio (se possível sem torniquete) Amostras - Desafios Multiplicidade de variáveis pré-analíticas no preparo do paciente e manipulação das amostras, que influenciam as fases analítica e pós-analítica do serviço laboratorial Parte dos fatores pré-analíticos ocorre fora do laboratório sendo difícil o seu monitoramento e controle Orientações ao Paciente As instruções de coleta devem ser escritas em linguagem simples e clara para o paciente Mesmo em instruções simples deve-se certificar que o paciente entende claramente e é capaz de seguir corretamente Identificação do Paciente Erros na Identificação do paciente Pelo médico Pelo laboratório Cuidados especiais com homônimos, abreviaturas e gêmeos Solicitação do exame Grafia do médico Falta de dados clínicos Amostras Etiqueta errada ou trocada Tubos/conservantes inadequados COLETA E CONSERVAÇÃO Coleta de Sangue Assepsia Garroteamento Soro/Plasma – obtenção da amostra Não esquecer Preparação do paciente Observar fatores de risco (fumo, álcool...) Biossegurança EPI, EPC Sanitização de bancadas Ministério do trabalho O que precisamos? Amostras soro: coleta em tubo de ensaio, sem anticoagulante plasma: coleta em tubo de ensaio, com anticoagulante Urina, exudatos,... Tipos de Amostra Plasma O sangue é coletado e colocado em tubo com anticoagulante Centrifuga-se à 3000 rpm por 5 minutos para a separação do plasma O plasma corresponde à parte líquida e contém fibrinogênio Tipos de Amostra Soro O sangue é coletado sem anticoagulantes Centrifuga-se à 3000 rpm por 5 minutos para a separação do soro O soro corresponde à parte líquida, mas não contém fibrinogênio Coleta Venosa Arterial Capilar Urina Punção Líquor Processamento Preenchimento da ficha de solicitação Transcrição de dados Identificação da amostra Centrifugação Separação (alíquotas) Análises Descarte ou conservação Coleta de amostra Sangue Venoso, arterial, capilar Com ou sem anticoagulante 35 COLETA DE SANGUE INTRUÇÕES GERAIS O jejum recomendado é de 10 a 14 horas. É livre a ingestão de água As amostras para análises devem ser coletadas na primeira parte da manhã Convém que o paciente ao chegar ao laboratório seja tranquilizado e que descanse por alguns minutos Exercícios físicos devem ser evitados antes da coleta 36 INTRUÇÕES GERAIS Perguntar se o paciente está em jejum de 10-14 horas Conferir a identificação do paciente Reunir todos os equipamentos de coleta Uso de EPI(s) Assepsia do local de coleta Evitar punção prolongada COLETA DE SANGUE INTRUÇÕES GERAIS Não transfixiar a veia, para evitar hemólise Não estressar o paciente Conservar a amostra em temperatura adequada Colher informações sobre uso de medicamentos, doenças, bebidas, etc COLETA DE SANGUE INTRUÇÕES GERAIS Dieta Grande variabilidade Dificuldade de avaliação Medicamento Uso contínuo (com prescrição) Uso eventual (sem prescrição) Condições clínicas presentes Menstruação Febre, diarréia, etc COLETA DE SANGUE 39 COLETA DE SANGUE FORMAS DE COLETA Agulha e seringa estéreis e descartáveis Lanceta estéril e descartável Coleta a vácuo 40 COLETA DE SANGUE O PROBLEMA DA HEMÓLISE A ruptura de hemácias libera hemoglobina e altera os resultados de alguns exames A ruptura de uma pequena quantidade de hemácias é praticamente inevitável e não causa hemólise visível Amostras de plasma ou de soro hemolisadas apresentam-se mais coradas 41 COLETA DE SANGUE O PROBLEMA DA HEMÓLISE Na grande maioria das determinações a hemólise causa aumento ou diminuição na taxa de elementos no plasma ou no soro que estão sendo dosados Alguns cuidados: Após a antisepsia do local de coleta, deixar evaporar totalmente o antiséptico Usar o garrote o menor tempo possível Não mover a agulha durante a coleta 42 COLETA DE SANGUE Obtenção de sangue Punção Venosa Punção Arterial Punção de Pele 43 No adulto, o sangue venoso é facilmente obtido de uma veia da fossa antecubital com seringa e agulha ou tubo com vácuo Na região antecubital, a veia preferida é a cubital mediana, uma vez que é habitualmente grande e bem fixada nos tecido A agulha é introduzida na veia com bisel voltado para cima A Punção BAIN, 1997 A Punção - Tradicional https://youtu.be/JOtGZDgrLl0 BAIN, 1997 A Punção – a vácuo COLETA DE SANGUE PUNÇÃO VENOSA Sangue venoso que circula da periferia para o centro do sistema circulatório, o coração, é o mais usado em exames laboratoriais A coleta é feita com agulhas e seringas estéreis e descartáveis ou por meio de tubos com vácuo adaptados a agulhas estéreis, com ou sem anticoagulantes 47 COLETA DE SANGUE PUNÇÃO VENOSA Preferência pelas veias intermediárias cefálica e basílica em adultos e crianças maiores Outras opções: veias jugulares, veia femoral, seio sagital superior,etc 48 GUDER, 1996 COLETA DE SANGUE Veias do Dorso da Mão Em pacientes obesos, cujo acesso às veias do cotovelo é mais difícil, essas veias