Buscar

DIREITO FINANCEIRO - Angelo Boreggio - Caderno para a 1a Prova

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO FINANCEIRO 
Aluno: João Felipe Cabral Fagundes Pereira (1ª Prova 15/09, Trabalho 22/09 – 2ª Prova 24/11, Trabalho 17/11)
ASPECTOS GERAIS DE DIREITO FINANCEIRO - O direito financeiro é um ramo autônomo do direito, devido ao fato de que o direito financeiro possui uma base principiológica e suas leis próprias, possuindo uma seção exclusiva na CF/88. 
 O direito financeiro estuda toda a sistemática de receitas e despesas no país, ou seja, é o ramo do direito que tem como objeto de estudo a atividade financeira do Estado, que é composta pelo orçamento (todo o arcabouço de receitas e despesas do país, todo o fluxo de caixa das contas públicas, etc), receita (toda forma de entrada de dinheiro no país) e despesa, crédito público (possibilidade do governo de adquirir empréstimos) e a Lei Complementar 101/00 (Lei de Responsabilidade Fiscal).
OBS: O arcabouço financeiro no ordenamento jurídico brasileiro é extremamente forte e consistente, em termos legislativos, como modelo para outros países no mundo.
DIREITO FINANCEIRO X DIREITO TRIBUTÁRIO - O Direito Tributário e Direito Financeiro eram uma só ciência jurídica, tratados pelas mesmas legislações, princípios e óticas de raciocínio. Só que enquanto o direito financeiro analisa todas as atividades financeiras sob a ótica do Estado, o Direito Tributário analisa somente apenas uma das fontes de receita do Estado, que são os tributos. 
-Lei 4320/64 e CTN/77: Até 1964, o Direito Tributário era tratado de forma generalista, onde a legislação tributária e financeira era completamente esparsa. Com a Lei 4320/64, houve a sistematização, em uma única lei, de todo o direito financeiro e tributário. Em 1977, houve a efetiva separação do direito tributário e do direito financeiro, através da criação do CTN, que codifica todas as legislações/principiologias e sistemas relacionadas aos tributos, revogando todos os dispositivos da Lei 4320/64 que versavam sobre direito tributário.
-CF/88: A CF/88 encerra a discussão quanto ao ramo específico de direito financeiro ao criar em seu bojo um capítulo exclusivo do direito financeiro (Artigos 70-75, 163-169), composto por toda a sua base estrutural e principiológica e também ao criar um capítulo exclusivo para o Direito Tributário. Além disso, a CF/88 recepciona tanto a Lei 4320/64 e a Lei 5172/77 (CTN).
OBS: A Lei 5172/77 (CTN), apesar de ser uma lei ordinária, possui natureza de lei complementar, já que só passaram a existir LCs após a CF/88. A mesma situação se aplica à Lei 4320/64.
PRINCÍPIOS DO DIREITO FINANCEIRO – São os princípios que regem o direito financeiro.
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE (ARTIGO 165, CF) – O Princípio consiste na ideia de que toda e qualquer matéria financeira só poderá ser versada por meio de lei, não existindo possibilidade de decretos, resoluções e instruções normativas versarem sobre direito financeiro, conforme o Artigo 165, CF/88. Quando falamos de lei, é a norma cogente, pública, determinante e expressa que seja criada por meio de um processo legislativo, como a lei ordinária e a lei complementar.
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
PRINCÍPIO DA ECONOMICIDADE (Artigo 70, CF) – Consiste na ideia de que as contas públicas devem estar pautadas na econômica, ou seja, o Governo deve gastar e utilizar o dinheiro público da maneira mais proba e eficiente possível, devolvendo à sociedade de forma maior e gastando de forma menor.
PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA (Artigo 48, 49, LRF) – O princípio da transparência foi adicionado na LRF, com base na ideia de que quanto mais transparente o Estado é, mais democrático o mesmo será. A transparência indica que o povo deve ser o verdadeiro fiscal do Estado, afinal, o dinheiro gerido pelo Estado pertence ao povo.
