Buscar

Propedêutica otorrino resumo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Propedêutica: Cabeça e pescoço 
PROF. LÍVIA – PARTE 1.1 
Tem que ver algumas estruturas atrás dela e é bom reconhecê-las que vão nos auxiliar a 
reconhecer algumas estruturas do ouvido. 
Na membrana timpânica há a parte tensa que é 
composta por três folhetos de epitélio e a parte 
flácida com dois folhetos. ​É importante reconhecer 
o cabo do martelo/manúblio e o trígono/triângulo 
luminoso – que é um reflexo luminoso no momento 
que se faz a otoscopia​. ​Para facilitar na hora de 
descrever lesões na membrana timpânica, pode-se 
traçar uma linha imaginária que vai perpendicular 
mente ao martelo e transversal a ele. Então tudo 
que tiver para frente do rosto do paciente e acima 
da linha transversal é chamado quadrante 
ântero-superior e o que tiver posterior e acima desta 
linha transversal é quadrante póstero-superior e da 
mesma forma quadrante anterio-inferior e 
póstero-inferior​. ​A membrana timpânica é atingida 
pelo som que veio do meio externo e então ela vibra. 
Essa é a sua função, a de vibrar e transmitir o som 
que veio do meio externo para a orelha média. A orelha média é composta pela membrana 
timpânica e os ossículos – martelo, bigorna e estribo – os menores ossos do corpo​. ​A função da 
orelha média é a de continuar transmitindo mecanicamente o som e também a função de 
impedância – a gente sai de uma pressão externa/atmosférica e vai para uma outra bem 
diferente, a pressão da orelha média, que é diferente da do meio externo. Sendo o tímpano uma 
membrana que tem capacidade de vibração, a ​gente precisa equalizar essas pressões e essa 
função de equalizar também é da orelha média através da tuba auditiva. Então na parte do 
hipotímpano tem a abertura da tuba auditiva que vai até a nasofaringe. Algumas alterações 
quando subimos uma serra, a gente sente o ouvido tampado, isso ocorre porque ouve uma 
mudança muito rápida de pressão e o ouvido não teve tempo de equalizar. Quando ficamos 
gripado, o nariz fica inchado e o óstio da tuba auditiva fecha aí vamos ter uma sensação de 
ouvido tampado, cheio de líquido – plenitude auricular – justamente porque a tuba auditiva não 
está funcionando e não está equalizando a pressão entre o meio externo e interno. Quando já no 
tímpano, a onda faz ele vibrar (ele precisa estar integro para que isso ocorra da melhor forma). 
Junto ao tímpano temos o martelo que vibra e transmite para a bigorna e deste para o estribo. 
Esses três ossículos são fixados a partir de ligamentos. Saindo da orelha média e indo para a 
orelha interna, temos o estribo em contato com a janela oval e sua função é vibrar e fazer o 
movimento pistão na janela oval. Na cóclea há o labirinto externo que é ósseo e o interno que é 
membranoso, tem formato de espiral, tem duas voltas e meia quando é bem formada e dentro 
dela temos um líquido que é a endolinfa. Então temos o estribo em contado com a cóclea e aí 
temos a janela oval que vai fazer o movimento de pistão e vai mexer o líquido. Portanto vamos 
ter mudança do meio aéreo para o líquido da condução do estímulo sonoro. Dentro vamos ter a 
endolinfa e ela vai ser estimulada e desse movimento que o estribo faz vai criar ondas nessa 
endolinfa que vão se transmitir por toda a cóclea até seu giro apical. Vibrando, a endolinfa vai 
estimular o órgão de Corti que é onde vai ter a transferência do estímulo mecânico do meio 
líquido para elétrico que vai para o nervo troclear até o lobo occiptal que é onde vai ser captado 
o som e é feito o seu entendimento. 
 
