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Morfofisiologia de plantas forrageiras

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO 
CAMPUS DE MOSSORÓ 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ANIMAIS 
Prof. Dr. Josemir de Souza Gonçalves 
Engenheiro Agrônomo, MSc., DSc. em Zootecnia 
 
Março de 2012 
 
Morfofisiologia de Plantas 
Forrageiras 
 
1 
1. INTRODUÇÃO 
 
2 
Figura. Representação simplificada dos componentes de um ecossistema de 
pastagens (Nabinger, 1997) 
2. FOTOSSÍNTESE 
 
Fotossíntese: único processo bioquímico de redução de 
moléculas 
 
Fotossíntese 
CO2 + H2O + Energia luminosa  [CH2O] + O2 
 
Respiração (oxidação de carboidratos) 
6[CH2O] + 6O2  6CO2 + 6H2O 
 
Respiração (oxidação de ácidos orgânicos) 
C6H8O7 + 4,5O2  6CO2 + 4H2O 
 
Respiração (oxidação de lipídios) 
C57H104O6 + 80O2  57CO2 + 52H2O 
 
3 
2. FOTOSSÍNTESE 
 
Etapas básicas da fisiologia das plantas 
 
1) Formação de substâncias orgânicas simples via 
fotossíntese: 
CO2 + H2O + Energia luminosa  Açúcares, amido, lipídios 
 
2) Formação de substâncias mais complexas: 
Subst. Org. simples + minerais  Proteínas, vitaminas, etc.) 
 
3) Essas substâncias são utilizadas: 
Renovação de raízes; Rebrotação após remoção da parte aérea; 
Respiração durante a dormência Formação de gemas; 
Reconstituição de folhas e colmos após a dormência 
 
4 
2. FOTOSSÍNTESE 
 
Diferenças entre plantas C3, C4 e CAM 
“A fixação do CO2 ocorre usando o poder redutor do NADPH2 e o 
ATP produzidos na fase fotoquímica da fotossíntese”. 
 
 Plantas C3 
 
 Ciclo de Calvin (Ciclo Fotossintético Redutivo do Carbono); 
 Característico de plantas C3 (1º composto estável – 3 C); 
 CO2 + (Rubisco) = 2 PGA (ácido fosfoglicérico – 3C). 
 
5 
2. FOTOSSÍNTESE 
 
Diferenças entre plantas C3, C4 e CAM 
“A fixação do CO2 ocorre usando o poder redutor do NADPH2 e o 
ATP produzidos na fase fotoquímica da fotossíntese”. 
 
 Plantas C4 
 
 Plantas concentradoras de CO2; 
 Fixam o CO2 em compostos de 4C (aspartato, malato); 
 Além do que é fixado pelo metabolismo C3. 
 
6 
2. FOTOSSÍNTESE 
 
Diferenças entre plantas C3, C4 e CAM 
“A fixação do CO2 ocorre usando o poder redutor do NADPH2 e o 
ATP produzidos na fase fotoquímica da fotossíntese”. 
 
 Plantas CAM 
 
 Plantas típicas de regiões áridas (cactáceas); 
 Abrem os estômatos à noite e fixam CO2 pelo metabolismo C4; 
 Fecham seus estômatos durante o dia (evitar perda de água) e 
continuam fixando o CO2 pelo metabolismo C3 
 
7 
2. FOTOSSÍNTESE 
  Rubisco nas C4 
Carboxilase = Fotossíntese 
 
 Rubisco nas C3 
Carboxilase ou oxigenase = Fotossíntese ou Fotorrespiração 
 
 Planta C4 
Fot líq. = Fot. Bruta – Respiração 
 
 Planta C3 
Fot líq. = Fot. Bruta – (Respiração + Fotorrespiração) 
 
Quem produz mais forragem: C3 ou C4? 
 
