Buscar

Contabilidade e analise de custos - Francisco Lorentz 2012

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 49 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 49 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 49 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Contabilidade e Análise de Custos 
 
 
Francisco Lorentz 
lorentz@unisuamdoc.com.br 
twitter.com/f_lorentz 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UniSUAM 
Ciências Contábeis 
2012/1 
 
Contabilidade e Análise de Custos – 2012/1 Francisco Lorentz 
 
lorentz@unisuamdoc.com.br twitter.com/f_lorentz 
2
� 
Bibliografia recomendada: 
 
 MARTINS, Eliseu. CONTABILIDADE DE CUSTOS. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2006. Texto e Exercícios. 
 HERNANDEZ PEREZ JUNIOR, JOSE; GESTAO ESTRATEGICA DE CUSTOS. 3. ed. SAO PAULO: Atlas, 
2003 
 DUTRA, René Gomes. CUSTOS: UMA ABORDAGEM PRÁTICA. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003. 
 LEONE, GEORGE SEBASTIAO GUERRA. CURSO DE CONTABILIDADE DE CUSTOS; LIVRO DE 
EXERCICIOS. 2. ed. SAO PAULO: Atlas, 2000. 
 VICECONTI, PAULO EDUARDO V...CONTABILIDADE DE CUSTOS; UM ENFOQUE DIRETO E OBJETIVO. 
7. ed. SAO PAULO: Frase, 2003. 
Contabilidade e Análise de Custos – 2012/1 Francisco Lorentz 
 
lorentz@unisuamdoc.com.br twitter.com/f_lorentz 
3
� 
INTRODUÇÃO 
 
A expressão custos pode assumir diferentes conotações a depender do contexto em que é empregada. Se, por 
exemplo, um consumidor afirmar que a compra de uma nova camisa lhe custou $ 20,00, poucas dúvidas surgirão. A 
compreensão de sua afirmação é imediata. No caso, porém, de a pergunta ser sobre quais foram os custos da camisa para 
a empresa fabricante, diferentes interpretações e diferentes respostas poderiam ser obtidas. 
O fabricante da camisa poderia pensar em diferentes conceitos acerca dos custos da roupa comercializada, como 
os custos contábeis, os custos de oportunidade, os custos financeiros, os custos plenos ou integrais, e muitos outros. 
Diversos podem ser os conceitos associados ao processo de formação e análise dos custos. 
De modo geral, custos podem ser definidos como medidas monetárias dos sacrifícios com os quais uma 
organização tem que arcar a fim de atingir seus objetivos. Contabilmente ou sob a óptica da gestão, essa afirmação 
pode ser interpretada de diferentes modos. 
Preços, por sua vez, correspondem à importância recebida pelas entidades em decorrência da oferta de seus 
produtos ou serviços. Devem ser suficientes o bastante para cobrir todos os custos incorridos e ainda fornecer um lucro 
para a entidade. 
Sob a óptica da entidade, quanto maior o preço, maiores os lucros e melhores os resultados. Os limites 
superiores dos preços, porém, são definidos pelo mercado consumidor e pelo valor percebido e atribuído ao produto ou 
serviço comercializado. 
 
Conceito 
 
Contabilidade de Custos é a parte da ciência contábil que se dedica ao estudo racional dos gastos feitos para se 
obter um bem de venda ou de consumo, quer seja um produto, uma mercadoria ou um serviço. 
Contabilidade de Custos é o ramo da função financeira que acumula, organiza, analisa e interpreta os custos dos 
produtos, dos inventários, dos serviços, dos componentes da organização, dos planos operacionais e das atividades de 
distribuição para determinar o lucro, para controlar as operações e para auxiliar o administrador no processo de tomada 
de decisão. 
 
Contabilidade Financeira (Geral) x Contabilidade de Custos 
 
A Contabilidade Financeira surgiu com o desenvolvimento do comércio. Seu objetivo fundamental é o controle 
do patrimônio da empresa e suas variações, que são resultantes da Apuração do Resultado das atividades mercantis 
(lucro ou prejuízo). A Contabilidade Financeira se concentra nos demonstrativos dirigidos ao público externo 
(acionistas, credores etc.), que são guiados pelos Princípios Fundamentais de Contabilidade. 
 
A Contabilidade de Custos é o ramo da contabilidade que acumula, organiza, analisa e interpreta os custos dos 
produtos, dos inventários, dos serviços, dos componentes da organização, dos planos operacionais e das atividades de 
distribuição para determinar o lucro, para controlar as operações e para auxiliar o administrador no processo de tomada 
de decisão. 
 
Com o advento da Revolução Industrial surgiu a necessidade de adaptar os procedimentos de apuração do 
resultado em empresas comerciais, que apenas revendiam mercadorias compradas de outrem, para as empresas 
industriais, que adquiriam matérias-primas e utilizavam fatores de produção para transformá-las em produtos destinados 
à venda. A solução natural para o problema foi usar o mesmo esquema para apuração do resultado, substituindo o item 
“Compras” pelo pagamento dos fatores que entraram na produção: matéria-prima consumida, salário dos trabalhadores 
da produção, energia elétrica e combustíveis utilizados, enfim, todos os gastos que foram efetuados na atividade 
Industrial e que foram denominados de Custos de Produção. O ramo da Contabilidade que controlava estes gastos 
passou a chamar-se de Contabilidade de Custos. A Contabilidade de Custos mensura e relata informações financeiras e 
não financeiras relacionadas à aquisição e ao consumo de recursos pela organização. Ela fornece informação tanto para 
a Contabilidade Financeira quanto para a Contabilidade Gerencial. 
 
 
 
 
 
 
 
Campo de aplicação da contabilidade de custos 
ARTESÕES COMÉRCIO CONSUMIDOR INDÚSTRIAS COMÉRCIO CONSUMIDOR 
Revolução 
Industrial 
Séc. XVIII 
Contabilidade e Análise de Custos – 2012/1 Francisco Lorentz 
 
lorentz@unisuamdoc.com.br twitter.com/f_lorentz 
4
� 
 
A Contabilidade de Custos (Industrial) controla os estoques de matérias-primas; as embalagens e demais 
materiais utilizados na produção; os custos indiretos de fabricação; os estoques de produtos em elaboração e de produtos 
acabados; e os custos dos produtos vendidos. 
Uma companhia industrial pode ter diversos departamentos: administrativo, de vendas, financeiro, de produção 
etc. A Contabilidade de Custos é destinada exclusivamente ao departamento de produção. 
Em sentido estrito, são custos apenas os gastos incorridos na fabricação dos produtos. Assim, os salários do 
departamento de produção representam custos. Já os salários do departamento de vendas são despesas operacionais. A 
depreciação das máquinas utilizadas na fabricação dos produtos é custo, mas a depreciação dos veículos do 
departamento administrativo é despesa. 
Para a fabricação de um determinado produto, o departamento de produção precisa efetuar diversos gastos: 
matérias-primas, embalagens, mão-de-obra direta e indireta, energia elétrica, depreciação, manutenção, aluguel, seguro 
etc. Cabe à Contabilidade de Custos controlar os gastos envolvidos na produção. 
Os itens seguintes representam as despesas e os custos de uma companhia industrial em determinado mês. Os 
custos estão em negrito. 
 
1 - salários dos operadores das máquinas de fabricação 6.000 
2 - encargos sociais relativos aos operadores das máquinas de fabricação 1.800 
3 - depreciação das máquinas de fabricação 4.200 
4 - depreciação de móveis e utensílios do departamento de vendas 1.400 
5 - depreciação de móveis e utensílios do escritório da administração 600 
6 - honorários do diretor industrial e respectivos encargos sociais 2.600 
7 - honorários do diretor de vendas, do diretor administrativo e do presidente da 
companhia e respectivos encargos sociais 7.800 
8 - comissões dos vendedores 3.000 
9 - salários dos funcionários do departamento de vendas e respectivos encargos 
sociais 800 
10 - salários dos funcionários da administração e respectivos encargos sociais 1.000 
11 - energia elétrica relativa às máquinas de fabricação 2.000 
12 - energia elétrica relativa à iluminação: 
a) da fábrica 300 
b) do departamento de vendas 100 
c) do escritório central200 
13 - manutenção das máquinas de fabricação 200 
14 - reparos no prédio do escritório central 300 
15 - limpeza dos prédios: 
a) da fábrica 100 
b) do departamento de vendas 50 
c) do escritório central 50 
16 - aluguel dos prédios: 
a) da fábrica 1.000 
b) do escritório de vendas 500 
c) do escritório central 500 
17 - salários dos vigias da fábrica e respectivos encargos sociais 400 
18 - juros sobre descontos de duplicatas 600 
19 - contas de telefone: 
a) do departamento de vendas 300 
b) do escritório central 200 
20 - material de escritório utilizado no escritório central 400 
Estoques na atividade industrial 
 
O industrial fabrica os produtos que destina à venda, agregando à matéria-prima uma série de insumos. Na 
empresa industrial é necessário controlar os fatores que são aplicados à produção (material direto, mão-de-obra direta e 
gastos gerais de fabricação), para se determinar o valor dos estoques de produtos em elaboração, dos estoques de 
produtos acabados e do custo dos produtos vendidos. 
 
 
 
Contabilidade e Análise de Custos – 2012/1 Francisco Lorentz 
 
lorentz@unisuamdoc.com.br twitter.com/f_lorentz 
5
� 
De forma simplificada, a apuração do resultado na empresa industrial é feita do seguinte modo: 
Vendas líquidas 20.000,00 
( - ) CPV (14.000,00) 
Lucro bruto 6.000,00 
( - ) Despesas operacionais: 
- de vendas 2.000,00 
- administrativas 1.000,00 
- financeiras 1.200,00 (4.200,00) 
Lucro líquido 1.800,00 
 
O Custo dos Produtos Vendidos (CPV), corresponde às matérias-primas utilizadas, embalagens e outros 
materiais diretos, mão-de-obra direta e gastos gerais de fabricação (ou custos indiretos de fabricação), necessários à 
fabricação dos produtos vendidos. Ou seja, corresponde ao valor dos fatores de produção aplicados aos produtos 
comercializados em determinado período. O CPV representa o custo dos produtos que foram transferidos para os 
clientes, em virtude das vendas. 
 
