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DIREITOS DIFUSOS E COLETIVOS- RESUMO PARTE I

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Direitos Difusos e Coletivos
Aula 06/03/2018
Conceito de interesse: 
Para o senso comum: utilidade, vantagem ou lucro. 
Para o direito, significa busca intencional de satisfação de uma necessidade por meio de bens ou vantagens que sejam para o fim almejado. Um interesse pode refletir vantagem de uma pessoa, um grupo de pessoas ou uma coletividade. 
Categoria de interesses
Interesse Público X Interesse Privado (Individual e individual disponíveis)
O objetivo do interesse público é o bem comum
Subdivisão do interesse público (teoria do jurista Renato Alessi)
Primário: abstrato, teórico: interesse da coletividade; 
Secundário: do ponto de vista do administrador (lato sensu, interpretação)
Direitos difusos e coletivos são os direitos transindividuais, onde também inclui os individuais, fica entre o direito público e privado (categoria intermediária)
Direitos transindividuais: se preocupa com as classes, categoria, associações (uma tutela no processo coletivo), grupos. “Existem direitos que são mais que meramente individuais, mas que não chegam a ser interesse de todos.
 Ex.: direito processual consequência acumulo de process0 abandono da defesa do direito ineficácia da prestação jurisdicional
 O sistema clássico se demonstra incapaz de julgar demandas em massa.
Interesses transindividuais, metaindividuais e supraindividuais são sinônimos.
Os interesses transindividuais são aqueles que reúnem grupos, classes e categorias de pessoas. Ex.: como os moradores de uma região no que diz respeito a uma questão ambiental, ou ainda, os consumidores de um mesmo produto, ou os trabalhadores de uma fábrica e alunos da mesma escola. Hugo Nigro Mazilli. 
Classificação dos interesses transindividuais:
Direito difuso: não sei quem vai ser prejudicado, não posso quantificar. Direito INDISPONÍVEL. Art. 81, pu I, CDC: Direitos de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato; Ada Grinover “compreende interesses que não encontram apoio em uma relação base bem definida, reduzindo-se o vínculo entre as pessoas a fatores conjunturais ou extremamente genéricos, a dados de fato frequentemente acidentais ou mutáveis: habitar a mesma região, consumir o mesmo produto, viver sob determinadas condições socioeconômicas, sujeitar-se a determinados empreendimentos, etc”
Direitos Coletivos: sujeito determinável, podendo ser grupo, classe ou categoria. Posso quantificar quantas pessoas tiveram seus direitos infringidos. Direito DÍSPONIVEL, ligados por uma circunstância jurídica base. Art. 81, pu, II, CDC: de natureza indivisível, de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base. 
Direito homogêneo: Titular identificável e determinado, objeto divisível, ligados por uma origem comum. Art. 81, pu, III, CDC: interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem comum.
Em suma, pode-se diferenciar os 3, identificando qual é o tipo de tutela jurisdicional que se pretende quando da propositura da ação O acidente com o Bateau Mouche IV, que teve lugar no Rio de Janeiro no final de 1988, poderia abrir oportunidades para a propositura de ação individual por uma das vítimas do evento pelos prejuízos que sofreu (direito individual), ação de indenização em favor de todas as vítimas ajuizada por entidade associativa (direito individual homogêneo), ação de obrigação de fazer movida por associação das empresas de turismo que têm interesse na manutenção da boa imagem desse setor da economia (direito coletivo), bem como ação ajuizada pelo Ministério Público, em favor da vida e segurança das pessoas, para que seja interditada a embarcação a fim de se evitarem novos acidentes (direito difuso). Em suma, o tipo de pretensão é que classifica um direito ou interesse como difuso, coletivo ou individual.
