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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ANIMAIS AGRONOMIA UNIDADE II – MANEJO, ARRAÇOAMENTO E SANIDADE DOS SUÍNOS Prof. Marcelo José Pedrosa Pinheiro 1. MANEJO 1.1. MANEJO DOS CACHAÇOS a) Idade para a reprodução Cachaço da raça Pietrain b) Regime adequado de coberturas Categorias Montas Fêmeas 7 – 9 meses 2 1 10 – 12 meses 4 2 > 12 meses 6 3 c) Vida útil do cachaço. d) Temperatura elevada na reprodução. e) Antes da cobrição o macho (a fêmea, também) deverá ser higienizado. f) Leve as fêmeas até o cachaço. g) Proporção de machos – fêmeas: macho jovem – 1:15 macho adulto – 1:20 1.2 MANEJO DAS MATRIZES Apartação a) Reduzir gradativamente o consumo de ração. b) No dia do desmame, suspender totalmente a ração. c) Aumentar gradativamente a ração até 2 kg/dia. d) Fazer “flushing” para fêmeas magras que saem da maternidade e) Colocar fêmeas na proximidade dos cachaços até o 3° dia Contato visual, auditivo e olfativo / Reflexo de tolerância ao cachaço f) Do 4° dia em diante levar as fêmeas (no máximo duas por vez) para a baia de detecção g) Permitir pelo mínimo 30/60 segundos para contato focinho-focinho com cachaço e a seguir aplicar o teste de pressão lombar Contato focinho-focinho Reflexo de tolerância ao homem h) È recomendado o estímulo luminoso: 16h de luz (luz branca forte) i) Observar atentamente as fêmeas. j) Utilizar a prova de imobilização ou reflexo de tolerância Reflexo de Tolerância ao Macho Reflexo de Tolerância ao Tratador Vulva durante o estro em leitoas e em porcas (intumescimento, hiperemia e secreção vaginal-vulvar) k) Eliminar fêmeas problemáticas. Cobertura (montas) a) Higienização da fêmea. Matriz suja antes da cobrição Matriz limpa antes da cobrição b) Levar a fêmea para o macho c) Cobrir nas horas mais frescas do dia. d) Reflexo de tolerância ao cachaço (RTC) e reflexo de tolerância ao tratador (RTT) Contato do cachaço com marrãs Contato do cachaço com marrãs e) Local das montas. Baia do cachaço Monta no piquete do cachaço Monta na baia do cachaço f) Acompanhamento e auxilio na monta.. Auxiliando a penetração do pênis Cachaço realizando a monta g) Após a monta evitar transtornos e correrias. h) Reduzir o consumo de ração para 2kg/dia Gestação a) Confirmação da gestação. Aparelho de eco-ultra-sonografia Diagnóstico precoce de gestação b) Observar diariamente eventuais repetições de cios. c) A alimentação das gestantes. Gestantes Consumo de rações diárias Ganho de peso durante a gestação Marrãs 2% do peso vivo 50 – 60 kg Porcas 1 – 1,5% do peso vivo 30 – 40 kg Anabolismo gravídico d) Manter o grupo de fêmeas em tranqüilidade. e) Evitar o excesso de consumo de ração. Controle da ingestão de alimentos f) Levar a matriz para a maternidade. Parto e Lactação a) Preparar a maternidade. Limpeza e desinfecção da maternidade b) Reduzir gradativamente o consumo de ração. Controle do consumo de ração antes do parto c) Suspender a ração no dia do parto. d) Aumentar gradativamente o fornecimento de ração. e) Água de boa qualidade à vontade. f) Observar o comportamento da fêmea. Temperatura da fêmea Escorrimento vaginal-vulvar Síndrome MMA g) Retirar a placenta e limpar a matriz.. Nascimento dos leitões Cordão umbilical Expulsando a placenta Reposição A reposição deve ser de 30-40% do plantel ao ano. a) 1ª Seleção: b) 2ª Seleção: c) 3ª Seleção: d) Reservar fêmeas. e) A alimentação das leitoas. 1.3 MANEJO DOS LEITÕES $$$$$$$$$ Kit Maternidade Cuidados ao leitão recém-nascido a) Reanimar leitões Reanimando leitão aparentemente mortos b) Limpar e enxugar o leitão. Enxugando com raspa de madeira Enxugando com toalha papel Enxugando com pó secante c) Amarrar e cortar o cordão umbilical. Amarrando e cortando o cordão umbilical Desinfectar o “toco” do cordão umbilical d) Colocar para mamar o colostro, os “mais fracos” nas tetas peitorais. Orientação da primeira mamada Leitões menores nas tetas peitorais d) Cortar os dentes rentes a gengiva ou desbastar (opcional) Alicate Dentes intactos Cortando os dentes Desbatador de dentes Desbastando os dentes Dentes desbastados e) Pesar. Balança para aferir peso do leitão f) Eliminar leitões com peso inviável Praticar “eutanásia” em leitões com baixo peso ao nascer >1000 g >1000 g g) Fazer a marcação. Sistema Brasileiro de Identificação de Suínos da ABCS h) Fazer a caudectomia. Cauda intacta Corte e cauterização da cauda Aplicar anti-hemorrágico i) Fornecer aquecimento. Lâmpada incandescente no escamoteador Lâmpada infravermelha no creep h1) Distribuição do calor