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Eritropoiese: Produção de Hemácias

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Eritropoiese 
Eritropoiese 
Introdução 
É o processo de produção de eritrócitos, também denominados hemácias ou células vermelhas do 
sangue. Eritrócitos têm aparência de um disco bicôncavo e contêm hemoglobina, com cadeias alfa e 
beta. Essa célula é responsável pelo transporte de oxigênio no organismo, sendo esta uma função vital 
desde o desenvolvimento do embrião até a vida adulta do organismo. Os eritrócitos carregam o oxigênio 
do ar inalado nos vasos do pulmão para o restante do corpo através da circulação. Essas células 
também carregam o dióxido de carbono produzido pelas células do corpo e o transporta para os vasos 
no pulmão para serem expirados. 
 
Resumidamente, as diferenças significativas entre os eritrócitos das espécies incluem tamanho, forma, 
grau de palidez central, tendência de formar rouleaux, presença de pontilhados basofílicos e de 
reticulócitos na resposta regenerativa à anemia. 
 
O processo de produção de eritrócitos é estimulado pela diminuição de oxigênio na circulação, que é 
detectada pelo rim, que então secreta o hormônio eritropoietina. Esse hormônio estimula a proliferação 
e diferenciação dos precursores dos eritrócitos nos tecidos hematopoiéticos, dando origem aos 
eritrócitos. 
A eritropoiese ocorre em 3 etapas: Diferenciação, multiplicação e maturação. 
 
Três dias é o tempo necessário para se observar alguma resposta do corpo em reação ao estímulo da 
produção de eritrócitos. 
Na etapa de diferenciação, o eritroblasto oriundo da Emag CFU dá origem ao Rubriblasto, que inicia a 
etapa de multiplicação ou proliferação, que envolve uma série de mitoses. 
Na etapa de maturação, ocorrem alterações morfológicas que incluem a perda do núcleo (enucleação), 
o que resulta na perda do DNA e RNA. Ocorre a condensação da célula e alteração da sua afinidade à 
corantes, pois células imaturas coloram-se por um tom basofílico azulado e eritrócitos por uma 
coloração avermelhada, acidófila. A coloração basofílica é fruto da afinidade dos ácidos nucleicos pelo 
corante. A coloração vermelha dos eritrócitos é da hemoglobina que é produzida. 
-Metarrubrícito-> Perde o núcleo 
-Reticulócito-> Maior que um eritrócito, possui restos de núcleo e ácidos nucléicos. 
-Eritrócitos-> Anucleado, condensado, sem vestígios de ácidos nucleicos, com presença de pigmento 
hemoglobina. 
Eritropoiese 
Um Rubriblasto dá origem à 16 eritrócitos maduros. 
 
Regulação da eritropoiese: 
1-Hipoxia; 
 
2-Substratos (Fe, proteínas, vitaminas b2, b6 e b12, cobre...); 
 
3-Hormônios (andrógenos, cortisol, tiroxina, adrenalina, prolactina, GH, TSH e ACTH estimulam a 
eritropoiese, enquanto que estrógenos inibem/diminuem o estímulo); 
 
4-Interação parácrina nas células da medula óssea; 
 
5-Citocinas; 
 
6-Cálcio (É quimioativo para células tronco, osteoclastos são os primeiros liberadores de cálcio); 
 
7-PTH ( Regula a mobilização das células tronco e a recuperação da hematopoiese após transplante) 
 
No processo de eritrogênese, as células ficam na medula óssea até a fase de maturação, 
metarrubrícitos. As fases finais de maturação como o reticulócito se dão no sangue periférico. Contudo, 
nem todas as espécies liberam reticulócitos para a circulação, como é o caso de bovinos, suínos, 
caprinos e equinos principalmente. 
 
A célula tronco na medula é estimulada a diferenciar-se em E-BFU (Burst Forming Union) pela IL-3 e 
EPO. 
 
Célula fonte: Potencialidade e capacidade auto-renovadora. 
Célula progenitora: Influência dos fatores de crescimento. 
Célula precursora: Atividade mitótica. 
Células maduras: Atividade funcional diferenciada e morfologia típica. 
 
Órgãos envolvidos na hematopoiese de maneira geral: 
-Baço (armazena e elimina hemácias – Hemocaterese- E plaquetas, além de estar envolvido na 
hematopoiese inicial, produz linfócitos e plasmócitos, degrada hemoglobina... 
 
-Fígado (responsável pelo estoque de vitamina B12, folato e ferro, produz muitos dos fatores de 
coagulação, albumina...) 
 
-Estômago; 
 
-A mucosa intestinal; 
 
-Rins; 
 
-Timo; 
 
-Os linfonodos e folículos; 
 
O sistema monocítico-fagocitário (sistema retículo endotelial) consiste no maior sistema fagocítico do 
organismo encarregado da defesa celular na infecção microbiana, destrói várias células sangüíneas, 
degrada hemoglobina em ferro, globina e bilirrubina livre, estoca o ferro e secreta macromoléculas de 
importância biológica, por exemplo, fatores estimulantes de colônia e complemento. 
 
