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Direito Tributário Tributos em Espécie PROFESSOR : NAYRON TOLEDO ADVOGADO, PROCURADOR DO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA, MEMBRO DA COMISSÃO DE DIREITO CONSTITUCIONAL DA OABGO, PÓS-‐GRADUADO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL PELA UCAM, PÓS-‐GRADUADO EM TRIBUTÁRIO PELA UNIDERP, EX-‐ASSESSOR NO TJGO, EX-‐CHEFE DO JURÍDICO DO PROCON-‐ GOIÂNIA COMEÇO DE SEMESTRE • O que você quer de sua faculdade? • Obje3vos a médio e longo prazo? OAB? CONCURSOS? • Planejamento • Como se deve estudar, métodos de estudo: • Leitura, esquemas, resumos, vídeo-‐aulas, mapas-‐ mentais. • Resolução de questões, e informa3vos dos Tribunais • Plano de horários • U3lização do VADE MECUM nas aulas. 2 N ay ro n To le do Bibliogra<ia recomendada • Manual de Direito Tributário – Eduardo Sabbag, Ed. Saraiva • Curso de Direito Tributário – Hugo de Brito Machado, Ed. Malheiros • Direito Tributário Esquema3zado – Ricardo Alexandre, Ed. Método 3 N ay ro n To le do Contato com o professor: • Email -‐ nayron.toledo@gmail.com • Site-‐ www.atualidadesjuridicas.com • Instagram – www.instagram.com/nayron_toledo • TwiGer – www.twiGer.com/nayron 4 N ay ro n To le do DIREITO TRIBUTÁRIO Tributos em espécie 5 N ay ro n To le do Impostos Federais 6 N ay ro n To le do IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO • Art. 153, I da CF -‐ Previsão Cons3tucional • Art. 19 a 22 do CTN – Normas Gerais • Decreto Lei 37/66 – Diploma ins3tuidor com várias alterações, principalmente as trazidas pelo Decreto Lei 2472/88. • Decreto 6759/09 – Decreto aduaneiro PREVISÃO LEGAL 7 N ay ro n To le do Principal Característica Extrafiscalidade TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO. NATUREZA EXTRAFISCAL. MAJORAÇÃO DE ALÍQUOTA. MERCOSUL. PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA E DA MORALIDADE ADMINISTRATIVA. INEXISTÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO. (…) 4. O imposto de importação é um tributo reves5do de natureza extrafiscal, funcionando preponderantemente como instrumento de proteção da indústria nacional, muito mais do que mecanismo de arrecadação de recursos financeiros. Daí porque está o Poder Execu5vo mediante decreto e sem observância do princípio da anterioridade, autorizado a alterar suas alíquotas com vistas ao atendimento da polí5ca cambial e do comércio exterior, conforme o disposto no art. 153, § 1º, da Cons5tuição Federal. (...) 9. Remessa oficial e apelação providas. (TRF-‐3 -‐ AMS: 604 SP 2002.61.00.000604-‐8, Relator: JUIZ CONVOCADO LEONEL FERREIRA, Data de Julgamento: 22/10/2010, JUDICIÁRIO EM DIA -‐ TURMA D) 8 N ay ro n To le do Extra<iscalidade do II = Proteção contra o DUMPING 9 N ay ro n To le do Conceito de Dumping • DUMPING: invasão de mercadorias estrangeiras por preços abaixo do custo pra5cado na indústria nacional, em potencial prá^ca de lesão às leis de trabalho e comerciais do país des^natário do bem. Traduz-‐se na união de exportadores, às vezes sob a anuência governamental, que visam introduzir em mercado alheio produto cujo o preço é inferior ao “de mercado” no país de origem, com o intuito de aniquilar a concorrência do país de des5no. (Sabbag, Eduardo. Manual de direito Tributário. 1ª edição. p. 997.) 10 N ay ro n To le do Fato Gerador • O fato gerador do Imposto de Importação está definido no ar3go 19 do CTN, vejamos: Art. 19. O imposto, de competência da União, sobre a importação de produtos estrangeiros tem como fato gerador a entrada destes no território nacional. IMPORTANTE -‐ Ou seja, o fato gerador do II não é a aquisição de um produto em território estrangeiro, mas sim a sua entrada no território nacional! 