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1 2 AULA 3: ENSINO SUPERIOR NO BRASIL – 1930-1960 3 INTRODUÇÃO 3 CONTEÚDO 4 ENTRADA DE GETÚLIO VARGAS NO GOVERNO DO BRASIL 4 POSSIBILIDADES E LIMITES ATÉ 1945 5 ATIVIDADE PROPOSTA 1 6 COM GETÚLIO: ENSINO SUPERIOR NO BRASIL NA DÉCADA DE 1930 7 ESTATUTO DAS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS 8 NOVAS ATUAÇÕES NA ÁREA DE DOCÊNCIA 9 ORGANIZAÇÃO DE ENSINO NO ESTATUTO DAS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS 10 AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA 11 QUEDA DE GETÚLIO VARGAS: MUDANÇA DE PARADIGMA 12 SEM GETÚLIO: ENSINO UNIVERSITÁRIO NO BRASIL A PARTIR DE 1945 14 ATIVIDADE PROPOSTA 2 15 REFERÊNCIAS 16 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 17 CHAVES DE RESPOSTA 20 ATIVIDADE PROPOSTA 1 20 ATIVIDADE PROPOSTA 2 20 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 21 3 Introdução Nesta aula, trataremos do período da história a partir do qual o Ensino Superior brasileiro cresceu bastante. Para darmos início a essa análise, identificaremos que houve uma distinção de orientações políticas no governo dos anos 1930 e no período pós-1945. Na década de 1930, a política governamental voltada para a Educação Superior era centralizada e ditava regras para o desenvolvimento das instituições. Nesse espaço de tempo, houve, também, resistência quanto ao projeto de autonomia universitária, mas, após 1945, esse plano foi restaurado. Em ambos os períodos, a formação profissional ganhou destaque em detrimento da pesquisa e da produção do conhecimento. Vamos conhecer um pouco mais essa história? Objetivo: Identificar as políticas que orientaram o Ensino Superior no Brasil na Era Vargas – período compreendido entre os anos 1930 e 1960. 4 Conteúdo Entrada de Getúlio Vargas no governo do Brasil Para darmos continuidade a nosso estudo, vamos remontar, agora, o cenário do Brasil que antecede os anos 1930 e entender como se configurava o palco da estrutura político-econômica do país nesse período. Nos anos 1920, o Brasil se desenvolvia a partir de uma economia que dependia do capital internacional, da importação de bens industrializados e de combustíveis. O país assumia a característica de exportador de alimentos e de matérias-primas. No plano político, o poder estava concentrado nas mãos dos grandes proprietários de terra, que determinavam o destino da nação, atendendo a suas necessidades e a seus interesses. Essa política – denominada café-com-leite – visava ao predomínio do poder nacional bem como das oligarquias paulista e mineira. Entretanto, muitos eram contra o fato de o Brasil manter essa dependência com relação ao capital de outros países, o que gerou a crise de 1929, que produziu efeitos significativos no contexto brasileiro. Como resultado, as oligarquias perderam seu poder. Foi justamente após esse momento de crise que Getúlio Vargas entrou no Governo Provisório por meio do golpe da Revolução de 1930, destituindo o poder decisório dos coronéis. 5 Aprenda mais Para saber mais sobre esse período da história, leia o texto Era Vargas. Possibilidades e limites até 1945 Getúlio Vargas retirou de cena o voto aberto ou de cabresto1, e instaurou o voto secreto em um regime político que suspendeu, parcialmente, a democracia no Brasil. Diante desse quadro, iniciou-se, a partir da década de 1930, uma nova era na história do país. De acordo com Fávero (2006), neste ano, foi criado o Ministério da Educação e Saúde Pública. Campos ([s.d.] apud FÁVERO, 2006) assumiu a pasta desse ministério e impôs reformas em todos os níveis educacionais – Secundário, Superior e Comercial –, propondo um ensino de caráter mais moderno, aliado ao objetivo de formar a elite brasileira e de capacitar o indivíduo para o trabalho. 1 Voto aberto ou de cabresto Sistema de controle do poder político por meio do abuso da autoridade, da compra de votos ou da utilização da máquina pública. Disponível em: <http://revistalingua.uol.com.br/textos/66/artigo249089-1.asp>. Acesso em: 14 fev. 2014. 