 
 
Matérias-primas 
 
 
Produtos em 
Elaboração 
 
Produtos 
Acabados 
 
 
 
CPV 
 
Ciclo de negociação das Empresas Industriais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Estoque de Matérias-primas – são matérias-primas em estoques aguardando para serem utilizadas no processo 
produtivo; 
- Estoque de Produtos em Processo/Elaboração – são produtos que foram iniciados, mas ainda não estão 
totalmente acabados; 
- Estoque de Produtos Acabados – são produtos que foram terminados seu ciclo de produção, mas ainda não 
foram vendidos. 
 
Cálculo do Custo dos Produtos Vendidos: Estoque Inicial de Produtos Industriais (em elaboração e acabados) + 
Custo de Produção do Período (Matéria-Prima consumida, Salários dos Operários, Energia Elétrica, Combustíveis e 
demais custos) – Estoque final de Produtos Industriais (em elaboração e acabados). 
CPV = EIPE + EIPA + CPP –EFPE – EFPA 
 
TERMINOLOGIA UTILIZADA EM CONTABILIDADE DE CUSTOS 
 
A área de custos possui terminologia própria que, entretanto, muitas vezes é utilizada de forma equivocada. 
 
Gasto - é o valor arcado pela entidade para obter um produto ou serviço, representado por entrega ou promessa 
de entrega de ativos (normalmente dinheiro). Pode ser um investimento, custo ou despesa. Conceito extremamente 
amplo e que se aplica a todos os bens e serviços recebidos/prestados. 
Só existe gasto no ato da passagem para a propriedade da empresa do bem ou serviço, ou seja, no momento em 
que existe o reconhecimento contábil da dívida assumida ou da redução do ativo dado em pagamento. 
 
Desembolso - pagamento resultante de aquisição do bem ou serviço. Caracteriza-se pela entrega de numerário. 
 
ESTOCA 
PRODUTOS 
ACABADOS 
COMPRA 
MATÉRIAS- PRIMAS 
ESTOCA 
MATÉRIAS-PRIMAS 
PRODUZ 
VENDE 
PRODUTOS 
ACABADOS 
Contabilidade e Análise de Custos – 2012/1 Francisco Lorentz 
 
lorentz@unisuamdoc.com.br twitter.com/f_lorentz 
6
� 
Investimento - gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a períodos futuros. Pode se 
transformar em custo, despesa ou perda. Todos os sacrifícios havidos pela aquisição de bens ou serviços (gastos) que 
são "estocados" no Ativo da empresa para baixa ou amortização quando de sua venda, de seu consumo, de seu 
desaparecimento ou de sua desvalorização são especificamente chamados de investimentos. 
Podem ser de diversas naturezas e de períodos de ativação variados: a matéria-prima é um gasto contabilizado 
temporariamente como investimento circulante; a máquina é um gasto que se transforma num investimento permanente; 
as ações adquiridas de outras empresas são gastos classificados como investimentos circulantes ou permanentes, 
dependendo da intenção que levou a sociedade à aquisição. 
 
Custo - gasto relativo ao bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. Este gasto só é 
reconhecido como custo no momento de utilização dos fatores de produção, para fabricação de um produto ou execução 
de um serviço. 
Exemplos: matéria-prima utilizada na produção, energia elétrica consumida na produção, salários do pessoal da 
produção, manutenção e depreciação das máquinas e equipamentos de produção. 
 
Despesa - Gasto com bens e serviços não utilizados nas atividades produtivas e consumidos com a finalidade de 
obtenção de receitas. 
Exemplos: salários e encargos do pessoal de vendas e administrativo, energia elétrica do escritório, aluguéis e 
seguros do prédio da administração, depreciação dos equipamentos do escritório etc. 
 
Terminologia Contábil - quadro resumo 
 
Perda - é um gasto não intencional decorrente de fatores externos fortuitos ou da atividade normal da empresa. 
No primeiro caso, são considerados da mesma natureza que as DESPESAS são “jogadas” diretamente contra o resultado 
do período. Exemplo: enchentes, desabamentos, obsoletismo de estoques, sinistros etc. No segundo caso, onde se 
enquadram, por exemplo, as perdas normais de matérias-primas na produção industrial, integram o Custo de Produção 
do Período. Exemplo: aparas de chapas de aço. 
 
Onde terminam os custos de produção? 
 
É bastante fácil a visualização de onde começam os custos de produção; mas nem sempre é da mesma maneira 
simples a verificação de onde eles terminam. É relativamente comum a existência de problemas de separação entre 
custos e despesas de venda. A regra é simples, bastando definir-se o momento em que o produto está pronto para a 
venda. Até aí, todos os gastos são custos. A partir desse momento, todos os gastos serão tratados como despesas 
necessárias para a realização da venda. 
 
 
 
 
 
 
Produtos 
Acabados 
CUSTOS DESPESAS 
VENDAS 
Contabilidade e Análise de Custos – 2012/1 Francisco Lorentz 
 
lorentz@unisuamdoc.com.br twitter.com/f_lorentz 
7
� 
Por exemplo, os gastos com embalagens podem tanto estar numa categoria como noutra, dependendo de sua 
aplicação; quando um produto é colocado para venda tanto a granel quanto em pequenas quantidades, seu custo 
terminou quando do término de sua produção. Como a embalagem só é aplicada após as vendas, deve ser tratada como 
despesa. Isso implica a contabilização do estoque de produtos acabados sem a embalagem e esta é ativada num estoque 
à parte. Se, por outro lado, os produtos já são colocados à venda embalados de forma diferente, então seu custo total 
inclui o de seu acondicionamento, ficando ativados por esse montante. 
 
EXERCÍCIOS 
 
1) Classifique os fatos abaixo em Despesas ou Custos: 
a) propaganda dos produtos fabricados ___________________________________________________b) água consumida no resfriamento de peças ________________________________________________ 
c) aluguel do galpão da fábrica ___________________________________________________________ 
d) aluguel mensal do ônibus que transporta o pessoal do escritório geral __________________________ 
e) prêmios dados aos vendedores _________________________________________________________ 
f) alimentação do pessoal da fábrica _______________________________________________________ 
g) manutenção dos equipamentos de informática do Departamento Financeiro ______________________ 
h) IPTU da fábrica _____________________________________________________________________ 
i) honorários do diretor administrativo _____________________________________________________ 
j) energia elétrica do prédio administrativo __________________________________________________ 
l) madeira aplicada na produção de mesas ___________________________________________________ 
 
2. Apure os totais dos custos e das despesas da Empresa MM S.A, de acordo com os gastos apresentados a seguir: 
 Salários da administração.......................... $110.000 
 Matéria-prima consumida na produção: ....$ 40.000 
 Mão-de-obra dos operários....................... $ 90.000 
 Comissões aos vendedores........................ $ 6.000 
 Frete (para entrega de produtos vendidos) $ 4.000 
 Depreciação de máquinas da fábrica........ $ 3.500 
 Energia elétrica consumida na produção.....$ 30.000 
 Propaganda................................................. $ 25.000 
Resposta:________________________________________________________________________________ 
 
3) Indique se as afirmações estão certas ou erradas. 
a) A Contabilidade de Custos é a área da Contabilidade que trata dos gastos incorridos na produção de bens e serviços. 
b) A Contabilidade Industrial é a área da Contabilidade de Custos que trata dos gastos incorridos nos setores de 
produção e venda. 
c) A Contabilidade de Serviços é a área da Contabilidade de Custos que trata dos gastos incorridos na prestação de 
serviços. 
d) A Contabilidade de Custos é aplicada ao setor de produção. 
e) A Contabilidade de Custos controla os custos e despesas dos diversos departamentos de uma empresa industrial. 
 
4- Indique se as afirmações estão certas ou erradas. 
a) A depreciação dos equipamentos da fábrica é custo. 
b) O seguro dos equipamentos de produção é custo. 
c) Os salários dos vendedores são custos. 
d) O frete sobre vendas é custo. 
e) Os honorários da diretoria do departamento de administração são custos. 
 
 
 
Contabilidade e Análise de Custos – 2012/1 Francisco Lorentz 
 
lorentz@unisuamdoc.com.br twitter.com/f_lorentz 
8
� 
5 - Indique se as afirmações estão certas ou erradas. 
a) A Contabilidade de Custos controla o custo dos fatores de produção. 
b) Por meio da Contabilidade de Custos, podem ser determinados os valores dos estoques de produtos em elaboração, 
dos produtos acabados e do custo dos produtos vendidos. 
c) Os estoques de produtos em elaboração e acabados correspondem às matérias-primas utilizadas, embalagens e outros 
materiais diretos, mão-de-obra direta e custos indiretos já aplicados na fabricação desses produtos. 
d) O CPV representa o custo dos produtos que permanecem em estoque ao fim de um determinado período. 
e) As receitas e despesas das empresas industriais são controladas pela Contabilidade Comercial. 
 
6- Indique se as afirmações estão certas ou erradas. 
a) Na atividade industrial, são mantidos nos estoques os valores das matérias-primas utilizadas e dos demais fatores de 
produção, enquanto os produtos correspondentes não forem vendidos e entregues aos clientes. 
b) Na atividade industrial, são apropriados ao resultado os valores aplicados na fabricação dos produtos vendidos e 
entregues aos clientes. 
c) Integram os estoques da indústria os salários, depreciação, aluguel e demais gastos de produção. 
d) A energia elétrica consumida no setor de produção é um custo. 
e) As indústrias possuem um elevado grau de imobilizações. 
 
7- Indique a alternativa que não representa custo. 
a) Salários dos operadores das máquinas de fabricação. 
b) Depreciação das máquinas de fabricação. 
c) Honorários do diretor industrial e respectivos encargos sociais. 
d) Salários dos funcionários do departamento de vendas. 
e) Energia elétrica consumida pelas máquinas de fabricação. 
 
