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NOcoES DE DIREITO DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA Declaracao Universal dos Direitos Humanos – DUDH Parte I 2017033116012540

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Direitos Humanos | Material de Apoio 
Prof: Marcelo Miranda | professormiranda@live.com
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1 
Declaração Universal dos Direitos do Homem – DUDH - 1948 
1. Antecedentes e afirmação histórica dos Direitos Humanos
O presente estudo nos leva a compreender o surgimento dos primeiros direitos que protegem a dignidade da pessoa 
humana. 
Em linhas gerais diversos pensadores, filósofos e fatos históricos criaram o conceito de humanidade levando à 
construção dos Direitos Humanos como conhecemos na modernidade. Passamos a partir de agora a destacar no 
quadro abaixo os principais valores e referências mais cobradas em concursos públicos: 
Grécia e Atenas – A pessoa humana surge como objeto de reflexão. Momento em que os costumes e leis são tidos 
como fundamento da sociedade e a “vida” começa a ser regrada. 
Cristianismo – Os fundamentos de amor ao próximo, igualdade e fraternidade são elementares para o conceito do 
homem espelhado em Jesus Cristo. Jesus passa a ser um modelo existencial que tem como defesa primordial o ser 
humano. 
 Magna Charta Libertatum (Magna Carta das Liberdades ou, apenas, Magna Carta), Inglaterra, 15 de junho de 1215 é 
uma declaração feita pelo Rei João “Sem-Terra”. Limita os poderes do Rei, conferindo maior poder aos nobres. Em 
suma, surge a liberdade como manifestação dos Direitos Humanos. Traz como inovação essencial o principal 
princípio do processo, o do devido processo legal: ninguém será turbado de seus bens, assim como de sua liberdade 
sem o devido processo legal. 
 Habeas Corpus Act (Lei de Habeas Corpus), Inglaterra, 1679, estabelece o procedimento judicial da ação de habeas 
corpus, cujo objetivo era garantir a liberdade de locomoção. O principal direito evoluído neste momento é o que se 
refere às liberdades pessoais. 
Bill of Rights (Petição de Direitos ou Declaração de Direitos), Inglaterra, 1689, Parlamento inglês, Revolução Gloriosa. 
Restringe o poder real, amplia os do Parlamento, consolidando a monarquia constitucional e estabelece a garantia 
da separação dos Poderes. 
Declaração de Direitos do Bom Povo da Virgínia, EUA, 16 de junho de 1776, surgem direitos “inatos”, como a vida, a 
liberdade, a propriedade e a igualdade perante a lei. Inspirou a independência dos EUA em 1776 (marco importante 
para os Direitos Humanos). 
Revolução Francesa e a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, França, 26 de agosto de 1789, aprovada 
pela Assembléia Nacional, durante a Revolução Francesa, previa inúmeros direitos civis e políticos, beneficiando 
especialmente a burguesia. 
Movimentos operários, de meados do século XIX, alavancaram as discussões e cobraram a realização de direitos 
econômicos e sociais. 
Primeira Guerra Mundial (1914 a 1918), com todas as suas desastrosas consequências, promove a discussão, ainda 
que incipiente, no cenário internacional, do ser humano como sujeito de direitos, carentes de promoção e proteção. 
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Direitos Humanos | Material de Apoio 
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Liga das Nações (ou Sociedade das Nações), criada pelos países que saíram vitoriosos da Primeira Guerra como uma 
organização internacional, cujo objetivo principal era a preservação da paz mundial e a resolução pacífica dos 
conflitos. 
Constituição Mexicana, 1917, foi a primeira prever inúmeros direitos sociais (trabalhistas e previdenciários) dos 
trabalhadores, como direitos fundamentais, ao lado dos direitos civis e políticos. 
Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945) leva a afirmação da ideia do ser humano como sujeito de direitos em todos 
os lugares, dotado de dignidade, promovendo a necessidade da proteção internacional de direitos fundamentais, 
consolidando o Direito Internacional dos Direitos Humanos. 
Organização das Nações Unidas (ONU), criada a partir da aprovação da Carta das Nações Unidas, em São Francisco, 
nos EUA, 1945 e que tem como um de seus objetivos a promoção dos direitos humanos, em todo o planeta 
Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) é o mais importante documento internacional de direitos 
humanos, tendo sido adotada e proclamada no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU), em 10 de 
dezembro de 1948 e veiculada pela Resolução n. 217-A, da Assembléia Geral da ONU. 
