Buscar

Apostila de execução de alvenarias

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
11.. AALLVVEENNAARRIIAA 
São paredes, muros ou alicerces (sapatas corridas) feitos com: 
 pedras naturais 
 blocos e tijolos cerâmicos 
 blocos de concreto 
 blocos sílico-calcários 
 blocos de concreto celular 
 tijolos de vidro 
 tijolos de solo-cimento, etc. 
 
 
 
 com ou sem argamassa 
 
 
EESSCCOOLLHHAA DDOOSS MMAATTEERRIIAAIISS 
Há uma enorme variedade de materiais à disposição no mercado. A 
escolha da unidade de alvenaria deve ser feita buscando o 
atendimento às exigências pré-estabelecidas. Deve-se levar em 
consideração: 
- a natureza do material 
- seu peso próprio 
- dimensões e forma 
- disposição dos furos 
- textura 
- propriedades físicas (porosidade, capilaridade, 
propriedades térmicas, propriedades acústicas, etc.) 
- propriedades mecânicas (resistências, módulo de 
elasticidade, coeficiente de Poisson, tenacidade, etc.) 
 
durabilidade de acordo com a função que irão desempenhar 
resistência à ação de agentes agressivos 
precisão dimensional 
estabilidade dimensional 
 2 
 
CCLLAASSSSIIFFIICCAAÇÇÃÃOO DDAASS AALLVVEENNAARRIIAASS 
 EXTERNAS ou 
perimetrais 
comuns 
de divisa 
finalidade e disposição 
 INTERNAS ou divisórias corta-
fogo 
divisórias 
 
 PORTANTES: esforços horizontais, verticais, inclinados 
(alvenaria estrutural) 
ponto de vista estático 
 FECHAMENTO, VEDAÇÃO (tabiques) 
 
espessura 
 
 
SIMPLES 
cutelo 
½ tijolo 
1 tijolo 
1 ½ 
tijolo 
2 tijolos 
 
 
 
COMPOSTA 
de caixão comum 
sistema Eckert 
mistas 
 3 
Tijolos/Blocos Cerâmicos 
 
 
Produção 
o Podem ser prensados ou extrudados (caso mais freqüente). 
Características 
o Tijolos maciços: podem ser extrudados ou prensados. 
o Blocos vazados: são extrudados - 2, 4, 6, 8, 21 furos. 
o Resistência à compressão: entre 1 e 10 MPa (mínima: 2,5 MPa). 
o Peso de até 131 kg/m2. 
o Detêm 90% do mercado brasileiro de blocos. 
o Blocos com dimensões modulares e submodulares; blocos com formatos 
diversos (tipo canaleta e para instalações elétricas e hidráulicas). 
Normas 
o NBR 7170/1983 – Tijolo maciço cerâmico para alvenaria. 
o NBR 15270-1/2005 – Componentes cerâmicos – Parte1: Blocos cerâmicos 
para alvenaria de vedação – Terminologia e requisitos 
o NBR 15270-2/2005 – Componentes cerâmicos – Parte2: Blocos cerâmicos 
para alvenaria estrutural – Terminologia e requisitos 
o NBR 15270-3/2005 – Componentes cerâmicos – Parte1: Blocos cerâmicos 
para alvenaria estrutural e de vedação – Métodos de ensaios. 
o NBR 6460/1983 – Tijolo maciço cerâmico para alvenaria – Verificação da 
resistência à compressão. 
o NBR 8041/1983 - Tijolo maciço cerâmico para alvenaria – Forma e 
dimensões. 
 4 
BBllooccooss ddee CCoonnccrreettoo 
 