6 Atenção Em um movimento de dissolução do Congresso, o então presidente, Getúlio Vargas, passou a legislar a partir de Decretos-Lei até 1945, salvo o espaço de tempo entre 1934 e 1937, caracterizado como curto período constitucional. Se, na Primeira República, o governo do Brasil baseava-se na descentralização política, após 1930, ocorria o oposto em diversos setores da sociedade. Atividade proposta 1 A música O bonde São Januário composta por Wilson Batista e interpretada por Ataulfo Alves, em 1937, retrata bem a nova realidade do Brasil voltada para o campo trabalhista: Mas a letra original dessa canção foi censurada. Um trecho de sua primeira versão dizia: “O bonde de São Januário/leva mais um sócio otário/só eu que não vou trabalhar”. Entendendo que a pressão política por um cenário em que o trabalho fosse exaltado era muito grande, como a Educação Superior refletia esse posicionamento? 7 Com Getúlio: Ensino Superior no Brasil na década de 1930 O caráter autoritário da política educacional 2 do Ensino Superior mostrou-se logo desde o início da década de 1930. O quadro que se desenhava no período assumia como plano central a consolidação da Universidade do Rio de Janeiro (URJ) 3como o projeto de universidade do Governo Federal. Discutimos a respeito desse assunto na aula anterior, vocês se lembram? Caberia à Faculdade de Educação, Ciências e Letras da URJ a responsabilidade de imprimir à universidade seu caráter universitário. Como esse curso não foi implantado, o referido projeto permaneceu apenas no papel. Nesse caminho, sem qualquer plano explícito, foram criados e elaborados os seguintes órgãos e documentos: Conselho Nacional de Educação, por meio do Decreto-lei, de nº 19.850/31; Estatuto das Universidades Brasileiras, por meio do Decreto-Lei nº 19.851/31, vigente por 30 anos; Legislação que dispõe sobre a organização da URJ, por meio do Decreto- lei nº 19.852/31. 2 Caráter autoritário da política educacional Como afirma Cunha (2000, p. 252), o papel exercido pela educação em um governo autoritário assume que: “[...] a educação escolar é um dos meios pelos quais os intelectuais fazem ‘irradiar’ sobre todo o povo as ideias e aspirações [...]. Trata-se de um dos mecanismos [...], pelo menos o mais sistemático, de inculcação da ideologia do Estado autoritário”. 3 Universidade do Rio de Janeiro (URJ) Criada em 1920, a URJ foi a primeira instituição superior reconhecida legalmente no Brasil. 8 Estatuto das Universidades Brasileiras De acordo com Romanelli (2006, p. 133), o Estatuto das Universidades Brasileiras estabeleceu, logo em seu primeiro Artigo, as seguintes finalidades para o ensino universitário: “[...] elevar o nível da cultura geral; estimular a investigação científica em quaisquer domínios dos conhecimentos humanos; habilitar ao exercício de atividades que requerem preparo técnico e científico superior; concorrer, enfim, pela educação do indivíduo e da coletividade, pela harmonia de objetivos entre professores e estudantes, e pelo aproveitamento de todas as atividades universitárias, para a grandeza da Nação e para o aperfeiçoamento da Humanidade”. A partir desses inúmeros objetivos, que extrapolam o limite de atuação de uma instituição educativa, Campos ([s.d.]apud FÁVERO, 2006, p. 24) afirma que o escopo das universidades: “[...] transcende ao exclusivo propósito do ensino, envolvendo preocupações de pura ciência e de cultura desinteressada”. Entretanto, desde sua criação, a universidade busca atingir metas relacionadas à formação profissional em detrimento da pesquisa, seja por: Fatores relativos ao modelo da sociedade do Brasil, de caráter estratificado; Motivos da herança cultural do país, que mantém suas bases em uma estrutura arcaica de ensino. Essa estrutura, por sua vez, tem no modelo industrial o projeto de sociedade ou, ainda, a omissão das leis quanto às atividades de pesquisa. 