Atenção: A DUDH estabelece, pela primeira vez, de forma expressa, a proteção universal dos direitos humanos. 
2. Declaração Universal dos Direitos do Humanos (DUDH) 
2.1. Introdução 
Dados os elementos históricos acima considerados, podemos compreender que todos os pensadores e filósofos, as 
religiões, e somando a tais os fatos históricos, tudo o que influenciou na construção do conjunto ideológico dos 
Direitos Humanos também refletiu de forma incisiva do conteúdo da Declaração Universal dos Direitos Humanos. 
Logo após o término da Segunda Guerra Mundial (1945), tamanhas as barbáries que dominaram o mundo em 
guerra, a comunidade internacional percebeu com maior veemência a necessidade de proteger os direitos da pessoa 
humana e sua dignidade como ideal máximo. No mesmo ano foi editada a Carta das Nações Unidas que serviu de 
elemento para a consolidação do movimento de internacionalização dos direitos humanos, elevando a promoção de 
tais direitos a propósito e finalidade culminando na criação da Organização das Nações Unidas (ONU, 1945). 
A DUDH foi editada pela ONU aos 10/12/1948 por 48 Estados tendo 8 abstenções. Dentre os que se abstiveram 
temos: Bielo-Rússia, Checoslováquia, Polônia, Arábia Saudita, Ucrânia, URSS, África do Sul e Iugoslávia. Foram poucas 
abstenções e nenhuma reserva ou questionamento, tendo sido a DUDH a fonte motriz dos sistemas de direitos 
humanos existentes na atualidade. 
Convém destacarmos uma “rivalidade” existente na época da publicação da DUDH. O pós segunda guerra mundial 
gerou fortalecimento dos EUA e URSS, que eram aliados e que viriam a jogar sua influência sobre o mundo moderno. 
Porém, historicamente sabemos que os EUA possui uma concepção capitalista, enquanto que a URSS adota um 
regime comunista. Esta crucial diferenciação fez com que os EUA, no âmbito da ONU, visassem priorizar liberalismo 
e mínima regulação de direitos, contrapondo-se à ideia de intervenção ostensiva do Estado na sociedade. Esse 
confronto foi mundialmente conhecido como Guerra Fria. 
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Finalmente sabemos que os EUA foram vitoriosos em sua influência capitalista, de modo que a DUDH intensificou 
direitos de primeira dimensão (liberdades) e de segunda dimensão (igualdade). Deixando de fora, ao menos de 
forma explícita, os direitos de terceira dimensão – como veremos adiante. 
 
2.2. Características e dimensões de direitos 
Sobre sua extensão a Declaração visa a adoção dos direitos humanos por todos os países, não só aqueles membros 
da ONU. Em seu preâmbulo está previsto que a Declaração se coloca, justamente, como o “ideal comum” a ser 
atingido por todos os povos e todas as nações. Aí a característica da universalidade conforme estudado 
anteriormente. 
A Declaração foi adotada e proclamada pela Resolução nº 217 A (III) da Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 
de dezembro de 1948. Assinada pelo Brasil na mesma data, a partir de então ocorreu a caracterização, para a 
formação e a cristalização dos direitos humanos na órbita internacional. A dignidade da pessoa humana foi inserida 
como um dos principais interesses da sociedade internacional, podendo mitigar, inclusive a soberania dos Estados no 
que atine à condução de tais direitos. 
Por ser, ainda na atualidade, o principal instrumento global de proteção aos Direitos Humanos, a DUDH é muito 
cobrada em provas de concursospúblicos. Asism, convém um estudo pormenorizado se seus artigos. 
Quadro dimensão de direitos humanos fundamentais e a DUDH: 
1ª Dimensão dos Direitos Humanos Artigo 1º ao artigo 21. Consenso na comunidade 
internacional. 
2ª Dimensão dos Direitos Humanos Artigo 22 ao artigo 30. Houve discussão – em especial 
entre EUA X URSS – porém 
prevaleceu a tese de proteção a 
esses direitos. 