	Interesses
	Grupos
	Objeto
	Origem
	Difusos
	Indeterminado (não consigo saber quem vai ser prejudicado
	Indivisível
	Circunstancia de fato
	Coletivo
	Determinado
	Indivisível
	Relação jurídica
	Individual homogêneo
	Determinado
	Divisível
	Comum
 
AULA 13/03/2018 - TUTELA PROCESSUAL COLETIVA
A tutela coletiva de direitos tem como objetivo proteger os interesses/direitos de seus titulares, que podem ser um grupo determinável ou indeterminável de sujeito. No entanto, diferentemente da tutela individual, a tutela coletiva proporciona diversas vantagens não só para o grupo titular do interesse/direito, como também para a própria administração da justiça:
Evita decisões diferentes/conflitantes.
Economia e celeridade processual.
Permite maior efetividade à tutela desses interesses em juízo.
Características:
Interesse de grupos/ classes/ categorias; 
Legitimidade ativa é retirada do lesado e entregue a terceiros designados por Lei (Lei de ação Civil Pública e CDC)
A reparação do dano é coletiva. 
A doutrina costuma classificar o direito processual coletivo em:
Comum: (ações civis públicas, ação popular, mandado de segurança coletivo)
Especial: (ação direta de inconstitucionalidade, ação declaratória de constitucionalidade) 
Difusos e coletivos: essencialmente coletivos
Individuais homogêneos: acidentalmente coletivos
Princípios do Direito Processual Coletivo 
Princípio do acesso à justiça e Princípio da universalidade da jurisdição: Art. 5, XXXV, CF: a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.
Princípio da participação no processo: garantia do contraditório e ampla defesa. Participar pelo processo e utiliza-lo para influir nos destinos da nação. Enquanto o Estado visa emprega-lo com intuito de firmar seu escopo político (maior participação);
Princípio da economia processual: o direito deve resolver os conflitos de interesse empregando o mínimo possível de atividades processuais; 
Princípio do interesse jurisdicional no conhecimento do mérito do processo coletivo: consiste numa intensificação do princípio da instrumentalidade das formas/ abandonar o formalismo excessivo e a rigidez formalista, mas conservar a formalidade (não deixar virar bagunça); 
Princípio da máxima prioridade jurisdicional da tutela coletiva: a solução de lides coletivas pode evitar a proliferação de processuais individuais. Pode afastar o indesejável efeito das sentenças individuais conflitantes entre si e com a sentença coletiva.
Princípio da disponibilidade motivada e ação coletiva: Art. 5º, § 3 LACP/ art. 9ª LACP: dada a relevância social, dos interesses objeto das ações sociais coletivas, delas não se pode desistir sem justo motivo. Refere-se a disponibilidade da ação e não do objeto, devido a legitimidade de terceiros, como MP por exemplo. 
Princípio do máximo benefício da tutela jurisdicional coletiva comum: o rol de bens e direitos que podem ser defendidos por meio de ação coletiva não é mais taxativo, de acordo com o CPC.
Princípio da ampla divulgação da demanda: preconiza a ampla divulgação da existência de uma ação coletiva (art. 94, LACP)
Princípio da informação aos órgãos legitimados: estimular a propositura de ações coletivas. Art. 6 e 7. LACP
Questões:
1- Relativamente aos interesses transindividuais, de acordo com o CDC, é correto afirmar que:
Os titulares dos interesses difusos estão ligados por uma origem comum; 
Os titulares dos interesses individuais homogêneos estão ligados por uma situação de fato; 
Os titulares dos interesses coletivos estão ligados por uma por uma situação de fato; 
Os titulares dos interesses difusos estão ligados por uma relação jurídica-base; 
Os titulares de interesses coletivos estão ligados por uma relação jurídica base.
Aula 20/03/2018 COMPETÊNCIA: É a medida da jurisdição. Conjunto de atribuições jurisdicionais de cada órgão/grupo de órgãos, estabelecidas pela Constituição e pela lei.
Questionamentos importantes.
Qual a justiça competente? Competência de jurisdição.