OBS: A primeira grande providência tomada pelo Estado para que a transparência seja cumprida é a criação do portal da transparência, onde o cidadão tem acesso a todas as contas públicas.
PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE FISCAL (Artigo 1º, §1º, LRF) – Consiste na ideia de que o dinheiro financeiro deve ser gerido de maneira orquestral, ou seja, as receitas devem ser suficientes para cobrirem as despesas. Logo, a responsabilidade fiscal tem como objetivo não gastar mais nem arrecadar menos do que é devido, fazendo o máximo que tem com a receita. 
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS 
-Princípio da Exclusividade (Artigo 165, §8º, CF): O Princípio da Exclusividade define que as leis orçamentarias (leis que informam o orçamento, definindo o que sairá e entrará) possuirão conteúdo exclusivamente orçamentário. Caso haja qualquer assunto alheio ao direito financeiro numa Lei Orçamentária ou lei financeira, poderá ser questionada a constitucionalidade da norma.
-Princípio da Universalidade (Artigo 165, §5º, CF): Consiste na ideia de que todos os assuntos sobre a questão financeira deverão ser tratados nas leis orçamentárias. Ou seja, a União. Estados e Município terão uma PPA, uma LDO e um LOA cada, devendo envolver por completo todas as questões orçamentárias dos entes federativos.
-Princípio da Unidade: Este princípio determina que o orçamento público seja materializado em uma única peça (documento). Objetiva facilidade o controle e transparência do assunto orçamentário. O orçamento deve consistir numa demonstração financeira única, onde devem estar claras as origens (receitas) e destinações (despesas) dos recursos para aquele determinado período. Significa dizer que haverá uma lei orçamentária para cada ente federativo. 
-Princípio da Anualidade: A Anualidade significa que o PPA, LDO e LOA sempre entrarão em vigor no exercício seguinte. O orçamento deve referir-se a um período de tempo determinado. O prazo de vigência da lei orçamentária será anual, devendo esta ser elaborada, votada e aprovada anualmente.
-Princípio da Programação: As leis orçamentárias trazem a programação da conta pública, determinando quanto o Estado aproximadamente receberá e gastará, sendo obrigatória a existência de um plano a curto (LOA) e longo prazo (PPA) das contas públicas.
-Princípio do Equilíbrio Econômico-Financeiro: A própria LRF traz a ideia do equilíbrio econômico, que busca, em sua essência, fazer com que o Estado gaste apenas o que recebeu, sendo este o ponto de equilíbrio ideal na conta pública.
LEIS ORÇAMENTÁRIAS – As lei orçamentárias são vitais para o funcionamento do Estado, que precisa desta para sustentar-se e realizar seus objetivos. O orçamento é orquestrado para cumprir os princípios orçamentários através das leis orçamentárias, que são a PPA, LDO e LOA.
PROCESSO LEGISLATIVO – O processo legislativo orçamentário segue regras próprias que o distinguem do processo legislativo ordinário. Na verdade, trata-se de processo legislativo especial, com regras específicas estabelecidas pela Constituição Federal, dentre as quais, a apreciação conjunta pelas duas Casas do Congresso por meio da Comissão Mista Permanente, além da existência de restrições às emendas parlamentares, bem como o limite temporal para deliberação e apreciação das propostas orçamentárias. 
-Iniciativa: As três leis orçamentárias possuem iniciativa exclusiva pelo Chefe do Executivo, ou seja, apenas o Presidente/Governador/Prefeito irá criar a lei orçamentária. Tudo se inicia com a criação da Lei pelo Chefe do Executivo, sendo seguida de um encaminhamento da lei ao Legislativo por mensagem, onde o líder do legislativo apresenta a lei, que irá passar pelo crivo das comissões.
-Comissões Permanentes: Toda LOA, LDO e PPA passarão pelas comissões permanentes gerais (CCJ, por exemplo) e específicas, analisando se as mesmas cumprem os princípios financeiros, orçamentários e a LRF e Lei 4320, além de analisarem se as leis orçamentárias possuem viabilidade e são plausíveis. Após passarem pelas comissões permanentes, as mesmas serão encaminhadas ao plenário para votação. Cabe às comissões permanentes a análise do quanto que estava previsto na lei orçamentária foi cumprido.Na União, o processo legislativo de uma lei orçamentária é realizado por meio da união entre Câmara e Senado, onde as comissões também serão mistas. Caberá ao legislativo realizar as emendas necessárias para adequar a lei orçamentária da melhor forma possível, devendo haver as emendas antes da matéria entrar em votação.