11 N ay ro n To le do Fato Gerador • A doutrina divide o fato gerador do II em dois: 12 N ay ro n To le do Fato gerador Material Neste caso se avalia a ocorrência do fato gerador com a devida entrada do produto em território nacional. Fato gerador Temporal Neste caso consideramos como fato gerador quando for realizado o devido registro da declaração de importação perante a autoridade aduaneira. Tal diferenciação é feita por questões prá3cas específicas: Quando um produto ingressa em nosso território, naquele momento já é considerada a ocorrência do fato gerador (Material), porém conforme ar3go 73 do Regulamento aduaneiro, será considerado o fato gerador (temporal), para fins de aplicação da legislação para realizar o lançamento, a data do registro da declaração da mercadoria. Casos de admissão temporária de produtos • Tal diferenciação é feita por questões prá3cas específicas: Quando um produto ingressa em nosso território, naquele momento já é considerada a ocorrência do fato gerador (Material), porém conforme ar3go 73do Regulamento aduaneiro, será considerado o fato gerador (temporal), para fins de aplicação da legislação para realizar o lançamento, a data do registro da declaração da mercadoria. Mais detalhes na IN SRF 183/03 13 N ay ro n To le do Base de cálculo • A base de cálculo do II foi definida pelo ar3go 20 do CTN, vejamos: Art. 20. A base de cálculo do imposto é: I -‐ quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária; • II -‐ quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da importação, em uma venda em condições de livre concorrência, para entrega no porto ou lugar de entrada do produto no País; III -‐ quando se trate de produto apreendido ou abandonado, levado a leilão, o preço da arrematação 14 N ay ro n To le do Alíquota especí<ica • Por alíquota específica deve-‐se entender por aquela que está relacionada a quanddade de tributo cobrado por quanddade de mercadoria importada. Ex. Paga-‐se X valor para cada Tonelada de aço importada. 15 N ay ro n To le do Alíquota Ad Valorem • Quanto tratamos de alíquota Ad valorem, deve-‐se levar em conta como base de cálculo o valor do produto. Esse valor está expresso na nota fiscal/fatura que acompanha o produto. Vale ressaltar que com o intuito de evitar a sonegação fiscal, poderá o Fisco não aceitar o valor expresso em declaração do contribuinte, e tributando o produto com base no preço normal de mercado de um produto similar àquele importado. Ex. Pessoa importa um Smartphone declarando que pagou 200 reais por ele, logo após a fiscalização o Fisco iden3fica que um produto similar aquele é vendido por 2000 mil reais, assim, a base de calculo será o novo valor apontado pelo ente fiscalizador. 16 N ay ro n To le do Produtos apreendidos • Já nos casos em que temos produtos apreendidos ou abandonados, estes serão levados a leilão pelo Fisco, e a sua base de cálculo será o valor de sua arrematação. 17 N ay ro n To le do Contribuintes Co nt rib ui nt es (a rt . 2 2 do C TN ) O importador ou quem a lei a ele equiparar O arrematante de produtos apreendidos ou abandonados 18 N ay ro n To le do Já o Art 32 do Decreto Lei 37/66 traz o rol dos responsáveis tributários na operação de importação, vejamos: Art . 