 É competente órgão, superior ou inferior? Competência originária.
 Qualcomarca/seção judiciária é competente? Competência de foro.
 Qual a vara competente? Competência de juízo.
Qual o juiz competente? Competência interna.
É competente o mesmo órgão ou um superior? Competência recursal.
Competência originária do STJ (art. 105, I, CF) define qual órgão jurisdicional a ação deve ser proposta. Regra geral da competência originária: órgão jurisdicional monocrático (juiz de direito)
b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal;
(Art. 102, I CF) e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Território;
f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta;
Causas e conflitos entre União, estado e DF, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades administrativas indiretas. 
Ações em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados, e aquelas em que mais da metade dos membros do tribunal de origem sejam impedidos ou indiretamente interessados. 
r) as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério Público;
Mandado de segurança contra atos do presidente da república, mesa da câmara dos deputados de do senado federal, procuradores da república e do próprio stf.
Competência de Jurisdição: Especial x Comum (residual)
Justiça Especial Militar: não há ação civil pública coletiva. A competência cível da Justiça Militar é restrita às ações judiciais contra atos disciplinares militares. Em caso de propositura de ação civil pública, o MP tem legitimidade. 
Justiça Especial Eleitoral: segundo a jurisprudência, a competência é restrita as questões relacionadas ao processo eleitoral (encerrando com a diplomação – exceção: impugnação de mandado). É possível a propositura de ação coletiva que tenham como causa de pedir matérias relacionadas a justiça eleitoral 
Justiça do Especial Trabalho: Art. 144, CF. “ações oriundas das relações do trabalho”. Ações coletivas envolvendo meio ambiente de trabalho- Sumula 736, STF: Compete à justiça do trabalho julgar as ações que tenham como causa de pedir o descumprimento de normas trabalhistas relativas à segurança, higiene e saúde dos trabalhadores.
Competência da Justiça Federal (art. 109, CF): hipóteses mais frequentes- nas causas em que a união, entidade, autarquia (compreende também as fundações públicas federais) ou empresa pública federal forem interessadas na condição de outras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as causas envolvendo falência, acidente de trabalho e as sujeitas a justiça eleitoral e do trabalho. 
Demais hipóteses:
- Causas entre Estados estrangeiros ou organismos internacionais e munícipio ou pessoa domiciliada/residente no país (inciso II).
- Causas envolvendo tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismos internacionais (III).
- Causas relativas aos direitos humanos a que se refere o §5º (V-A).
- Disputa sobre direitos indígenas (XI).
Obs. Competência em relação a ações coletivas em matéria de direito ambiental.
Obs2. Competência nos casos de não haver vara da justiça federal.
Aula 27/03/18
Competência originária dos Tribunais
Tribunais Regionais do Trabalho (art. 678, CLT)
Tribunais Regionais Eleitorais (art. 29, I, CE)
Tribunais Regionais Federais (art. 108, I, CF): alínea c mandado de segurança coletivo contra atos do próprio tribunal ou juiz federal.
Tribunais de Justiça dos Estados
Constituição Estadual de Mato Grosso do Sul (art. 114, II)
Alínea b: os mandados de segurança contra atos do Governador, dos Secretários de Estado, da Mesa da Assembleia Legislativa, do Tribunal de Contas, incluídos os dos seus Presidentes, do próprio Tribunal de Justiça, seus membros e turmas, incluídos os dos seus Presidentes, do Conselho Superior da Magistratura, dos Juízes de primeiro grau, do Corregedor-Geral de Justiça, do Corregedor-Geral do Ministério Público, do Procurador-Geral de Justiça, do Defensor Público-Geral do Estado, do Corregedor-Geral da Defensoria Pública e do Procurador-Geral do Estado
Alínea g: as causas e conflitos entre o Estado e os municípios ou entre estes;
Competência do Foro: também conhecida como competência territorial, uma vez que prevê que o juízo competente será o do local onde estiver presente a hipótese prevista em lei. Regra geral: local onde ocorreu ou poderá ocorrer o dano (art. 2º, Lei da ação civil pública). A doutrina majoritária entende que a competência é absoluta 
Foro funcional: o STF e STJ tem entendido que a competência territorial é funcional, ou seja, absoluta (não é devido alterar devido a sua função). 