OBS: É válido observar que a lei orçamentária não é votada completamente em apenas uma sessão, havendo votações dos capítulos da lei orçamentária, devido a sua enorme extensão.
-Aprovação: Com a aprovação da lei orçamentária, não há necessidade de aprovação do Executivo para que o mesmo a sancione, sendo sancionada pelo presidente da Casa do Legislativo.
OBS: Até 2003 não se admitia o controle de constitucionalidade das leis orçamentárias, alegando que se a lei não era sancionada pelo Executivo, as leis orçamentárias não eram leis, mas sim atos administrativos. Após 2003, esse posicionamento foi derrubado e revertido.
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.
§ 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República;
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o art. 58.
§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III - sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual.
§ 5º O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.
§ 6º Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual serão enviados pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, nos termos da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º.
§ 7º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto nesta seção, as demais normas relativas ao processo legislativo.
§ 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.
§ 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde.  (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)
§ 10. A execução do montante destinado a ações e serviços públicos de saúde previsto no § 9º, inclusive custeio, será computada para fins do cumprimento do inciso I do § 2º do art. 198, vedada a destinação para pagamento de pessoal ou encargos sociais.  (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)
§ 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações a que se refere o § 9º deste artigo, em montante correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior, conforme os critérios para a execução equitativa da programação definidos na lei complementar prevista no § 9º do art. 165.  (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)
§ 12. As programações orçamentárias previstas no § 9º deste artigo não serão de execução obrigatória nos casos dos impedimentos de ordem técnica.  (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)
§ 13. Quando a transferência obrigatória da União, para a execução da programação prevista no §11 deste artigo, for destinada a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios, independerá da adimplência do ente federativo destinatário e não integrará a base de cálculo da receita corrente líquida para fins de aplicação dos limites de despesa de pessoal de que trata o caput do art. 169.  (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)
§ 14. No caso de impedimento de ordem técnica, no empenho de despesa que integre a programação, na forma do § 11 deste artigo, serão adotadas as seguintes medidas:  (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)
I - até 120 (cento e vinte) dias após a publicação da lei orçamentária, o Poder Executivo, o Poder Legislativo, o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública enviarão ao Poder Legislativo as justificativas do impedimento;  (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)
II - até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no inciso I, o Poder Legislativo indicará ao Poder Executivo o remanejamento da programação cujo impedimento seja insuperável;  (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)
III - até 30 de setembro ou até 30 (trinta) dias após o prazo previsto no inciso II, o Poder Executivo encaminhará projeto de lei sobre o remanejamento da programação cujo impedimento seja insuperável;  (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)
IV - se, até 20 de novembro ou até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no inciso III, o Congresso Nacional não deliberar sobre o projeto, o remanejamento será implementado por ato do Poder Executivo, nos termos previstos na lei orçamentária.  (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)
§ 15. Após o prazo previsto no inciso IV do § 14, as programações orçamentárias previstas no § 11 não serão de execução obrigatória nos casos dos impedimentos justificados na notificação prevista no inciso I do § 14.  (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)
§ 16. Os restos a pagar poderão ser considerados para fins de cumprimento da execução financeira prevista no § 11 deste artigo, até o limite de 0,6% (seis décimos por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior.  (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)
§ 17. Se for verificado que a reestimativa da receita e da despesa poderá resultar no não cumprimento da meta de resultado fiscal estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias, o montante previsto no § 11 deste artigo poderá ser reduzido em até a mesma proporção da limitação incidente sobre o conjunto das despesas discricionárias.  (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)
§ 18. Considera-se equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que atenda de forma igualitária e impessoal às emendas apresentadas, independentemente da autoria.  (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)
PLANO PLURIANUAL - É através do plano plurianual que ocorre o planejamento estratégico das ações estatais ao longo do prazo, influenciando a elaboração da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual. Destina-se a formular grandes diretrizes, objetivos e metas de administraçãopara as finanças públicas do Estado, orientando ações executivas voltadas à promoção do bem-estar social e progresso econômico. 
