CAUTELARES E TUTELAS DE URGÊNCIA

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Aula 02.05
Notificação (Art 726 ao 729) e Interpelação
São procedimento de jurisdição voluntária.
Quando vc quer deixar especificado algo que você pretende conseguir.
Ex.01 – Despejo de inquilino cujo contrato de locação venceu.
- Ação de notificação ou ação extra judicial. Pode ser uma carta enviada pelo cartório, por telegrama (com cópia de aviso de recebimento) ou pode ser de forma judicial.
A ação de notificação não é feita por meio de citação, ela informa alguém sobre algo. A pessoa fica ciente do desejo de agir de terceiro. No caso do despejo, a partir do momento da ciência, se o inquilino, após 30 dias do recebimento da notificação, não desocupa o imóvel, vc, com o aviso de recebimento ou prova de notificação, entra com a ação judicial e com essa prova certifica a ação principal. Para locação de imóvel a notificação é condição necessária para a entrada da ação de despejo de contrato vencido, para retomada de imóvel para uso próprio, denúncia vazia (quebra do contrato de locação sem justificativa. Por outro lado, denúncia cheia é aquela em que o locatário deseja encerrar o contrato de locação e apresentar uma razão para isso).
Para a denúncia vazia, quando o contrato de locação for de 30 dias, não é necessário o encaminhamento da notificação se o ajuizamento da ação for feito até o 30 dias após o termino do contrato. A notificação terá obrigatoriedade somente para os contratos fechados em caráter de tempo indeterminado.
Ou seja, a notificação tem apenas a função de informar.
O mesmo acontece com a situação de mora. A mora somente pode ser cobrada a partir do momento que você cientifica o devedor que ela será cobrada.
A Interpelação carrega em si a ideia de esclarecimento. O esclarecimento de terminada situação.
OBS: A notificação por edital tem efeito erga omnes. 
Ação de despejo por falta de pagamento
O objetivo dessa ação não é o despejo, é o recebimento, portanto não é necessária a notificação. No entanto, a ação por falta de pagamento não garante a desocupação, sendo assim, vc pode entrar com a ação de despejo por falta de pagamento e encaminhar a notificação para poder entrar com a denúncia vazia.
As duas não são interligadas, são ações independentes.
Alienação judicial (Art. 879)
É apresentada quando existe desacordo entre as partes proprietárias sobre venda de um bem quanto ao valor. Nesse caso o juiz determina as regras da alienação. É uma venda feita judicialmente.
Um corretor cadastrado pelo tribunal irá vender, combinar o pagamento e receber sua comissão seguindo o que o Juiz determinou, é o juiz quem dita todas as regras.
Quando a venda não é feita para um particular vc pode optar pela Hasta Pública que é um leilão público O valor inicial geralmente equivale a 70% do valor pelo qual o imóvel foi avaliado ou por aquilo que se decide não ser um preço vil.
Atualmente esse leilão é feito de forma online. 
Separação
No procedimento especial teremos quatro procedimentos considerados de jurisdição voluntária, isso desde que sejam consensuais:
 
Separação consensual: anteriormente era procedimento necessário para se obter o divórcio, ainda existe, mas uma pessoa separada não pode contrair novo casamento até que se divorcie. Se, durante a separação, houver desejo de novo enlace matrimonial entre os separados basta que se solicite ao juiz um novo oficio que cancele a separação.
Divórcio consensual: atualmente não há mais exigência de haver primeiramente uma separação consensual para que se possa obter o divórcio após 2 anos de separação de fato. Se o casal se divorciar e desejar novamente reatar o casamento todo o procedimento para a realização deste terá que ser realizado novamente.
Extinção de união estável
Alteração de regime de bens
 
OBS: Haverá oitiva do MP se houver um menor , um nascituro ou um incapaz envolvido. O MP não se manifestará sobre a separação ou sobre o divórcio mas sim sobre o assunto que atingir os direitos do menor (guarda, regulamentação de visita, alimentos).
Não havendo o menor, a separação, o divórcio ou a extinção da união estável poderá ser realizada por escritura pública (Art. 731) que deverá ser averbada no Registro Civil de Pessoas Naturais onde ocorreu o casamento, um ato administrativo visto se tratarem de procedimento especial de jurisdição voluntária. Nesse caso, obrigatoriamente, durante o ato as partes deverão ser assistidas por um advogado.
O foro competente para se entrar com o processo de separação é o do domicilio do guardião do incapaz, ou ultimo domicilio do casal caso não haja filho incapaz , ou o domicilio do réu no caso em que nenhuma das partes resida no antigo e último domicilio do casal.
 
Testamento
A disposição de última vontade, pode ser feito de três formas: público, serrado ou particular.
Pode ser atestado o patrimônio, desde que sejam resguardados os direitos dos herdeiros necessários o restante poderá ser doado, por ex., á uma obra de caridade. O caso de deserdação somente acontece em caso de injúria grave por parte do filho. Um testamento que deixe todos os bens para uma única pessoa, mesmo que esta seja herdeira necessária, se excluir outros herdeiros necessários, será nulo.
Público Serrado: feito através do tabelião de notas
Particular: feito de próprio punho
Serrado: feito em segredo, pode ser redigido por uma terceira pessoa mas é mantido em segredo
Outras modalidades de testamento
Testamento marítimo: feito em alto mar quanto o declarante se encontra em perigo eminente; é feito na presença do capitão do navio.
Inventário: Se houver testamento, a ação será ajuizada no Fórum João Mendes e não no fórum da circunscrição da última moradia. O testamento obriga a ação a tramitar no fórum Central.
Nuncupativo: feito durante circunstância de guerra ou em qualquer situação em que o declarante esteja correndo risco de vida. Será feito verbalmente á testemunhas que atestarão a última vontade.
Codicilo: De próprio punho ou digitado, com menos formalidade, sobre questões referentes sua própria morte. Ex.: Descrição se deseja ser cremado, onde deseja ser enterrado, com qual vestimenta. Descrição que designa herdeiros de bens que guarnecem a casa do declarante ou de joias de pequeno valor. OBS: Aquele que receberá o bem precisa querer recebe-lo, ou pode recursar a doação.
Herança jacente: herança sem herdeiros, onde se estabelece um procedimento de jurisdição voluntária, onde se abre o inventário, todos os bens são arrolados. Um administrador cuidará dos bens, e receberá por isso, até o momento em que o bem seja designado para o Fundo da Prefeitura.
Existe um prazo decadencial para que o possível herdeiro reclame sua herança, por esta razão o bem sem herdeiros será primeiramente declarado jacente (tempo para a publicação do edital) e depois vacante (01 ano).
Em caso de imóvel alocado cujo proprietário falece e para o qual não há herdeiro notoriamente conhecido, o locatário poderá solicitar o usucapião constitucional no prazo de 05 anos após a morte do locador, se não houver outro imóvel em seu nome e o imóvel ocupado tiver menos de 250 metros. 
Bens de ausente
O ausente é aquele cujos restos mortais não são encontrados quando de busca em circunstância de acidente ou guerra.
Os bens do ausente serão administrados por um terceiro, o proprietário será declarado ausente pelo prazo de 15 anos, passado esse tempo se declara a sucessão provisória, que se tornará definitiva após 20 anos do desaparecimento.