Competência territorial é relativa: obedece a previsão legal, por vontade das partes.
Exceções: 
A responsabilidade civil do fornecedor de produtos e serviços: art. 108, I, CDC: pode ser no domicilio do autor.
Interesses transindividuais no ECA: foro do local onde ocorreu ou deve ocorrer a ação ou omissão. Art. 209, ECA
Interesses transindividuais envolvendo pessoas idosas: foro no domicilio do idoso (art. 80, estatuto do idoso)
Outras Hipóteses
Local em caso de Dano ou ameaça: (art. 93, II, CDC): o local tem que ser de pequena abrangência, poucos foros. Competência de qualquer foro. 
Litispendência: onde for proposta a primeira ação. Gera efeito com despacho que determina a citação.
Dano Regional: quando envolver vários foros (pode compreender todo estado e até mesmo, mais de um estado). Art. 93, II, CDC. A competência é da capital dos Estados. 
Dano Nacional: quando dano ou ameaça envolver territorial nacional. A competência é de todos os foros de todas as capitais e também do DF.
Competência de juízo: Qual vara compete? Depende da organização judiciária. Pode ser atribuída em razão das pessoas, partes, ter mais de um critério. OBS: varas de competência especializada. Ex.: vara de meio ambiente em Cuiabá. 
Competência interna: qual juiz competente
Competência recursal: compete ao mesmo órgão ou órgão superior.
Aula 03/04/2018: Legitimidade e Coisa Julgada
1. Legitimidade: é a autorização legal para agir em juízo em defesa de um direito. Integra uma das condições da ação. Regra geral, decorre do vínculo do sujeito com o direito material discutido. 
I. Natureza Jurídica:
a) Legitimidade Ordinária: autor e titular do direito propõe a ação. Art. 18 CPC: Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico.
b) Legitimidade Extraordinária: pleiteio direito alheio em nome próprio. Ex. MP na propositura de ação de ação civil pública coletiva. Entendimento majoritário da jurisprudência do STJ e STF: tanto nos direitos individuais homogêneos quantos nos direitos difusos e direitos coletivos a legitimidade é extraordinária.
c) Legitimação autônoma para a condução do processo / Legitimidade anômala: “a legitimidade é autônoma nos interesses difusos e coletivos porque não depende da vontade dos lesados”. Nelson Nery Jr.
II. Diferenciações Importantes:
a) Sucessão processual: quando um terceiro passa a fazer parte da ação no lugar de outro, tornando-se parte do processo. Exemplo: Uma das partes falece, os sucessores podem ocupar o lugar do falecido, desde que não se trata de direito personalíssimo. 
b) Representação processual: a parte incapaz de agir em juízo. É o mecanismo utilizado para suprir a incapacidade. O representante processual não é parte. Exemplo: Menor de idade que é representado pelos pais. 
c) Substituição processual: permite que alguém em nome próprio defenda direito de outrem. O substituo é a parte na ação. Para parte da doutrina, a legitimação extraordinária é gênero, do qual a substituição processual seria espécie. Já outra parte da doutrina entende que legitimação extraordinária e substituição processual são sinônimos. 
