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Teoria de Medida Psicometria - Aula 3 Profa. Dra. Priscilla Rodrigues Santana 1 Psicometria = modelo quantitativista da Psicologia Medidas realizadas Uso em um contexto restrito Testagem Psicológica Pesquisa Tema esporádico e superficial Comum em outras ciências humanas: Sociometria, Econometria, Politicometria, etc. Se insere dentro da teoria da medida em geral, isso é, deveria ser utilizada em todas as áreas como meio de comprovação científica. 2 Tudo aquilo que podemos medir. Variável=Medida Dado que tem a possibilidade de variação, podendo assumir valores ou categorias diferentes. Ex: gênero, velocidade máxima, temperatura, QI, Personalidade, sintomas, níveis de ansiedade, etc. Objetivo: Compreensão da variação. Como? Medição e anotação das alterações nas diversas situações. 3 Preconceito: Matemática – Certeza Absoluta, por meio de seus teoremas. Ciência – Certeza relativa, por meio do estudo dos fatos. Quando subordinamos a matemática à ciência adquirimos mais uma ferramenta para comprovar as teorias. Sendo assim a teoria da medida consiste em utilizar os números na descrição do fenômeno natural. Apresenta alguns problemas básicos 4 Justificativa para a transformação de fenômenos em números. Deve-se manter as propriedades/características tanto do fenômeno quanto de seu representante Variável deve respeitar as características do fenômeno. Representar todas as suas nuances de forma adequada. Relação de 1 para 1 entre propriedades numéricas e aspectos da realidade estudada Ex: Sexo Masculino (1) Feminino (2) 5 Número - única ou melhor forma de representação? Essa pergunta gera contradições: Cada ser humano é único em sua constituição Comportamentos podem ser estudados e quantificados Apesar dos defensores da medida responderem afirmativamente a essa pergunta, há alguns alertas: ≠ s níveis de qualidade dependendo da característica do objeto ≠s níveis de precisão Peso x QI Escala de medida 6 Medida sempre sujeita a erros: Instrumental Diferenças individuais do observador Variáveis incontroláveis Ex: Dor de barriga, Brigas, Discussões, etc. O erro sempre será contemplado e analisado dentro das teorias estatísticas. Ex: pesquisas de intenção de voto Número matemático Número estatístico Ponto Intervalo 7 A transformação do fenômeno em número só é válida quando: É legitima utilizar o número para descrever os fenômenos da ciência? É vantajoso utilizar o número para descrever os fenômenos? Sendo assim, quando realizamos a transformação do fenômeno em números utilizamos a estatística. Estatística: Fornece informações sobre fatores mensuráveis. 8 Como atribuir um número a um fenômeno natural? Há ≠s maneiras de se atribuir números a esses fenômenos. Podemos classificar as medidas em 3 tipos: Medida Fundamental Altura - Metros Peso - Kilos Medida Derivada Velocidade - m/s Densidade - Kg/m3 Medida por Teoria – Mais comum na Psicologia Não tem uma unidade específica Atenção Depressão 9 Medida Fundamental: Medida para a qual podemos estabelecer uma unidade- base natural específica e existe uma representação extensiva. Dois objetos podem ser somados, associados formando um terceiro da mesma natureza. Ex: Massa, Comprimento (m), Duração Temporal (s)… 10 Medida Derivada: Depende da associação de outras duas medidas fundamentais para conseguir ser mensurada. Muito comum no Campo da Física. Ex: Velocidade (m/s), Densidade (Kg/m³)… 11 Medida por Teoria: Não podem ser representadas por unidades-base, nem resultam da associação de duas unidades. Ou são determinadas por uma lei empiricamente estabelecida entre duas ou mais variáveis. Ex: Lei do Reforço. Ou recorre-se a uma relação teórica hipotética, permitindo assim a medida indireta do atributo através dos fenômenos a ele relacionados. Inteligência – Raciocínio Lógico, Numérico, Verbal... 12 Classificação: Leva em conta quantos axiomas (propriedades dos números) a medida resguarda. Para as medidas estatísticas nos preocupamos com 3 propriedades, cada uma com suas regras ou axiomas: 1) Identidade 2) Ordem 3) Aditividade 13 Classificação: 1) Identidade: define o conceito de igualdade, isto é, um número só é igual a ele mesmo. Apresenta 3 axiomas: Reflexibilidade – a=a, sendo assim, a≠b. 2=2, 3=3, 2≠3. Simetria – a=b então b=a Transitividade – se a=b e b=c, então a=c. Quando uma variável só resguarda essa propriedade damos o nome de nominal, pois ele só garante que dois números representam características diferentes. 14 Classificação: 2) Ordem: Todo número é diferente do outro, não apenas em qualidade mas também em termos de magnitude. Um é maior que o outro. Por isso podem ser colocados em uma ordem crescente. Apresenta 3 axiomas: Assimetria – se a>b então b≠a. 2>4 então 4≠2, não podemos inverter os fatores. Transitividade – se a>b e b>c, então a>c. 4>2 e 2>1, então 4>1 Conectividade – ou a>b ou b>a. Ordem-denso: o intervalo entre dois números inteiros não é vazio. Entre 1 e 2 temos: 1,1; 1,2; 1,3...1,9. 15 Classificação: 3) Aditividade: Os números podem ser somados formando um terceiro número (com exceção do zero). Apresenta 2 axiomas: Comutabilidade – A ordem dos termos não altera o resultado. 2+4=4+2 Associatividade – A ordem da associação ou combinação dos termos não afeta o resultado. (5+3)+2=5+(3+2) 16 Escalas Axiomas Salvos Invariâncias Característica Principal Exemplos Nominal Identidade Qualidade Gênero Ordinal Identidade Ordem Ordem Ordenação Sintomatolo- gia Intervalar Identidade Ordem Aditividade Ordem Intervalo Distanciamento com início arbitrário Temperatura QI Razão Identidade Ordem Aditividade Ordem Intervalo Origem (inicio em 0) Distanciamento com inicio real ou natural Altura Peso Largura 17 Classificação: Categórica/Nominal – Valores assumidos são categorias. Ex: Gênero. Discreta/Ordinal – Assume somente valores discretos em um determinado intervalo. Ex: Número de sintomas de uma doença. Contínua/Escalar/Intervalar – Qualquer valor em um intervalo dado. Limitação: Precisão - Acurácia do equipamento de medida Ex: Temperatura 18 Gráfico de uma variável Nominal Gráfico de uma variável Ordinal 19 Gráfico de uma variável Intervalar Gráfico de uma Variável Ordinal 20
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