3ª Dimensão dos Direitos Humanos Não há previsão direta, mas apenas algumas referências ao longo do texto. 
Os direitos dessa geração foram concebidos mais tarde, razão pela qual 
não constam da DUDH. 
 
Atenção! Para sua prova lembre que a DUDH não traz explicitamente os direitos de terceira dimensão, isso 
efetivamente ocorrerá na década seguinte. O que este documento faz é tão somente “alertar” para existência de tais 
direitos. 
 Caiu em concurso!! CESPE/DEPEN – Direitos Humanos e Cidadania – Agente Penitenciário Federal – 2015 
Consensualmente considerada um prolongamento natural da Carta da Organização das Nações Unidas (ONU, 1945), 
a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) foi aprovada pela Assembleia-geral da ONU em 1948 
(Resolução 217-A). O documento reflete o desejo de paz, justiça, desenvolvimento e cooperação internacional que 
tomou conta de quase todo o mundo após duas grandes guerras no espaço de apenas duas décadas. Com relação a 
esse assunto, julgue os itens que se seguem: “A internacionalização dos direitos humanos, objetivo central da 
DUDH, é uma forma de resposta ao mal absoluto que caracterizou regimes políticos como o nazismo, de que o 
genocídio promovido em campos de extermínio seria o exemplo mais dramático.” Certo ou Errado? 
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2.3. Direitos expressos na DUDH: 
Abaixo listamos os principais direitos expressos da declaração: 
 vida, liberdade e segurança pessoal; 
 proibição de escravidão e servidão; 
 proibição de tortura e tratamento cruel, desumano ou degradante; 
 reconhecimento como pessoa; 
 igualdade; 
 proibição de prisão arbitrária; 
 justa e pública audiência perante um tribunal independente e imparcial; 
 presunção de inocência; 
 vida privada; 
 liberdade de locomoção; 
 direito de asilo, que não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente motivada por crime de 
direito comum; 
 direito a ter uma nacionalidade; 
 contrair matrimônio e fundar uma família; 
 propriedade; 
 liberdade de pensamento, consciência e religião; 
 liberdade de reunião e associação pacífica; 
 fazer parte do governo do país; 
 acesso ao serviço público do país; 
 segurança social; 
 trabalho; 
 repouso e lazer; 
 padrão de vida capaz de assegurar-lhe, e à sua família, saúde e bem-estar, inclusive alimentação vestuário, 
habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis; 
 instrução (educação); e 
 participar livremente da vida cultural. 
2.4. Força normativa da DUDH 
A Resolução que aprovou a DUDH não tem força de lei. Doutrina entende que a DUDH entra no ordenamento como 
resolução e não como tratado. 
Sobre o tema a maior expressão doutrinária internacional declara a plenitude da força jurídica da DUDH pois: 
 Admite força jurídica vinculante; 
 Corte Internacional de Justiça já se manifestou no sentido do poder vinculante da DUDH 
Por que? 
Argumentação internacional: A DUDH constitui norma jurídica vinculante porque integra o direito costumeiro e os 
princípios gerais de direito, pois (a) as constituições – a exemplo da do Brasil – incorporaram seus preceitos no texto; 
(b) a ONU, em seus diversos documentos, faz remissões ao seu texto, alertando para o seu caráter obrigatório; e (c) 
várias decisões proferidas pelas diversas cortes internacionais referem-se à DUDH como fonte do direito. 