III.Legitimação ativa nas ações coletivas: em geral é extraída da combinação entre o art. 129, III e §1º CF; art. 5º, caput e §4º da LACP; e os arts. 82, caput e §1º e art. 91 ambos do CDC. [1: Art. 129 CF - São funções institucionais do Ministério Público:III. promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; § 1º - A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na lei.][2: Art. 5º LACP - § 4°. O requisito da pré-constituição poderá ser dispensado pelo juiz, quando haja manifesto interesse social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser protegido.][3: Art. 82 CDC - Para os fins do art. 81, parágrafo único, são legitimados concorrentemente: I - o Ministério Público, II - a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal; III - as entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda que sem personalidade jurídica, especificamente destinados à defesa dos interesses e direitos protegidos por este código; IV - as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que incluam entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por este código, dispensada a autorização assemblear. §1° O requisito da pré-constituição pode ser dispensado pelo juiz, nas ações previstas nos arts. 91 e seguintes, quando haja manifesto interesse social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser protegido.][4: Art. 91 CDC - Os legitimados de que trata o art. 82 poderão propor, em nome próprio e no interesse das vítimas ou seus sucessores, ação civil coletiva de responsabilidade pelos danos individualmente sofridos, de acordo com o disposto nos artigos seguintes.]
Legitimados para propor ação coletiva:
1. Ministério Público
2. Defensoria Pública
3. União, Estados, DF, Municípios
4. Autarquias, Fundações, Empresas Públicas ou Sociedade de Economia Mista
5. Associações (constituídas há pelo menos 1 ano).
A legitimidade ativa (ações coletivas) é concorrente e disjuntiva:
Concorrente: porque não é deferida com exclusividade, todos os legitimados (desde que tenham preenchidos os requisitos) podem propor ação coletiva. 
Disjuntiva: cada legitimado pode agir em juízo sozinho. Sendo o litisconsórcio facultativo. 
Outras previsões legais: Art. 81 do Estatuto do Idoso; Art. 210 do ECA; e art. 3º do Estatuto das Pessoas Portadoras de Deficiência. COISA JULGADA é uma qualidade dos efeitos da sentença que torna indiscutível a eficácia o conteúdo das decisões judiciais. 
Espécies de coisa julgada:
a) Coisa Julgada Formal: tem caráter processual, não há uma análise do mérito.
b) Coisa Julgada Material: Denomina-se coisa julgada material a eficácia, que torna imutável e indiscutível a sentença, não mais sujeita a recurso ordinário ou extraordinário.
Limites Subjetivos da coisa Julgada: 
a) Coisa julgada inter partes
b) Coisa julgada ultra partes: direitos coletivos
c) Coisa julgada erga omnes: direitos difusos
Limites Objetivos da Coisa Julgada: Somente se submete a coisa julgada material o DISPOSITIVO da decisão que julga o pedido. A solução das questões na fundamentação não fica indiscutível. Essa regra se aplica no processo coletivo. 
Modos de Produção da Coisa Julgada:
a) Pro et contra: vinculado as ações individuais. Há coisa julgada independentemente do resultado (procedente ou improcedente). 
b) Secundum evetum litis: produz coisa julgada apenas quando houver procedência. 
c) Secundum eventum probationis: produz efeitos no caso do esgotamento das provas. Direitos difusos e coletivos	
A coisa julgado nos direitos Individuais Homogêneos 
→ Efeitos Subjetivos:
1ª regra – art. 95 CDC: condenação genérica, determina a responsabilidade do réu, mas não individualiza a reparação.
2ª regra – art. 94 CDC: publicação de editais convidando os lesados a se habilitar.
Efeito erga omnes → procedência 
Efeito inter partes → improcedência 
3. Microssistema Processual Coletivo
I. CDC
II. LACP
III. Lei de Improbidade Administrativa
IV. Lei da Ação Popular 
V. Lei do Mandado de Segurança 
VI. Estatuto da Criança e do Adolescente 
VII. Estatuto do Idoso
VII. O CPC tem aplicação residual
Aula - 10/04/18
	Tema: Ação Civil Pública.
1.	Conceito: a ação civil é um dos mais uteis instrumentos de defesa de interesses transindividuais. Direito de buscar soluções para conflitos de interesse de um número indeterminado de pessoas com diversos interesses, mas que dentro esses encontram-se que é indivisível a todos deste grupo.