 
 
8 
2. FOTOSSÍNTESE 
 
9 
 Características PLANTAS C3 PLANTAS C4 
Anatomia foliar Células do parênquima 
paliçádico e lacunoso 
com cloroplastos com 
grana 
Anatomia de "Kranz", com células 
mesofílicas com cloroplastos com 
grana e células da bainha do feixe 
vascula r, com cloroplastos sem 
grana 
Enzimas carboxilativas RUBISCO em todas as 
células fotossintéticas 
Separação espacial: PEP - 
carboxilase nas células mesofílicas; 
RUBISCO nas células da bainha 
vascular 
Requerimento 
energético CO2 : ATP : 
NADPH 
1 :3 : 2 1 :5 :2 
Razão de transpiração 
(g H 2 0/g MS.) 
450 - 950 250 - 350 
Razão clorofila a/b 2,8 3,9 
Requerimento de Na 
+ 
como micronutriente 
Não Sim 
Ponto de compensação 
de CO 2 (L /L) 
30 - 70 0 - 10 
Inibição da fotossíntese 
na presença de O2 
(21%) 
Sim Não 
Detecção de 
fotorrespiração 
Sim Não detectável 
Temperatura ótima para 
fotossíntese 
15 - 25 ºC 30 - 40 ºC 
Produção de matéria 
seca (toneladas/ha/ano) 
22 39 
Redistribuição de 
fotoassimilados 
lenta rápida 
 
2. FOTOSSÍNTESE 
 
Consorciação Gramíneas + Leguminosas??? 
C3 – gramíneas de clima temperado e leguminosas (clima 
tropical e temperado); 
C4 - gramíneas tropicais; 
 
Fatores que poderiam ser de difícil associação: 
Gramínea: alta produção; 
Leguminosa: menor produção e menor competitividade; 
Leguminosa: maior valor nutritivo (↑ pressão de pastejo) 
 
 
 
10 
2. FOTOSSÍNTESE 
 
11 
Tabela. Valores médios de proteína bruta e de digestibilidade de espécies 
forrageiras 
Espécies 
Digestibilidade 
 (% da MS) 
Teor de PB 
(% da MS) 
Gramíneas de clima 
temperado 
67 11,7 
Leguminosas de clima 
temperado 
61 17,5 
Gramíneas de clima 
tropical 
54 9,2 
Leguminosas de clima 
tropical 
57 16,5 
3. FATORES ABIÓTICOS E O CRESCIMENTO VEGETAL 
 
 Radiação solar fotossinteticamente ativa 
 
 Quantidade 
 Qualidade 
 
 
 Umidade 
 
 
 Nutrientes 
 
 
 Temperatura 
12 
3. FATORES ABIÓTICOS E O CRESCIMENTO VEGETAL 
 
Radiação solar 
Fonte primária de energia para a vida na terra 
(crescimento e desenvolvimento vegetal); 
 
A radiação fotossinteticamente ativa (RFA): 
 Regiões temperadas – 2000 µmol/m2 x s (pleno sol no 
verão); 
 Regiões tropicais e intertropical – 2500 µmol/m2 x s ; 
 
 ↑ RFA e maior fotossíntese (C4) – região tropical 
13 
3. FATORES ABIÓTICOS E O CRESCIMENTO VEGETAL 
 
14 
Figura - Características do espectro da radiação solar (Farabee, 2000). 
 
3. FATORES ABIÓTICOS E O CRESCIMENTO VEGETAL 
 
15 
Figura - Conversão da energia solar em CHO’s e perda de 
eficiência no aproveitamento de radiação solar 
(Taiz e Zeiger, 2004) 
3. FATORES ABIÓTICOS E O CRESCIMENTO VEGETAL 
 
Umidade 
Evapotranspiração potencial > Precipitação pluvial; 
Evapotranspiração real = Precipitação pluvial; 
Água se configura como fator primário limitante à 
produção; 
Fechamento estomático>>> Menor fotossíntese>>> ↓CO2 
Processos catabólicos predominam: SENESCÊNCIA 
Déficit hídrico também desencadeia a síntese de ABA. 
16 
3. FATORES ABIÓTICOS E O CRESCIMENTO VEGETAL 
 
Umidade 
Favorece a: 
 
 abertura e fechamento estomático; 
 absorção de CO2 pelas folhas; 
 transporte de nutrientes do solo ate a raiz pelo fluxo de 
massa; 
 translocação de nutrientes dentro da planta (fluxo 
transpiracional) 
17 
3. FATORES ABIÓTICOS E O CRESCIMENTO VEGETAL 
 
18 
Figura - Representação 
esquemática 
da regulação 
hormonal 
durante o 
estresse 
hídrico (Tietz 
e Tietz, 1982, 
citados por 
LARCHER, 
2000). 
3. FATORES ABIÓTICOS E O CRESCIMENTO VEGETAL 
 