8 Não integram o custo de produção das indústrias os valores correspondentes a: 
a) matérias-primas utilizadas na produção 
b) materiais indiretos utilizados na produção 
c) despesas de vendas dos produtos 
d) mão-de-obra aplicada à produção 
e) gastos gerais de fabricação dos produtos 
 
9. (Eletrobrás – 2007) O único valor considerado como custo na Contabilidade de Custos de empresa manufatureira é o 
desembolso em: 
a) propaganda; 
b) comissões de vendas; 
c) depreciação do automóvel do presidente da empresa; 
d) seguro da fábrica; 
e) dividendos pagos. 
 
10. (QCO/2002) O desembolso efetuado, para obtenção de bens ou serviços, independente de sua destinação dentro da 
empresa, denomina-se: 
a) Investimentos 
b) Despesas 
c) Custos 
d) Gastos 
e) Perdas 
 
11 (ESAF) Em relação à terminologia utilizada pela Contabilidade de Custos, é correto afirmar: 
a) Gastos são custos ou despesas que a empresa incorre para realizar a produção e vendê-la; 
b) Despesas são gastos incorridos com a produção de bens e serviços, com a intenção de sua venda posterior; 
c) Investimentos não são gastos, uma vez que se trata de ativos adquiridos pela empresa que somente são depreciados 
lentamente; 
d) Perdas são sacrifícios ocorridos na produção, de forma involuntária ou fortuita; 
e) Custos são os gastos que a empresa incorre para a comercialização dos produtos. 
 
12. Uma empresa industrial, em maio de 19X0, comprou matéria-prima para pagamento em 90 dias. 
Armazenou-a em seu almoxarifado, de onde retirou metade da quantidade adquirida, em junho de 19X0, 
e a outra metade, no mês seguinte, utilizando-a na sua produção, imediatamente após cada requisição. 
Contabilidade e Análise de Custos – 2012/1 Francisco Lorentz 
 
lorentz@unisuamdoc.com.br twitter.com/f_lorentz 
9
� 
Essa matéria-prima deverá ser assim computada no custo de produção: 
a) em maio de 19X0, pelo seu valor total; 
b) em junho de 19X0, pelo seu valor total; 
c) em julho de 19X0, pelo seu valor total; 
d) metade em junho e metade em julho de 19X0; 
e) em agosto de 19X0, pelo seu valor total. 
 
13. (QCO/Cont 2008) Analise as proposições abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta. 
 
I. Custo de produtos vendidos é uma despesa. 
II. Gasto e desembolso são sinônimos em qualquer circunstância. 
III. Custo é um gasto pertinente à utilização de um bem ou serviço na produção de outro bem ou serviço. 
IV. Despesa está associada ao consumo de bens ou serviços na elaboração de produtos para estoque. 
V. Investimento é um gasto que se transforma em despesa, logo após o desembolso. 
 
a) Somente I está correta. 
b) Somente I, II e IV estão corretas. 
c) Somente I e III estão corretas. 
d) Somente II e III estão corretas. 
e) Somente III, IV e V estão corretas 
 
14. Classifique os gastos em Investimentos (I), Custos (C), Despesas (D), Perdas (P) e se houve Desembolso (DB): 
 
a) Compra a vista de um computador Resposta: I, DB 
b) Compra a Prazo de matéria-prima: _________________________________________________________ 
c) Transferência de matéria-prima do almoxarifado para a produção: __________________________________ 
d) Apropriação do seguro da fábrica à produção num determinado período: _____________________________ 
 
e) Apropriação e pagamento deenergia elétrica relativa ao escritório de vendas: ________________________ 
 
f) Pagamento de taxas bancárias: __________________________________________________________ 
 
g) Depreciação de móveis e utensílios da área comercial e administrativa: _____________________________ 
 
h) Danificação de matérias-primas em função de incêndio: _________________________________________ 
 
i) Perda de matéria-prima num processo normal de produção: _______________________________________ 
 
15. Durante o primeiro semestre de 2010, a fábrica de pipocas Milho que Pula Ltda. registrou as transações relatadas a 
seguir. 
 
Data Valor Histórico 
07/05/2010 $ 800,00 Compra para pagamento em 90 dias de 2.200,00 Kg de milho para pipoca. 
11/06/2010 $ 800,00 Setor de produção solicita ao setor de estocagem os 2.200 Kg de milho para pipoca. 
07/08/2010 $ 800,00 O setor financeiro quita o boleto bancário referente aos 2.200 Kg de milho. 
 
Com base nas datas, históricos e valores, pode-se afirmar, segundo o princípio da competência, que o custo de 
produção dos 2.200 kg de milho utilizados como matéria-prima e o desembolso foram registrados, respectivamente, 
nos meses de: 
a) maio e junho 
b) maio e agosto 
c) junho e agosto 
d) junho e maio 
e) agosto e maio 
 
Contabilidade e Análise de Custos – 2012/1 Francisco Lorentz 
 
lorentz@unisuamdoc.com.br twitter.com/f_lorentz 
10
� 
ELEMENTOS DE CUSTOS OU FATORES DE PRODUÇÃO 
 
Basicamente, os componentes de custo industrial podem ser resumidos em três elementos: 
- Materiais (matéria prima, material secundário, embalagens) 
- Mão-de-obra (MOD / MOI - Mão de obra Direta e Indireta) 
- Gastos Gerais de Fabricação (GGF) ou Custos Indiretos de Fabricação (CIF) (energia elétrica, aluguéis, 
seguros, telefone, manutenção, lubrificantes etc). 
 
Materiais 
 
Os materiais utilizados na fabricação podem ser classificados em: 
 
Matérias-primas: são os materiais principais e essenciais que entram em maior quantidade na fabricação do produto. A 
matéria-prima para uma indústria de móveis de madeira é a madeira; para uma indústria de confecções é o tecido; para 
uma indústria de massas alimentícias é a farinha etc; 
 
Materiais Secundários: são os materiais que entram em menor quantidade na fabricação do produto. Esses materiais 
são aplicados juntamente com a matéria-prima, complementando-a ou até mesmo dando o acabamento necessário ao 
produto. Os materiais secundários para uma indústria de móveis de madeira são: pregos, cola, verniz, dobradiças, fechos 
etc; para uma indústria de confecções são: botões, zíperes, linha etc; para uma indústria de massas alimentícias são: 
ovos, manteiga, fermento, açúcar etc. 
 
Materiais de Embalagem: são os materiais destinados a acondicionar ou embalar os produtos, antes que eles saiam da 
área de produção. Os materiais de embalagem, em uma indústria de móveis de madeira podem ser caixas de papelão, 
que embalam os móveis desmontados; em uma indústria de confecções caixas ou sacos plásticos; em uma indústria de 
massas alimentícias caixas ou sacos plásticos etc. 
Podemos encontrar, ainda, outras nomenclaturas a respeito dos materiais secundários como: materiais auxiliares, 
materiais acessórios, materiais complementares, materiais de acabamento etc. Dependendo do interesse da empresa, 
essas subdivisões poderão ser utilizadas. Para efeito didático, consideraremos todos esses materiais como secundários. 
Mão-de-Obra 
 
Compreende os gastos com o pessoal envolvidos na produção da empresa industrial, englobando salários, 
encargos sociais, 13º Salário, Férias, refeições e estadas, seguros etc. 
 
Gastos Gerais de Fabricação ou Custos Indiretos de Fabricação. 
 
Compreendem os demais gastos necessários para a fabricação dos produtos, como por exemplo: aluguéis, 
energia elétrica, serviços de terceiros, manutenção da fábrica, depreciação, seguros diversos, material de limpeza, óleos 
e lubrificantes para as máquinas, pequenas peças para reposição, telefones e comunicações etc. 
 
Controle de estoques 
 
Os estoques representam um dos ativos mais importantes do capital circulante e da posição financeira da 
maioria das companhias industriais e comerciais. Sua correta determinação no início e no fim do período contábil é 
essencial para uma apuração adequada do lucro líquido do exercício. Todos os itens são registrados através de código de 
produto, sendo o critério mais utilizado, o custo médio. Todas entradas são feitas quando da chegada do material ao 
almoxarifado, através da NF e as saídas são feitas através de Requisição de material. As Fases (contas) do Estoque 
(Ativo) são: 
 Matéria-Prima 
 Produtos em Elaboração 
 Produtos Acabados 
 Material de Consumo 
 Mercadoria para Revenda 
 Material para Embalagem 
 Importação em andamento 
 Provisão de estoque obsoleto (redutora) 
 Provisão para ajuste ao valor de mercado (redutora) 
 
Contabilidade e Análise de Custos – 2012/1 Francisco Lorentz 
 
lorentz@unisuamdoc.com.br twitter.com/f_lorentz 
11
� 
Devem ser programados Inventários Periódicos e Anuais, sendo que as diferenças verificadas devem ser 
analisadas e justificadas através de relatórios gerenciais. 
 
Estoque de Materiais: os estoques de materiais podem ser classificados em: 
 
Materiais Diretos: compreendem a matéria prima e outros que possam ser perfeitamente identificados ao objeto de 
custo. 
Materiais Indiretos: são os materiais empregados na fabricação do produto, mas, devido à dificuldade de cálculo, 
quanto à quantidade utilizada em cada produto fabricado, são considerados materiais indiretos. 
 
Estoques de Produtos em Elaboração: o saldo da conta estoque de produtos em elaboração ou estoque de produtos em 
processo representam o valor dos produtos em processo, em fabricação, os produtos que ainda não estão acabados para 
serem vendidos. 
 
Estoques de Produtos Acabados: essa conta representa o saldo dos produtos disponíveis para venda em estoque, no 
depósito de produtos acabados da empresa. 
 
Fases do Produto até Custo: 
 Estoque de Matéria -Prima 
 Produto em Elaboração (incluiu demais custos de produção) 
 Produto Acabado (matéria-prima + demais custos de produção) 
 Custo de Produtos Vendidos 
 
Custos de Produção – Podem ser separados em: Material Direto (MD), Mão-de-Obra Direta (MOD) e Custos Indiretos 
de Fabricação (CIF) ou Gastos Gerais de Fabricação (GGF). Corresponde ao Custo de Produção do 
Período ou Custo Fabril: é a soma dos custos incorridos no período dentro da fábrica em determinado período. 
 