9 Novas atuações na área de docência No Estatuto das Universidades Brasileiras que se anuncia, pela primeira vez, a existência da Reitoria, do Conselho e da Assembleia Universitários, bem como a necessidade de direção em cada centro de ensino. Além disso, de acordo com esse documento, passam a atuar, na área de Docência, as seguintes figuras: Catedrático Conforme aponta Fávero (2006, p. 24), trata-se da “unidade operativa do ensino e da pesquisa docente entregue a um professor”. O autor afirma, ainda, que, na história do Ensino Superior brasileiro, os professores catedráticos foram considerados a alma mater das instituições – ou seja, aqueles que formavam intelectualmente alguém – e possuíam alguns privilégios4. Já para Romanelli (2006), eles traziam para o espaço da universidade as relações sociopolíticas que sustentavam o coronelismo5. 4 Privilégios De acordo com Cunha (2000, p. 166): “Os privilégios do cargo de catedrático compreendiam a vitaliciedade e a inamovibilidade, ambas garantidas após 10 anos de exercício de cargo e de aprovação em concurso de títulos. Os auxiliares de ensino, indicados pelo catedrático, de quem deveriam gozar a confiança, estariam obrigados a se submeter ao concurso de livre-docência, sob pena de desligamento”. 5 Coronelismo Sistema político-social vigente no Brasil interiorano do fim do Império e da Primeira República, com base na oligarquia agrária dos coronéis latifundiários. Fonte: Dicionário online Aulete. 10 Auxiliar de ensino Chefe de clínica ou de laboratório, assistente ou preparador. Docentes livres Título que designava o professor a atuar, eventualmente, no lugar do catedrático. Organização de ensino no Estatuto das Universidades Brasileiras Sobre a organização do ensino, Romanelli (2006) sustenta que os cursos eram ordenados da seguinte forma: Cursos do currículo normal; Cursos equiparados, ministrados pelos docentes livres; Cursos de aperfeiçoamento e de especialização. Aqueles que justificariam o título de universidade a uma instituição de ensino mantinham relação com o período oligárquico. Desse modo, pelo menos três dos seguintes cursos garantiam essa denominação: Direito; Medicina; Engenharia; Educação, Ciências e Letras. 11 Atenção Com base no Estatuto das Universidades Brasileiras, a autonomia de cada escola se mantinha em um movimento de descentralização que impossibilitava o projeto de universidade na forma de regime universitário. No entanto, podemos analisar a situação a partir de outra visão, que vai de encontro a essa descentralização interna. Nesse caso, apoiando-nos nas ideias de Fávero (2006), seria possível dizer que a dependência da administração superior, na figura do Ministério da Educação 6 , tornavam as universidades “verdadeiras ilhas dependentes” do Estado. Autonomia universitária Ainda que a característica do governo de Vargas fosse a centralização do poder, mesmo no Ensino Superior, em função dos esforços de Anísio Teixeira7, outras importantes universidades foram criadas. São elas: 6 Ministério da Educação Órgão público que assumia a tarefa de nomear até os membros dos Conselhos Técnico- Administrativos. 7 Anísio Teixeira Considerado o principal idealizador das grandes mudanças que marcaram a educação brasileira no século XX, Anísio Teixeira foi pioneiro na implantação de escolas públicas de todos os níveis, que refletiam seu objetivo de oferecer educação gratuita para todos. O educador propôs e executou medidas para democratizar o ensino brasileiro e defendeu a experiência do aluno como base do aprendizado. Disponível em: <http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/anisio-teixeira- 306977.shtml>. Acesso em: 14 fev. 2014. 