Lei da Ação civil Pública – Lei n. 7.347/85 + CDC: responsabilidade por danos causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.
Denominação: Ação civil pública ou Ação Coletiva?
Uma corrente entende que: Ação coletiva é um gênero e ação civil pública é uma espécie.
2.	Distinção entre ação civil pública, ação popular e mandado de segurança coletivo.
	Ação civil pública: interesses transindividuais vários legitimados.
	Ação popular: maio processual utilizado para questionar juridicamente, a validade dos autos que se considera lesivo ao patrimônio público, a moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico cultural. Diferença de abrangência: Qualquer cidadão # ação civil pública = vários legitimados.
art. 5, LXXIII da CF: LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
Lei 4.717/65 - Regula a ação popular.
	Mandado de segurança coletivo: Busca proteger direito líquido e certo de natureza corporativa, pertencente não a um indivíduo isolado, mas a um grupo de pessoas, não amparado por Habeas Corpus e Habeas Data, sempre que houver ilegalidade ou abuso de poder perpetrado pela autoridade.
Direito Líquido e Certo: expresso na norma legal e traz em si os requisitos e condições para sua apreciação.
Art., 5, LXX da CF - Lei 12.016/2009
Legitimidade para impetrar mandado de segurança coletivo: 
•	Partido político com representação no congresso nacional; 
•	Organização sindical, entidade de classes ou associação legalmente dos interesses de seus membros.
Obs.: para alguns doutrinadores é possível também que o MP pode entrar com mandado de segurança coletivo.
		3.1. Meio Ambiente: art. 1 LACP. Tudo que diz respeito ao equilíbrio ecológico e induz a uma sadia qualidade de vida.
a) meio ambiente natural
b) meio ambiente artificial
c) meio ambiente cultural
		3.2. Consumidor. Art. 2 do CDC. (Destinatário final)
Art. 2º Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. P. ú. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.
		3.3 Patrimônio Público e Social
	Patrimônio público (que verse sobre direitos transindividuais): consumo de bens e direitos de valor econômico, artístico, estético, histórico ou turístico.
CF ampliou: que envolva a moralidade administrativa, meio ambiente e patrimônio cultural.
	Patrimônio Social: no âmbito da CF, possui várias acepções:
•	Interesse publico
•	Interesse da sociedade
•	Envolver as reações de trabalho.
3.4. Patrimônio Cultural:
Bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente em conjunto, portadores de referência a identidade, a ação e a memória dos diferentes grupos formadores da sociedade.
Podem abranger: 
•	Formas de expressão
•	Modos de criar, fazer e viver
•	Criações, cientificas, artísticas e tecnológicas
•	Obras, objetos,documentos, edificações, espaços voltados a manifestações artístico-cultural.
•	Conjuntos urbanos e sitio de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico, cientifico...
3.5. Ordem Econômica:
Compreende a defesa da liberdade de iniciativa, a livre concorrência, função social da propriedade, defesa de interesse dos consumidores, repressão ao aviso de poder.
3.6. Ordem urbanística:
Regra o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como o equilíbrio ambiental.
3.7. Grupos Étnicos, religiosos, minorias.
Aula 17/04/18
A influência das class actions: ações coletivas em países de sistema jurídico commow law
Class actions: norte-americanas nas cortes federais (cada Estado legisla sobre a matéria legislativo): federal rule of civil procedure 23 ou rule 23 (norma que estabelece requisitos para propor as class actions). 
A Class Action é a ação civil pública brasileira.
Requisitos das class actions 
Obs: preenchidos os requisitos, recebe do juízo a certificação (nos Estados Unidos). Se não preenche os requisitos a ação geralmente tramita de forma individual.
Comunhão de questões de fato e de direito: relação entre normas, jurisprudência, leis, etc.