Produção 
o Mistura de cimento, areia, pedrisco e água. 
o Fabricado com agregado normal ou leve. 
o Vibro-prensa para moldagem e compactação. 
o Cura úmida a vapor durante tempo padronizado. 
o Exigem rigoroso controle da cura para evitar retração por secagem 
excessiva na parede e sua conseqüente fissuração. 
Características 
o Resistência mínima à compressão de 2,5 MPa para blocos de vedação. 
o Isolamento acústico: deve variar de 40 dB para blocos de 9 cm de 
espessura sem revestimento a 46 dB para blocos de 14 cm de espessura 
com revestimento. 
o Peso de até 156 kg/m2. 
Normas 
o NBR 7173/1982 – Blocos vazados de concreto simples para alvenaria 
sem função estrutural. 
o NBR 6136/1994 – Bloco vazado de concreto simples para alvenaria 
estrutural. 
o NBR 7184/1992 - Blocos vazados de concreto simples para alvenaria – 
Determinação da resistência à compressão. 
o NBR 8215/1983 - Prismas de blocos vazados de concreto simples para 
alvenaria estrutural – Preparo e ensaio à compressão. 
o NBR 12117/1991 - Blocos vazados de concreto para alvenaria – Retração 
por secagem. 
o NBR 12118/1991 - Blocos vazados de concreto para alvenaria – 
Determinação da absorção de água, do teor de umidade e da área 
líquida. 
Problemas mais comuns 
o Devidos, principalmente, à retração por secagem. 
o Falta de esquadro. 
o Fragilidade. 
o Variações dimensionais 
o Falta de planicidade da superfície. 
 
 5 
BBllooccooss SSíílliiccoo--CCaallccáárriiooss 
 
 
 
Produção 
o Mistura de cal virgem, areia fina quartzosa e água. 
o Prensagem em moldes (alta pressão). 
o Desmolde. 
o Colocação em autoclaves e cura sob alta pressão de vapor por várias 
horas (16 atm, 200ºC, 5 horas): forma-se hidrossilicato de cálcio (C-S-
H). 
o Método patenteado em 1880 na Alemanha: “Método de produção de 
pedra artificial de areia”. 70% dos blocos comercializados na Alemanha 
são sílico-calcários. 
o Produção atual em diversos países da Europa, Rússia, Canadá, México e 
EUA. No Brasil são produzidos desde 1976 pela Prensil, para alvenaria 
estrutural. 
o Exigem rigoroso controle da cura para evitar retração por secagem 
excessiva e conseqüente fissuração. 
Características 
o Material bem compactado: resistência à compressão varia entre 4,5 e 15 
MPa. 
o Alta precisão nas dimensões. 
o Arestas bem definidas. 
o Textura suave, pouca rugosidade, alta absorção de água. 
o Peso de até 132 kg/m2. 
o Coloração variada por meio de adição de pigmentos. 
Normas 
o Não há normalização brasileira para blocos sílico-calcários. 
o Norma alemã: DIN-106. 
 
 6 
BBllooccooss ddee CCoonnccrreettoo CCeelluullaarr AAuuttooccllaavvaaddooss 
 
Produção 
o Mistura de cimento, cal, areia e alumínio em pó (agente expansor). 
o Autoclave: cura a vapor sob pressão de 10 atm e 180ºC de temperatura. 
o Exigem rigoroso controle da cura para evitar retração por secagem 
excessiva e conseqüente fissuração. 
Características 
o Contém bolhas de ar de dimensões milimétricas, homogêneas e 
uniformemente distribuídas. A textura é suave. 
o Peso 60% menor que os blocos cerâmicos (500 kg/m3): estruturas mais 
esbeltas e menor consumo de aço e menor carga nas fundações. 
o Preenchimento de nervuras em lajes. 
o Maior dimensão dos blocos (até 40x60x19 cm) e maior leveza (peso de 
até 75 kg/m2) levam a maior produtividade. 
o Regularidade de dimensões: possibilitam fina camada de revestimento 
o Isolante térmico e acústico; alta resistência ao fogo (incombustível). 
o Resistência à compressão: 2,5 Mpa aos 28 dias. 
o Pode ser cortado com serrote de dentes largos; pode ser furado, lixado e 
pregado com ferramentas comuns. 
o Exigem cuidados maiores no manuseio e armazenagem. 
Normas 
o NBR 12644/92 – Concreto celular espumoso – determinação da 
densidade de massa aparente no estado fresco – Método de ensaio. 
o NBR 12646/92 - Paredes de concreto celular espumoso moldadas no 
local – Especificação. 
o NBR 12655/92 – Execução de paredes de concreto celular espumoso 
moldadas no local – Procedimento. 
o NBR 13438/1995 - Blocos de concreto celular autoclavado. 
o NBR 13439/1995 - Blocos de concreto celular autoclavado – Verificação 
da resistência à compressão. 
o NBR 13440/1995 - Blocos de concreto celular autoclavado – Verificação 
da densidade de massa aparente seca. 
 7 
BBllooccooss ddee SSoolloo--CCiimmeennttoo 
Produção 
 