12 Universidade de São Paulo (USP)8, em 1934; Universidade do Distrito Federal (UDF)9, em 1935; Universidade do Brasil (UB), em 1937, por meio da Lei nº 452. Referindo-se ao princípio da autonomia universitária, em seus dispositivos, essa lei dispunha que o presidente da República deveria escolher, dentre os professores catedráticos, aqueles que seriam o Reitor e os diretores das faculdades, a partir de sua nomeação em comissão. Além disso, conforme afirma Fávero (2006), foi essa lei que estabeleceu a proibição de atitudes de caráter político-partidário, tanto por parte dos estudantes quanto por parte dos professores – inclusive no que se refere ao uso de trajes ou camisas que indicassem essa relação. Aprenda mais Para saber mais sobre a Universidade do Distrito Federal, leia o texto Vida curta da UDF. Queda de Getúlio Vargas: mudança de paradigma O Governo Provisório de Vargas se estendeu até 1945, ano em que ele foi deposto através de um golpe militar. 8 Universidade de São Paulo (USP) Maior universidade pública do Brasil. 9 Universidade do Distrito Federal (UDF) Universidade com estrutura arrojada oposta àquelas que existiam no Brasil. 13 A partir desse momento, o Brasil entrou em uma nova fase histórica: o período de redemocratização do país, que se formalizou com a promulgação da Constituição de 1946, de cunho liberal. De acordo com Cunha (2000), nessa época, já havia em território brasileiro cinco instituições universitárias e outras faculdades isoladas: Universidade de Minas Gerais (1927); Universidade de São Paulo (1934); Universidade de Porto Alegre (1934) – resultante da Escola de Engenharia de Porto Alegre; Universidade do Brasil10 (1937) – antiga URJ; Faculdades Católicas11 (1940) – reconhecidas pelo Estado em 1946. Durante essa nova era, foi criado, também, o Decreto-Lei nº 8.393/45. Fávero (2006) afirma que, por meio desse dispositivo, o reitor passou a ser eleito a partir da lista tríplice e por votação uninominal no Conselho Universitário – de professores, catedráticos efetivos ou aposentados – e nomeado pelo Presidente da República. Aprenda mais Para saber mais sobre essa nova fase histórica do Brasil, leia o texto O liberalismo. 10 Universidade do Brasil Por meio do Decreto-Lei nº 8.393/45, a UB ganhou sua autonomia administrativa, financeira, didática e disciplinar. 11 Faculdades Católicas Entidade educacional que originou a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ): a primeira universidade privada do Brasil. 14 Sem Getúlio: ensino universitário no Brasil a partir de 1945 Veja, agora, resumidamente, como se configurou o cenário do Ensino Superior no Brasil com a saída de Getúlio Vargas do governo:1945 até início dos anos 1950 A luta pela autonomia das universidades ocorreu no final dos anos 1940 e no início de 1950. Esse processo foi muito conflituoso, afinal, nem por Decreto se efetivava. O predomínio da formação profissional era a tônica do ensino universitário, que se multiplicava no país. A pesquisa e a produção de conhecimento foram deixadas de lado, com exceção das atividades realizadas pela USP e pela UDF. Década de 1950 A década de 1950 se anunciava a partir de um quadro econômico em crescente desenvolvimento no país, por conta do processo de industrialização. Em paralelo, as discussões sobre o ensino universitário se intensificavam, devido à precariedade em que se encontravam as instituições. Na segunda metade dos anos 1950, tramitava no Congresso o projeto de Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Nesse momento, o assunto da pauta de discussão era a relação entre ensino público e privado. Década de 1960 Com a criação da Universidade de Brasília (UnB)12, em 1961, evidenciou- se o intuito de renovação do Ensino Superior no Brasil. 