No nosso ordenamento, seguindo o art. 81 do CPC: . 
Legitimidade ativa; qualquer um dos integrantes do grupo, classe ou categoria. É possível propor ação contra grupo/classe.
No Brasil, somente os legitimados pela lei. Corrente majoritária diz que não podemos propor ação contra grupo/classe. 
Coisa julgada: alcançam todos os componentes, ainda que não tenham participação do processo. Faz coisa julgada tanto no caso de procedência ou improcedência. 
Art. 103, CDC. .
Pressuposto da representatividade adequada: qualidade que habilita alguém a comparecer em juízo como representante dos interesses de um grupo/classe/categoria de pessoas, e a exercer com zelo a competência a defesa judicial desses interesses. O juiz que conduzir a class action precisa revisar a ação para verificar se o representante da ação está fazendo o trabalho corretamente. 
Direito de auto exclusão: aquele que não quiser fazer parte dos efeitos da class action pode solicitar exclusão. Essa solicitação ocorre após a certificação ou após formalização de acordo (antes da homologação) 
Fluid Recovery (reparação fluida): na execução das class actions o resíduo não eventualmente reclamado pode ser aplicado para fins diversos (relação com ação). Ex.: meio ambiente- aplica para preservação de área. 
No Brasil, seguir o art. 100 CDC + art. 13 LACP: a verba fica em um fundo que em regra deve ser convertida em benefícios para sociedade. 
Resumo das principais influencias: 
Requisitos de comunhão de fato e direito entre os interessados está presente nas class actions e nas ações coletivas.
Em ambas os autores atuam sem necessidade de autorização expressa dos interessados.
Em ambas a coisa julgada pode atingir os membros do grupo/classe de pessoas que não participam pessoalmente do processo
As ações coletivas também adotaram um sistema de fluid recovery. 
Resumo das principais diferenças
Ao contrário do sistema norte-americano, os cidadãos brasileiros não têm legitimidade para porpor ação civil pública;
Na class action a coisa julgada gera efeitos por et contra, nas ações civis públicas, os efeitos são secundum eventum litis. 
Nas class actions a representatividade adequada é verificada pelo magistrado, na pública é pela lei. 
No Brasil, de acordo com a doutrina majoritária, não se admite legitimidade passiva coletiva.
Aula 24/04/18 Litisconsórcio e assistência
Litisconsórcio: consiste na pluralidade de partes no polo ativo ou passivo do processo. Pode ser analisado sobre diversos ângulos. 
Quanto ao polo
Ativo
Passivo
Misto
Quanto ao momento de sua formação:
Inicial (originário): nasce juntamente com a propositura da ação, ou seja, vários autores entram com ação.
Ulterior (superveniente): surge no curso do processo em razão de um fato posterior à propositura da ação.
Quanto aos efeitos da sentença: 
Unitário: decisão da lide igual para todas as partes
Simples: litisconsortes tratados como partes distintas, pode ser dado sentenças diferentes. Um não depende do outro. 
Quanto a obrigatoriedade
Facultativo
Obrigatório
Litisconsórcio na ação civil pública
Litisconsórcio ativo inicial de Colegitimados 
Facultativo; 
Unitário
Superveniente: parte da doutrina acredita ser obrigatório e necessário
Litisconsórcio ativo entre os MPS: art. 3º e 5º, LACP, incluído pelo art. 113, CPC. Litisconsortes formado por vários MP para melhor atuação. 
Direitos difusos e coletivos
Intervenção de terceiros: ingressa em um processo alheio (não é parte), cuja sentença possa trazer alguma consequência jurídica 
Modalidades: Incidente de pessoas, declaração de personalidade jurídica, Denunciação da lide, Assistência, amicus curie. 
Assistência (art. 119, ss, CPC): modalidade de intervenção em que alguém, por interesse jurídico na lide. Ingressa no processo para assistir uma das partes
Modalidades de assistência:
Assistência simples: há uma relação jurídica de direito material entre o assistente (terceiro) e assistido (parte principal). O assistente não se opõe as decisões. 