o Mistura de solo arenoso + cimento + água em betoneira. As proporções 
desta mistura determinam a resistência dos tijolos de acordo com a sua 
utilização (o solo ideal é aquele constituído de 50% a 70% de areia e o 
restante de argila). O teor de umidade é de cerca de 5%. 
o Prensagem em moldes. 
o Cura: processo essencial para garantir qualidade. A cura deve ser úmida, 
e é indispensável nos primeiros 7 dias. 
o Exigem rigoroso controle da cura para evitar retração por secagem 
excessiva e conseqüente fissuração. 
o Na mistura de solo-cimento podem ser acrescentadosaditivos 
impermeabilizantes, cimento refratário, óxido de ferro (pigmento para 
colorir). 
Características 
o Capacidade térmica e acústica. 
o Alvenaria de tijolos à vista. 
o Regularidade de dimensões, resultando em revestimentos de pequena 
espessura. 
o Dispensa o uso de chapisco. 
quando forem utilizados blocos vazados, as instalações hidráulica e 
elétrica podem ser feitas por dentro dos furos. 
o Tijolos assentados com cola. 
o Confere maior produtividade no canteiro de obras. 
o Blocos modulados, blocos de encaixe, blocos canaleta. 
Normas 
o NBR 8491/1984 – Tijolo maciço de solo-cimento. 
o NBR 8492/1984 – Tijolo maciço de solo-cimento – Determinação da 
resistência à compressão e da absorção de água. 
o NBR 10832/1989 - Fabricação de tijolo maciço de solo-cimento com a 
utilização de prensa manual. 
o NBR 10833/1989 - Fabricação de tijolo maciço e bloco vazado de solo-
cimento com utilização de prensa hidráulica. 
o NBR 10834/1994 – Bloco vazado de solo-cimento sem função estrutural. 
o NBR 10835/1994 – Bloco vazado de solo-cimento sem função estrutural 
– Formas e dimensões. 
o NBR 10836/1994 - Bloco vazado de solo-cimento sem função estrutural – 
Determinação da resistência à compressão e da absorção de água. 
 8 
TTiijjoollooss ddee VViiddrroo 
 
Produção 
o Fundição de duas partes de vidro a altas temperaturas. 
o O resfriamento do vidro fundido faz a pressão interna do ar reduzir. 
Características 
o Peças ocas, estanques, preenchidas com ar rarefeito. 
o Bom isolamento térmico e acústico. 
o Várias colorações. 
Normas 
o NBR 14899-1/2002 - Blocos de vidro para a construção civil – Parte 1: 
Definições, requisitos e métodos de ensaio. 
 
 9 
11..11 AALLVVEENNAARRIIAA ddee VVEEDDAAÇÇÃÃOO 
Exigências: resistência mecânica, durabilidade, estanqueidade, 
isolamento térmico, isolamento acústico, resistência ao fogo. 
As alvenarias de vedação não têm função estrutural, mas estão 
sujeitas as seguintes cargas acidentais: 
 Deformações da estrutura de concreto 
 Recalques de fundações 
 Movimentações térmicas, etc. 
 