Nutrientes 
Manejo da fertilidade do solo contribui para a 
intensificação dos sistemas de produção animal; 
Macro e micronutrientes que participam do processo 
fotossintético e contribuem para o crescimento vegetal; 
O manejo da fertilidade do solo deve garantir o máximo 
aproveitamento dos nutrientes ali presentes; 
Nitrogênio: principal nutriente que participa em maior 
quantidade dos processos de crescimento vegetal 
Fósforo e potássio também possuem grande importância. 
19 
3. FATORES ABIÓTICOS E O CRESCIMENTO VEGETAL 
 
Temperatura 
Age sobre a fase bioquímica da fotossíntese; 
Carboxilação e redução do CO2 < baixas temperaturas e 
eleva-se com a mesma até atingir um valor ótimo; 
Em temperaturas elevadas ocorre desorganização das 
reações de metabolismo do carbono e de transporte de 
material associado ao retardamento dos processos 
fotoquímicos 
Temperatura ótima - Plantas C3: 20oCPlantas C4: 30 a 35oC 
Atenção para a temperatura basal: média de 15oC 
20 
3. FATORES ABIÓTICOS E O CRESCIMENTO VEGETAL 
 
21 
Tabela - Temperaturas x crescimento de forrageiras tropicais e temperadas 
 Temperatura (°C) 
Espécie forrageira Mínima Ótima Máxima 
 
Gramíneas e leguminosas 
tropicais 
 
15 
 
30 a 35 
 
45 a 50 
 
Gramíneas e leguminosas 
temperadas 
5 a 10 20 30 a 35 
 
Fonte: COOPER e TAINTON (1968); RODRIGUES et al. (1993). 
4. MORFOFISIOLOGIA DO CRESCIMENTO 
 
O crescimento vegetal depende: 
22 
Interceptação da RFA pelo dossel 
• Depende do IAF do dossel o qual é condicionado pelo 
balanço entre os processos morfogênicos e pelo 
arranjo estrutural deles decorrente 
Eficiência de uso da RFA interceptada pelo dossel 
Partição de assimilados entre raiz e parte aérea 
4.1 Morfogênese de gramíneas 
 
Morfogênese: Dinâmica de geração e expansão de 
órgãos vegetais no tempo e no espaço, 
sobre o rendimento de massa seca do 
dossel. 
 
Variáveis: 
 TAlF – Taxa de alongamento foliar 
 TApF – Taxa de aparecimento foliar 
 TVF – Tempo de vida da folha 
 TAH – Taxa de alongamento das hastes (C4) 
23 
4.1 Morfogênese de gramíneas 
 
24 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
1 
2 
3 
Figura - Arquitetura de um perfilho 
 (Garcez Neto, 2002) 
4.1 Morfogênese de gramíneas 
 
25 
 
 
Figura - Estrutura de um 
fitômero. No 
detalhe, um 
perfilho com três 
fitômeros. 
 
Folha 
A região de crescimento inicia-se da base 
A senescência inicia-se das extremidades 
 Exposição da lígula caracteriza o 
crescimento final da folha 
 
Perfilho 
Competição por fotoassimilados 
(meristema apical controla o crescimento das 
folhas) 
4.1 Morfogênese de gramíneas 
 
26 
Figura - Desenvolvimento da folha a partir do 
primórdio foliar e distribuição das 
folhas no meristema apical (Jewiss, 
1981) 
4.1 Morfogênese de gramíneas 
 
27 
Figura - Micrografia eletrônica mostrando o 
meristema apical de um perfilho 
vegetativo (Langer, 1974) 
Perfilho 
Considerado um indivíduo na 
comunidade vegetal 
 
Meristema apical 
Controla o crescimento das folhas 
 
4.1 Morfogênese de gramíneas 
 
28 
 Alongamento Foliar 
 Aparecimento Foliar 
 Alongamento das Hastes (bainhas, pseudocolmo e colmo 
verdadeiro) 
Componentes da 
produção de forragem 
ao nível de perfilho 
individual 
Senescência 
Foliar (tempo de 
vida da folha) 
Acúmulo de 
forragem ao 
nível de perfilho 
individual 
4.1. Morfogênese de gramíneas 
 
Taxa de alongamento foliar (TAlF) 
Alta correlação com a massa seca de forragem (MSF); 
Afetada de forma variada pelos fatores ambientais e 
manejo 
 Temperatura x TAlF (sem limitação de nitrogênio); 
 Temperatura x TAlF x Nitrogênio 
 
