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Focus Concursos NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL I Funções Essenciais à Justiça Parte II

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Direito Constitucional | Material Complementar 
Professor Cristiano Lopes 
Funções Essenciais a Justiça – Parte II 
Advocacia Pública 
 defesa jurídica dos entes federativos, sendo desempenhada por 
detentores de cargo de Procurador do Estado ou d 
 concurso público de provas e títulos. 
 -Geral da União, cabendo-lhe, nos
termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e 
assessoramento jurídico do Poder Executivo. A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, 
de livre nomeação pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de notável saber 
jurídico e reputação ilibada (CRFB/88, art. 131, § 1o). 
 - 
 
a participação da Ordem dos Ad 
estabilidade após três anos de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, 
após relatório circunstanciado das corregedorias (CRFB/88, art. 132, parágrafo único). 
Advocacia 
Ao lado da magistratura e do Ministério Público, a Advocacia, enquanto instituição foi erigida pelo seu 
profissional, o advogado, em elemento indispensável à administração da justiça. O advogado é um profissional 
habilitado para o exercício do ius postulandi, ou seja, o direito de postular em juízo. 
A Constituição de 1988 tem como princípio constitucional a indispensabilidade e a imunidade do advogado, 
 : “O advogado é indispensável à administração da Justiça, sendo inviolável por seus 
atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei ” -se à necessidade de 
intervenção e participação da nobre classe de advogados na vida de um Estado democrático de direito. Este é o 
reconhecimento constitucional de uma realidade social. 
O advogado é o porta-voz da sociedade, perante a máquina do Estado. Ninguém pode requerer em juízo a 
não ser através de advogado, salvo umas poucas exceções, como as da Justiça do Trabalho (em que raramente o 
processo tem desenvolvimento sem a participação advocatícia), do habeas corpus, e dos Juizados Especiais Cíveis e 
Criminais. 
O princípio da inviolabilidade do advogado, prevista no art. 133, da Constituição Federal, não sendo, porém 
de caráter absoluto. Ao contrário, ele só ampara em relação a seus atos e manifestações no exercício da profissão, e 
assim mesmo, nos termos da lei, não se estendendo a pessoa do profissional de forma individual. Trata-se na 
verdade de uma proteção do cliente, que confia a ele documentos e confissões de esfera íntima, de natureza 
conflitiva e, não raro, objeto de reivindicação e até de agressiva cobiça alheia, que precisam ser resguardados e 
protegidos de maneira qualificada. 
Defensoria Pública 
A Defensoria Pública o 
 assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos. 
A Constituição Federal de 1988, em seu art. 134, prevê ainda, a criação da Defensoria Pública, como 
instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os 
graus e gratuitamente dos necessitados, impossibilitados de pagar honorários advocatícios. 
O Congresso Nacional, através de Lei Complementar, possui a competência para organizar a Defensoria 
Pública da União e do Distrito Federal e dos territórios e de prescrever normas gerais para sua organização nos 
Estados, em cargos de carreira providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada 
a seus integrantes a garantia de inamovibilidade, sendo vedado o exercício da Advocacia fora das atribuições 
institucionais. A Constituição fortaleceu as Defensorias Públicas Estaduais ao lhes assegurar autonomia funcional e 
administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes 
orçamentárias (CRFB/88, art. 134, § 2o). O objetivo dessa previsão foi desvincular essas instituições do Poder 
Executivo, fortalecendo sua atuação. 
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