11..11..11 RREECCEEBBIIMMEENNTTOO DDOOSS BBLLOOCCOOSS//TTIIJJOOLLOOSS EEMM OOBBRRAA 
Exigências da normalização nacional para blocos de 
vedação: avaliação de dimensões, desvios de forma, percentual de 
vazios, absorção de água, material e resistência à compressão. 
a) Blocos cerâmicos para vedação 
 
 cada caminhão = 1 lote 
 amostra = 24 blocos aleatoriamente coletados em cada lote 
 
verificação visual: trincas, quebras, superfícies irregulares, deformações, não 
uniformidade de cor 
planeza das faces: com 
régua metálica plana em 
24 blocos de cada lote 
desvio de esquadro: desvio 
máximo:3 mm 
queima: 
 percussão com objeto 
metálico: som vibrante 
indica boa queima; som 
abafado indica bloco mal 
cozido 
 imersão em água por 4 
horas: desmanche ou 
esfarelamento indicam 
queima ruim 
 
 
 
 
 
 
Planeza das faces 
Desvio de esquadro 
 10 
 
Armazenamento dos blocos cerâmicos na obra 
 hpilha < 2m 
 próximo ao meio de transporte vertical (economia de tempo e 
redução de perdas) 
 evitar umidade excessiva 
b) Blocos de concreto para vedação 
 NBR 7173/82: cada caminhão = 1 lote 
verificação visual: em 20 blocos de cada lote: trincas, fraturas, superfícies e 
arestas irregulares, deformações, falta de homogeneidade; bloco aparente: 
pequenas lascas, imperfeições superficiais 
dimensões: medida com trena em 10 blocos de cada lote 
espessura da parede: medida com trena em 10 blocos de cada lote, na 
região mais estreita 
 
10 10 10 
1 
1 1 
2 2 2 
 11 
Critérios para aceitação ou rejeição do lote 
 verificação visual: 
- peças defeituosas  2  aceitação 
- peças defeituosas > 2  2a amostra (A2) 
- no blocos defeituosos (A1 + A2)  6  aceitação 
Se A1 e A2 forem rejeitadas, o lote deve ser rejeitado, ou todos os blocos 
devem ser inspecionados com separação dos defeituosos. 
 dimensões: dimensões nominais da NBR + 3mm, - 2mm (espessura 
mínima = 15 mm) 
 uniformidade dimensional: desvio máximo = 3mm 
 quebra excessiva: pode ser devida a uma cura deficiente dos blocos ou à 
baixa resistência mecânica. 
Armazenamento dos blocos de concreto na obra 
 hpilha  1,5 m 
 cobertos, protegidos da chuva 
 próximos ao meio de transporte vertical 
 12 
11..11..22 TTÉÉCCNNIICCAASS DDEE EEXXEECCUUÇÇÃÃOO DDEE AALLVVEENNAARRIIAASS 
 
ALVENARIA DE TIJOLOS E BLOCOS CERÂMICOS, BLOCOS 
DE CONCRETO e BLOCOS SÍLICO-CALCÁRIOS 
Normas Brasileiras: NBR 8545/1984 – Execução de alvenaria 
sem função estrutural de tijolos e blocos cerâmicos. 
Documentos de referência 
 projeto arquitetônico 
 projeto estrutural 
 projetos de instalações (hidráulico, elétrico, etc) 
 
Prazos mínimos para das início à execução das alvenarias 
 Concretagem do pavimento executada há, pelo menos, 45 dias. 
 Retirada total do escoramento da laje do pavimento há, pelo 
menos, 15 dias. 
 Ter sido retirado completamente o escoramento da laje do 
pavimento superior. 
 Realização de chapisco há, pelo menos, 3 dias. 
 
Justificativa: os prazos mínimos acima permitem que ocorra uma 
parcela significativa das deformações da estrutura de concreto 
armado, minimizando seus efeitos sobre a alvenaria de vedação. 
 
