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Estudo Dirigido Imunopatologia

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Estudo Dirigido – Imunopatologia
Qual a função principal do sistema imune?
O sistema imune tem como função principal, por meio sua resposta, proteger o organismo contra substâncias antigênicas a ele estranhas.
Descreva os dois tipos de resposta imune:
Os antígenos são incialmente processados pelas células apresentadoras de antígenos, que, a seguir, os apresentam aos linfócitos, que são as principais células efetoras do sistema imune. Os antígenos ativam os linfócitos, que, por sua vez, proliferam e se transformam, caracterizando os dois tipos de resposta imune>
Resposta imune celular, que é efetuada pelos linfócitos T especialmente sensibilizados, mediante a produção de linfócitos citotóxicos, que têm a capacidade de destruir as células que expressam o antígeno por citotoxicidade direta ou pela secreção de substâncias específcas, denominadas linfocinas, que por meio de vários mecanismos auxiliam o organismo na eliminação do antígeno. Participa do mecanismo dois tipos de células T: linfócitos T auxiliares (CD4+ ), que aumentam a resposta, e linfócitos T supressores/citotóxicos (CD8+ ), que deprimem a resposta. 
Resposta imune humoral, realizada pelos linfócitos B especificamente sensibilizados mediante sua transformação em plasmócitos, que secretam imunoglobulinas específicas contra o antígeno.
Descreva as 4 principais características básicas da resposta imune.
Especificidade: os produtos da resposta imune (anticorpos, linfócitos T sensibilizados) reagem apenas com o material antigênico idêntico ou similar ao que deu origem à resposta.
Heterogeneidade: a resposta imune envolve população heterogênea de células (linfócitos B, linfócitos T auxiliares, linfócitos T supressores, macrófagos modificados) capazes de expandir a resposta específica.
Amplificação: utilização de sistemas inespecíficos mediados por produtos solúveis, a exemplo das citocinas, capazes de expandir a resposta específica.
Memória: capacidade de reconhecer o material antigênico em reexposições subsequentes, permitindo resposta mais rápida e intensa. Ao primeiro contato com o antígeno, ocorre a resposta primária; ao segundo, secundária.
O que são antígenos?
Antígenos são substâncias ou materiais estranhos ao organismo. Assim, é possível defini-los como todo agente ou substância que, quando introduzido em um organismo, é capaz de induzir resposta imune dirigida específica contra. Em geral, são proteínas ou polissacarídeos, constituindo-se em moléculas relativamente “rígidas” e grandes.
Descreva os órgãos linfoides.
A resposta imune ocorre no tecido linfoide, que é subdividido em dois compartimentos:
Tecido linfoide central: constituído pelo timo e medula óssea, órgãos onde as células linfoides na vida fetal se desenvolvem e se diferenciam, indo a seguir colonizar os órgãos linfoides periféricos.
Tecido linfoide periférico: constituído pelos linfonodos, baço, tecido linfoide da orofaringe (incluindo as amígdalas) e tecido linfoide associado aos órgãos e sistemas, como ao trato gastrointestinal (sistema MALT). Nesses locais situam-se os linfócitos maduros que respondem aos estímulos antigênicos. Os linfócitos presentes no sangue circulante constituem pool de células em intercâmbio contínuo com o tecido linfoide periférico.
Descreva as células que participam da resposta imune:
Linfócitos
Os linfócitos são produzidos na medula óssea, a partir da células-tronco primitiva, e depois sofrem processo de maturação para células T ou B imunologicamente competentes. As células T (de timo-dependente) sofrem o processo de maturação no timo e as células B (de bursa-dependente), na própria medula óssea, que é o órgão equivalente à Bursa de Fabricius, onde os linfócitos T amadurecem nas aves. 
Os linfócitos T, após ativação pelo antígeno específico ou por substâncias inespecíficas denominadas mitógenos, transformam-se em células maiores, em multiplicação ativa – linfócitos T transformados, linfoblastos T ou imunoblastos T. Essas células diferenciam-se posteriormente em linfócitos T efetores da resposta imune – linfócitos T sensibilizados, linfócitos T citotóxicos, linfócitos T de memória. 
Os linfócitos T e as subpopulações não são diferenciáveis morfologicamente, assemelhando-se também aos linfócitos B. Para carcterizá-los, é necessária a utilização de anticorpos monoclonais, que reconhecem antígenos de superfície específicos para cada subpopulação.
