Buscar

MODULO 2 LINGUAGEM, LÍNGUA E LÍNGUA DE SINAIS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

INTRODUÇÃO
Durante anos acreditava-se que as línguas de sinais usada no mundo todo era apenas uma espécie de mímica ou pantomima. A mímica tem uma representação visual assim como as línguas de sinais que utilizam o canal viso-espacial para sua exteriorização, talvez, também, por esse motivo exista a tendência de relacionar as línguas de sinais com a mímica.
Muitas pessoas pensam que a língua de sinais é universal, é única para todos de qualquer parte do mundo, pois basta fazer uma mímica ou gesto e o entendimento acontece. Mas tal concepção é, um tanto, ultrapassada, pois além de haver várias línguas de sinais como você já viu (brasileira - LIBRAS, francesa - LSF, espanhola - LSE, boliviana - LSB, venezuelana - LSV...) hoje as pesquisas linguísticas comprovam a complexidade e arbitrariedade presente em todas essas línguas. Atualmente temos livros de gramática, cursos superiores em Letras, cursos de tradução e interpretação, literatura, artes e muita cultura.
Através da língua de sinais pode-se discutir política, economia, psicologia, física, matemática, filosofia, física quântica e outros temas.
 
LINGUAGEM, LÍNGUA E LÍNGUA DE SINAIS
 
Linguagem
 
Linguagem é um sistema de comunicação natural ou artificial, humano ou não. Dessa forma, qualquer tipo de comunicação é considerado como linguagem assim como: a linguagem corporal, as expressões faciais, a maneira de nos vestirmos, a linguagem de outros sinais, os sinais de trânsito, a música, a pintura enfim todos os meios de comunicação.
 
 
Língua
 
 A língua é um bem comum a todos, determinante territorial e cultural de um povo. Não podemos pensar em língua melhor ou pior, língua superior ou inferior num país onde a diversidade linguística é tão marcante.
 
 Nenhuma outra característica distingue tão bem o homem dos outros animais como o domínio da linguagem. Ela tem sido o eixo central do desenvolvimento social e cultural da humanidade.
 A importância dos processos comunicativos nas sociedades urbanas e industriais revela-se na habilidade do falante em usar a sua língua para interagir com seus semelhantes comunicando seus pensamentos, sentimentos e ações por meio de um sistema de signos vocais – a língua. Como o ser humano dispõe de inúmeras possibilidades para comunicar-se, cada língua corresponde à expressão de uma escolha entre as várias possibilidades linguísticas, apresentando variações relevantes em função de valores sociais, regionais, de faixa etária, de situação econômica, etc.
 A língua como um sistema de possibilidades oferece um conjunto flexível no que diz respeito às regras de seleção, combinação e substituição sem comprometer ou alterar a interação. É o que entendemos por variação linguística.
 Não há hierarquia entre os usos variados da língua assim como não há uso linguisticamente melhor que outro. Em uma mesmo comunidade linguística, portanto, coexistem usos diferentes, não existindo um padrão de língua que possa ser considerado superior. As pessoas não falam do mesmo modo e até uma mesma pessoa não fala sempre da mesma maneira.
 As línguas podem ser orias -auditivas ou espaço-visual. As línguas são tidas como orais-auditivas quando a forma de recepção não-agrafa (não-escrita) é a audição e a forma de reprodução (não-escrita) é a oralização. Temos como exemplo a língua portuguesa. As línguas espaço-visuais são naturalmente reproduzidas por sinais manuais. Neste caso temos a língua brasileira de sinais - Libras.
 
Língua de Sinais
 
A Língua Brasileira de Sinais – Libras — é a língua utilizada pela comunidade surda no Brasil (com exceção de algumas tribos indígenas). Como toda língua de sinais, foi criada em comunidades surdas que se contataram entre si e a passavam ao longo de gerações. É uma língua de modalidade gestual-visual porque utiliza como canal ou meio de comunicação, movimentos de sinais e expressões faciais que são percebidos pela visão para captar movimentos, principalmente das mão, a fim de transmitir uma mensagem, diferenciando-se da língua portuguesa, que é uma língua de modalidade oral-auditiva pois utiliza, como canal ou meio de comunicação, sons articulados que são percebidos pelos ouvidos. 
 
 Devido a essa diferença de canal de comunicação, normalmente os sinais utilizados nas línguas de sinais são entendidos como simples gestos. Outras vezes toda a língua sinalizada é dita como mera mímica ou pantomima. Durante muito tempo, foi considerada — e para alguns ainda o é —um sistema natural de gestos, sem nenhuma estrutura gramatical própria e com áreas restritas de uso.
 
 Entretanto, pesquisas sobre as línguas de sinais vêm mostrando que elas são comparáveis, em complexidade e expressividade, a quaisquer línguas orais: expressam idéias sutis, complexas e abstratas. Os seus usuários podem não apenas discutir filosofia, literatura ou política, além de esportes, trabalho, moda, como também utilizá-la com função estética para fazer poesias, histórias, teatro e humor.
 
 A língua de sinais contém todos os componentes pertinentes às línguas orais, como gramática, fonologia, semântica, morfologia, sintaxe preenchendo, assim, os requisitos científicos para ser considerada instrumento linguístico de poder e força. Além de possuir todos os elementos classificatórios identificáveis de uma língua, a Libras demanda prática para seu aprendizado, como qualquer outra língua.
 
 Para saber mais sobre o assunto leia: Língua de Sinais Brasileira - Estudos Linguísticos
Autor: Karnopp, Lodenir Becker; Karnopp, Lodenir Becker; Quadros, Ronice Muller de; Quadros, Ronice Muller de
Editora: Artmed

Continue navegando