Etapas do método executivo: 
1. Preparação da superfície para receber a alvenaria 
2. Marcação da alvenaria 
3. Elevação da alvenaria 
4. Execução do respaldo 
 
 13 
MMÉÉTTOODDOO EEXXEECCUUTTIIVVOO 
1a etapa: PREPARAÇÃO DA SUPERFÍCIE 
1. Limpeza da base (laje ou viga de concreto armado) 
2. Lavagem (água) e escovação (escova de aço) da superfície de 
concreto 
3. Chapisco do concreto que ficará em contato com a alvenaria. 
O chapisco deve ser feito com 72 horas de antecedência. 
Podem ser aplicados três diferentes tipos de chapisco: 
CHAPISCO CONVENCIONAL 
 Argamassa de cimento e areia grossa 
 Traço 1:3 ou 1:4, em volume 
 Aplicação com colher de pedreiro, lançada energicamente contra a 
estrutura 
 Desperdício elevado 
CHAPISCO ROLADO 
 Argamassa de cimento e areia média, misturada a seco 
 Traço 1:4,5, em volume 
 Adicionar água e resina PVA (1 parte de PVA: 6 partes de água) 
 Aplicação com rolo para textura acrílica (2 a 3 demãos). A 
espessura final da camada fica em torno de 5 mm 
CHAPISCO COM ARGAMASSA COLANTE 
 Argamassa colante, preparada de acordo com a recomendação do 
fabricante 
 Aplicação com desempenadeira dentada 
 
CHAPISCO ROLADO 
 
ARGAMASSA COLANTE 
 
 14 
4. Marcação do alinhamento 
5. Definição da galga (definição da altura das fiadas da alvenaria) 
A galga é marcada com auxílio de nível de mangueira ou com aparelho 
de nível, nos pilares ou com auxílio de caibro ou escantilhão. São 
esticadas linhas de náilon. São marcadas também cotas de vergas e 
contravergas. 
 
 
 
 
 
 
 
O ponto mais alto da base define a cota da primeira fiada. Devem ser 
feitas, com argamassa, correções de desníveis na estrutura de concreto 
superiores a 2 cm, com pelo menos 24 horas de antecedência. 
6. Fixação dos dispositivos de amarração da alvenaria aos pilares 
 “Ferros-cabelo” – aço CA-50  5mm chumbado no pilar, a cada 2 
fiadas 
 Tela soldada aparafusada ao pilar, a cada 2 fiadas 
 
 
 
 
 15 
2a etapa: MARCAÇÃO DA ALVENARIA 
7. Molhagem do alinhamento 
8. Assentamento de blocos ou tijolos de extremidade 
9. Assentamento dos blocos intermediários 
 
 
3a etapa: ELEVAÇÃO DA ALVENARIA 
10. Iniciar a 2a fiada com ½ tijolo 
11. 3a fiada = 1a fiada; 4a fiada = 2a fiada, ... 
12. Juntas horizontais = 10 mm 
Juntas pouco espessas: mau desempenho do conjunto pela redução dacapacidade de absorver deformações. Mínimo = 8 mm. 
Juntas muito espessas: causam queda na resistência mecânica da 
alvenaria e maior consumo de argamassa. Máximo = 18 mm. 
FERRAMENTAS UTILIZADAS PARA A APLICAÇÃO DA ARGAMASSA 
 
 
 
 
 
 
 
Blocos junto aos pilares: deverão ser assentes com a argamassa da 
junta vertical já aplicada na sua face lateral, de modo que ela seja 
fortemente comprimida contra o pilar previamente chapiscado. O 
preenchimento posterior da junta pilar/alvenaria pode criar 
uma ligação fraca sujeita à fissuração. 
13. Verificar o prumo, nível e alinhamento de cada fiada 
Instrumentos: prumo de face, régua de nível e linhas de náilon. 
14. Não executar até o respaldo 
 16 
4a etapa: EXECUÇÃO DO RESPALDO 
O respaldo é a região de encontro entre a alvenaria e a estrutura 
do pavimento superior. Nesta região, podem ocorrer fissuras por 
retração da argamassa de assentamento da alvenaria e transmissão 
de esforços da estrutura à alvenaria. 
Deve-se esperar o maior tempo possível para executar o respaldo. 
 
