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ÁSTRID CAMÊLO PALMEIRA POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE NO BRASIL DESCOBRIMENTO AO IMPÉRIO (1500-1889) A Atenção à saúde limitava-se aos recursos da terra (ênfase aos curandeiros); Predomínio de doenças pestilenciais (febre amarela, peste bubônica, gripe, varíola...) Com a vinda da família real para o Rio de Janeiro (1808), organizou-se uma estrutura sanitária mínima: • delegação das atribuições sanitárias às juntas municipais • controle de navios e saúde dos portos Carência de profissionais médicos (proliferação de boticários) Proliferação de epidemias REPÚBLICA VELHA (1889 – 1930) Governo das oligarquias; Interesses capitalistas dominantemente agrários Predomínio de epidemias (varíola, malária, febre amarela) Sanitarismo campanhista (Oswaldo Cruz) Revolta da vacina (1904) 1920: Carlos Chagas Reestruturou o Departamento Nacional de Saúde (fiscalização de alimentos, controle de portos e fronteiras) Logo... No início do século XX a melhoria das condições sanitárias era entendida então como dependente basicamente de: • Controle das endemias; • Saneamento dos portos e do meio urbano. O NASCIMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL Início do processo de industrialização Urbanização crescente Greves do movimento operário por direitos trabalhistas LEI ELOY CHAVES (1923) Organização das CAP’s (Caixas de Aposentadorias e Pensões) 1923 - CAP dos Ferroviários 1926 - Portuários e Marítimos Marco inicial da Previdência Social no Brasil CARACTERÍSTICAS DAS CAP’S “ERA VARGAS” (1930 - 1964) 1933: Criação dos Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs), passando a abranger uma quantidade maior de trabalhadores. 1943: Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) Aumento da demanda por assistência médica Ampliação da estrutura hospitalar (saúde hospitalocêntrica) 1953: Criação do Ministério da Saúde 1960: Lei Orgânica da Previdência Social O MOVIMENTO DE 64 Regime autoritário Urbanização e industrialização crescentes 1966: Unificação dos IAPs > Criação do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) 1977: Criação do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social - INAMPS, mantendo a política da medicina curativa e das campanhas de vacinação, e pouco fazendo em medicina preventiva ou em atuações sanitaristas Modelo proposto incapaz de solucionar principais problemas de saúde coletiva Aumento dos custos com medicina curativa Diminuição do crescimento econômico Desvio de verbas do sistema previdenciário 1975 - A CRISE 1976: Programa de Interiorização das Ações de Saúde e Saneamento - PIASS, que levou serviços de atenção básica a algumas cidades do Nordeste 1978: Proposta internacional de priorização da atenção e dos cuidados primários O MOVIMENTO DA REFORMA SANITÁRIA Conjunto de ideias que se tinha em relação às mudanças e transformações necessárias na área da saúde, em busca da melhoria das condições de vida da população. Na luta pela democratização da saúde e da sociedade brasileira surge: • 1976 - Centro Brasileiro de Estudos em Saúde (Cebes) • 1979 - Associação Brasileira de Pós- Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco) Os membros dessas entidades atuaram como difusores do movimento da Reforma Sanitária. O MOVIMENTO DA REFORMA SANITÁRIA A SAÚDE NA DÉCADA DE 1980 Profunda crise econômica Crise da Previdência Social Movimento das Diretas Já (1982): fim do regime militar; 1983: Criação das AIS (Ações Integradas de Saúde): integrar ações curativas-preventivas e educativas, que, com base em mecanismos de regionalização e hierarquização, procurou interligar a rede pública nas esferas federal, estadual e municipal. 1987: Construção de um Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde - SUDS A VIII CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE (1986) Consolidou as ideias da Reforma Sanitária O conceito abrangente de saúde Saúde como direito de cidadania e dever do Estado A instituição de um Sistema Único de Saúde A CONSTITUIÇÃO DE 1988 Artigos 196 a 200: • Conceito de saúde ampliado; • A saúde como direito social universal; • Serviços e ações de saúde de relevância pública; • Criação de um Sistema Único de Saúde; • Integração da saúde na Seguridade Social. A CONSTITUIÇÃO DE 1988 • A Constituição Federal do Brasil estabelece que a saúde é “um direito de todos e dever do estado” e define o direito à saúde como direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. • O dever do Estado de garantir à saúde às pessoas é fundamental, NÃO sendo excluído desse processo o dever das pessoas, da família, das empresas e da sociedade. REFERÊNCIAS: ALMEIDA, E. S. et al. Políticas públicas e organização do sistema de saúde: antecedentes, reforma sanitária e o SUS. In: WESTPHAL, M. F.; ALMEIDA, S. A. (org.). Gestão de serviços de saúde. São Paulo: EDUSP, 2001. p.13-50. BERTOLLI FILHO, C. História da saúde pública no Brasil. 4. ed. São Paulo: Ática, 2010 PAIM, J. S. Políticas de saúde no Brasil. In: Rouquayrol, M. Z.; ALMEIDA FILHO, N. Epidemiologia e Saúde. 6. ed. Rio de Janeiro: Medsi, 2003. p. 587-603. POLIGNANO, M. V. História das políticas de saúde no Brasil. Disponível em: www.rnpd.org.br/download/publicacoes /Saude_no_Brasil.doc. Acesso em: 10 maio 2006.
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