12 Universidade de Brasília (UnB) Mais moderna instituição de Ensino Superior do Brasil na década de 1960 – aquela que assumiu papel relevante na atividade acadêmico-científica do país. 15 Na verdade, a UnB tornou-se o palco do movimento estudantil através da União Nacional dos Estudantes (UNE)13, que atuou no país de forma densa. Nesse contexto, surgiu o projeto de reforma universitária14, o qual, de acordo com Fávero (2006, p. 29), articulou a participação dos jovens organizados por meio da UNE. Seu propósito era “combater o caráter arcaico e elitista das instituições universitárias”. Atividade Proposta 2 Assista ao vídeo, com a música Pra dizer que não falei das flores, de Geraldo Vandré, que retrata a situação do Brasil na década de 1960: Com base na letra da música e no conteúdo estudado desde a primeira aula da disciplina, indique, resumidamente, de que maneira a educação foi transformada no Brasil desde a chegada dos portugueses no país até a década de 1960. 13 União Nacional dos Estudantes (UNE) Proposta no ano seguinte à implementação do Estado Novo (1938), a UNE se opunha ao modelo autoritário de atuação do então presidente Getúlio Vargas. 14 Projeto de reforma universitária De acordo com Fávero (2006, p. 29), as questões que norteavam as discussões sobre o projeto da reforma universitária incidiam sobre: A autonomia das universidades; A participação dos corpos docente e discente na administração universitária, através de critério de proporcionalidade representativa; A adoção de regime de trabalho em tempo integral para docentes; A ampliação da oferta de vagas nas escolas públicas; A flexibilidade na organização de currículos. 16 Aprenda mais Para saber mais sobre os tópicos estudados nesta aula, sugerimos as seguintes leituras: CUNHA, L. A. Ensino Superior e universidade no Brasil. In: LOPES, E. M. T.; FARIA FILHO, L. M.; VEIGA, C. G. 500 anos de educação no Brasil. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2000. ______. Educação, estado e democracia no Brasil. 4. ed. São Paulo: Cortez; Niterói: Universidade Federal Fluminense; Brasília: FLACSO do Brasil, 2001. Referências CUNHA, L. A. A universidade temporã: o Ensino Superior, da Colônia à Era Vargas. 3. ed. São Paulo: UNESP, 2007. FÁVERO, M. de L. de A. A universidade no Brasil: das origens à reforma universitária de 1968. Revista Educar, Curitiba, n. 28, p. 17-36, 2006. ROMANELLI, O. de O. Introdução. In: ______. História da educação no Brasil (1930/1973). 30. ed. Petrópolis: Vozes, 2006. 17 Exercícios de fixação Questão 1 O Estatuto das Universidades Brasileiras foi criado a partir do Decreto-Lei nº 19.851/31. Considerando esse texto, marque V (Verdadeiro) ou F (Falso) quanto às finalidades estabelecidas para o ensino universitário: ( ) Estimular o preparo técnico. ( ) Incentivar a investigação científica. ( ) Trabalhar a necessidade específica do indivíduo em Nível Superior. ( ) Desconsiderar as atividades universitárias para enaltecer o Estado. ( ) Vislumbrar o indivíduo e a coletividade. Questão 2 Sobre a estrutura do Ensino Superior, o Estatuto das Universidades Brasileiras prevê: I. Uma direção unificada para todos os centros de ensino. II. A existência da Reitoria. III. Uma direção para cada centro de ensino. IV. Uma identidade nacional. V. A existência do Conselho e da Assembleia Universitários. Entre os itens anteriores, estão CORRETOS: a) I, II e III b) II, III e IV c) I e IV d) II e III e) II, III e V 18 Questão 3 Para exercer a função docente, o Estatuto das Universidades Brasileiras prevê as seguintes figuras: a) O catedrático e o auxiliar de ensino. b) Os docentes livres e o professor titular. c) O auxiliar de ensino e os docentes livres. d) O catedrático, os docentes livres e os auxiliares de ensino. e) N.R.A. Questão 4 Por meio do Decreto-Lei nº 8.393, no ano de 1945, a Universidade do Brasil (UB) adquiriu autonomia administrativa, financeira, didática e disciplinar. Nesse âmbito, o Reitor é escolhido a partir da lista tríplice e nomeado pelo Presidente da República. No Conselho Universitário, participavam dessa eleição: a) Professores e alunos. b) Professores e catedráticos efetivos. c) Professores e catedráticos aposentados. d) Professores, catedráticos efetivos ou aposentados. e) Professores, alunos e catedráticos efetivos. 