Pode-se ter três situações possíveis quanto à interação 
alvenaria/estrutura: 
a) A alvenaria funciona como travamento da estrutura 
b) A alvenaria não funciona como travamento da estrutura, mas a 
estrutura que a envolve é deformável 
c) A alvenaria não funciona como travamento da estrutura e a 
estrutura que a envolve é pouco deformável 
 
Soluções para cada situação 
a) A alvenaria funciona como travamento da estrutura 
 É necessária uma ligação efetiva e rígida entre alvenaria e estrutura. 
 A alvenaria estará submetida a tensões elevadas, e devem resistir a 
essas tensões. 
 Soluções no respaldo: encunhamento ou argamassa expansiva. 
Encunhamento com tijolos maciços a 45º ou com cunhas de 
concreto pré-fabricadas. Nesse caso, é necessário deixar um espaço 
mínimo de 15 cm entre estrutura e alvenaria. 
 
 17 
Preenchimento com argamassa expansiva. Nesse caso, um espaço 
de 2 a 3 cm entre estrutura e alvenaria. 
Essa técnica pode gerar concentração de tensões em alguns pontos e 
problemas à alvenaria. 
 
 
 
 
b) A alvenaria não funciona como travamento da 
estrutura, mas a estrutura que a envolve é deformável 
 Exemplos: pórticos de grande vão, lajes cogumelo, estruturas em 
balanço, etc. 
 Soluções no respaldo: preenchimento com material deformável. 
Encunhamento com tijolos maciços a 45º com argamassa fraca 
Aplicação de espuma de poliuretano e acabamento 
 
 
 
 
 
Aplicação de argamassa rica em cal, com baixo consumo de 
cimento (exemplo: argamassa de traço 1:3:12) 
c) A alvenaria não funciona como travamento da 
estrutura e a estrutura que a envolve é pouco 
deformável 
 Soluções no respaldo: preenchimento com a própria argamassa de 
assentamento. 
 
 18 
DETALHES DE CONSTRUÇÃO 
1. Encontro entre paredes 
 L, T, cruz 
 O objetivo é evitar destacamento entre panos de alvenaria 
(fissuras), por meio de amarração. 
 O ideal é a utilização de blocos especiais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Se as juntas forem aprumadas, 
deve-se ter CAUTELA 
 maior rigidez de vigas e lajes 
 ferros ou telas metálicas nas 
juntas de assentamento 
 telas metálicas embutidas no 
revestimento 
 quando for esperada intensa 
movimentação, a junta deve 
ser tratada com selante flexível 
 
 
 
 19 
2. Juntas de controle 
 Servem para evitar fissuras causadas por 
movimentações térmicas e higroscópicas 
da alvenaria, e por retração por secagem 
da argamassa de assentamento. 
 Preenchimento com selante (acrílico, 
silicone, polissulfetos) 
 Ligação: fios de aço  = 4,2 ou 5 mm, nas 
juntas horizontais ímpares, passando 30 
cm para cada lado da junta. 
 