TAlF da folha emergente: f(TAl do primórdio foliar); 
Correlação do N por ocasião do primórdio foliar; 
29 
4.1. Morfogênese de gramíneas 
 
Taxa de alongamento foliar (TAlF) 
A radiação solar apresenta efeito controverso sobre o 
crescimento foliar; 
Apesar da maior capacidade fotossintética em maiores 
temperaturas, o mecanismo de adaptação das plantas 
promovendo sombreamento mútuo ocasiona redução na 
área foliar específica diminuindo a TAlF; 
Elevações na altura do dossel implicam em maior TAlF; 
Efeito da desfolhação sobre a TAlF: f(intensidade de 
desfolhação e disponibilidade de compostos orgânicos 
para a recomposição da área foliar); 
 
30 
4.1. Morfogênese de gramíneas 
 
Taxa de alongamento foliar (TAlF) 
Status externo de nutrientes alto: rebrotação prejudicada 
devido à desfolhação de folhas emergentes; 
Status externo de nutrientes baixo: rebrotação prejudicada 
devido à desfolhação de folhas expandidas. 
 
Taxa de aparecimento foliar (TApF) 
Possui grande importância por afetar as três principais 
características estruturais do dossel: 
 Tamanho da folha; Densidade populacional de perfilhos e 
Número de folhas vivas por perfilho. 
 
31 
4.1. Morfogênese de gramíneas 
 
Taxa de aparecimento foliar (TApF) 
A temperatura parece ser o fator climático que mais afeta 
a TApF (radiação solar e fotossíntese); 
A adubação também favorece a TApF em associação com 
condições adequadas de luminosidade e assimilação de 
CO2; 
Assim a desfolhação não afetaria a TApF??? Nem uma 
desfolhação severa? 
O comprimento da bainha influencia a TApF (local de 
aparecimento da folha; 
↑comprimento de bainha >> ↓TApF>> ↑tamanho de LF 
 
32 
4.1. Morfogênese de gramíneas 
 
Taxa de aparecimento foliar (TApF) 
Sendo assim folhas de nível de inserção intermediária 
possuem ↓TApF e ↑comprimento de lâmina foliar (LF), 
devido ao maior comprimento do pseudocolmo; 
Ao passo que folhas de nível de inserção mais elevada 
possuem ↑TApF e ↓ comprimento de LF em função da 
elevação do meristema apical, resultante do processo de 
alongamento das hastes; 
Assim lâminas foliares maiores intermediárias tenderiam a 
possuir menor valor nutritivo do que aquelas com tamanho 
menor e inseridas em níveis mais elevados. 
 
33 
4.1. Morfogênese de gramíneas 
 
Tempo de vida da folha (TVF) 
Importante característica morfogênica já que: 
 tecidos senescentes possuem menor valor nutritivo 
 são menos apreciados pelo animal; 
 representam perda de biomassa vegetal; 
 não são capazes de fotossintetizar e contribuir para o 
crescimento vegetal. 
 
 Logo, a quantidade de tecido senescente pode ser 
usada para estimar o grau de ineficiência de utilização 
da forragem produzida em uma pastagem. 
 
34 
4.1. Morfogênese de gramíneas 
 
Tempo de vida da folha (TVF) 
 
TVF é inversamente proporcional ao TApF; 
Adubação nitrogenada diminui a TVF; 
A radiação solar eleva a TApF e aumenta a TSF. 
 
O balanço entre as características estruturais do dossel 
condicionadas pela morfogênese determina o seu IAF. 
 
 
35 
4.1. Morfogênese de gramíneas 
 
36 
Figura - Relação entre as principais características morfogênicas e estruturais em 
dossel de gramíneas do tipo C3 na fase vegetativa (Chapman & Lemaire, 1993). 
4.1. Morfogênese de gramíneas 
 
37 
Figura - Relação entre as principais características morfogênicas e estruturais em dossel 
de gramínea cespitosa do tipo C4 na fase vegetativa (adaptado de Cândido, 
2003). 
Núm. Folhas vivas 
 por perfilho 
4.1. Morfogênese de gramíneas 
 
38 
Núm. Folhas vivas 
 por perfilho 
4.2. Estrutura do dossel e aquisição de fatores abióticos 
 
Características estruturais do dossel (IAF, ângulo médio e 
densidade da folhagem) estão diretamente relacionadas 
com o crescimento da vegetação. 
 