Eritropoiese 
A destruição de eritrócitos pode se dar basicamente de três formas: 
1-O eritrócito pode ser fragmentado em pequenos pedaços suficientes para que sejam captados pelo 
sistema retículo-endotelial; 
2-O eritrócito pode-se tornar mais frágil e romper-se com o esgotamento das enzimas intracelulares e 
assim sendo fagocitada; 
3-O eritrócito como um todo pode ser fagocitado. 
 
Conforme os eritrócitos amadurecem, eles precisam se tornar deformáveis para poder passar por 
capilares pequenos e isso demanda energia. Eritrócitos velhos perdem esta capacidade de deformação 
e são captados pelo SMF. Os fatores que levam ao desgaste/ destruição de eritrócitos são: 
-Fricção constante de eritrócitos com a parede dos capilares; 
-Stress oxidativo e lipoperoxidação; 
-Envelhecimento; 
-Hemoparasitas ou intoxicação 
 
Hemólise= Destruição de eritrócitos 
➢ Hemólise intravascular (10%)-> Ruptura do eritrócito no sistema vascular 
➢ Hemólise extravascular (90%)-> SMF 
 
Hemoglobina: 
A hemoglobina é um tetrâmero composto de dois tipos de cadeia de globina. Cada cadeia proteica está 
ligada à um grupo heme. 
-Fe (absorvido no intestino e transportado pela transferrina para órgãos hematopoiéticos) 
-Fração heme (Bilirrubina) 
-Globina (Degradada por enzimas proteolíticas em aminoácido) 
 
Quando os eritrócitos envelhecem e são recolhidos pelo SMF há o início da destruição e da reciclagem 
da hemoglobina. Este processo começa ainda no interior do macrófago, no qual ocorre o 
desmembramento da hemoglobina com a liberação do ferro, do heme e da globina e formação da 
bilirrubina. A bilirrubina sai do macrófago e passa a circular no plasma onde se liga a albumina 
plasmática, formando a chamada bilirrubina livre (bilirrubina indireta ou hemobilirrubina), que circula 
pelo organismo do animal, mas não é capaz de ser eliminada pelo rim, já que a albumina não atravessa 
o glomérulo. Uma característica importante da bilirrubina livre é que ela é lipossolúvel. 
Quando a bilirrubina livre chega ao fígado, ela abandona a albumina, e no interior dos hepatócitos liga-
se ao ácido glicurônico, formando o glicuronato de bilirrubina ou simplesmente bilirrubina conjugada 
(bilirrubina direta ou colibilirrubina). Esta sai dos hepatócitos e do fígado através dos canalículos 
biliares, uma parte vai para o intestino e outra retorna à circulação pela veia hepática. Opostamente à 
bilirrubina livre, a bilirrubina conjugada não é lipossolúvel e sim hidrossolúvel. 
 
A bilirrubina conjugada que chega ao intestino sofre a ação redutora de bactérias transformando-se em 
urobilinogênio (cerca de 10%) e estercobilinogênio (cerca de 90%), os quais são eliminados pelos rins e 
pelo próprio intestino, respectivamente. A eliminação urinária e fecal garante à urina a cor amarelada e 
às fezes, a coloração castanha. Quando ocorre aumento nos níveis de bilirrubina no plasma este 
também se torna moderadamente ou intensamente amarelado alterando o aspecto das mucosas, 
situação denominada icterícia. 
 
Eritropoiese ineficaz 
As condições que levam a uma má-formação qualitativa dos eritroblastos, a diseritropoese, associam-
se, quase que invariavelmente, a uma função eritróide ativa,aparentemente aumentada, mas reduzida 
em termos de resposta eritróide efetiva. A esse descompasso funcional entre a aparente hiperplasia e 
Eritropoiese 
riqueza de tecido eritróide e a pobreza de hemácias em sangue periférico dá-se o nome de eritropoese 
ineficaz. 
 
Alterações qualitativas 
Após a exaustão dos estoques corporais de ferro, esse contínuo desbalanço entre os altos 
requerimentos da medula eritróide e a baixa suplementação plasmática de ferro, acarreta menor 
eficiência medular, caracterizando a má qualidade da eritropoese. 
Advêm desse evento: 
• A hipocromia (menor conteúdo de Hb em cada célula, individualmente) 
• A microcitose (maior número de divisões mitóticas sofridas pelo eritroblasto, antes da inativação 
nuclear) 
• Prejuízo da maturação e hemoglobinização do microeritroblasto, caracterizando a diseritropoese. 
Essas células aberrantes são fagocitadas na própria medula óssea, revelada por eritrofagocitose 
exercida por macrófagos em ilhotas eritroblásticas, achado este facilmente encontrado na medula óssea 
em estados de ferrodeficiência. 
Esse esforço medular, com baixa produtividade resultante, acarreta condição funcional de 
eritropoese ineficaz.

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