Valores indicativos para juntas de controle nas alvenarias de 
vedação 
Blocos ou tijolos 
assentados com 
argamassa mista, 
parede revestida/ 
impermeabilizada 
Comprimento máximo de parede ou distância máxima 
entre juntas de controle (metros) 
Paredes internas Paredes externas 
Sem 
aberturas 
Com 
aberturas 
Sem 
aberturas 
Com 
aberturas 
b14 b<14 b14 b<14 b14 b<14 b14 b<14 
cerâmico 
concreto 
sílico-calcário 
concreto celular 
solo-cimento 
12 
10 
9 
8 
7 
10 
8 
7 
7 
6 
10 
9 
8 
7 
6 
8 
7 
6 
6 
5 
10 
9 
8 
6 
5 
8 
7 
6 
5 
4 
9 
8 
7 
5 
4 
7 
6 
5 
4 
4 
 b = largura do bloco (cm) 
 valores para paredes sem telas ou armaduras contínuas 
 
 20 
3. Região das aberturas 
 Devem ser reforçadas com VERGAS e CONTRAVERGAS 
 A alvenaria deve ser elevada até uma fiada antes da altura do 
peitoril, para permitir a execução da contraverga. 
 As vergas e contravergas devem estender-se no mínimo 20 cm 
além da abertura. 
 No caso de aberturas sucessivas, com distanciamento inferior a 
60 cm, deve-se executar uma verga contínua. 
 Caso a altura da abertura atinja a face inferior da viga ou laje, a 
verga é desnecessária. 
 A seção transversal das vergas e contravergas deve ser no 
mínimo igual à seção transversal dos blocos/tijolos. 
 
Apoios mínimos recomendados para vergas e contravergas 
BLOCO CERÂMICO Verga Contraverg
a 
Comprimento da parede 
(m) 
<8 8 a 
12 
<6 6 a 12 
Vão (m) <2,4 <2,4 <2,4 <2,4 
Apoio mínimo (m) 0,2 0,3 0,3 0,4 
 
BLOCO DE CONCRETO Verga Contraverga 
Comprimento da parede 
(m) 
<6 6 a 
8 
>8 <6 6 a 
8 
>8 
Vão (m) <2,4 <2,4 <2,4 <2,4 <2,4 2,4 a 
3 
Apoio mínimo (m) 0,2 0,3 0,4 0,3 0,4 0,6 
 
BLOCO DE CONCRETO 
CELULAR 
Verga Contraverga 
Compr. da parede (m) <8 8 a 
12 
>12 <8 8 a 
12 
<8 8 a 
12 
Vão (m) <1,8 <1,8 1,8 a 
3,2 
0,5 a 1 1,8 a 3,2 
Apoio mínimo (m) 0,2 0,3 0,3 0,3 0,4 0,4 0,6 
 
 Para aberturas superiores a 2,4 metros, a verga deve ser 
calculada como uma viga. 
 
 21 
Cintas de amarração 
 hparede > 3m  cintas de amarração intermediárias 
 hparede > 5m  cálculo estrutural  alvenaria estrutural 
 22 
Técnicas de execução de vergas e contravergas 
TÉCNICA VANTAGENS/DESVANTAGENS 
Moldagem no local com fôrmas de 
madeira 
 Não permite a execução do apoio 
necessário 
 Reduz a produtividade, pois 
interrompe a elevação da alvenaria 
 Causa desperdícios de material e 
mão-de-obra 
Distribuição de barras de aço na junta 
de argamassa 
 Fraca aderência entre as barras de 
aço e a argamassa de 
assentamento 
 Risco de corrosão das barras 
Moldagem no local com emprego de 
blocos tipo canaleta, com duas barras 
de aço CA-50  = 6,3 mm e 
preenchimento com concreto fck 15 
MPa 
 Reduz a produtividade, pois 
interrompe a elevação da alvenaria 
Pré-fabricação de vergas e 
contravergas 
 Elementos são assentados como se 
fossem unidades da alvenaria 
 Não interrompe a elevação da 
alvenaria, resultando em maior 
produtividade 
 Peças padronizadas 
 23 
4. Embutimento de instalações 
 Forma tradicional: embutimento é feito posteriormente à 
elevação da alvenaria, por meio de cortes e rasgos na parede. 
 Implica em elevado desperdício de tempo e de materiais. 
 Cuidado: redução excessiva da seção do bloco torna necessário o 
reforço com tela metálica no revestimento 
 Cortes em paredes de blocos cerâmicos, blocos de concreto e blocos 
sílico-calcários: corte com auxílio de serra de disco de corte. 
 Cortes em paredes de blocos de concreto celular: rasgador manual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Forma racionalizada: emprego de shafts. 
 Instalações hidráulicas distribuídas ao longo da parede: emprego 
de paredes duplas de pequena espessura. Primeiro constrói-se 
uma delas (de fundo), onde serão fixadas as instalações, e 
posteriormente faz-se o fechamento com a outra, deixandoapenas os pontos de saída de água e entrada de esgoto. 
 Instalações elétricas: passagem dos eletrodutos por dentro dos 
furos dos componentes. As caixas elétricas devem ser instaladas 
nos blocos antes do assentamento dos mesmos (serra de 
bancada ou serra manual). 
 Instalações de água quente: prever isolamento da tubulação 
com: argamassa de amianto, argamassas específicas pré-
dosadas e tubos de espuma rígida. 
 Prumadas de luz, telefone, gás e sanitárias: emprego de shafts. 
 