 Objetiva identificar e avaliar projetos de grandes magnitudes e estabelecer parâmetros para a realização das despesas correspondentes. Consiste num planejamento financeiro que traça os rumos para o desenvolvimento do país e norteia a elaboração de programas nacionais, regionais e setoriais.
 O PPA (Plano Plurianual) é completamente genérico, não possuindo valores em dinheiro, indicando apenas o desejo do Executivo sobre quais são os objetivos e metas do Governo para o país nos próximos 4 anos. O PPA tem fortes relações com o pensamento político do gestor.
 Por ser um plano, o PPA não é obrigatório e, caso não haja o cumprimento do PPA, o Presidente não será punido por crime de responsabilidade. O mesmo deve ser enviado à Casa Legislativa até 31/08, sendo que a casa deve votar o PPA até 31/12, para que entre em vigor no próximo exercício, seguindo o Princípio da Anualidade.
LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS – Apresenta um conteúdo voltado ao planejamento operacional do governo. Compreende prioridades e metas da administração pública para o exercício financeiro subsequente. Deve traçar metas e prioridades que deverão constar no plano plurianual, orientando a elaboração da lei orçamentária anual. Deve dispor também sobre alterações na legislação tributária.
 A LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) é mais concreta que o PPA, pois define valores e fornece a dotação orçamentária geral, estabelecendo o orçamento para uma questão geral (determina que serão gastos R$300m em saúde), sendo uma lei de caráter anual. A LDO é encaminhada até 15/04 e deverá ser votada pela casa legislativa até 30/06. O descumprimento da LDO gera crime de responsabilidade.
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL - Esta lei irá conter todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas que as atenderão, constarão da lei orçamentária anual. A LOA é a mais concreta de todas, definindo exatamente o que será gasto, sendo mais específica do que a LDO, sendo também uma lei anual, que deve ser encaminhada para a casa legislativa até 31/08, devendo ser votada até 31/12. Por fim, o descumprimento da LOA gera crime de responsabilidade.
EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA – Execução orçamentária é a utilização dos créditos consignados no Orçamento Geral da União e nos créditos adicionais, visando à realização dos subprojetos e/ou subatividades atribuídos às unidades orçamentárias. Ou seja, execução orçamentária é o processo que consiste em programar e realizar despesas levando-se em conta a disponibilidade financeira da administração e o cumprimento das exigências legais e dos princípios orçamentários.
 Quando o particular presta um serviço ao Estado, mesmo que todo o procedimento prévio de prestação de serviços tenha sido legitimo e correto, o pagamento consistente na saída de dinheiro das contas públicas para a conta do prestador de serviços pode ser feito por meio de 5 atos administrativos, que serão realizados após a prestação do serviço.
EMPENHO – O empenho nada mais é do que uma provisão ou reserva do dinheiro necessário nas contas públicas. O empenho da despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição.
Art. 58. O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição.         (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
concedidos.        (Redação dada pela Lei nº 6.397, de 1976)
§ 1º Ressalvado o disposto no Art. 67 da Constituição Federal, é vedado aos Municípios empenhar, no último mês do mandato do Prefeito, mais do que o duodécimo da despesa prevista no orçamento vigente.        (Incluído pela Lei nº 6.397, de 1976)
§ 2º Fica, também, vedado aos Municípios, no mesmo período, assumir, por qualquer forma, compromissos financeiros para execução depois do término do mandato do Prefeito.        (Incluído pela Lei nº 6.397, de 1976)
§ 3º As disposições dos parágrafos anteriores não se aplicam nos casos comprovados de calamidade pública.       (Incluído pela Lei nº 6.397, de 1976)
§ 4º Reputam-se nulos e de nenhum efeito os empenhos e atos praticados em desacordo com o disposto nos parágrafos 1º e 2º deste artigo, sem prejuízo da responsabilidade do Prefeito nos termos do Art. 1º, inciso V, do Decreto-lei n.º 201, de 27 de fevereiro de 1967.          (Incluído pela Lei nº 6.397, de 1976)
Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.