ACÚMULO DE FORRAGEM 
 
Crescimento: resultado da aquisição de C e N e sua 
utilização; 
 
Senescência: resultado da morte de tecidos vegetais 
39 
4.2. Estrutura do dossel e aquisição de fatores abióticos 
 
Dentre os recursos a serem adquiridos, a RFA 
interceptada pelo dossel forrageiro, sofrendo modificações 
em termos qualitativos e quantitativos é de fundamental 
importância para determinar a capacidade fotossintética 
do mesmo. 
O arranjo estrutural dos componentes da parte aérea da 
planta determina esta capacidade de interceptação da 
RFA; 
Quanto mais horizontais forem as folhas, menor será o 
valor do IAF crítico (IAF em que 95% da RFA é 
interceptada); 
Determinada pelo coeficiente de extinção (k); 
 
 
40 
4.2. Estrutura do dossel e aquisição de fatores abióticosAté se alcançar 95% da RFA, o ângulo médio das folhas e 
o IAF definem a taxa de crescimento da vegetação; 
Alcançado o IAF crítico, a distribuição da folhagem ao 
longo do perfil pode interferir na EURFA; 
Dossel com folhas mais eretas e bem espaçadas 
garantem melhor distribuição da RFA ao longo das 
camadas e maior capacidade fotossintética; 
Este resultado é obtido em gramíneas tropicais quando o 
alcance do IAF crítico ocorre através do 
desencadeamento da taxa de alongamento das hastes 
(THA). 
 
 
41 
5. PRODUÇÃO E ACÚMULO DE FORRAGEM 
 
Durante o crescimento da pastagem podem ser 
verificadas três fases principais: 
 
 Logarítmica (crescimento lento) 
 Linear (taxa de crescimento constante e máxima) 
 Assintótica (o acúmulo de forragem não se eleva mais) 
Esta última ocorre em plantas de clima temperado a partir do 
alcance do IAF crítico (senescência das novas folhas 
formadas) e nos pastos tropicais este IAF crítico 
desencadeia a TAH. 
 
 
42 
5. PRODUÇÃO E ACÚMULO DE FORRAGEM 
 
43 
Figura - Curva sigmóide de crescimento e suas três fases (BROUGHAM, 1957) 
 
4000 
3000 
2000 
1000 
1 2 3 4 5 6 7 8 
Idade de rebrotação (semanas) 
R
e
n
d
im
e
n
to
 (
k
g
 M
O
/h
a
) 
Logarítmica Linear Assintótica 
5. PRODUÇÃO E ACÚMULO DE FORRAGEM 
 
44 
Figura - Número de folhas por perfilho de Panicum maximum cv. Mombaça ao 
longo da rebrotação (adaptado de Gomide e Gomide, 2000). 
5. PRODUÇÃO E ACÚMULO DE FORRAGEM 
 
45 
Figura - Intercepção de radiação fotossinteticamente ativa (IRFA) e massa seca de 
forragem verde (MSFV) em dossel de Panicum maximum cv. Mombaça em 
rebrotação após roçada (Cândido, 2003). 
5.1. Características morfofisiológicas de interesse para a 
rebrotação 
 
Índice de Área Foliar (IAF) Residual 
Característica fisiológica mais fácil de ser visualizada e é 
definida como sendo a razão entre a área de superfície de 
um dos lados das lâminas foliares (ALF) de um perfilho e a 
área de solo (AS) ocupada pelas mesmas (IAF = ALF/AS); 
Índice de área foliar residual é aquele que resta após o 
pastejo; 
No caso de lotação contínua é chamado de IAF mantido 
constante na pastagem; 
 
Qual a importância do IAF residual??? 
 
 
46 
5.1. Características morfofisiológicas de interesse para a 
rebrotação 
 
Teor de reservas orgânicas 
São acumuladas em épocas de crescimento mais 
favorável para serem mobilizadas sob situações de 
estresse (fogo, estiagem após o pastejo); 
Mesmo em condições de pastejo leve, no início da 
rebrotação há mobilização de reservas (reparo de tecidos 
foliares injuriados e ressíntese de enzimas fotossintéticas); 
A molibilização pode variar de acordo com a intensidade 
de desfolhação: 
 ↑ intensidade >>> rebrotação mais lenta; 
 ↓ intensidade >>> rebrotação mais rápida (fotossíntese). 
 