 24 
5. Cuidados para evitar fissuração no último pavimento 
 25 
CCUUIIDDAADDOOSS DDIIVVEERRSSOOSS NNAA EELLEEVVAAÇÇÃÃOO DDAASS AALLVVEENNAARRIIAASS 
 Blocos secos de alta absorção devem ser umedecidos antes do 
assentamento. 
 As superfícies chapiscadas devem ser umedecidas antes de 
receberem contato com argamassa. 
 Paredes apoiadas em vigas ou lajes contínuas devem ser 
elevadas simultaneamente em todos os vãos. 
 A argamassa deve ser aplicada em excesso, e o posicionamento 
do bloco deve ser feito com pressão. 
 O piso deve ser revestido com lona plástica durante a elevação 
da alvenaria, para permitir o reaproveitamento da argamassa 
que cai. 
 Correções no nível e no prumo dos blocos devem ser feitas 
imediatamente após o assentamento. 
 Em alvenarias de tijolos/blocos à vista, o friso na junta deve ser 
feito entre 1 e 2 horas após o assentamento, cuidando para não 
tirar os blocos da posição. 
 Se a junta entre alvenaria e pilar for maior que 3 cm, a mesma 
deve ser preenchida com microconcreto. 
 As alvenarias de fachada devem ser chapiscadas logo após a 
elevação. 
 O não preenchimento das juntas verticais leva a uma redução da 
resistência da alvenaria a esforços laterais e a uma redução do 
isolamento acústico. 
 
MMEEDDIIDDAASS PPAARRAA RRAACCIIOONNAALLIIZZAAÇÇÃÃOO 
 Estoque organizado dos blocos. 
 Projeto para transporte dos blocos e execução da alvenaria. 
 Blocos moduláveis e seccionáveis, adequados a todo tipo de 
obra. Existem no mercado famílias de blocos que permitem 
incorporar detalhes construtivos, portas, janelas e instalações. 
Evita-se, assim, quebras e retrabalho. 
 Ferramentas especiais para execução. 
 Acondicionamento dos blocos para transporte (ex.: paletização).
 26 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
LORDSLEEM JR., Alberto Casado. Execução e inspeção de alvenaria racionalizada. 
São Paulo: O Nome da Rosa, 2000, 103p. 
THOMAZ, Ercio; HELENE, Paulo. Qualidade no projeto e na execução de alvenaria 
estrutural e de alvenarias de vedação em edifícios. São Paulo: EPUSP, 2000. 
(BT/PCC/252) 
Revista TÉCHNE. Blocos em carreira. São Paulo: PINI, No.64, julho 2002, p.30-35. 
Revista TÉCHNE. Como construir alvenaria de blocos de vidro. São Paulo: PINI, 
No.64, julho 2002, p.76-79.

Outros materiais