§ 1º Em casos especiais previstos na legislação específica será dispensada a emissão da nota de empenho.
§ 2º Será feito por estimativa o empenho da despesa cujo montante não se possa determinar.
§ 3º É permitido o empenho global de despesas contratuais e outras, sujeitas a parcelamento
-Ordinário: O empenho ordinário é o empenho comum, realizado a cada contrato administrativo, de item a item, situação por situação. São empenhos pontuais, como a contratação de uma nova frota de carros para a Polícia Militar.
-Global: Empenho Global é realizado para o tipo de serviço que não é esporádico, ou seja, é aplicado nos serviços fornecidos à Administração Pública de maneira continuada. Um exemplo é quando o particular fornece mensalmente materiais de escritório para o Poder Público, havendo uma provisão equivalente ao valor geral do contrato durante todo o período de contratação.
-Estimativa: A ideia de estimativa se aplica para custos e despesas relacionadas ao consumo (luz, água, etc), não existindo uma forma de contabilizar com exatidão o valor a ser provisionado, sendo uma forma de constituir uma reserva com base na estimativa do que há de ser gasto pela Administração. Nesse caso, existe a possibilidade de complementar o empenho caso o mesmo tenha sido menor do que o valor dos custos, assim como pode-se liberar o restante da provisão caso o empenho tenha sido maior do que o valor dos custos. 
NOTA DE EMEPENHO – A nota de empenho é um ato documental que materializa o empenho. Ou seja, a nota de empenho é um ato formal que materializa o empenho a ser realizado. É considerado um título extrajudicial, podendo o administrado apresentar a nota para executar a Administração em caso de mora ou inadimplemento.
Art. 61. Para cada empenho será extraído um documento denominado "nota de empenho" que indicará o nome do credor, a representação e a importância da despesa bem como a dedução desta do saldo da dotação própria.
LIQUIDAÇÃO – A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito. É um procedimento contábil puro. O contador do órgão administrativo que realizou o contrato administrativo irá analisar se a licitação estava correta, se o valor estava previsto na LOA e LDO, assim como irá analisar possíveis correções e análises da prestação do serviço. A liquidação é o primeiro tipo de controle interno, pois tal ato tem como função verificar se as despesas estatais e atos que geram as mesmas estão em conformidade com a regulamentação.
Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação.
Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.
§ 1° Essa verificação tem por fim apurar:
I - a origem e o objeto do que se deve pagar;
II - a importância exata a pagar;
III - a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação.
§ 2º A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços prestados terá por base:
I - o contrato, ajuste ou acôrdo respectivo;
II - a nota de empenho;
III - os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva do serviço.
ORDEM DE PAGAMENTO – A Lei 4.320/1964, em seu artigo 64, define ordem de pagamento como sendo o despacho exarado por autoridade competente, determinandoque a despesa liquidada seja paga. A ordem de pagamento só pode ser exarada em documentos processados pelos serviços de contabilidade. Após o 1º controle realizado pelo contador, o processo será encaminhado ao ordenador de despesa (é o indivíduo responsável por direcionar e fornecer o dinheiro correlato às despesas), geralmente sendo o Chefe do Executivo, que quase sempre delega tal poder ao Ministro ou Secretário.
Art. 64. A ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade competente, determinando que a despesa seja paga.
Parágrafo único. A ordem de pagamento só poderá ser exarada em documentos processados pelos serviços de contabilidade.        (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
PAGAMENTO – O pagamento é a efetiva saída de dinheiro dos cofres públicos até a conta do administrado prestador de serviços. 
Art. 65. O pagamento da despesa será efetuado por tesouraria ou pagadoria regularmente instituídos por estabelecimentos bancários credenciados e, em casos excepcionais, por meio de adiantamento.

Continue navegando

Outros materiais