32. É responsável pelo imposto: I -‐ o transportador, quando transportar mercadoria procedente do exterior ou sob controle aduaneiro, inclusive em percurso interno; II -‐ o depositário, assim considerada qualquer pessoa incubida da custódia de mercadoria sob controle aduaneiro. Parágrafo único. É responsável solidário: I -‐ o adquirente ou cessionário de mercadoria beneficiada com isenção ou redução do imposto; . II -‐ o representante, no País, do transportador estrangeiro; III -‐ o adquirente de mercadoria de procedência estrangeira, no caso de importação realizada por sua conta e ordem, por intermédio de pessoa jurídica importadora. . a) revogado b) revogado c) o adquirente de mercadoria de procedência estrangeira, no caso de importação realizada por sua conta e ordem, por intermédio de pessoa jurídica importadora; d) o encomendante predeterminado que adquire mercadoria de procedência estrangeira de pessoa jurídica importadora Lançamento • Regra – Por homologação • Exceção – Por declaração – Bagagem acompanhada. 19 N ay ro n To le do BAGAGEM ACOMPANHADA 20 N ay ro n To le do Se incluídos no conceito de Bagagem acompanhada: -‐ Roupas e outros objetos de uso ou consumo pessoal; -‐ Livros, folhetos e periódicos; e -‐ Outros bens, observados simultaneamente o limite de valor global (cota de isenção) e o limite quan3ta3vo, aplicável o limite de valor global corresponde a: a) US$ 500,00 (quinhentos dólares dos Estados Unidos) ou o equivalente em outra moeda, quando o viajante ingressar no País por via aérea ou marídma; e b) US$ 300,00 (trezentos dólares dos Estados Unidos) ou o equivalente em outra moeda, quando o viajante ingressar no País por via terrestre, fluvial ou lacustre. FONTE : hpp://www.receita.fazenda.gov.br/aduana/Viajantes/IsenTribBagagem.htm Limite quantitativo • Na via aérea ou marídma: a) bebidas alcoólicas: 12 litros, no total; b) cigarros: 10 maços, no total, contendo, cada um, 20 unidades; c) charutos ou cigarrilhas: 25 unidades, no total; d) fumo: 250 gramas, no total; e) bens não relacionados nos itens “a” a “d” (souvenirs e pequenos presentes), de valor unitário inferiora US$ 10,00: 20 unidades, no total, desde que não haja mais do que 10 unidades idên3cas ; e f) bens não relacionados nos itens “a” a “e”: 20 unidades, no total, desde que não haja mais do que 3 unidades idên3cas 21 N ay ro n To le do Limite quantitativo • Na via terrestre: a) bebidas alcoólicas: 12 litros, no total; b) cigarros: 10 maços, no total, contendo, cada um, 20 unidades; c) charutos ou cigarrilhas: 25 unidades, no total; d) fumo: 250 gramas, no total; e) bens não relacionados nos itens “a” a “d” (souvenirs e pequenos presentes), de valor unitário inferior a US$ 5,00: 20 unidades, no total, desde que não haja mais do que 10 unidades idên3cas; f) bens não relacionados nos itens“a” a “e”: 10 unidades, no total, desde que não haja mais do que 3 unidades idên3cas. 22 N ay ro n To le do Alertas da Receita Federal • A isenção concedida para os outros bens (cota de isenção) só é concedida uma vez a cada intervalo de um mês mesmo que o limite de valor global tenha sido udlizado parcialmente, e é pessoal e intransferível, ou seja, não é admidda a soma ou transferência de cotas entre os viajantes, ainda que membros da mesma família. • A apresentação de declaração falsa ou inexata de bagagem acarreta a aplicação de multa no valor de 50% do valor excedente à cota de isenção, além do pagamento do imposto de importação devido. 