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ADVOCACIA PÚBLICA • Na advocacia pública estão incorporados à Advocacia Geral da União, as Procuradorias dos Estados e Distrito Federal e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO • Advocacia Geral da União (função essen- cial à justiça) • Função que, até 1988, era exercida, em parte, pela Consultoria-Geral da República e, em parte, pelo Ministério Público Federal. • Representa judicialmente a União, a Fa- zenda Pública, os poderes da república e entidades federais. É responsável pela defesa de políticas pú- blicas do Estado, como as políticas de meio ambi- ente, as concessões de portos e aeroportos e o pe- tróleo. Tem papel consultivo, evita por meio de pa- receres, que questões sejam judicializadas no fu- turo. • tem como chefe o Advogado Geral da União, de livre nomeação pelo Presidente da Repú- blica. Não necessita que ele seja integrante na car- reira basta que tenha 35 anos, notório saber jurídico e reputação ilibada • não é exigido imparcialidade, visto que ele funciona como uma espécie de advogado do Presi- dente da República, considerando o exercício das funções presidenciais • o ingresso nas classes iniciais das carreiras da Advocacia Geral da União será feito mediante concurso público de provas e títulos (art. 131, § 2°) PROCURADORIA DOS ESTADOS E DO DIS- TRITO FEDERAL • função de representar e defender, em juízo e fora dele, o respectivo estado-membro • nos municípios maiores pode haver uma procuradoria municipal, sua instituição não é obri- gatória • para o ingresso dos procuradores depende de concurso público de provas e títulos, com parti- cipação da OAB em todas as suas fases • o período de estágio probatório é de 3 anos de efetivo exercício funcional, devendo ser apurado mediante avaliação de desempenho, acompanhado de relatório das corregedorias PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA NACI- ONAL • a PGFN integra a estrutura administrativa do Ministério da Economia e é subordinada técnica e juridicamente a Advocacia Geral da União (Lei Complementar n. 73/93); • Representa a União na execução judicial da dívida ativa de natureza tributária (art. 131, § 3°); • Competências: inscrição, administração e a cobrança da dívida ativa da União e do FGTS; • Atuação nas causas de natureza fiscal rela- tivas a tributos, isenções e benefícios fiscais, res- ponsabilidade tributária e apreensão de mercado- rias • atuação extrajudicial no conselho adminis- trativo de recursos fiscais (defende os autos de in- fração lavrados pela receita federal) e presta con- sultoria ao Ministério da Economia (analisando previamente contratos e convênio, como por exem- plo a reforma tributária e a reforma previdenciária) ADVOCACIA • exercida como profissão privada • princípio constitucional da indispensabili- dade do advogado: a CF consagra que é imprescin- dível a atuação do advogado na atividade jurisdici- onal, sendo indispensável à administração da jus- tiça (art. 133 e lei n. 8.906/94 - Estatuto da Advo- cacia e da OAB) • atividades relacionadas com o exercício da jurisdição que não demandam atuação desse profis- sional: • propositura de habeas corpus, em qualquer grau de jurisdição (cf. art. 1º, § 1º, do Estatuto da Advocacia e da OAB — EAOAB); • revisão criminal: ação penal que tem por objetivo desconstituir uma decisão transitada em julgado (cf. art. 623 do CPP); • postulação nos juizados especiais: meio en- contrado pelo legislador para solucionar litígios de forma mais célere (federais e estaduais, cíveis e cri- minais. Lei n. 9.099/95 e Lei n. 10.259/2001). • inviolabilidade ou imunidade material: é as- segurado ao advogado a inviolabilidade por seus atos e manifestações, desde que esteja no exercício da profissão, nos limites estabelecidos pela lei. (art. 2º, § 3º, do EAOAB, dispõe: “No exercício da profissão, o advogado é inviolável por seus atos e manifestações, nos limites desta lei.) • art. 142, I, CP: não constitui injúria ou difa- mação punível a ofensa irrogada em juízo, na dis- cussão da causa, pela parte ou por seu procurador • a pratica de atos privativos por quem não é advogado gera sua nulidade e o uso de diploma falso de bacharel em Direito constitui contravenção penal, sendo exigido a prática de vários atos pro- cessuais, por força do artigo 47 da lei das Contra- venções Penais (STF, RTJ, 155:493) • o exercício da advocacia exige a conclusão de curso superior de formação de Ciências Jurídi- cas, reconhecido pelo Ministério da Educação, a aprovação no Exame da OAB a inscrição regular e ativa nos quadros da OAB e não exercer atividade considerada incompatível com esse exercício • atividades incompatíveis (art. 28, EAOAB) • ser chefe do Poder Executivo e membro da Mesa do Poder Legislativo; • ser membro de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e conselhos de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juiz classista; • exercer função de julgamento em órgãos de deliberação coletiva da administração pública di- reta e indireta; • ser ocupante de cargos ou funções de dire- ção em órgãos da Administração Pública direta ou indireta, em suas fundações e em suas empresas controladas ou concessionárias de serviço público; • ser militar de qualquer natureza, e estar na ativa; • ser ocupante de cargos ou funções que te- nham competência de lançamento, arrecadação ou fiscalização de tributos e contribuições parafiscais.
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