47 
5.1. Características morfofisiológicas de interesse para a 
rebrotação 
 
Elevação do meristema apical 
Região de crescimento localizada acima do colmo que é 
envolta pelo cartucho de bainhas ou pseudocolmo 
responsável pela emissão contínua de folhas em um 
perfilho; 
Sua elevação varia entre espécies; 
Com sua elevação o mesmo pode ser eliminado de acordo 
com a intensidade de pastejo e sua velocidade de 
elevação; 
Quando deve ocorrer a eliminação do meristema apical? 
 
48 
5.1. Características morfofisiológicas de interesse para a 
rebrotação 
 
Perfilhamento 
Uma das características das gramíneas forrageiras que 
conferem persistência mesmo sob condições de pastejo 
relativamente intensas; 
Capacidade que cada gema presente na axila de uma 
nova folha formada possui de brotar e dar início a um novo 
perfilho; 
Importante para espécies cespitosas mantidas na fase 
vegetativa, já que nem a emissão de estolões nem de 
sementes será possível para a sua perpetuação; 
 
49 
5.1. Características morfofisiológicas de interesse para a 
rebrotação 
 
Perfilhamento 
O ideal é que tenhamos muitos perfilhos de pequeno 
tamanho e portanto, jovens; 
Isto é conseguido quando, em um pastejo mais intenso, 
permite-se a incidência de luz na base do dossel, 
favorecendo a brotação de novas gemas; 
Contudo, em condições de pastejo muito intenso os 
perfilhos podem sofrer tombamento ou arranquio com o 
pastejo pelos animais, comprometendo o vigor da 
pastagem; 
50 
5.1. Características morfofisiológicas de interesse para a 
rebrotação 
 
Perfilhamento 
Fatores ambientais como a quantidade de luz incidente 
sobre as gemas seria um dos principais que influenciam 
no processo de perfilhamento, com inibição do mesmo em 
menores quantidades desta; 
Além da quantidade, a qualidade de luz interfere no 
perfilhamento, representada principalmente pela relação 
vermelho:vermelho extremo (V:Ve); 
Da radiação incidente, uma parte é refletida, outra parte é 
absorvida, e parte é transmitida, sendo que esta última 
que alcança as folhas mais baixas apresenta maior 
relação V:Ve; 
 
 
51 
5.1. Características morfofisiológicas de interesse para a 
rebrotação 
 
52 
No topo alta alta alta 
Abaixo das camadas de folhas 
(na região do meristema apical da planta) 
baixa 
muito 
baixa média 
Figura - Relação Vermelho/Vermelho extremo (V/Ve) 
5.1. Características morfofisiológicas de interesse para a 
rebrotação 
 
Perfilhamento 
Outros fatores ambientais que poderiam interferir sobre o 
perfilhamento do pasto: 
 
 Adubação nitrogenada (positivo no início já que eleva a 
TApF e negativo no final devido ao sombreamento); 
 Temperatura do solo (positivo no início já que eleva a 
TApF e negativo no final devido sombreamento); 
 Água (negativo já que reduz a TApF). 
 
 
53 
5.1. Características morfofisiológicas de interesse para a 
rebrotação 
 
Características de gramíneas que conferem grande 
tolerância ao pastejo 
 
 
 Emissão rápida e contínua de folhas; 
 Cartucho de bainhas protegendo tanto as folhas em 
expansão como o meristema apical; 
 Emissão rápida e contínua de folhas; 
 Cartucho de bainhas protegendo tanto as folhas em 
expansão como o meristema apical; 
 Acúmulo de reservas em órgãos distantes do alcance do 
animal; 
 Meristema apical posicionado próximo ao solo; 
 Presença de gemas na axila de todas as folhas. 
 
 
 
54 
5.2. Produção de forragem sob pastejo 
 
Sistemas de produção à pasto são baseados na 
manipulação dos fatores do meio, planta e animal; 
Equilíbrio dinâmico (acúmulo de forragem e demanda); 
Assim, o manejo da pastagem deve garantir: 
 
 a manutenção da área foliar fotossinteticamente ativa 
 permitir que os animais colham grandes quantidades de 
tecido foliar de alta qualidade antes do mesmo entrar em 
senescência. 
 