23 N ay ro n To le do Observações Finais • Principio da anterioridade (anual e nonagesimal ) -‐ Não se sujeita. Ou seja, alterações nas alíquotas entram em vigor imediatamente. • Zona F r an ca de Manaus -‐ F o i i n s3 tu í d a pe l o Decreto-‐Lei 288/67, que estabeleceu uma série de isenções relacionadas às importações e exportações em área delimitada. Seu obje3vo era desenvolver a região amazônica e , segundo os art. 40 e 92 do ADCT, os benewcios estão garan3dos pelo menos até o ano de 2023. 24 N ay ro n To le do ATENÇÃO • EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 83, DE 5 DE AGOSTO DE 2014 • Acrescenta o art. 92-‐A ao Ato das Disposições Cons3tucionais Transitórias -‐ ADCT. • As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do § 3º do art. 60 da Cons3tuição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto cons3tucional: • Art. 1º O Ato das Disposições Cons3tucionais Transitórias passa a vigorar acrescido do seguinte art. 92-‐A: • "Art. 92-‐A. São acrescidos 50 (cinquenta) anos ao prazo fixado pelo art. 92 deste Ato das Disposições Cons3tucionais Transitórias." • Art. 2º Esta Emenda Cons3tucional entra em vigor na data de sua publicação. • Brasília, em 5 de agosto de 2014. 25 N ay ro n To le do • Free Shops (ou lojas Francas) – São aquelas localizadas na zona primária de portos ou aeroportos e que vendem com benewcios fiscais produtos para passageiros de viagens internacionais. 26 N ay ro n To le do IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO • Art. 153, II da CF -‐ Previsão Cons3tucional • Art. 23 a 28 do CTN – Normas Gerais • Decreto-‐Lei 1589/77 • Decreto 6759/09 PREVISÃO LEGAL 27 N ay ro n To le do Principal Característica Extrafiscalidade Previsto no art. 153, II, CR, o Imposto de Exportação também incide sobre o comércio exterior e ostenta estrutura bem semelhante à do Imposto de Importação. Tal como este, apresenta feição ni3damente extrafiscal ou regulatória, que pode ser sinte3zada numa máxima do comércio exterior segundo a qual “não se deve exportar impostos”. Evidentemente, a exigência do Imposto de Exportação onera os produtos nacionais, tornando-‐-‐os menos compeddvos no mercado externo. Então, se o objedvo for incendvar as exportações, o Imposto de Exportação não deve ser exigido8 ou, sendo necessário fazê-‐-‐lo, deve consdtuir exigência de baixo impacto econômico. REGINA HELENA COSTA. “CURSO DE DIREITO TRIBUTÁRIO. 28 N ay ro n To le do 29 N ay ro n To le do 30 N ay ro n To le do Fato Gerador • O fato gerador do imposto de exportação é a saída de produtos nacionais e nacionalizados, para fora do território nacional, assim como foi expresso no art. 23 do CTN, vejamos: Art. 23. O imposto, de competência da União, sobre a exportação, para o estrangeiro, de produtos nacionais ou nacionalizados tem como fato gerador a saída destes do território nacional. 31 N ay ro n To le do Nacionais • Produtos/mercadorias produzidos no próprio país. Nacionalizados • Produtos/mercadorias estrangeiros que foram importados para o nosso país logo após se submeterem ao desembaraço aduaneiro (art. 212 § 1º do Decreto 6759/2009).Fato Gerador Material Se avalia a ocorrência do fato gerador com a devida saída do produto em território nacional. Formal Consideramos como fato gerador quando for realizado o devido registro da exportação no sistema integrado de comércio exterior (SISCOMEX). (art. 213 do Decreto 6759/09) 32 N ay ro n To le do Vale ressaltar que é necessário que haja a devida consumação de tal exportação após tal registro. Caso esta não ocorra por qualquer que seja o mo3vo, deverá o imposto ser ressarcido. Base de cálculo • Art. 24. A base de cálculo do imposto é: I -‐ quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária; II -‐ quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência. 