CPP = MD (EI + C – EF) + MOD + CIF 
 
Custo da Produção Acabada ou Custos dos Produtos Fabricados: nem sempre o total de custos aplicados na 
produção durante o período é totalmente transformado em produtos acabados. Pode permanecer alguma parcela ainda 
em elaboração no final do período. O Custo dos Produtos Fabricados ou Custo dos Produtos Acabados é resultante do 
custo fabril somado à parcela do Custo Fabril do período anterior ainda não transformado (no período atual chama-se 
EIPE) diminuído da parcela desse mesmo Custo Fabril que não se transformou (EFPE). Resumindo, o Custo dos 
Produtos Fabricados é o custo que efetivamente ocorreu sobre as unidades que foram totalmente acabadas naquele 
período. 
CPA = EIPE + CPP - EFPE 
 
Custo dos Produtos Vendidos – é a soma dos custos incorridos na fabricação dos bens que só agora estão sendo 
vendidos. Pode conter Custos de Produção também de períodos anteriores existentes em unidades que só foram 
acabadas no presente período. 
CPV = EIPA + CPA - EFPA 
 
Outros conceitos utilizados na contabilidade de custos 
 
Custos Primários – são os custos principais do produto em si, ou seja, a matéria-prima ea mão-de-obra Direta. 
Representam os primeiros custos a ocorrerem no processo produtivo. 
 
Custos de transformação: corresponde a soma de todos os custos de produção, exceto os relativos a matérias-primas e 
outros eventuais adquiridos e empregados sem nenhuma modificação pela empresa (componentes adquiridos prontos, 
embalagens compradas etc.). Representam esses Custos de Transformação o valor do esforço da própria empresa no 
processo de elaboração de um determinado item. Ou seja, constitui-se da mão-de-obra apropriada e dos custos indiretos 
de fabricação. 
Contabilidade e Análise de Custos – 2012/1 Francisco Lorentz 
 
lorentz@unisuamdoc.com.br twitter.com/f_lorentz 
12
� 
 
 
Exemplo: Consideremos que uma indústria apresente os seguintes valores para sua produção: 
 
Item Estoques iniciais Estoques finais 
Matérias-primas 100 200 
Produtos em elaboração 150 50 
Produtos acabados 500 700 
 
 Compras de matérias-primas do período = R$ 700 
 Mão-de-obra direta aplicada à produção do período = R$ 300 
 Gastos Gerais de Fabricação (custos indiretos) aplicados à produção do período = R$ 400 
 
 
 
Outra forma didática de representar a movimentação dos custos da empresa pode ser vista na figura a seguir. 
Por meio das três caixas apresentadas como Materiais Diretos, Produtos em Processo e Produtos Acabados, 
pode-se perceber o processo de migração dos custos mediante diferentes grupos de contas contábeis. 
 
 
Contabilidade e Análise de Custos – 2012/1 Francisco Lorentz 
 
lorentz@unisuamdoc.com.br twitter.com/f_lorentz 
13
� 
Interpretação das transferências de custos. 
 
Estoque inicial matéria-prima 100 
(+) Compras 700 
(-) Estoque fina matéria-prima (200) 
(=) Custo MP 600 
(+) Mão-de-obra direta 300 
(+) CIF 400 
(=) Custo da Produção do Período (CPP) 1.300 
(+) Estoque inicial Produtos em processo 150 
(-) Estoque final Produtos em processo (50) 
(=) Custo da Produção Acabada (CPA) 1.400 
(+) Estoque inicial Produtos Acabados 500 
(-) Estoque final Produtos Acabados (700) 
(=) Custo dos Produtos Vendidos (CPV) 1.200 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. (ICMS/SP/2006) Na terminologia de custos, são custos de conversão ou de transformação: 
a) mão-de-obra direta e indireta. 
b) mão-de-obra direta e materiais diretos. 
c) mão-de-obra direta e custos indiretos de fabricação. 
d) matéria Prima, mão-de-obra direta e custos indiretos de fabricação. 
e) custos primários e custos de fabricação fixos. 
 
2. (QCO/2002) Com relação a mão-de-obra, pode-se afirmar que: 
(A) No custo de mão-de-obra, só são considerados os valores dos salários. 
(B) Os gastos com todos os funcionários que trabalham diretamente na fabricação de produtos e que têm os seus custos 
apropriados através de rateios são considerados diretos. 
(C) O gasto com empregado que trabalha na produção operando mais de uma máquina e fabricando produtos diferentes 
é considerado mão-de-obra indireta. 
(D) Os gastos de transporte e de alimentação do pessoal da produção são considerados como mão-de-obra direta 
(E) Os gastos de salários com todos os funcionários que trabalham na produção são considerados como mão-de-obra 
direta. 
 
3. Alguns dados contábeis e financeiros das Fábricas de Calçados Lorentz Shoes Ltda. estão exibidos a seguir. Com 
base nos números apresentados estime para o volume total produzido no período: 
 
Conta $ 
Materiais requisitados: diretos 8.200,00 
Depreciação do parque industrial 1.700,00 
Aluguel da fábrica 5.200,00 
Aluguel de escritórios administrativos 7.400,00 
Materiais requisitados: indiretos 950,00 
Depreciação de computadores da diretoria 720,00 
Mão de obra direta 9.400,00 
Seguro da área industrial 2.600,00 
 
(a) o custo primário: ___________________________________; 
Contabilidade e Análise de Custos – 2012/1 Francisco Lorentz 
 
lorentz@unisuamdoc.com.br twitter.com/f_lorentz 
14
� 
(b) o custo de transformação: ___________________________; 
(c) o custo fabril: _____________________________________; 
(d) a despesa total:____________________________________. 
4. Em relação à questão anterior, sabe-se que no período analisado a empresa produziu e vendeu 2.000 unidades de um 
mesmo produto. Calcule: 
 
a) o custo unitário de cada produto: _____________________________________________________________ 
 
b) a margem de lucro líquida da empresa, em $ e em %, se o preço de venda da empresa for igual a $ 20,00. 
Resposta:________________________________________________________________________________ 
 
5. Observe as informações abaixo, extraídas de escrituração de uma empresa industrial, relativas a um determinado 
período de produção: 
 Materiais requisitados do almoxarifado: 
 Diretos......................................................R$ 300.000,00 
 Indiretos................................................... R$ 50.000,00 
 Mão-de-Obra apontada: 
Direta...................... R$ 200.000,00 
Indireta................... R$ 30.000,00 
 Aluguel da Fábrica.................................... R$ 40.000,00 
 Seguro da Fábrica ..................................... R$ 20.000,00 
 Depreciação das máquinas ....................... R$ 60.000,00 
 
O custo de fabricação, o custo primário e o custo de transformação têm, respectivamente, os valores de: 
 
a) R$ 700.000,00, R$ 500.000,00 e R$ 400.000,00; 
b) R$ 580.000,00, R$ 500.000,00 e R$ 120.000,00; 
c) R$ 700.000,00, R$ 580.000,00 e R$ 230.000,00; 
d) R$ 500.000,00, R$ 580.000,00 e R$ 400.000,00; 
e) R$ 580.000,00, R$ 350.000,00 e R$ 230.000,00. 
 
6 - Observe os dados abaixo e calcule o que se pede: 
 
1 – MP: Compras $10.000 
 Estoque Inicial $1.000 
 Estoque final $2.000 
2 - Mão-de-Obra: Indireta $2.000 
 Direta $8.000 
3 – Outros Custos Indiretos $5.000 
4 – Produtos em Elaboração: Estoque Inicial $2.000 
 Estoque Final $1.000 
5 – Produtos Acabados: Estoque Inicial $5.000 
 Estoque Final $3.000 
 
a) Custo da Produção do Período: _____________________________ 
b) Custo dos Produtos Acabados: _____________________________ 
c) Custo dos Produtos Vendidos:______________________________. 
d) Calcule o Custo Primário:__________________________________. 
e) Calcule o Custo de Transformação:___________________________. 
 
 
 
Contabilidade e Análise de Custos – 2012/1 Francisco Lorentz 
 
lorentz@unisuamdoc.com.br twitter.com/f_lorentz 
15
� 
Estoque inicial matéria-prima 
(+) Compras 
(-) Estoque final de matéria-prima (MP) 
(=) Custo de MP 
(+) Mão-de-obra direta 
(+) CIF 
(=) Custo da Produção do Período (CPP) 
(+) Estoque inicial Produtos em Processo 
(-) Estoque final Produtos em processo 
(=) Custo da Produção Acabada (CPA) 
(+) Estoque inicial Produtos Acabados 
(-) Estoque final Produtos Acabados 
(=) Custo dos produtos vendidos (CPV) 
 
7 . (BR Biocombustível - Tec Cont Jr/2010) Dados extraídos da Contabilidade de Custos da Indústria Pacífico Ltda., em 
junho de 2009: 
 
• Inventário inicial de matéria-prima R$ 7.500,00 
• Compra de matéria-prima a prazo R$ 43.200,00 
• Mão de obra direta apontada R$ 25.500,00 
• Mão de obra indireta R$ 35.000,00 
• Luz e força da Fábrica R$ 10.500,00 
• Materiais diversos da Fábrica R$ 2.550,00 
• Seguro da Fábrica R$ 1.850,00 
• Depreciação das máquinas R$ 12.650,00 
• Inventário inicial de produtos em processo R$ 8.450,00 
• Inventário inicial de produtos acabados R$ 7.200,00 
• Inventário final de matéria-prima R$ 8.300,00Sabendo-se que os demais inventários tiveram saldo nulo e considerando-se apenas as informações acima, o valor 
do custo da produção (custo fabril) do período foi, em reais, de: 
(A) 146.100,00 
(B) 138.900,00 
(C) 138.750,00 
(D) 137.650,00 
(E) 130.450,00 
 
Estoque inicial matéria-prima 
(+) Compras 
(-) Estoque final de matéria-prima (MP) 
(=) Custo de MP 
(+) Mão-de-obra direta 
(+) CIF 
(=) Custo da Produção do Período (CPP) 
(+) Estoque inicial Produtos em Processo 
(-) Estoque final Produtos em processo 
(=) Custo da Produção Acabada (CPA) 
(+) Estoque inicial Produtos Acabados 
(-) Estoque final Produtos Acabados 
(=) Custo dos produtos vendidos (CPV) 
Contabilidade e Análise de Custos – 2012/1 Francisco Lorentz 
 
lorentz@unisuamdoc.com.br twitter.com/f_lorentz 
16
� 
8. (QCO/Cont 2007) O Custo dos Produtos Acabados e o Custo dos Produtos Vendidos em 31.03.2002 de uma 
Companhia, com base nas informações abaixo mencionadas, são respectivamente: 
 
