Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
* Faculdade Estácio do Recife - FIR Sistematização da assistência de Enfermagem na puericultura Maria Gercina Barbosa Enfª. Esp. em saúde da criança * Objetivos ●Macro-Objetivo: Compreender o processo de enfermagem em puericultura. * Objetivos ●Micro-Objetivos: -Definir puericultura; -Listar as finalidades da puericultura; -Identificar o papel da Enfermagem na puericultura; -Diferenciar crescimento e desenvolvimento; -Descrever o calendário mínimo de consultas do acompanhamento do crescimento e desenvolvimento; -Aplicar as etapas da consulta de enfermagem na puericultura; -Demonstrar a aplicabilidade das curvas de crescimento; -Relacionar os principais diagnósticos de Enfermagem na puericultura; -Determinar as possíveis intervenções de Enfermagem na puericultura. * A Puericultura consiste em uma ferramenta oportuna, dentro da atenção primária, no acompanhamento integral do crescimento e desenvolvimento infantil cujo objetivo é permitir que a criança alcance a vida adulta sem influências desfavoráveis trazidas da infância. (GAUTERIO, IRALA, CEZAR-VAZ, 2012) Puericultura e Enfermagem ●Acompanhamento da criança entre 0 a 6 anos (BRASIL, 2005). PAPEL DA ENFERMAGEM (FALBO, ANDRADE, FURTADO e MELO, 2012). * Finalidades da puericultura ●A partir da consulta de acompanhamento do crescimento e desenvolvimento é também possível o estabelecimento de condutas curativas dirigidas aos processos patológicos presentes e o estabelecimento de condutas preventivas, adequadas à cada idade, são elas: -vacinação, -alimentação -estimulação e cuidados gerais com a criança -educação para a saúde. (BRASIL, 2002) * Crescimento e desenvolvimento na infância CONCEITO MINISTÉRIO DA SAÚDE CRESCIMENTO DO SER HUMANO É UM PROCESSO DINÂMICO E CONTÍNUO – OCORRE DESDE A CONCEPÇÃO ATÉ O FINAL DA VIDA. SE TRADUZ PELO CRESCIMENTO LINEAR E DO AUMENTO DO PESO CORPORAL. O PROCESSO SE DÁ PELA HIPERPLASIA E HIPERTROFIA CELULAR DESENVOLVIMENTO É O APRIMORAMENTO FUNCIONAL QUE SE TRADUZ PELA AQUISIÇÃO DE HABILIDADES CADA VEZ MAIS COMPLEXAS NAS ÁREAS: MOTORAS (FINO E GROSSO), LINGUAGEM, RELACIONAMENTO E ADAPTAÇÃO SOCIAL. * Calendário mínimo de consultas para a assistência à criança Fonte: Saúde da criança: acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil. Brasil, 2002. * Consulta de Enfermagem/Puericultura ●Roteiro: 1- Motivo da consulta 2- Avaliação das metas/ problemas atuais 3- Imunização 4- Alimentação 5- Eliminações 6- Crescimento e desenvolvimento 7- Risco para acidentes 8- Exame físico 9- Diagnósticos de Enfermagem, Metas e Intervenções de Enfermagem (JAVORSKI, 2010) * 1- Motivo da consulta: -Egresso; -Rotina; -Para avaliação de exames; -Para reavaliação da estratégia AIDPI; -Para avaliar ganho ponderal; -para avaliar amamentação e/ou alimentação. * 2- Avaliação das metas/ Problemas atuais -Reavaliar os problemas identificados na consulta anterior; -Queixa atual. * 3-Imunização ●DE: -Risco para infecção relacionado a atraso no esquema vacinal. ●Intervenções: -Orientar à família quanto a importância do cumprimento co calendário vacinal nos prazos recomendados; -Encaminhar a criança a sala de vacina. * 4- Alimentação Por meio da alimentação mantém-se a nutrição e o suprimento de substâncias essências à manutenção da vida, além de garantir substratos para o crescimento e aquisição de habilidades. Portanto os profissionais de saúde devem capacitar-se