no escamoteador (creep) Leitões c/ temperatura ideal Leitões com frio Leitões com excesso de calor j) Aplicar ferro injetável. Forma correta Forma errada k) Proceder a enxertia sempre que possível. l) Fornecer ração peletizada de alto valor nutritivo. Ração balanceada em “peletes” m) Castração. Castração cirúrgica Castração com posicionador horizontal e vertical n) Vermifugar. Musculatura cervical lateral do pescoço o) Desmame. Pesagem dos leitões Leitões sendo desmamados Pré-recria (creche) Creche de piso compacto Creche de piso ripado a) Agrupar os leitões. b) A alimentação à vontade. Fornecimento de ração “Ad libitum” c) Água à vontade d) Vacinar contra peste suína. Recria ou Crescimento Lote de leitões híbridos em crescimento a) O período de permanência. b) Fornecer ração à vontade. Ração farelada fornecida “Ad libitum” c) Formar lotes uniformes. Lotes de leitões com peso uniforme d) Vermifugar. e) Fazer limpeza a seco (piso compacto). Retirada da matéria orgânica Terminação ou engorda Lote de leitões em terminação a) Período de permanência. b) Fornecer ração à vontade. c) Formar lotes uniformes. d) Fornecer água de boa qualidade 2. ARRAÇOAMENTO ( programa de alimentação) 2.1 ALIMENTAÇÃO DOS CACHAÇOS a) Alimentação controlada dos cachaços. b) Níveis nutricionais. c) Manejo da ração. d) Controle de ganho de peso. 2.2 ALIMENTAÇÃODAS MATRIZES GESTANTES a) A alimentação das fêmeas gestantes (porcas adultas) e níveis nutricionais. Alimentação manual Alimentação automatizada (chip) b) Manejo da ração. c) Controle da ingestão de ração e ganho de peso para porcas e primíparas. d) Pesagens semanais ou quinzenais. e) Fornecimento de volumoso. 2.3 ALIMENTAÇÃO DAS MATRIZES EM LACTAÇÃO a) A alimentação das fêmeas em lactação. b) Sendo fornecida à vontade. c) Sendo fornecido de forma controlada. d) Fornecimento de volumoso. e) A diminuição gradativa da ração. 2.4 ALIMENTAÇÃO DAS FÊMEAS SECAS E MARRÃS a) Níveis nutricionais. b) “FLUSHING” . Lote de marrãs em “flushing” Porcas em gestação em “flushing” c) Alimentação das leitoas de reposição. 2.5 ALIMENTAÇÃO DOS LEITÕES Do nascimento até o desmame a) Ração a partir do 7º dia. b) Ração peletizada. c) Ração fornecida em pequenos comedouros. Do desmame até os 20/25kg de peso vivo a) Níveis nutricionais. b) Ração farelada ou peletizada. c) Utilizar comedouros semi-automáticos. Comedouro semi-automático d) Água à vontade e de boa qualidade. Dos 20/25kg de peso vivo (creche) até 50kg de peso vivo (crescimento) a) Níveis nutricionais. b) Ração farelada. c) Utilizar comedouros semi-automáticos. Ração farelada fornecida em comedouros semi-automáticos d) Água em bebedouros chupetas. Leitões em creche Dos 50kg de peso vivo (crescimento) até 100kg de P.V. (engorda). e) Níveis nutricionais. f) Ração farelada. g) Utilizar comedouros semi-automáticos. h) Fornecer água em bebedouros chupetas. 3. MANEJO SANITÁRIO 3.1 REPRODUTORES (machos e fêmeas) Todos os animais a serem introduzidos na reprodução devem sofrer as seguintes práticas de manejo sanitário: - Teste de brucelose - Teste de tuberculose - Teste de leptospirose - Vacinação contra peste suína - Vermifugação - Higiene do macho e da fêmea antes da monta - Vacinação contra paratifo, 30 dias antes do parto - Vermifugação de 15 a 30 dias antes do parto - Higienização da matriz antes de transferir para a maternidade - A baia maternidade deve ser previamente lavada, desinfetada e caiada, cinco dias antes de transferir a matriz para a maternidade. 3.2 LEITÕES a) No 3º dia de vida aplicar ferro dextrano na dose de 200 mg ou 2 ml, intramuscular, no pescoço. b) No 15º dia, vacinar contra paratifo. c) Uma semana antes do desmame, vermifugar. d) No desmame, restringir a alimentação quando houver caso de doença do Edema. e) Aos 60 dias: vacinar contra peste suína. f) Nos 120 dias de idade: vermifugar. 3.3 MEDIDAS GERAIS Ectoparasitas: Controlar através de banhos e inseticidas (piolhos e sarnas) Febre aftosa: Manter rigoroso isolamento das criações, evitando a presença de outros animais, principalmente bovinos. Combater roedores: Combater sistematicamente os ratos, como medida preventiva ao controle de leptospirose. Interditação: Interditar as propriedades quando ocorrer focos de doenças contagiosas aos suínos. Instalações: Deverão ser lavadas, desinfetadas e caiadas todas as vezes que forem desocupadas para receberem mais lotes de animais (all in all out). Destruição de cadáveres: Todos os animais mortos, os restos placentários, fetos, etc, deverão ser destruídos pelo fogo. ATÉ O PRÓXIMO SEGMENTO