Os linfócitos T CD4 produzem ampla gama de linfocinas/citocinas que ativam outras células imunes, sendo assim denominados de células T auxiliares. Em contraste, linfócitos T CD8 lisam principalmente células-alvo infectadas, sendo então denominados de células T citotóxicas. 
Os linfócitos B, após a ativação pelo antígeno específico ou por mitógeno, transformam-se em plasmócitos ou em células B de memória, depois de uma série de etapas celulares de diferenciação, envolvendo linfoblastos B, centrócitos, centroblastos e imunoblastos B. Esse processo de reconhecimento e estimulação antigênica nos linfócitos b ocorre nos folículos linfoides, que se transformam de primários em secundários. 
Células Nulas
Essas células constituem grupo heterogêneo de linfócitos que não expressam as propriedades dos linfócitos T e B. Uma porcentagem dessas células possivelmente representa subpopulação de linfócitos T e B em fase incipiente de diferenciação. São naturalmente citotóxicos e denominados células NK.
As células K participam da destruição de células estranhas com a cooperação de anticorpos, na reação denominada citotoxicidade celular dependente do anticorpo. Acredita-se que as células NK e as células K podem representar o mesmo tipo de células, com duas funções distintas.
Descreva os macrófagos
Os macrófagos originam-se na medula óssea, sendo denominados monócitos no sangue circulante e de histiócitos ou macrófagos nos tecidos. Podem ser identificados nos tecidos por técnicas histoquímcas ou imuno-histoquímicas que detectam enzimas presentes no citoplasma ou pela utilização de anticorpos monoclonais.
Apresentam as seguintes funções: fagocitose, processamento de antígenos e interação com linfocinas e produção de citocinas.
 Descreva outras células que participam da resposta imune. 
As demais células que participam da resposta imune não têm capacidade de interagir e de reconhecer especificamente os antígenos. Sendo elas: neutrófilos, que fagocitam os antígenos mais facilmente quando recobertos por anticorpos (opsonização); eosinófilos, participam na modulação dos processos anafiláticos e fagocitam complexos antígeno-anticorpo; mastócitos e basófilos, degranulam e liberam substâncias como histamina, leucotrienos e outras envolvidas na inflamação e reações de hipersensibilidade. 
 Descreva sobre as reações de hipersensibilidade. 
As reações de hipersensibilidade são alterações na resposta imune, na qual perde seu aspecto protetor e promove lesões no próprio organismo. Esse tipo de reação é caracterizado por uma resposta imune exacerbada ou aberrante e levam à agressão tecidual no hospedeiro, com o aparecimento de sinais e sintomas. Ocorre quando o hospedeiro tenta eliminar o antígeno por meio da resposta imune. Pode ser dividido em hipersensibilidade humoral, na qual os anticorpos representam os elementos fundamentais da reação, e em hipersensibilidade celular, na qual há o envolvimento primário dos linfócitos T. São vários elementos que participam dessa resposta como anticorpos, células T, o sistema complemento, os leucócitos e suas enzimas, o sistema de coagulação e outros, formam um conjunto integrado mobilizado para eliminar um antígeno, mas que causam lesões por diversos mecanismos. 
Há quatro tipos principais de hipersensibilidade, sendo elas, a Tipo I ou Reações Anafiláticas (anticorpos IgE, basófilos e mastócitos); a Tipo II ou Reações citotóxicas ou citólicas (anticorpos, medidas por complemento e por células NK); a Tipo III ou Reações Tipo complexo imune (Complexo Ag+Ac e complemento); a Tipo IV ou Hipersensibilidade retardada, tardía (Linfócitos T, macrófagos e citocinas).Com o desenvolvimento dos conhecimentos houve a constatação da hipersensibilidade granulomatosa (anticorpos) e reações de estimulação e neutralização (inibitória) -anticorpos. As de mecanismo humoral são as do Tipo I, II e III, e Hipersensibilidade estimulatória ou inibitória, e as de mecanismos celulares são as do Tipo IV e Hipersensibilidade granulomatosa. 
