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* * Família Micrococcaceae Prof. Everardo Menezes * Família Micrococcaceae Gêneros Planococcus - Cocos Gram positivos imóveis que vivem em ambientes marinhos. Micrococcus - São encontrados no meio ambiente e como microbiota transitória da pele. Agente oportunista de infecção hospitalar. Stomatococcus - Faz parte da microbiota normal do trato respiratório humano (Pneumonia e Endocardite). Agente oportunista em pacientes que estão na UTI. Infecção endogena. Staphylococcus - É o genero mais importante da família. São encontrados na pele e em mucosas do homem e outros animais. * * Staphylococcus spp Cocos Gram Positivos Imóveis Possui fímbrias Alguns possuem cápsula Anaeróbios facultativos Catalase positivo Fermentadores de açucares Aerobiose Anaerobiose * * 8. Estão relacionados com infecções supurativas 9. Maior produtor de beta lactamases 10. É a segunda bactéria mais resistente aos antimicrobianos * * STAPHYLOCOCCUS Morfologia: esféricos Arranjos celulares: isolados, pares, grupamentos irregulares Isolamento: pele, mucosas, alimentos, água, solo, ar e etc. Espécie de maior importância: Staphylococcus aureus. * * Staphylococcus aureus É encontrado com frequência no corpo humano e atua como agente de uma ampla gama de infecções. * * Fatores de virulência: Os principais são os componentes da superfície celular e toxinas. ► Componentes da superfície celular: Cápsula: possui uma cápsula polissacarídica cuja função é proteger a bactéria contra a fagocitose. Peptidioglicano e ácidos teicóicos: Assemelham-se ao LPS das Gram-negativas. Os ácidos teicóicos promovem a ligação do patógeno as mucosas (aderência). Hemolisinas: Responsável pela lise das hemácias: alfa, beta e não hemolíticas. Coagulase: Não forma a fibrina. Fimbrias: Responsável pela aderência e troca de material genético. * * Proteína A: É uma proteína encontrada na parede bacteriana covalentemente ligada ao peptidioglicano. A proteína A protege contra a opsonização. Também tem papel de adesão pois se liga a proteínas presentes no endotélio; Proteínas que se ligam a fibronectina, ao colágeno, e ao fibrinogênio: Essas proteínas também estão ligadas ao peptidioglicano e promovem a colonização dos tecidos pelos S. aureus; ► Toxinas O S. aureus produz várias toxinas que atuam através de diferentes mecanismos. Algumas são citotoxinas, outras são superantígenos e um terceiro tipo degrada moléculas de adesão das células epiteliais cutâneas. ►Produção de Biofilmes. * * Patogênese As infecções podem ser classificadas em superficiais ou profundas. As superficiais afetam a pele e o tecido celular subcutâneo. Com exceção da pneumonia, as infecções profundas são decorrentes de bacteremias que se originam nos focos superficiais de infecção, ou numa pneumonia (por aspiração). Embora não se possa determinar a importância relativa de cada um dos fatores de virulência, eles podem ser divididos em fatores de adesão (fimbrias), fatores de evasão (cápsula e proteína A) e fatores de lesão (toxinas e enzimas). * * Fatores que predispõe o indivíduo a desenvolver Infecções graves por S.aureus Ausência de fagocitose Ausência de opsonização Alterações quimiotáticas dos leucócitos Lesões cutâneas (incisão cirúrgica) Presença de corpos estranhos Infecções por outros agentes Doenças crônicas de base Administração profilática/terapêutica de antimicrobianos * * Fatores que predispõe a bactéria desenvolver Infecções graves por S.aureus Fatores de virulência * * Principais doenças Podem estar divididos em Quatro tipos: infecções superficiais (abscessos cutâneos, infecções de ferida) Infecções respiratórias - a principal infecções sistêmicas (bacteremia, endocardite, osteomielite, artrite, pneumonia e etc.) quadros tóxicos (síndrome do choque tóxico, síndrome da pele escaldada e intoxicação alimentar) * * Infecções cutâneas O furúnculo é o protótipo de uma infecção por Staphylococcus aureus é uma infecção cutânea que pode envolver um folículo capilar inteiro e o tecido de pele próximo a ele. * * O impetigo é uma infecção da epiderme que se localiza principalmente na face e nos membros, mais comum em crianças e jovens. * * A foliculite é uma infecção do folículo piloso, com a formação de uma pequena coleção de pus abaixo da epiderme. Quando ocorre nos pêlos das pálpebras a infecção se chama ordelo ou terçol. A foliculite que se apresenta com nódulos dolorosos. * * Bacteremias Processo mais comum em pacientes internados. A infecção geralmente é adquirida quando do emprego de cateteres intravenosos. A bacteremia pode dar origem a diversas outras infecções e pode evoluir pra sepse com mortalidade elevada. * * Endocardites A infecção é adquirida pelo uso de injeção intravenosa e a válvula mais comprometida é a tricúspide. Alta taxa de mortalidade. * * Pneumonia e Empiema A pneumonia pode ser devido a aspiração da secreção oral ou disseminação hematogênica a partir de um foco infeccioso. A pneumonia estafilocócica pode ser caracterizada de empiema (coleção de material purulento na pleura). * * Osteomielite A bactéria pode alcançar os ossos por via hematogênica ou por extensão de infecções em tecidos contíguos. * * Intoxicação alimentar - DTA É decorrente da ingestão de enterotoxinas pré-formadas no alimento contaminado pela bactéria. Os sintomas da intoxicação alimentar consistem em náuseas, vômitos, diarréia e dores abdominais. As enterotoxinas são termoestáveis, dessa forma a cocção dos