33 N ay ro n To le do CONTRIBUINTES • Com base no que foi disposto no ar3go 27 do CTN o contribuinte do imposto é o exportador ou aquele que a lei o equiparar. • Sobre o conceito de exportador o art. 5º do Decreto Lei 1578/77 o considerou como qualquer pessoa que promova a saída do produto do território nacional. 34 N ay ro n To le do LANÇAMENTO • O lançamento deste tributo é feito por meio de homologação, já que inicialmente o exportador elaborar e registrar no Sistema Integrado de Comércio Exterior a sua exportação, bem como outros documentos necessários a tal despacho aduaneiro, mais o comprovante de recolhimento antecipado deste tributo. • Somente após isso é que caberá auditor fiscal verificar tais atos, procedendo a sua homologação caso esteja tudo correto. Em caso de se encontrar algum erro, procederá de owcio o seu lançamento. 35 N ay ro n To le do OBSERVAÇÕES FINAIS 36 N ay ro n To le do Aplica-‐se o princípio da Legalidade? Assim como o Imposto de importação temos aqui uma midgação a este princípio sendo possível a alteração nas alíquotas por meio de ato do chefe do poder execudvo federal e nesse caso ainda por ato da CAMEX (Câmara de Comércio Exterior) conforme disposto no Decreto-‐Lei 1578/77. Sobre o tema, vejamos julgado: “IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO. ALTERAÇÃO DE ALÍQUOTA. ART. 153, § 1º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. COMPETÊNCIA PRIVATIVA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA NÃO CONFIGURADA. ATRIBUIÇÃO DEFERIDA À CAMEX. CONSTITUCIONALIDADE. FACULDADE DISCRICIONÁRIA CUJOS LIMITES ENCONTRAM-‐SE ESTABELECIDOS EM LEI. RECURSO EXTRAORDINÁRIO DESPROVIDO. I – É compaxvel com a Carta Magna a norma infraconsdtucional que atribui a órgão integrante do Poder Execudvo da União a faculdade de estabelecer as alíquotas do Imposto de Exportação. II – Competência que não é priva3va do Presidente da República. III – Inocorrência de ofensa aos arts. 84, caput, IV e parágrafo único, e 153, § 1º, da Cons3tuição Federal ou ao princípio de reserva legal. Precedentes. IV – Faculdade discricionária atribuída à Câmara de Comércio Exterior – CAMEX, que se circunscreve ao disposto no Decreto-‐Lei 1.578/1977 e às demais normas regulamentares.” (STF, Pleno, RE 570680, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, out/ 2009). CESPE – TJPI – JUIZ-‐ 2012 – O Poder execu5vo não detém a competência de alterar as alíquotas ou as bases de cálculo do imposto de exportação, ainda que para ajustá-‐lo aos obje5vos da polí5ca cambial e do comércio exterior. (Item errado) 37 N ay ro n To le do OBSERVAÇÕES FINAIS Aplica-‐se o princípio da anterioridade anual e nonagesimal? Tendo em vista o seu caráter extrafiscal o Imposto de Exportação também é uma exceção aos princípios da anterioridade anual e nonagesimal , conforme art. 150, § 1º da CF, devendo assim suas majorações de alíquotas serem aplicadas imediatamente. 38 N ay ro n To le do O ardgo 28 do CTN expressa que a receita líquida do imposto de exportação será desdnado a formação de reservas monetárias conforme a lei. Tal ardgo foi recepcionado pela Consdtuição Federal de 1988? Não, este ar3go não foi recepcionado pela CF 88, já que ofende claramente o que dispõe o ar3go 167, IV daquela carta magna, que proíbe a vinculação de receitas de impostos. CESPE TJPI – JUIZ – 2012 – A receita líquida de exportação des5na-‐se à conservação dos portos ou lugares de saída do produto. (item errado) IMPOSTO DE RENDA 39 N ay ro n To le do • Art. 153, III da