REGISTROS CONTÁBEIS DO PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2002 
Aquisições de Matérias-Primas R$ 2.625,00 
Custo de Mão-de-Obra Direta R$ 525,00 
Custos com Água e Luz da Fábrica R$ 126,00 
Depreciação da Fábrica R$ 567,00 
Despesas Administrativas R$ 945,00 
Despesas de Vendas R$ 490,00 
Estoque de Matéria-Prima em 01.01.2002 R$ 315,00 
Estoque de Matéria-Prima em 31.03.2002 R$ 210,00 
Estoque de Produtos Acabados em 01.01.2002 R$ 910,00 
Estoque de Produtos Acabados em 31.03.2002 R$ 735,00 
Estoque de Produtos Semi-Acabados em 01.01.2002 R$ 630,00 
Estoque de Produtos Semi-Acabados em 31.03.2002 R$ 350,00 
Manutenção da Fábrica R$ 304,50 
Mão-de-Obra Indireta R$ 1.050,00 
Seguro da Fábrica R$ 140,00 
Suprimentos da Fábrica R$ 52,50 
Vendas R$ 8.750,00 
 
a) R$ 3.150,00 e R$ 3.325,00. 
b) R$ 5.775,00 e R$ 5.950,00. 
c) R$ 7.420,00 e R$ 7.420,00. 
d) R$ 8.540,00 e R$ 7.315,00. 
e) R$ 7.420,00 e R$ 7.315,00. 
 
Estoque inicial matéria-prima 
(+) Compras 
(-) Estoque final de matéria-prima (MP) 
(=) Custo de MP 
(+) Mão-de-obra direta 
(+) CIF 
(=) Custo da Produção do Período (CPP) 
(+) Estoque inicial Produtos em Processo 
(-) Estoque final Produtos em processo 
(=) Custo da Produção Acabada (CPA) 
(+) Estoque inicial Produtos Acabados 
(-) Estoque final Produtos Acabados 
(=) Custo dos produtos vendidos (CPV) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contabilidade e Análise de Custos – 2012/1 Francisco Lorentz 
 
lorentz@unisuamdoc.com.br twitter.com/f_lorentz 
17
� 
CLASSIFICAÇÕES E NOMENCLATURAS DE CUSTOS 
 
Definição de objeto de custo ou objeto de custeio 
 
Como já tivemos oportunidade de mencionar, Custo se define como um recurso sacrificado ou de que se abre 
mão para um determinado fim (sempre voltado para a área de produção). Para guiar decisões, os gestores sempre 
desejam saber quanto custa uma determinada coisa, como por exemplo, um novo produto, uma nova máquina, um 
serviço etc. Chamamos essa coisa de OBJETO DE CUSTO. Isto significa dizer que objeto de custo é qualquer coisa 
para a qual se deseja uma mensuração de custo; é o nome técnico que designa a finalidade para a qual os custos estão 
sendo apurados. 
 
Exemplos: 
 
OBJETO DE CUSTO ILUSTRAÇÃO 
PRODUTO Uma bicicleta de 21 marchas 
SERVIÇO Um vôo Rio-SP 
PROJETO Um avião montado pela embraer para a FAB 
ATIVIDADE Um teste para determinar o nível de qualidade de um lote de televisores 
DEPARTAMENTO Um departamento (manutenção) 
 
Classificação dos custos em relação ao produto 
 
A maior questão com relação aos custos é saber quando eles têm um relacionamento direto ou indireto com um 
determinado objeto de custo. Com isso, classificaremos os custos em relação ao produto em DIRETO e INDIRETO. 
 
CUSTOS DIRETOS – são aqueles que podem ser apropriados diretamente aos produtos fabricados, porque há uma 
medida objetiva de seu consumo nesta fabricação. Complementando, são os custos que estão relacionados a um 
determinado objeto de custo e que podem ser identificados de maneira economicamente viável (custo efetivo). 
Genericamente, os custos diretos são aqueles que podem ser apropriados diretamente a uma função de acumulação de 
custos, seja esta função um produto, um serviço, uma ordem de produção, um centro de custo, uma atividade ou um 
órgão da empresa. 
 
Exemplos: Matéria-prima direta, Mão-de-obra direta, material de embalagem (dentro do processo produtivo); 
energia elétrica das máquinas quando é possível saber quanto foi consumido na produção de 
CADA produto. 
 
Casos Especiais 
 
Em algumas condições especiais, todos os custos podem ser classificados como diretos. Assim, se determinada 
empresa só fabrica um tipo de produto (não havendo variação de qualidade ou de tamanho ou qualquer outra) ou 
executa somente um tipo de serviço, só vão existir custos diretos para essa empresa. 
O aluguel de um galpão pode ser classificado como custo direto se, neste local, apenas um tipo de produto for 
elaborado. Todo custo cuja parcela pertencente a uma função de custo possa ser separada e medida no momento da sua 
ocorrência classifica-se como direto. 
 
CUSTOS INDIRETOS – são os custos que dependem de cálculos, rateios ou estimativas para serem apropriados em 
diferentes produtos, portanto, são os custos que só são apropriados INDIRETAMENTE aos produtos. O parâmetro 
utilizado para as estimativas é chamado de BASE ou CRITÉRIO de rateio. Complementando, são os CUSTOS que 
estão relacionados a um determinado objeto de custo, mas que não podem ser identificados com este de maneira 
economicamente viável (custo efetivo). 
Exemplos: depreciação de equipamentos que são utilizados na fabricação de mais de um produto; salários dos 
chefes de supervisão de equipes de produção; aluguel da fábrica; gastos com limpeza da fábrica, energia elétrica que não 
pode ser associada ao produto. 
 
Observações importantes: 
 
- Se a empresa produz somente UM produto, todos os seus CUSTOS são DIRETOS; 
Contabilidade e Análise de Custos – 2012/1 Francisco Lorentz 
 
lorentz@unisuamdoc.com.br twitter.com/f_lorentz 
18
� 
- Às vezes o custo é direto por natureza, mas é de tão pequeno valor que não compensaria o trabalho de 
associá-lo a cada produto, sendo tratado como indireto (Materialidade e Conservadorismo). Exemplos: cola e verniz na 
indústria de móveis. 
 
Contabilização dos gastos gerais de fabricação 
 
A maior parte dos GGF não tem relação direta com os produtos fabricados, pois ocorrem mensalmente e 
independem do volume produzido. Tendo em vista o Regime Contábil da Competência, esses gastos devem ser 
incorporados ao Custo da Produção do Período em que forem gerados (Fato Gerador). O procedimento mais correto é 
que esses gastos sejam apropriados mensalmente. Em obediência a esse Princípio Fundamental de Contabilidade, devem 
ser apropriados no mês em que forem gerados, tenham ou não sido pagos (mais uma vez o Fato Gerador). 
Exemplo: Energia elétrica referente ao mês de julho que será paga no 2º dia do mês de agosto. O fato gerador 
ocorreu no mês de julho. Com a redução gradativa do custo da mão-de-obra direta pela eliminação de postos de trabalho 
e sua substituição por atividades automatizadas, os CIF/GGF vêm aumentando sua participação nos custos totais das 
empresas e, conseqüentemente, nos seus produtos. Esse agrupamento contempla todos os elementos de custos que não 
têm medição de consumo nos produtos, e por isso mesmo são apropriados por intermédio de rateios. Exceto a matéria-
prima e a mão-de-obra direta, praticamente todos os demais custos são tratadoscomo indiretos. 
- Representam o terceiro elemento de custo. 
- Todos os custos de fabricação que não podem ser diretamente mensurados a cada produto. 
- Representam a utilização dos outros recursos da fábrica: equipamentos, instalações, mão-de-obra indireta, 
materiais secundários, energia elétrica, água, aluguéis, benefícios a empregados, combustíveis, imposto predial, 
lubrificantes, outros materiais, manutenção etc. 
 
Composição dos custos indiretos de fabricação 
 
Podemos subdividir em três grupos os custos indiretos: 
a) materiais indiretos: correspondem aos materiais auxiliares empregados no processo de produção, que não 
integram fisicamente os produtos; e aqueles economicamente inviáveis de medição de consumo. 
b) mão-de-obra indireta: corresponde à mão-de-obra que não trabalha diretamente na transformação da 
matéria-prima em produto ou da qual não há condições de apontar o tempo gasto nos produtos; 
c) outros custos indiretos: todos os demais custos indiretos incorridos na fábrica, que não são possíveis 
medir ou quantificar o consumo nos produtos. 
 
Custos indiretos: critérios de rateio de CIF 
 
Os Custos Indiretos são aqueles que não há como fazer a associação direta dos custos aos produtos fabricados. 
Ou, ainda, aqueles itens que não são economicamente viáveis fazer o seu controle. Geralmente são utilizados em 
menores quantidades e necessitam OBRIGATORIAMENTE de uma base ou critério de rateio para serem apropriados 
aos produtos. 
Entende-se por CRITÉRIO DE RATEIO ou BASE DE RATEIO como uma divisão PROPORCIONAL pelos 
valores de uma base conhecida. Esses valores devem estar distribuídos entre os diferentes produtos ou funções dos quais 
se deseja apurar o custo e devem ser conhecidos e estarem disponíveis no final do período de apuração do custo. 
Exemplos: o imposto predial da fábrica, geralmente, é rateado pelo metro quadrado ocupado por cada 
departamento ou linha de produção. A melhor base de rateio para determinado custo é aquela que se supõe que o custo 
ocorra na mesma proporção dela, ou seja, o custo indireto deve guardar estreita correlação com os dados escolhidos 
como base de rateio (causa x efeito). 
 