da mão são por vezes mais calibrosas São extremamente móveis em relação aos tecidos circunjacentes, o que dificulta a penetração da agulha em seu interior A perfuração é mais dolorosa e a hemostasia mais demorada, geralmente formando hematomas PUNÇÃO VENOSA 51 COLETA DE SANGUE ANTICOAGULANTES Quando necessita-se de sangue total ou plasma para algumas análises usam-se anticoagulantes Em geral, interferem no mecanismo de coagulação in vitro, inibindo a formação da protrombina ou da trombina Os mais usados são: EDTA (ácido etileno-diamino-tetra-acético) – determinações bioquímicas e hematológicas Heparina – provas bioquímicas Oxalatos – provas de coagulação Citratos – provas de coagulação Polianetol-sulfonato de sódio – hemoculturas 52 Erros na coleta da amostra Garroteamento excessivo Punção em membro com infusão venosa Coleta com tubos inadequados para os exames Acidentes perfuro-cortantes Má qualificação do profissional Falta de comprometimento do profissional Instabilidade emocional e/ou influências externas sobre o profissional EDTA - anticoagulante de escolha para amostra utilizadas na contagens de glóbulos Heparina – causa a menor interferência nos testes Citrato de sódio – utilizado em testes de coagulação sanguínea Fluoreto – evita a glicólise Anticoagulantes COLETA DE SANGUE Tubos com vácuo: VERMELHO Sem anticoagulante Obtenção de soro para bioquímica e sorologia Exemplo de testes: Creatinina Glicose Uréia Colesterol Pesquisa e identificação de anticorpos e ou antígenos no soro 55 COLETA DE SANGUE Tubos com vácuo: VERDE Paredes internas revestidas com heparina Produção de uma amostra de sangue total Estabilização por até 48 horas Testes bioquímicos 56 COLETA DE SANGUE Tubos com vácuo: AZUL Contém citrato de sódio Anticoagulante utilizado para a obtenção de plasma para provas de coagulação: Tempo de Coagulação Retração de Coágulo Tempo Parcial de Tromboplastina Tempo de Protrombina 57 COLETA DE SANGUE Tubos com vácuo AMARELO Interior do tubo estéril Sem anticoagulante 58 COLETA DE SANGUE Tubos com vácuo CINZA Tubos para glicemia Contem um anticoagulante e um estabilizador, em diferentes versões: Fluoreto de sódio oxalato de potássio e fluoreto de sódioheparina sódica e fluoreto de sódio heparina lítica e iodoacetato Ocorre inibição da glicólise para determinação da taxa de glicose sanguínea 59 Componentes do Sangue Plasma (líquida) 90% de água 10% de substâncias orgânicas e inorgânicas 0,9% de sais (cloro, sódio, potássio, fosfato) OBS: Substâncias orgânicas (proteínas, enzimas, colesterol, glicose) Células ou Elementos Figurados (sólida) Hemácias Leucócitos Plaquetas Nunca reencape agulhas Deposite na caixa de perfuro-cortantes Não elimine junto com o lixo comum Esterilize antes de eliminar os materiais Descarte do material GUDER, 1996 Descarte do material GUDER, 1996 Descarte do material Descarte do material Alterações de amostras Má coleta Amostra de aspecto normal Amostra ictérica Amostra hemolisada Hemólise Liberação dos constituintes intracelulares para o plasma ou soro Estes componentes podem interferir nos resultados das dosagens de alguns analitos Aparência avermelhada do soro ou plasma após centrifugação ou sedimentação causada pela hemoglobina liberada quando da ruptura dos eritrócitos Diferentes graus de hemólise Lipemia Pode interferir metodologias colorimétricas ou turbidimétricas Elevação triglicérides pode ocorrer apenas no período pós-prandial ou de forma contínua (pacientes portadores de algumas dislipidemias) Aspecto do soro ou do plasma altera de límpido para grau variado de turbidez, podendo chegar a ser leitoso Diferentes graus de lipemia Critérios de rejeição de amostras Presença de hemólise, lipemia, icterícia Falta de informações importantes para execução do exame Inadequação de tubos, volumes, aditivos e conservantes Centrifugação inadequada Preparação inadequada do paciente Conservação inadequada da amostra Tempo inadequado entre a coleta e o processamento Transporte inadequado Identificação incompleta ou incorreta da amostra Acidentes Controle da Fase Pré-Analítica Inclui todas as etapas compreendidas entre o pedido médico e a fase instrumental da realização do exame de laboratório. Entre estas etapas estão incluídos o preparo do paciente e a coleta o preparo, distribuição e armazenamento da amostra Etapas do Exame de Laboratório Exame clínico Pedido de exame Preparo do paciente Obtenção Amostra Procedimento de medição Transcrição de resultados Laudo Avaliação médica do resultado Analítico Pós-Analítico Pré-Analítico ~60 - 70% ~20 – 30% ~10% Formação de Perspectivas Evolução tecnológica Novos equipamentos Novas técnicas (química seca) Necessidade de novas habilidades Constante atualização técnica Visão de futuro sobre uso dos equipamentos Importância do apoio na hora da novas compras
Compartilhar