19 Questão 5 De acordo com Campos ([s.d.] apud FÁVERO, 2006, p. 24), a finalidade das universidades “transcende ao exclusivo propósito do ensino, envolvendo preocupações de pura ciência e de cultura desinteressada”. Entretanto, somente algumas priorizavam a atividade científica desde sua formação. São elas: I. Universidade do Brasil II. Universidade de São Paulo III. Universidade do Distrito Federal IV. Universidade de Brasília V. Universidade de Minas Gerais Entre os itens anteriores, estão CORRETOS: a) I e III b) II, III e IV c) II e III d) I e V e) N.R.A. 20 Atividade proposta 1 Na Era Vargas, a educação se configurava como elemento central da formação de trabalhadores para atender o projeto de governo: formar homens que compartilhassem dos ideais propagados e que consolidassem as aspirações governamentais, fortalecendo-as. Por esse motivo, o trabalho assumia relevante papel na pauta da agenda política da época. Ainda assim, a partir da análise da letra da música censurada, O bonde São Januário, é possível identificar que coibir qualquer ato de rebeldia frente às necessidades do governo autoritário era uma necessidade. No trecho em que afirma “não vou trabalhar”, o compositor faz alusão à forma pela qual o trabalhador era enganado pelo regime da época. Essa concepção é desfeita na versão adaptada e distribuída à população, de modo que o trabalho e o trabalhador são enaltecidos. Atividade proposta 2 Se traçarmos um panorama histórico das mudanças ocorridas desde o período do Brasil Colônia até a década de 1960, identificaremos os embates ou as pressões contra com os representantes do governo, que se materializaram na tentativa de fundaro Ensino Superior no país. Como vimos nesta aula, no decorrer desse espaço de tempo, a elaboração de alguns documentos impulsionou a efetivação desse nível de ensino na educação brasileira. Paralelamente, fazendo uma referência a tais manifestações de luta, a letra desta música chama a atenção do povo brasileiro, a fim de instigá-los a agir 21 em um movimento que vai de encontro à apatia daqueles que esperam acontecer e não pleiteiam seus direitos. Perceber essa diversidade de propostas evidencia o jogo de forças no campo da disputa política. Exercícios de fixação Questão 1 – V, V, F, F, V Justificativa: De acordo com Romanelli (2006, p. 133), o Estatuto das Universidades Brasileiras estabeleceu, logo em seu primeiro Artigo, as seguintes finalidades para o ensino universitário – “elevar o nível da cultura geral; estimular a investigação científica em quaisquer domínios dos conhecimentos humanos; habilitar ao exercício de atividades que requerem preparo técnico e científico superior; concorrer, enfim, pela educação do indivíduo e da coletividade, pela harmonia de objetivos entre professores e estudantes, e pelo aproveitamento de todas as atividades universitárias, para a grandeza da Nação e para o aperfeiçoamento da Humanidade”. Questão 2 – E Justificativa: Conforme aponta o Estatuto das Universidades Brasileiras, a existência da Reitoria, do Conselho e da Assembleia Universitários, bem como da direção em cada centro de ensino é necessária à estrutura do Ensino Superior. Questão 3 – D Justificativa: De acordo com o Estatuto das Universidades Brasileiras, atuam, na área de Docência, o catedrático, o auxiliar de ensino e os docentes livres. 22 Questão 4 – D Justificativa: O Reitor passou a ser eleito a partir da lista tríplice e por votação uninominal no Conselho Universitário de professores, catedráticos efetivos ou aposentados. Questão 5 – B Justificativa: Entre as universidades que priorizavam a atividade acadêmico- científica, estão a Universidade de São Paulo (USP), criada em 1934, a Universidade do Distrito Federal (UDF), criada em 1935, e a Universidade de Brasília (UnB), criada em 1961. Atualizado: 06 mar. 14
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