Dificuldades para estabelecer as bases de rateio 
 
A dificuldade que se encontra para alocar custos indiretos reside na definição das bases de rateio a serem 
utilizadas, pois é uma tarefa que envolve aspectos subjetivos e arbitrários. Se o critério adotado não for bem consistente, 
o resultado de custos ficará por certo deficiente para atender aos fins que se propõe. Tendo em vista que o montante dos 
custos indiretos será absorvido pela produção por qualquer base que se venha a ser empregada, alguns produtos podem 
ficar subavaliados, enquanto outros, superavaliados. O que se procura ao definir uma base de rateio é minimizar tais 
distorções. 
 
 
 
Contabilidade e Análise de Custos – 2012/1 Francisco Lorentz 
 
lorentz@unisuamdoc.com.br twitter.com/f_lorentz 
19
� 
Distorções na Alocação 
 
O número de unidades produzidas, o número de horas de máquinas, o número de horas de mão-de-obra direta, o 
valor da matéria-prima direta e outros, todos eles sempre relacionados diretamente com o volume da produção, eram os 
dados mais comumente usados como base de rateio. Esta sistemática provocava muitas distorções, tendo em vista o 
raciocínio, muito simplista, de que o produto de maior volume de produção deveria ser o mais penalizado com as cargas 
de custos indiretos. Sem uma análise mais acurada da forma de ocorrência de cada um dos diferentes custos indiretos e 
nem da efetiva participação de cada uma das funções de custos naquele custo indireto, a alocação das suas parcelas fica 
muito aleatória. Qualquer base que venha a ser utilizada por certo permitirá que se chegue ao custo dos produtos. No 
entanto, precisa-se ter coerência na escolha dessa, a fim de não serem obtidos resultados distorcidos. O que precisa ficar 
bem claro é que todo e qualquer critério que venha a ser empregado deve ser escolhido em função de uma base que 
represente uma relação lógica, procurando aproximar-se daquilo que seria o custo perfeito. 
 
Bases mais adequadas de rateio 
 
Devido às exigências cada vez maiores do mercado, quanto à qualidade e à eficiência dos produtos, bem como 
da sua maior adaptação aos hábitos e comodidades de cada usuário, as empresas têm de diversificar cada vez mais o 
número de itens da sua produção para atender a estas exigências aumentando, significativamente, o número de produtos 
diferentes produzidos. Com isto, a quantidade de custos indiretos aumentou demasiadamente em relação aos diretos e os 
conceitos antigos de rateá-los por dados que privilegiam o volume de produção deixaram de refletir a realidade. As 
parcelas dos custos indiretos destinados a cada função diferente ficaram muito distorcidas e, como conseqüência, fazem 
com que o custo de cada uma destas funções não exprima o seu verdadeiro valor. 
Nos tempos atuais, a modernização dos processos de produção, com automatização das diversas etapas dos 
processos produtivos, provocaram um deslocamento significativo dos custos, aumentando o valor dos custos indiretos 
com redução dos demais. Assim, a distribuição inadequada de pequeno valor não provocava distorções significativas, 
ao contrário de hoje, tendo em vista que os custos indiretos ganharam maior relevância, uma alocação inadequada 
provoca distorções muito significativas. Cada custo indireto deve ter a sua ocorrência analisada em função da unidade 
de acumulação de custos e, só então, escolhido o dado que melhor possa refletir o rateio daquele custo a cada uma das 
unidades de acumulação de custos. 
Após um estudo muito analítico de cada custo e uma unanimidade dos responsáveis de cada área ou atividade, 
pode se adotar um critério de rateio que englobe grupos de custos indiretos, no intuito de simplificar esta rotina. 
 
Exemplos de custos indiretos e bases de rateio. 
 
Materiais indiretos - o dado que serve melhor como base de rateio é o valor da matéria-prima porque se 
entende que a sua aplicação nos diferentes produtos é em função do consumo de matéria-prima direta. Como por 
exemplo, vejamos o VERNIZ numa pequena fábrica de bancos, cadeiras, carteiras e mesas de madeira, cuja matéria-
prima direta é a madeira e o valor consumido é normalmente proporcional à área que deve ser envernizada. 
Supervisão - significa a remuneração devida ao pessoal que chefia um grupo de pessoas. O que ocorre, 
normalmente, é que o Supervisor está encarregado na produção e na supervisão de diversos produtos e , neste caso, 
como custo indireto, necessita de uma base de rateio para apropriação aos produtos. A melhor base de rateio para este 
custo é o valor da mão-de-obra direta apropriada a cada tipo de produto diferente ou a cada função diferente de custo. A 
razão dessa escolha é supor-se que a medida que o produto ou função de custo absorve mais mão-de-obra, também 
requer mais supervisão; o número de empregados em cada linha de produção também é uma base aceita; 
Combustíveis - o dado, entre os disponíveis, que melhor serve como base de rateio deste custo é a “potência 
das máquinas a combustão”, porque quanto mais potente for a máquina, mais combustível ela vai consumir, ou seja, o 
consumo de combustível é em funcão da potência de cada máquina. 
Depreciações - o valor do imobilizado é o dado que melhor serve como base de rateio deste custo, tendo em 
vista que a depreciação é conseqüência do valor de aquisição do imobilizado. 
Energia elétrica (força) - o dado mais indicado para a base de rateio é a “potência das máquinas elétricas”. 
Assim como nas máquinas a combustível, quanto maior a potência, maior o consumo de energia (Kw/h consumido). 
Energia elétrica (iluminação) - áreaocupada é o dado mais adequado como base de rateio deste custo. Quanto 
maior a área ocupada na fabricação dos produtos, mais energia elétrica será consumida para a sua iluminação. Outra 
base seria, também, o número de pontos de luz instalados em cada setor. 
Contabilidade e Análise de Custos – 2012/1 Francisco Lorentz 
 
lorentz@unisuamdoc.com.br twitter.com/f_lorentz 
20
� 
Aluguéis - usa-se como base de rateio para este custo o dado “área ocupada”, considerando-se que o valor do 
aluguel é por área e portanto, o produto que ocupa a maior área recebe a maior parcela do custo e o que ocupa a menor 
área recebe a menor parcela do custo. 
Alimentação - a base de rateio será o dado “número de empregado”, porque se considera que quanto maior o 
número de empregados ocupados, maior será a parcela do custo de alimentação incidente sobre o produto ou função de 
custo. 
Transporte de pessoal - é usado o mesmo dado do anterior. 
 
Observações: Caso toda a produção de um período for vendida nesse mesmo período, o efeito dos Custos 
Indiretos sobre os produtos não seria ponto sensível na avaliação do resultado global da empresa. Mas, na grande 
maioria dos casos, parte da produção fica estocada (produtos em elaboração e produtos acabados) e com isso, poderão 
existir alterações artificiais no resultado. Caso os produtos estocados no fim do período tenham sido “beneficiados” pela 
modificação do critério de rateio e tenham por isso recebido menos Custos Indiretos do que recebiam antes, o resultado 
do período aparecerá, também, por um montante menor do que aquele que seria apresentado caso não tivesse havido 
alteração. Isso porque os Custos Indiretos não apropriados sobre os itens estocados teriam sido apropriados aos outros 
que foram vendidos e, assim, estariam classificados como Despesas (Custo dos Produtos Vendidos) no resultado. 
 
Exemplos de rateios: Uma Indústria Petroquímica fabrica dois produtos: “A” e o “B”. No Departamento de 
Mistura são feitas as acumulações dos custos e, no final do período, há a necessidade de se fazer o rateio dos custos 
indiretos a cada produto. As seguintes informações estão disponíveis: 
As seguintes informações estão disponíveis: 
 
Custos Prod “A” Prod “B” Total 
Material Direto aplicado $ 5.000,00 $ 7.000,00 $ 12.000,00 
Mão-de-obra direta $ 1.000,00 $ 1.000,00 $ 2.000,00 
Custos diretos totais $ 6.000,00 $ 8.000,00 $ 14.000,00 
Custos indiretos a ratear ? ? $ 5.400,00 
Total ? ? 19.400,00 
Horas utilizadas 140 hs 100 hs 240 hm 
 
HIPÓTESE 1: RATEIO COM BASE MATERIAL DIRETO APLICADO 
 
Taxa de aplicação de CI: $5.400,00 = $ 0,45/$ 1,00 de MD 
 $12.000,00 
 
Prod “A”: $ 5.000,00 x $ 0,45 = $ 2.250,00 
Prod “B”: $ 7.000,00 x $ 0,45 = $ 3.150,00 
Total CI..................................... $ 5.400,00 
 
OU 
 
MD A = 5.000,00 (41,6666...%) - 5.400,00 x 41,4666...% = 2.250,00 
MD B = 7.000,00 (58,3333...%) - 5.400,00 x 58,333.... % = 3.150,00 
Total = 12.000,00 (100 %) 5.400,00 
 
Custo Total: 
 
Prod “A”: $ 6.000,00 + $ 2.250,00= $ 8.250,00 
Prod “B”: $ 8.000,00 + $ 3.150,00 = $11.150,00 
Total.................................................. $ 19.400,00 
 
 
 
 
Contabilidade e Análise de Custos – 2012/1 Francisco Lorentz 
 
lorentz@unisuamdoc.com.br twitter.com/f_lorentz 
21
� 
HIPÓTESE 2: RATEIO COM BASE NAS HORAS UTILIZADAS 
 
Taxa de aplicação de CI: 5.400,00 = $ 22,50/hora 
 240 
 Prod “A”: 140 x $ 22,00 = $ 3.150,00 
 Prod “B”: 100 x $ 22,00 = $ 2.250,00 
Total CI................................ $ 5.400,00 
 
OU 
 
HR A = 140 hs (58,333...%) 5.400,00 x 41,4666...% = $ 3.150,00 
HR B = 100 hs (41,666...%) 5.400,00 x 58,333.... % = $ 2.250,00 
Total = 240 hs (100 %) 5.400,00 
 
Custo Total: 
 
Serviço “A”: $ 6.000,00 + $ 3.150,00= $ 9.150,00 
Serviço “B”: $ 8.000,00 + $ 2.250,00 = $10.250,00 
Total...................................................... $ 19.400,00 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. (Contador - TCE RO/2007) Em Contabilidade de Custos, quando houver necessidade de utilizar qualquer fator de rateio para 
a apropriação, ou cada vez que houver o uso de estimativas ao invés de medição direta, o custo será incluído como: 
(A) imputado. 
(B) segregado. 
(C) indireto. 
(D) variável. 
(E) identificado. 
2. (Inea-Contador/2008) A Cia. Industrial Maracanã Ltda., num determinado mês, anotou os seguintes custos: 
 
Com base nos dados acima, o total dos custos diretos, em reais, é 
(A) 225.000,00 (B) 455.000,00 (C) 485.000,00 (D) 515.000,00 (E) 555.000,00 
 
Contabilidade e Análise de Custos – 2012/1 Francisco Lorentz 
 
lorentz@unisuamdoc.com.br twitter.com/f_lorentz 
22
� 
3. (QCO/2002) Com relação à Taxa de Aplicação de CIF, pode-se afirmar que: 
a) É uma taxa calculada com base no volume de atividade de produção do ano anterior. 
b) É uma taxa aplicada somente em empresas que têm uma produção regular durante todo o ano. 
c) É uma taxa para calcular os custos indiretos tendo como base os custos diretos incorridos. 
d) É uma taxa para pré-calcular custos indiretos de um produto ou de uma ordem antes de se conhecer os custos reais. 
e) A diferença de custos eventualmente existente no final do período deve ser eliminada na contabilidade mediante a 
distribuição somente aos produtos estocados. 
 