CF -‐ Previsão Cons3tucional • Art. 43 a 45 do CTN – Normas Gerais • Imposto de Renda sobre a Pessoa Física (IRPF) → Leis 7713/88 e 9250/95 • Imposto de Renda sobre a Pessoa Jurídica (IRPJ) → Leis 8981/95 e9430/96 • Fiscalização e arrecadação de IRPF e IRPJ → Decreto 3000/99 PREVISÃO LEGAL Principal Característica Fiscalidade Diferentemente dos dois tributos estudados anteriormente, o Imposto de renda possui uma caracterís3ca estritamente fiscal, caracterizando-‐se como a maior fonte de arrecadação dentre os impostos federais. Segundo dados da receita federal divulgados na imprensa em janeiro de 2014 este tributo arrecadou 39,74 bilhões de reais, um crescimento real de quase 4,2% sobre o mesmo mês de 2013. Para baixar os relatórios de arrecadação federal do ano de 2014 basta acessar nesse link a seguir: hpp://www.rece i ta . fazenda .gov .br/arrecadacao/ resultadoarrec/arqarre.htm 40 N ay ro n To le do Fato Gerador Fato Gerador é a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica Renda Produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos. Ex. Salário, aplicacação financeira. Proventos de qualquer natureza Os acréscimos patrimoniais não compreendidos no Conceito de Renda. Ex. Acréscimos decorrentes da a3vidade criminosa. Princípio do Pecunia non Olet 41 N ay ro n To le do Base de cálculo Ba se d e cá lc ul o do I R (a rt . 4 4 CT N ) Lucro Real O Contribuinte calcula seu lucro, abatendo do faturamento as despesas legalmente autorizadas. Lucro Presumido* O Contribuinte aplica um percentual legal sobre o valor de sua receita bruta, obtendo como resultado um montante que se presume ser seu lucro. Lucro Arbitrado* É u3lizada quando não é possível o cálculo preciso do lucro real e o contribuinte não cumpre os requisitos para a tributação com base no lucro presumido. 42 N ay ro n To le do * Mais u3lizados para pessoas jurídicas. Alíquotas Generalidade • Deve ser imposta a todos os contribuintes • Evita os tributos odiosos, e os privilégios à classes específicas. Universalidade • Abrange a toda e qualquer renda ou proventos • Princípio do Pecunia non olet. Progressividade • Progressividade • A variação da alíquota conforme for se aumentando a base de cálculo. 43 N ay ro n To le do As alíquotas do imposto de renda possuem três caracterís3cas básicas: Progressividade Base de Cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a Deduzir do IR (R$) Até 1.787,77 - - De 1.787,78 até 2.679,29 7,5 134,08 De 2.679,30 até 3.572,43 15 335,03 De 3.572,44 até 4.463,81 22,5 602,96 Acima de 4.463,81 27,5 826,15 44 N ay ro n To le do Para demonstrar tal progressividade trazemos abaixo as alíquotas do IRPF definidas no art. 1º da Lei 11.482/07 com redação dada pela MP 644/14, vejamos: Tabela Progressiva Mensal ano calendário 2014 Ex. 1 – Se uma pessoa recebe por mês R$ 1500,00 ela é isenta do IRPJ. Ex. 2 – Se uma pessoa recebe por mês R$ 2000,00, ou seja, ela se encontra na segunda faixa, porém o cálculo é escalonado, ou seja: Até os 1787,77 reais ela é isenta. Já o valor que ultrapassa isso até completar os R$ 2000,00, possui uma tributação de 7,5%. -‐> Até 1787,77 -‐ Isento -‐> R$ 2000,00 – R$ 1787,77 = R$ 212,23 X 7,5% = R$ 15,92 Ou você pode chegar nesse mesmo valor fazendo o cálculo com parcela a deduzir: R$ 2000,00 * 7,5% = R$ 150,00 – R$ 134,08= R$ 15,92 Salário de R$ 3000,00 Cálculo com Parcela a deduzir. R$ 3000,00 está na 4a faixa, ou seja, a de 22,5%. R$ 3000,00 x 15%= 450,00 – 335,03= 114,97 45 N ay ro n To le do Base de Cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a