para orientar familiares e responsáveis sobre as práticas alimentares mais adequadas a cada faixa etária. (LOPEZ e CAMPOS JUNIOR, 2009) * ●Dez passos para uma alimentação saudável: 1-Aleitamento materno exclusivo até o 6º mês; 2-A partir do 6º mês introduzir alimentação complementar ; 3-Se a criança estivar em AM dar alimentos complementares 03 vezes ao dia; 4-Oferecer a alimentação complementar conforme os horários de refeição da família; 5-Atentar para a consistência da alimentação complementar; 6-Oferta variada de alimentos; 7-Consumir diariamente frutas, verduras e legumes; 8-Evitar açúcar, café, frituras, refrigerantes... 9-Observar a higiene e conservação dos alimentos; 10- Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar. (BRASIL, 2010) * 4- Alimentação ●Diagnóstico de Enfermagem: 01-Amamentação eficaz relacionada a conhecimento e segurança materna ●Intervenções: -Parabenizar a mãe/família -Reforçar a importância do AME até o 6 º mês e complementado até os 02 anos ou mais ●Diagnóstico de Enfermagem: 02- Risco para amamentação ineficaz relacionado a: -insegurança materna -pega incorreta -fissura na mama -retorno da genitora ao trabalho ●Intervenções: ●Diagnóstico de Enfermagem: 03- Nutrição desequilibrada: menos / ou mais que as necessidades corporais relacionado à: -não aceitação da dieta complementar -desconhecimento/ erro dos genitores ao preparar a dieta ●Intervenções: * 5- Eliminações Avaliar as características, frequência e alterações das eliminações intestinais e urinárias. ●Diagnóstico de Enfermagem: 01- Constipação Intestinal relacionado à dieta constipante/imaturidade intestinal ●Intervenções: -Orientação alimentar; -Orientar solução caseira. * 6- Avaliação do crescimento e desenvolvimento ●Crescimento: o que avaliar? -Idade -Sexo -Peso -Comprimento/altura -Perímetro cefálico ● Como avaliar? * ●Avaliando o crescimento: comprimento X idade * ●Avaliando o crescimento: PC X idade * VELOCIDADE MÉDIA CRESCIMENTO LINEAR Nascimento – 48 a 50cm 1º Semestre – 15cm/6 meses 2º semestre – 10cm/6 meses 1 ano – aproximadamente 75cm 1 a 2 anos – 12 a 13cm/ano 2 a 4 anos – 5 a 8cm / ano 4 anos – aproximadamente 1 metro de altura 4 a 9 anos – 5 a 7cm / ano Estirão da puberdade – 8 a 9cm / ano meninas 10 a 11cm / ano meninos O crescimento somático tem fases de aceleração e crescimento lento Até dois anos – período de aceleração – nutrição (ambiente externo) Após os dois anos / puberdade – crescimento é lento regular e mais lento (2 Kg/ano e 6cm/ano) ●Avaliando o crescimento: * CRESCIMENTO PÓS-NATAL GANHO DE PESO Rn – Perde 10% do peso corporal 1ª semana Excreção de líquidos, baixa ingesta Peso de nascimento deve ser recuperado nos primeiros 15 dias * CRESCIMENTO PÓS-NATAL GANHO DE PESO No primeiro mês – a criança ganha em 30 a 35g/dia RECUPERAR PESO DE NASCIMENTO Até 2 meses – a criança ganha em torno de 25g/dia * 3 a 6 meses ganho ponderal 20g/dia 550g / mês velocidade de crescimento 6 - 9 meses 15g / dia 440g/mês CRESCIMENTO PÓS-NATAL – GANHO DE PESO 9 - 12 meses 12g/dia 390g/mês 9 meses 12 meses * velocidade de crescimento diminui ainda mais 8 g/dia 240g / mês apetite diminui “gordura do bebê” queimada aumento mobilidade; 12 a 18 MESES 12 a 18 MESES Particularidades do crescimento na infância * peso e estatura mantém velocidade constante 8g/dia crescimento da cabeça mais lento; Pelo fechamento Da fontanela anterior Particularidades do crescimento na infância * Desenvolvimento: como avaliar? ● marcos do desenvolvimento * * * INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS DE ZERO A 12 MESES Idade Marcos do desenvolvimento Como pesquisar 1 2 3 5 6 7 8 4 P NV A P * * ●Avaliando o crescimento e desenvolvimento ●Diagnósticos de Enfermagem: 01- Crescimento e desenvolvimento adequados relacionado ao conhecimento e cuidados maternos adequados. ● Intervenções: -Parabenizara mãe/ familiares; -Orientações gerais. ●Diagnóstico de Enfermagem: 02- Risco para atraso no crescimento relacionado à: -ganho ponderal inadequado para a idade; -processo patológico; -incorreta introdução dos alimentos complementares. ●Intervenções: ●Diagnóstico de Enfermagem: 03- Risco para atraso no desenvolvimento relacionado à: -uso de andajá; -prematuridade; -falta de estimulação. ●Intervenções: * 7- Risco para acidentes -Violências e acidentes se constituem em um grave problema de saúde pública mundial. -A idade da criança constitui fator de risco relevante, para compreender melhor as injurias mais frequentes que a criança está exposta em determinada faixa etária e as medidas preventivas correspondentes faz-se necessário conhecer as características de cada fase do desenvolvimento infantil. (LIMA, MOTTA e ALVES, 2007) ●Intervenções: -Identificar os riscos inerentes a cada faixa etária -Educação em saúde quanto à: *Quedas *Queimaduras *Sufocação *Afogamento *Medicamentos *Acidentes de trânsito * 8- Exame físico -Aspecto geral -Cabeça -Pavilhão auricular -Olhos -Narinas -Orofaringe -Pescoço -Tórax -Abdome -Genitália -Ânus -Coluna vertebral e membros -Pele e Anexos -Linfonodos. * Referências BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Agenda de compromissos para a saúde integral da criança e redução da mortalidade infantil. Brasília: Ministério da Saúde; 2005. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Saúde da criança: nutrição infantil, aleitamento materno e alimentação complementar. Brasília: Ministério da Saúde; 2010. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE. DEPARTA MENTO DE ATENÇÃO BÁSICA. Dez passos para uma alimentação saudável: guia alimentar para crianças menores de dois anos: um guia para o profissional da saúde na atenção básica. 2ª ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. * Referências BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE. DEPARTAMENTO DE AÇÕES PROGRAMÁTICAS ESTRATÉGICAS. Caderneta de saúde da criança. 6ª ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. CARPENITO, LJ. Manual de Diagnósticos de Enfermagem. 13ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2011. FALBO, BCP.; ANDRADE, RD.; FURTADO, MCC.; MELLO DF. Estímulo ao desenvolvimento infantil: produção do conhecimento em enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem. 2012; vol. 65 n.1. GAUTERIO, DP.; IRALA, DZ.; CEZAR-VAZ, MR. Puericultura em Enfermagem: perfil e principais problemas encontrados em crianças menores de um ano. Revista Brasileira de Enfermagem.2012; vol. 65 n.3. * Referências JAVORSKI, M. Puericultura: condutas para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento de crianças de zero a dois anos nas consultas de Enfermagem. Recife: 2010. LIMA, M.; MOTTA, ME.; ALVES, G. Saúde da criança: para entender o normal. Recife: editora Universitária da UFPE, 2007. LOPEZ, FA.; CAMPOS JÚNIOR, D. Tratado de Pediatria. Sociedade Brasileira de Pediatria. Barueri, SP: Manole, 2009.
Compartilhar