4. (Petrobras – Tec Contador Jr/2010) Observe o conjunto de informações a seguir extraído da contabilidade de custos da 
Cia. Industrial Guabiraba S.A. em janeiro de 2010. 
 
Itens Valores 
Matéria-Prima 2.300,00 
Depreciação das Máquinas 1.655,00 
Salários da Supervisão 4.500,00 
Mão de Obra Direta 1.800,00 
Embalagens Necessárias para o Produto 1.100,00 
Energia Elétrica 1.340,00 
Energia Elétrica (identificada com os produtos) 700,00 
Aluguel do Prédio da Fábrica 2.000,00 
Seguro do Prédio da Fábrica 750,00 
Materiais de Consumo Utilizados na Fábrica 80,00 
 
Considerando, exclusivamente, as informações acima, o total de Custos Indiretos montou, em reais, a 
(A) 11.345,00 
(B) 11.025,00 
(C) 10.325,00 
(D) 8.985,00 
(E) 8.915,00 
 
5. (BNDES – Analista/2009) Dados extraídos da contabilidade de custos da Indústria de Plásticos Platistil Ltda. 
 
Custos Valores em reais 
Matéria-prima A 125.000,00 
Matéria-prima B 22.500,00 
Materiais de Consumo 1.650,00 
Mão de Obra (40% direta) 175.000,00 
Salário de Supervisão 15.000,00 
Depreciação de Máquinas da Fábrica 27.400,00 
Energia Elétrica (50% direta) 42.000,00 
Aluguel de Fábrica 2.200,00 
Considerando exclusivamente os dados acima, o total de custos diretos, em reais, montou a 
(A) 364.000,00 
(B) 322.000,00 
(C) 267.500,00 
(D) 238.500,00 
(E) 147.500,00 
 
6. Considerando-se a apuração de custo ao nível de cada produto diferente, preencher os espaços entre os parênteses 
com as letras "D" para Custo direto ou "I" para Custo indireto. 
a) ( ) Aluguel mensal de um galpão para depósito dos produtos "X" e "Y". 
b) ( ) Linha utilizada, indistintamente, nos diferentes tipos de roupa "X", "Y" e "Z", em pequenas indústrias de 
confecções. 
Contabilidade e Análise de Custos – 2012/1 Francisco Lorentz 
 
lorentz@unisuamdoc.com.br twitter.com/f_lorentz 
23
� 
c) ( ) Salário do Supervisor de uma seção que se ocupa apenas do produto "X". 
d) ( ) Água consumida na higiene pessoal dos empregados, ocupados na elaboração dos produtos "X" e "Y". 
e) ( ) Embalagem plástica, apenas com a marca da empresa, envolvendo diferentes camisetas "X", "Y" e "Z", 
sendo uma embalagem para cada unidade. 
f) () Embalagem (caixa de papelão) envolvendo, ao mesmo tempo, camisetas diferentes "X" e "Y" na seção de 
expedição. 
7. Indique se as alternativas estão certas ou erradas. 
 
a) ( ) O aluguel da fábrica é custo indireto. 
b) ( ) As embalagens representam custo indireto. 
c) ( ) O seguro da fábrica é custo indireto. 
d) ( ) A manutenção da fábrica é custo indireto. 
e) ( ) A matéria-prima utilizada na produção é custo indireto. 
 
8. Para apropriar corretamente os Custos Indiretos de Fabricação, é necessário: 
 
a) ( ) Conhecer a quantidade de produtos elaborados. 
b) ( ) Quantificar os produtos em processo e elaborados. 
c) ( ) Estabelecer alguma relação causal entre eles e os produtos em elaboração. 
d) ( ) Determinar os totais dos custos indiretos do mês. 
 
9. Arte & Aço S.A. é uma empresa que fabrica armações em aço para a construção civil. Em agosto de 200X, a empresa 
apresentou os seguintes dados: 
 
 Produto A Produto B Totais 
Matéria-prima AS 110.000 94.000 204.000 
Matéria-prima BS 105.000 55.000 160.000 
Mão-de-obra direta 20.000 15.000 35.000 
Energia direta 5.000 3.500 8.500 
Total C. Diretos 
Total CIF 700.000 
Custo Total 
Quantidade Produzida 1.000 895 - 
Custo Unitário - 
 
Sabendo que para produzir ‘A’ foram utilizadas 300h e para produzir ‘B’ foram utilizadas 200h, faça o rateio dos CIF 
proporcionalmente às horas trabalhadas. Calcule também os custos unitários de cada produto. 
 
10. A empresa Delta Sete Ltda, industria moveleira, produz dois tipos de cadeira: cadeira giratória e cadeira fixa. 
Apresentou em seu registro contábil em out/20X3, o seguinte: 
 
Material Direto: MOD: CIF totais - $ 12.000 
Cadeira Giratória - $7.000 Cadeira Giratória - $ 520 
Cadeira Fixa - $8.000 Cadeira Fixa - $ 780 
 
Calcule o custo total de cada produto, sabendo que o critério de rateio dos custos indiretos é proporcional à mão-de-obra 
utilizada. 
 
Contabilidade e Análise de Custos – 2012/1 Francisco Lorentz 
 
lorentz@unisuamdoc.com.br twitter.com/f_lorentz 
24
� 
 Giratória Fixa Totais 
Material Direto 7.000 8.000 15.000 
Mão-de-obra Direta 520 780 1.300 
Custos Indiretos 12.000 
Custo Total 28.300 
11. (Inea-Contador/2008) A Cia. Industrial Esparta S/A, apropriando os custos indiretos fixos aos produtos com base na 
matéria-prima, elaborou a planilha abaixo. 
 
Entretanto, o Diretor da empresa acredita que essa forma de apropriação não distribui os custos indiretos de fabricação aos 
produtos de forma adequada e determinou ao contador que apropriasse esses custos aos produtos com base na mão-de-obra 
direta. 
Atendendo ao que determinou o diretor, a parcela dos custos indiretos de fabricação correspondente ao produto B foi, em 
reais, de: 
(A) 120.000,00 
(B) 123.230,00 
(C) 128.000,00 
(D) 130.000,00 
(E) 166.860,00 
 
Dados para as questões de n
os
 12 e 13 
A Indústria Real tem uma linha de produção de três modelos de um de seus produtos, em que são consumidos R$ 
900.000,00 de custos fixos. A linha de produção apresentou a seguinte informação, do período produtivo: 
 
 
 
 
12. (Petrobras – Contador Jr/2008) Sabendo-se que a Indústria Real procede ao rateio dos custos fixos pelo custo total de mão-
de-obra direta, o valor dos custos fixos totais, alocado ao modelo grande, em reais, é 
 
(A) 180.000,00 
(B) 247.500,00 
(C) 315.000,00 
(D) 342.000,00 
(E) 396.000,00 
13. (Petrobras – Contador Jr/2008) Admita que a Indústria Real venda o modelo médio do produto por R$ 110,00. 
Mantendo o mesmo critério de rateio dos custos fixos totais pelo custo total de MOD, o lucro por 
unidade vendida do modelo médio, em reais, seria 
(A) 49,00 
(B) 54,85 
(C) 55,48 
(D) 61,00 
(E) 67,00 
Contabilidade e Análise de Custos – 2012/1 Francisco Lorentz 
 
lorentz@unisuamdoc.com.br twitter.com/f_lorentz 
25
� 
CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS EM RELAÇÃO À PRODUÇÃO (VOLUME) 
 
Para estudo do comportamento dos custos, as mesmas contas que antes foram classificadas em Custos Diretos e 
Indiretos, agora serão classificadas em Custos Fixos e Variáveis. Essa classificação ocorre em função do 
comportamento dos elementos de custo em relação às mudanças que possam ocorrer no volume de produção. Alguns 
autores ainda utilizam a classificação de Custos SEMIVARIÁVEIS ou MISTOS. Eliseu Martins prefere mencionar aos 
custos que se enquadram nesta última classificação em: custos que tem uma parcela fixa e uma parcela variável. 
Estas classificações também poderão ser utilizadas para as DESPESAS. 
 
CUSTOS FIXOS e VARIÁVEIS 
 
Nesta classificação os custos são estudados em função das variações que podem ocorrer no volume de atividade, 
ou seja, na quantidade produzida pela empresa no período (leva sempre em consideração a relação entre os custos e o 
volume de atividade numa unidade de tempo). 
 