Deduzir do IR (R$) Até 1.787,77 - - De 1.787,78 até 2.679,29 7,5 134,08 De 2.679,30 até 3.572,43 15 335,03 De 3.572,44 até 4.463,81 22,5 602,96 Acima de 4.463,81 27,5 826,15 46 N ay ro n To le do Existem outros 3pos de alíquotas especiais para vários 3pos de situações, a tulo de exemplo podemos citar os rendimentos de capitais advindos de renda fixa ou variável cuja alíquota será de 20%, bem como as rendas advindas de prêmios ou sorteios em dinheiro, que são tributadas em 30%. Já nos casos de pessoas jurídicas a alíquota padrão é de 15% sobre o lucro real, podendo haver incidência de alíquotas maiores ou menores a depender da legislação per3nente (lei n. 9430/96). 47 N ay ro n To le do Contribuinte 48 N ay ro n To le do Art. 45. Contribuinte do imposto é o 3tular da disponibilidade a que se refere o ar3go 43, sem prejuízo de atribuir a lei essa condição ao possuidor, a qualquer tulo, dos bens produtores de renda ou dos proventos tributáveis. Parágrafo único. A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos tributáveis a condição de responsável pelo imposto cuja retenção e recolhimento lhe caibam. Caso a Pessoa jurídica não esteja recolhendo o tributo, isso não isenta o contribuinte deo fazê-‐lo imediatamente. Caso o pagamento de rendimento seja realizado por pessoas jurídicas, esta deverá reter na fonte o imposto devido (art. 7º da lei 7713/88). Já o art. 1º da lei 7713/88 expressa que são contribuintes do IRPF, as pessoas sicas residentes ou domiciliadas no Brasil. Quando as pessoas wsicas recebem rendimentos de outras pessoas wsicas, estas devem calcular e recolher o tributo mensalmente, para posterior ajuste anual até o final do mês de abril do exercício subsequente. 49 N ay ro n To le do Lançamento Conforme expresso no item anterior, é o próprio contribuinte ou aquela pessoa jurídica que o paga que recolhe ou retém o tributo na fonte, para posterior ajuste com a receita federal. Diante disso resta devidamente claro que se trata de um lançamento por homologação. 50 N ay ro n To le do Observações <inais • O referido tributo apenas se submete ao princípio da anterioridade anual, não se aplicando a ele o da anterioridade nonagesinal, conforme podemos depreender da leitura do art. 150 § 1º, in fine da CF. Aplica-‐se o princípio da Anterioridade? • Sim, este tributo obedece ao princípio da legalidade, só podendo ser alterado por meio de lei. Aplica-‐se o princípio da Legalidade? 51 N ay ro n To le do Súmula 125 STJ: O pagamento de férias não gozadas por necessidade do serviço não está sujeito à incidência do Imposto de Renda. Súmula 136 STJ O pagamento de licença-‐prêmio não gozada por necessidade do serviço não está sujeito ao imposto de renda. Súmula 215 do STJ A indenização recebida pela adesão a programa de incen5vo à demissão voluntária não está sujeita à incidência do imposto de renda. Súmula 385 do STJ São isentas de imposto de renda as indenizações de férias proporcionais e o respec5vo adicional. Súmula 498 STJ: Não incide imposto de renda sobre a indenização por danos morais. 52 N ay ro n To le do Questões • 1. Cespe DPU 2010 – Considere que José tenha trabalhado durante 6 anos em uma empresa de construção civil e tenha sido demi3do sem justa causa. Nessa situação, incide o IR sobre os valores por ele recebidos a tulo de férias proporcionais e respec3vo terço de férias. • 2 Cespe TJPA Juiz 2012 – As indenizações de férias proporcionais e o respec3vo adicional não estão isentos do IR. 53 N ay ro n To le do
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