Caso clínico 1 
Anamnese 
Chega no pronto socorro uma criança, masculino, 3 anos, por apresentando otalgia intensa a 
esquerda, irritabilidade, febre, tosse produtiva, congestão nasal e hiporexia/redução do apetite. 
A mãe hoje notou um gânglio doloroso no pescoço. A criança não tem outros sintomas, tem 
rinite alérgica na história pregressa, não tem alergia medicamentosa e desenvolvimento 
neuropsicomotor adequado. 
Exame físico 
Prostrada, 38ºC/febril. Aparelho cardiovascular: Taquicardia. Ap. Respiratório: roncos de 
transmissão audíveis bilateralmente, frequência respiratória de 20, abdome inocente, oroscopia 
normal, no pescoço tinha uma adenomegalia única na região infra-auricular esquerda, móvel, 
dolorosa, circunscrita e não aderida a planos profundos. 
O que poderia explicar a taquicardia? A dor, Febre – leva pensar que esteja com processo 
infeccioso. Os roncos de transmissão poderia ser o quê? Congestão nasal e é muito comum na 
criança. Portanto a causa é nasal mesmo e não pulmonar. 
Na oroscopia tinha uma imagem: Exame mostra membrana não tem reflexo muito bem definido, 
e está bem opaca, bem hiperemiada. O que chama a atenção: perda da transparência e 
opacificação da membrana timpânica que é característico de Otite média aguda. 
Caso clinico 2 
Homem, 35 anos, pedreiro. Procurou a USF porque tem otorreia e otorragia à direita recorrente 
desde a infância, com odor fétido, associado a hipoacusia/dificuldade para ouvir e zumbido 
ipsilateral. Nega exposição ocupacional/recreacional a ruídos e vertigem. Tabagista, a mãe é 
diabética e a avó usa aparelho de amplificação sonora bilateral. 
Exame físico: 
Otorreia bem purulenta. Otoscopia: perfuração da membrana timpânica. Por causa dessa 
perfuração, a audição dele não deve ser normal. Há uma erosão para o epitímpano. Portanto é 
um Colesteatoma (Neste caso é adquirido, tem também o congênito – o paciente já nasce), uma 
otite crônica, que se caracteriza por otorreia recorrente e fétida. O paciente não tem uma audição 
perfeita, vai ter zumbidos porque tem perda auditiva. As otites crônicas são classificadas em 
colesteatomatosas e não-colesteatomatosas, o que as diferencia é a presença de epitélio dentro 
da orelha média, quando há esse epitélio é classificada e chamada de colesteatomatosa. 
Caso clínco 3 
Paciente de 22 anos, feminino, professora, sofreu um acidente automobilístico há três dias e está 
no CTI grave, está entubada, sob uso de droga vasoativa, acompanhada pela neurocirurgia por 
edema cerebral importante. Há o sinal do guaxinim que é um hematoma periorbital e uma 
equimose periorbital e outra retroauricular que tem mesma origem que é sinal de fratura de base 
de crânio. 
Na otoscopia: se há sangue retrotimpânico é também chamado de hemotímpano. Grandes 
impactos na orelha média causa rupturas de vasos e causa esses casos. 
Outros sinais que podem ser vistos na otoscopia: tímpano integro, com presença de nível liquido 
e coloração âmbar. Um quadro típico de otite media com efusão tem características como 
acúmulo de líquido dentro do ouvido médio. 
Quadro característico de otite média aguda é que há bastante edema, opacização da membrana, 
aumento da vascularização e hiperemia. Na timpanosclerose ocorre uma cicatriz no tímpano, 
uma placa. Outro tipo de otite é a fúngica que se caracteriza por secreção e hifas no conduto 
auditivo externo, muito presenta no verão. 
O cerume tem que existir, algumas pessoas produzem mais queo normal, algumas vezes é 
acumulado pelo uso de contonete. Quando o paciente está com muito cerume no ouvido pode 
sentir hiporacusia, dor e zumbidos. 
 
 
Para reforçar os sinais e sintomas: 
Otalgia é a dor de ouvido e devemos investigar a sua causa, se ela é realmente no ouvido ou 
algo externo próximo ao ouvido que causa a dor. É muito comum o paciente estar com a dor e 
depois de fazer o exame a otoscopia estar normal. Isso leva a pensar numa causa extraotológica 
como uma dor dentária, sinusite, disfunção temporomandipular (DTM). Por isso nem sempre a 
otalgia é sinal de problema no ouvido. 
Otorreia: saída de líquido pelo ouvido e pode ser claro, seroso, mucoso, pururlento ou 
sangnolento. 
Fístulas: seria a continuação do ouvido com o crânio, causado por ruptura da meninge e 
extravasamento de líquor. 
Otorragia: saída de sangue pelo conduto auditivo externo, principalmente causado por 
lacerações, trauma, e também fratura de base de crânio e osso temporal. 
Prurido: muito comum. A otite fúngica causa um prurido muito intenso. Casos escamativos, 
eczema, psoríase onde o paciente vai ter muito prurido. 
Disacusia​: perda da capacidade auditiva, a dificuldade de ouvir. Ela pode ser de leve a 
moderada e chamamos de hipoacusia. Mais acentuada é surdez ou quando o paciente não escuta 
absolutamente nada a gente chama de anacusia/cofose. 
De acordo com a localização da hipoacusia a gente pode classificar de duas formas: hipoacusia 
condutiva que seria alguma obstrução na passagem sonora que pode ser uma bolha de cerume, 
uma lesão no tímpano, um corpo estranho ou um problema na cadeia ossicular atrapalhando a 
condução do estímulo sonoro. Já quando temos lesões na cóclea até a parte cerebral é chamada 
de hipoacusia neurosensorial. 
Zumbidos: sensação acústica subjetiva, o paciente ouve um som que não existe. Não existe um 
estimulo exterior para gerar esse som. É bom questionar ao paciente se é unilateral, bilateral, o 
que o causa? O zumbido pode ser objetivo, isso ocorre quando o examinador pode ouvir o 
zumbido do paciente e geralmente ocorre com fasciculações da musculatura próxima a região do 
ouvido. 
Vertigem: o paciente refere que tudo em volta gira, roda ou então que tem um desequilíbrio. 
Em aguns livros há uma diferença entre tontura e vertigem, sendo que a tontura seria os quadros 
de desequilíbrio e a vertigem essa sensação rotatória, que tudo em volta está rodando.

Outros materiais