Os CUSTOS FIXOS são aqueles cujos valores são os mesmos quaisquer que seja o volume de produção da 
empresa (dentro de uma faixa que interessa de acordo com o orçamento). Exemplos: aluguel da fábrica. Independente 
do volume de produção (dentro da faixa que interessa) a empresa arcará com esse custo. Outros exemplos: imposto 
predial do prédio da fábrica, depreciação de equipamentos da fábrica, salários de vigias, salário de supervisores, salário 
de porteiros, prêmio de seguros. Note que os CUSTOS FIXOS são fixos em relação ao nível de produção, mas nada 
impede que esses custos sofram reajustes em determinados meses em função da política econômica do país. Por 
exemplo, o caso do aluguel da fábrica que pode ser renegociado semestralmente. Outro exemplo seria o dissídio coletivo 
da categoria de trabalhadores que não está envolvida diretamente no processo produtivo. 
 
Resumindo: os CUSTOS FIXOS são custos de estrutura da empresa, que não guardam qualquer relação com o 
volume de atividade. Eles permanecem inalterados em relação ao volume da produção, dentro de uma certa faixa. 
 
Representação gráfica: 
 
Custo Fixo em termos Totais: 
 
 R$ 
 
 CF 
 
 
 Q 
 
Custos Fixos em termos unitários: 
 
 R$ 
 
 
 
 CFu 
 
 Q 
Observação: alguns Custos Fixos se apresentam sob a forma de degraus, isto é, eles permanecem constantes até 
certo ponto do volume da atividade (faixa de produção ou faixa relevante) e, nesse momento, eles sobem para uma 
plataforma onde permanecem constantes até chegar a um ponto crítico de volume da atividade. São também chamados 
de SEMI-FIXOS. 
Exemplo: Supondo que uma determinada empresa, hoje, opere com 50 % da sua capacidade instalada, 
fabricando 100.000 unidades de um determinado produto. Caso essa empresa queira ampliar os seus negócios, 
aumentando sua produção e venda para 150.000 unidades do produto, precisará aumentar suas condições de trabalho, 
como por exemplo, o aluguel de um novo galpão, aquisição de alguns equipamentos (gerando assim a depreciação), 
contratar mais supervisores, vigias etc. 
 
Contabilidade e Análise de Custos – 2012/1 Francisco Lorentz 
 
lorentz@unisuamdoc.com.br twitter.com/f_lorentz 
26
� 
FAIXA RELEVANTE: é a banda do nível ou volume normal de atividade em que há um relacionamento específico 
entre o nívelde atividade ou volume e o custo em questão. 
Outro exemplo: 
 
Volume de Produção 
Quantidade Necessária 
de Supervisores 
Custo em R$ 
(Salários + Encargos) 
0 - 20.000 
20.001 - 40.000 
40.001 - 60.000 
60.001- 80.000 
1 
2 
3 
4 
120.000 
240.000 
360.000 
480.000 
 
Representação gráfica: 
 
 CF 
R$ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Q 
 
Os CUSTOS VARIÁVEIS são aqueles cujos valores se alteram em função do volume de produção da empresa. 
Ou seja, quanto maior a produção, maior será o consumo; quanto menor a produção, menor será o consumo. Exemplos: 
energia elétrica, salários dos operários, matérias-primas, materiais secundários, embalagens, depreciação dos 
equipamentos quando esta for em função das horas/máquinas trabalhadas ou quantidades produzidas etc. 
Observação: existem correntes que defendem que a mão-de-obra direta seria, também, um custo fixo, pois a 
legislação brasileira garante uma percepção salarial mínima, independente das horas trabalhadas ou do volume de 
produção. O professor Eliseu Martins cita que a mão-de-obra direta, aquela que é apontada perfeitamente no processo 
produtivo, é classificada como CUSTO VARIÁVEL DIRETO. Caso haja ociosidade por motivos de falta de material, 
de energia, quebra de máquinas etc, dentro de limites normais, esse tempo não utilizado será transformado em Custo 
Indireto FIXO, a ser rateado aos diversos produtos. Caso a ociosidade seja de valor relevante, ocorrendo de forma 
anormal, esse tempo será transferido para PERDA do período. Portanto, custo da mão-de-obra direta não se confunde 
com o valor TOTAL da folha de pagamento paga à produção. Corresponde aquela mão-de-obra que foi apontada 
diretamente na fabricação dos produtos. 
 
Representação Gráfica do Custo Variável, em termos totais: 
 
 CVt 
 R$ 
 
 
 
 
 Q 
 Representação gráfica do Custo Variável em termos Unitários: 
 
 R$ 
 
 
 
 CVu 
 
 Q 
Contabilidade e Análise de Custos – 2012/1 Francisco Lorentz 
 
lorentz@unisuamdoc.com.br twitter.com/f_lorentz 
27
� 
Existe ainda a classificação dos custos em SEMIVARIÁVEIS ou MISTOS. Estes são custos que variam com o 
nível de produção, mas que, entretanto, tem uma parcela fixa e uma parcela variável. É o caso, por exemplo, da Energia 
Elétrica da fábrica, na qual a concessionária cobra uma taxa mínima mesmo que nada seja gasto no período, embora o 
total da conta dependa do número de Kwh consumidos e, portanto, do volume de produção da empresa. Outros 
exemplos: aluguel de copiadoras na qual se cobra uma parcela fixa, mesmo que nenhuma cópia seja tirada, e mais um 
valor por cópia (parte variável); gasto com combustível para aquecimento de uma caldeira que varia de acordo com o 
nível de atividade, mas que existirá, mesmo que seja num valor mínimo, quando nada se produza, já que a caldeira não 
pode esfriar; conta de água etc. 
 
Observação Importante: necessário se torna mencionar que a classificação em Fixos e Variáveis tem uma 
distinção fundamental com relação à classificação em Diretos e Indiretos: esta última se aplica somente a CUSTOS. 
Mas a de Fixo e Variável também se aplica, perfeitamente, às DESPESAS. Assim, por exemplo, como cita o Professor 
Eliseu Martins, podemos ter despesas de vendas Fixas (propaganda, salários da administração das vendas, parte fixa da 
remuneração dos vendedores etc) e Variáveis (comissão de vendedores, despesas de entregas etc), tudo em relação à 
quantidade de produtos que são comercializados. As Despesas Administrativas serão sempre classificadas como 
DESPESAS FIXAS. As despesas financeiras seguem as mesmas regras das Despesas Administrativas. 
 
GRÁFICO CLÁSSICO DOS CUSTOS TOTAIS (CT) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. Como os elementos seguintes podem ser classificados em despesas fixas (DF), custos fixos (CF), despesas variáveis 
(DV), custos variáveis (CV). (Marque um “X”) 
 
Elemento CV CF DV DF 
a) Comissões sobre vendas 
b) Consumo de açúcar em fábrica de doces 
c) Energia elétrica-consumo da área 
administrativa 
 
d) Salários e encargos administrativos 
e) Gastos com depreciação da fábrica 
f) Gastos com depreciação de micros das lojas 
g) Gastos com manutenção fabril 
h) Gastos com seguros das fábricas 
i) Gastos com seguros das lojas 
j) Gastos com supervisão da linha de produção 
l) Limpeza e conservação das lojas 
m) Consumo de matéria-prima no processo fabril 
n) Consumo de material de escritório 
o) Embalagem consumida na indústria 
 
 
 
 
 
 
 
Valor 
Quantidade 
 
 
 
CT 
CV 
Contabilidade e Análise de Custos – 2012/1 Francisco Lorentz 
 
lorentz@unisuamdoc.com.br twitter.com/f_lorentz 
28
� 
2. (BR Distribuidora - Contador Jr/2010) Associe os tipos de custos da 1
a
 coluna às características apresentadas na 2
a
. 
Custos Características 
1 - fixos ( ) Permitem uma associação objetiva e imediata aos produtos. 
2 - variáveis ( ) Necessitam, para sua associação aos produtos, de um processo de rateio. 
3 - semivariáveis ( ) São inteiramente sensíveis a alterações nos volumes de produção e vendas. 
4 - indiretos ( ) Comportam-se de maneira uniforme, qualquer que seja o volume de produção e vendas, 
quando apresentados na base unitária. 
5 - diretos ( ) Comportam-se de maneira flutuante, em função de alterações do volume de produção e 
vendas, quando apresentados na base unitária. 
( ) Variam em função de alterações do volume de produção e vendas, mas não direta e 
proporcionalmente. 
A ordem correta dos números da 2
a
 coluna, de cima para 
baixo, é 
(A) 1 - 5 - 2 - 2 - 3 - 2 (B) 2 - 5 - 2 - 3 - 1 - 2 (C) 4 - 4 - 2 - 1 - 2 - 3 
(D) 5 - 4 - 1 - 2 - 1 - 3 (E) 5 - 4 - 2 - 2 - 1 - 3 
 
3. (Petrobras Biocombustível_Cont Jr/2010) Observe os dados extraídos da contabilidade de custos da Indústria 
Centauro Ltda. 
• Custos diretos do produto ALFA R$ 10,50/U 
• Custos diretos do produto BETA R$ 11,20/U 
• Custos diretos do produto GAMA R$ 17,50/U 
• Custos fixos a serem rateados R$ 120.000,00 /mês 
 
Os volumes produzidos, em unidades, são: produto Alfa = 8.000; produto Beta = 5.000; produto Gama = 2.000. Sabe-
se que a empresa rateia os custos fixos pelo total de custos diretos. 
Considerando-se exclusivamente os dados acima, o custo total do produto BETA, em reais, é de 
(A) 59.000,00 
(B) 94.400,00 
(C) 120.600,00 
(D) 135.400,00 
(E) 141.600,00 
4. (Termoaçu – Contador Jr/2008) Determinada indústria está operando abaixo da sua capacidade de produção, ou 
seja, quanto mais fabrica um determinado produto, mais seu custo unitário total é reduzido. Tal fato ocorre em relação ao 
custo 
(A) fixo (B) direto (C) primário (D) variável (E) por absorção 
 
5. (BR Distribuidora - Tec Cont Jr/2010) Caso uma indústria venha a adotar o critério de apuração da depreciação das 
máquinas e dos equipamentos de fábrica em cotas decrescentes, tendo, por isso, um valor diferente em cada ano, deve 
classificar essa depreciação como custo: 
(A) Direto Variável. (B) Indireto Fixo. (C) Indireto Variável. (D) Direto Fixo. (E) Imputado. 
 
6. (QCO/2005) É correto afirmar que o(s): 
(A) custos fixos

Continue navegando