10. Descreva o mecanismo de rejeição dos enxertos 
 Os enxertos podem ser rejeitados tanto por mecanismos imunes humorais como celulares, ela constitui resposta imune normal contra antígenos estranhos. Os mecanismos envolvidos são os mesmo da hipersensibilidade. No mecanismo humoral os anticorpos causam lesões nos órgãos transplantados mediante reações Ag+Ac , os anticorpos podem estar presentes antes do transplante ou ser produzido após o transplante. Essa reação equivale a hipersensibilidade Tipo II (antígeno na superfície das células transplantadas + anticorpos + complemento ou células NK) ou do Tipo III- reação de Arthus (formação e depósito de complexos Ag+Ac no interstício dos tecidos ou parede dos vasos + complemento + leucócitos). 
Já no mecanismo celular os linfócitos T sensibilizados contra os antígenos transplantados podem destruir o órgão transplantado por citotoxicidade direta (linfócitos T citolíticos) ou por meio de liberação de linfocinas, correspondendo a hipersensibilidade Tipo IV. Os anticorpos pré-formados causam quadro de rejeição hiperaguda, imediatamente após o restabelecimento da circulação no órgão transplantado. Os anticorpos e as células T sensibilizadas formadas após o transplante podem causar quadros de rejeição aguda ou crônica, na dependência do tempo de evolução de fenômeno. 
11. Discorra sobre autoimunidade 
A autoimunidade é a reação imunológica do indivíduo contra os próprios tecidos e as doenças decorrentes dessa reação são denominados doenças autoimunes.Podem ser decorrentes da produção de anticorpos e/ou medidas por mecanismos imunes celulares. Assim, a lesão tecidual pode resultar da ação de anticorpos ou complexos Ag/Ac (resposta humoral) ou de ação de células T efetoras (resposta imune celular). 
Mesmo existindo células com capacidade de reagir contra componentes do próprio organismo, normalmente elas estão inibidas, caracterizados estado de autotolerância. Existem duas teorias que explicam a tolerância natural: a teoria da eliminação clonal, os clones de linfocitos que tem receptores para antígenos presentes desde a vida fetal (antígenos próprios) são eliminados, não sendo mais encontrados na vida adulta e a teoria da superação celular específica, todos os clones linfocitários continuam presente durante a vida, porém muito deles estão suprimidos e se tornam inativos. Animais que apresentam doenças autoimunes têm deficiência em células T supressoras. 
12. Discorra sobre a patogênese de autoimunidade
A patogênese da autoimunidade envolve fatores genético, virais e imunológicos. A frequência de determinadas doenças autoimunes é maior em indivíduos que possuem certos tipos de antígenos HLA.É possível que um defeito nos genes reguladores da resposta imune seja responsável pela ocorrência de reações autoimunes em determinados indivíduos. Além disso, os vírus podem provocar a perda de células T supressoras ou se associar a antígenos, modificando sua estrutura a fim de induzir autoimunidade. Os mecanismos iniciadores de autoimunidade, podem ser citados os seguintes como mais importantes: desvio da autotolerância das células T auxiliares (por meio de modificação de autoantígenos, por reação cruzada e por fatores mitogênicos), perda da função supressora e emergência de antígenos sequestrados. A perda da função T supressora parece ser mecanismo importante no desenvolvimento de autoimunidade e a emergência de antígenos sequestrados é mecanismo que frequentemente determina autoimunidade. 
13. Discorra sobre imunodeficiência 
A imunodeficiência é uma deficiência na resposta imune ou inflamatória, que resulta em uma suscetibilidade aumentada à infecção originando quadro de infecções repetidas ou oportunistas (causada por microrganismos de baixa virulência que normalmente não são patogênicos para um hospedeiro normal). 
Pode ser classificada como primárias, geneticamente determinadas, em geral ligadas ao cromossomo X, e as secundárias, que surgem como complicações de infecções, neoplasias, envelhecimento, desnutrição, insuficiência renal crônica e outras situações. As imunodeficiências ressaltam a dualidade da resposta imune, já que há estados imunodeficientes com depleção do setor humoral, com deficiência do setor imunocelular e outros dos dois setores. Pacientes com imunodeficiências graves apresentam órgãos linfóides pequenos que não reagem aos estímulos antigênicos. Algumas imunodeficiências comuns são: agamaglobulinemia congênita de Bruton, deficiência isolada de IgA, aplasia tímica e imunodeficiência combinada grave. 
Atualmente, a síndrome da imunodeficiência adquirida causada pelo HIV é a causa mais importante de imunodeficiência adquirida. Com isso, o paciente desenvolve várias infecções oportunistas, nas quais a imunidade celular representa defesa fundamental para o hospedeiro.

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