alimentos não as destroem; Estão presentes principalmente em laticínios. * * Síndrome da pele escaldada Caracteriza-se pelo descolamento de extensas áreas da epiderme. O descolamento é conseqüência da destruição da derme pela esfoliatinase, produzida pela S. aureus. * * Diagnóstico É feito pelo exame bacterioscópico de esfregaços corados pelo Gram, isolamento, e identificação do microorganismo. O isolamento é realizado em meios de cultura comuns como ágar-sangue onde a bactéria forma colônias relativamente grandes. Ao microscópio geralmente se encontram em formato de cachos de uva. Podemos encontrar alfa, beta e não hemolíticos. O diagnóstico da intoxicação alimentar é realizado pela pesquisa das enterotoxinas nos alimentos ingeridos e no material oriundo do vômito do paciente. * * COMO CULTIVAR ? Características morfológicas das colônias Diagnóstico laboratorial Agar Sangue * * BACTERIOSCOPIA COCOS GRAM POSITIVOS EM PEQUENAS CADEIAS E CACHOS * * * * * * Staphylococcus provas básicas Catalase positiva Prova da coagulase Fermentação do manitol Resistência à novobiocina Prova da catalase - Peróxido de hidrogênio a 3% sobre a lâmina. A Imediata efervescência indica a conversão do peróxidos em água e oxigênio. * * Prova de coagulase em tubo - A enzima coagulase é secre- tada extra e intracelularmente e reage com fator de coagulação, fibrinogênio à fibrina, formando assim um coágulo no tubo Prova de coagulase em lâmina – A enzima coagulase é secretada apenas extracelularmente e reage com fator de coagulação, fibrinogênio à fibrina, formando assim uma aglutinação na lâmina * * Teste da coagulase em lâmina Teste da coagulase em tubo com solidificação do plasma * * PROVA DO MANITOL * * Prova da Novobiocina Staphylococcus saprophyticcus * * * * Epidemiologia O S.aureus pode ser encontrado em várias partes do corpo como fossas nasais (70%), garganta (40%), trato intestinal e pele (50%). As infecções estafilocócicas podem ser causadas por bactérias do próprio indivíduo (endógenas) ou amostras adquiridas de outros doentes ou portadores assintomáticos ou do meio ambiente (exógenas). É muito comum infecção por Conntato com coisas inanimadas.* * Tratamento e controle Embora o S. aureus possa ser suscetível a ação de varias drogas efetivas contra bactérias Gram positivas (penincilinas, cefalosporinas, quinolonas e vancomicina), é também reconhecido pela sua elevada capacidade de desenvolver resistência. É um importante ESBL Devemos tomar o antimicrobiano apenas com o TSA para diminuir a resistência, já que esta bactéria é a segunda mais resistente. * * Staphylococcus epidermidis Predomina na pele e nas mucosas de indivíduos normais e essa dominância está provavelmente relacionada a sua capacidade de produzir bacteriocinas ativas contra outras bactérias Gram-positivas que poderiam competir por nichos de colonização. * * Fatores de virulência Toxinas: apenas em pacientes imunocomprometidos, produzem várias proteínas principalmente com atividade de elastase. Biofilme: Principal fator de virulência. Além de funcionar como um reservatório de bactérias estrategicamente posicionadas, o biofilme dificulta a penetração e difusão de antimicrobianos e dos elementos de defesa do organismo. * * Patogênese Raramente esse micro-organismo causa doenças mediadas por toxinas ou infecções piogênicas. Uma vez instalado o biofilme, o S. epidermidis se protege da ação dos antibióticos e do sistema imune tornando difícil sua erradicação. As principais doenças causadas por S. epidermidis estão associadas ao uso de dispositivos médicos implantados, tais como cateteres e próteses. A maioria dos pacientes imunossuprimidos incluem: bacteremias/septicemias, endocardites, meningites, peritonites, oftalmite, osteomielites, artrites, infecções do trato urinário e várias outras. * * Diagnóstico O S.epidermidis pode ser isolado em ágar sangue, onde geralmente apresenta colônias não pigmentadas e não hemolíticas. Se diferencia de S.aureus (não hemolítico) pelo teste da coagulase. É difícil a identificação fenotípica. É melhor fazer a Identificação genotípica. * * Epidemiologia S. epidermidis é constituinte da microbiota normal da pele e mucosas, podendo causar infecções em indivíduos expostos a fatores de risco. A infecção geralmente ocorre em ambientes hospitalares, durante tratamentos e intervenções cirúrgicas, onde são utilizados cateteres e implantes plásticos ou metálicos. A contaminação desses materiais biológicos geralmente ocorre no ato da implantação, por bactérias da própria pele e mucosa do paciente ou do pessoal de atendimento médico. * * Tratamento e controle O tratamento tem se tornado muito difícil devido ao aumento da resistência a antibióticos. O biofilme dificulta a ação de antibióticos, pois penetram em concentrações muito baixas insuficientes para sua ação bactericida. O tratamento deve ser feito com o TSA. * * Staphylococcus saprophyticus É um habitante normal da pele e da região periuretral das mulheres, e depois da Escherichia coli é o agente mais comum da infecção urinária. * * Sua patogenicidade está relacionada com a capacidade de se aderir as células do epitélio urinário. O fator de virulência principal e a formação de biofilmes. Ocorre em mulheres que tem alta frequência de sexo. Isolado em ágar sangue – não possui hemolisina. A identificação é a resistência à novobiocina. O tratamento é pelo TSA. * * * * * * * * * * * * * *
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