 
55 
5.2. Produção de forragem sob pastejo 
 
Dentre os aspectos principais do pastejo que afetam o 
crescimento das plantas forrageiras podem ser citados: 
 
 Intensidade de pastejo; 
 
 Frequência de pastejo; 
 
 Seletividade do animal. 
 
 
56 
5.2. Produção de forragem sob pastejo 
 
Intensidade de pastejo 
Refere-se à proporção da forragem total presente em uma 
área que é removida por ocasião do pastejo; 
Afeta diretamente a rebrotação já que determina a área 
foliar remanescente. 
 
Frequência de desfolhação 
As plantas forrageiras necessitam de um tempo para se 
reestabelecerem antes de serem pastejadas ou cordadas 
novamente, o que está relacionado com o 
restabelecimento de suas reservas orgânicas;57 
5.2. Produção de forragem sob pastejo 
 
Frequência de desfolhação 
Por outro lado, o tempo máximo para que uma planta deva 
ser desfolhada seria representado pelo tempo de vida da 
primeira folha formada na rebrotação; 
Se há prolongamento do período de descanso há 
ineficiência de utilização da forragem. 
 
Seletividade do animal 
Esta variável é um dos grandes desafios do manejador de 
pastagens; 
 
58 
5.2. Produção de forragem sob pastejo 
 
Seletividade do animal 
Os animais buscam partes do pasto que mais lhe 
interessam, fato este que nem sempre é desejável já que 
pode haver a eleição de áreas de pastejo e de “exclusão” 
do mesmo por parte dos animais; 
Isto refletiria em um mosaico no dossel forrageiro que 
interferiria negativamente na taxa se crescimento do 
pasto; 
Uma alternativa para se manipular até certo ponto esta 
seletividade é através da elevação da pressão de pastejo; 
 
59 
5.2. Produção de forragem sob pastejo 
 
Seletividade do animal 
Contudo, quando esta pressão de pastejo foi muito 
intensa, poderá haver o comprometimento do vigor da 
rebrotação da pastagem e também o desempenho e 
produtividade animal; 
 
Submetida a estes diversos aspectos do pastejo, a planta 
forrageira desencadeará uma série de mecanismos 
compensatórios na tentativa de se adaptar ao manejo 
imposto e de se manter ao longo do tempo na pastagem; 
 
 
60 
5.2. Produção de forragem sob pastejo 
 
Seletividade do animal 
Dentre estes podem ser citados: 
 
 Alteração na população de perfilhos; 
 Morte de parte do sistema radicular; 
 Alteração do processo de senescência foliar; 
 Intensificação do alongamento das hastes; 
 Alteração no hábito de crescimento. 
 
 
61 
5.3. Eficiência de utilização da forragem produzida sob pastejo 
 
Acúmulo de massa de forragem X Produto animal; 
Estudos avaliando o fluxo do C em pastagem mantida sob 
dois IAFs: 
 
 No maior IAF (3,0) e lotação mais baixa: 
• Fotossíntese bruta do dossel era superior; 
• Grande parte do carbono fixado era gasto para a 
manutenção de uma massa do dossel muito grande, 
de modo que do total do carbono fixado, apenas 13% 
era consumido. 
 
 
 
62 
5.3. Eficiência de utilização da forragem produzida sob pastejo 
 
Acúmulo de massa de forragem X Produto animal; 
Estudos avaliando o fluxo do C em pastagem mantida sob 
dois IAFs: 
 
 No maior IAF (1,0) e lotação mais alta: 
• Fotossíntese bruta do dossel era menor; 
• Menor custo respiratório do dossel; 
• Maior proporção de carbono fixado transformava-se 
em fotossíntese líquida havendo melhor utilização pelo 
maior número de animais em pastejo (25% de todo C 
fixado foi consumido). 
 
 
 
 
63 
5.3. Eficiência de utilização da forragem produzida sob pastejo 
 
64 
Figura - Fluxo de biomassa em pasto de azevém perene sob lotação contínua baixa 
(pastejo leve) e alta (pastejo intenso) (Parsons et al., 1983). 
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO 
CAMPUS DE MOSSORÓ 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ANIMAIS 
Prof. Dr. Josemir de Souza Gonçalves 
Engenheiro Agrônomo, MSc., DSc. em Zootecnia 
 
 
E-mail: josemir@ufersa.edu.br 
 
Setembro de 2011 
 
Morfofisiologia de Plantas 
Forrageiras 
 
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