Assistência litisconsorcial ou qualificada: art. 124, CPC. Há uma relação jurídica de direito material entre o assistente e o adversário do assistido. O assistente pode litigar e se opor a relação do assistido.
Condição de litigar distinto da assistência simples, por força do previsto nos art. 124, CPC
Litisconsórcio e assistência litisconsorcial de não legitimados
No polo passivo: é possível 
No polo ativo: 
Quando a ação civil pública versar sobre direitos difusos; 
Sobre direitos coletivos; 
Sobre direitos individuais homogêneos 
Abandono ou desistência da ação: quando houver desistência infundada ou abandono da ação, o MP ou outro legitimado assumirá o polo ativo. 
MP: obrigação
Demais legitimados: facultativo
Desistência fundada ou quando ação for inviável: ação será o caso de assumir o polo ativo. 
2º Prova
Aula 22/05 Sentença, meios de impugnação, coisa julgada, liquidação e execução de sentença, fundo de Direitos Difusos
Sentenças coletivas: podem versar sobre ação civil pública de conhecimento ou execução. As de conhecimento podem ser condenatórias, constitutivas ou declaratórias. Especialmente em relação aos provimentos cominatórios ou indenizatórios. 
Obrigação de fazer ou não fazer (art. 84, CDC): a tutela especifica é aquela que mantem intacta a esfera jurídica; que restitui com exatidão à situação existente antes do dano ou do ilícito ou prevê exatamente a prestação contemplada. 
Obrigação de pagar: pode ser quando não for possível deferir a tutela especifica de obrigação ou não fazer, nem tutela que conceda o mesmo resultado prático; ou quando a própria tutela for de obrigação de fazer. 
Meios de impugnação: Estes recursos são regidos subsidiariamente pelo CPC. O pedido de suspensão de execução da sentença não transitada em julgado (art. 4, 1§ da lei 8437/92)
Coisa julgada (art. 103, CDC)
	
	Interesses Difusos
	Interesses Coletivos
	Individuais homogêneos
	Procedência
	Erga omnes
	Ultra partes
	Erga omnes
	Improcedência (por pretensão infundada) 
	Erga omnes
	Ultra partes
	Há coisa em relação aos colegitimados, mas não é! Não impede que as vítimas que não ingressaram no processo como litisconsorte busquem sua reparação individualmente
	Improcedência (por insuficiência de provas)
	Não há coisa julgada
	Não há coisa julgada
	
Liquidação e execução de sentenças
Sentenças satisfativas (declaratórias e constitutivas): não há liquidação/execução
Sentenças não satisfativas: não atinge objetivo da ação. Tem que solicitar liquidação/execução. 
Direitos difusos e coletivos
Legitimidade: autor da acp ou art. 15. LACP
Competência: art. 516, CPC
Procedimento: depende da obrigação a ser cumprida. 
Se for de fazer ou não fazer (execução direta, art.84§5, CDC), e se for indireta (ex. multa)
Obrigação de entrega de coisa (art. 538, CPC)
Obrigação de pagar: se for de quantia certa usa o art. 527, CPC. Se for contra fazenda pública utiliza as normas relativa à execução por precatórios
Direitos individuais homogêneos (art. 97 a 100, CDC)
Legitimidade: art. 97, CDC. O interessado deverá demonstrar que é vítima do evento comprovado na acp (nexo causal) e qual montante do seu prejuízo. 
Se os interessados não promoverem a habilitação no prazo de 1 ano (art. 100, CDC): os Colegitimados são obrigados a requerer liquidação.
Sentença que se verse sobre direitos difusos ou coletivos também individuais homogêneos haverá ordem de pagamentos (art. 99, CDC)
Fundos de Direitos difusos (art. 13, LACP)

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