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Assim, trazemos a corrente majoritária para fins de prova de concurso: a Declaração Universal de 1948, ainda que 
não assuma a forma de tratado internacional, apresenta força jurídica obrigatória e vinculante, na medida em que 
constitui a interpretação autorizada da expressão ‘direitos humanos’, constante dos art. 1º, 3 e art. 55 da Carta das 
Nações Unidas. Prof.ª Flávia Piovesan 
2.5. Declaração Universal dos Direitos Humanos (íntegra) 
Neste ponto, a partir do momento em que o aluno já reconhece o conteúdo, valores históricos e ambientação sobre 
a Declaração, recomendamos uma leitura completa da DUDH – 30 artigos: 
Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus 
direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo, 
Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos resultam em atos bárbaros que ultrajam a 
consciência da humanidade e que o advento de um mundo em que os homens gozem de liberdade de palavra, de 
crença e da liberdade de viverem a salvo do temor e da necessidade foi proclamado como a mais alta aspiração do 
homem comum, 
Considerando essencial que os direitos humanos sejam protegidos pelo Estado de Direito, para que o homem não 
seja compelido, como último recurso, à rebelião contra a tirania e a opressão, 
Considerando essencial promover o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações, 
Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta, sua fé nos direitos humanos fundamentais, na 
dignidade e no valor da pessoa humana e na igualdade de direitos dos homens e das mulheres, e que decidiram 
promover o progresso social e melhores condições de vida em uma liberdade mais ampla, 
Considerando que os Estados-Membros se comprometeram a promover, em cooperação com as Nações Unidas, o 
respeito universal aos direitos humanos e liberdades fundamentais e a observância desses direitos e liberdades, 
Considerando que uma compreensão comum desses direitos e liberdades é da mais alta importância para o pleno 
cumprimento desse compromisso, 
A Assembléia Geral proclama: 
A presente Declaração Universal dos Direitos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e 
todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta 
Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, 
pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a 
sua observância universal e efetiva, tanto entre os povos dos próprios Estados-Membros, quanto entre os povos dos 
territórios sob sua jurisdição. 
Artigo 1º - Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e 
devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade. 
Artigo2º - Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidas nesta Declaração, sem 
distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem 
nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição. 
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Não será tampouco feita qualquer distinção fundada na condição política, jurídica ou internacional do país ou 
território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um território independente, sob tutela, sem governo próprio, 
quer sujeito a qualquer outra limitação de soberania. 
Artigo 3º - Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. 
Artigo 4º - Ninguém será mantido emescravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos 
em todas as suas formas. 
Artigo 5º - Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante. 
Artigo 6º - Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecida como pessoa perante a lei. 
Artigo 7º - Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm 
direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer 
incitamento a tal discriminação. 
Artigo 8º - Toda pessoa tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes remédio efetivo para os atos que 
violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei. 
Artigo 9º - Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado. 
Artigo 10 - Toda pessoa tem direito, em plena igualdade, a uma audiência justa e pública por parte de um tribunal 
independente e imparcial, para decidir sobre seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusação 
criminal contra ele. 
Artigo 11 - §1. Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser presumida inocente até que a sua 
culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas 
todas as garantias necessárias à sua defesa. 
§2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não constituíam delito perante 
o direito nacional ou internacional. Tampouco será imposta pena mais forte do que aquela que, no momento da 
prática, era aplicável ao ato delituoso. 
Artigo 12 - Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua 
correspondência, nem a ataques à sua honra e reputação. Toda pessoa tem direito à proteção da lei contra tais 
interferências ou ataques. 
Artigo13 - §1. Toda pessoa tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das fronteiras de cada 
Estado.§2. Toda pessoa tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio, e a este regressar. 
Artigo 14 - §1. Toda pessoa, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros países. §2. 
Este direito não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente motivada por crimes de direito comum ou 
por atos contrários aos propósitos e princípios das Nações Unidas. 
Artigo 15 - §1. Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade. §2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua 
nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade. 
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Artigo 16 - Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça, nacionalidade ou religião, têm o 
direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais direitos em relação ao casamento, sua duração 
e sua dissolução. §1. O casamento não será válido senão como o livre e pleno consentimento dos nubentes. §2. A 
família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção da sociedade e do Estado. 
Artigo 17 - §1. Toda pessoa tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros. §2. Ninguém será 
arbitrariamente privado de sua propriedade. 
Artigo 18 - Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade 
de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo 
culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular. 
Artigo 19 - Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem 
interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e 
independentemente de fronteiras. 
Artigo 20 - §1. Toda pessoa tem direito à liberdade de reunião e associação pacíficas. §2. Ninguém pode ser 
obrigado a fazer parte de uma associação. 
Artigo 21 - §1. Toda pessoa tem o direito de tomar parte no governo de seu país, diretamente ou por intermédio 
de representantes livremente escolhidos. §2.Toda pessoa tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país. 
§3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo; esta vontade será expressa em eleições periódicas e 
legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou processo equivalente que assegure a liberdade de voto. 
Artigo 22 - Toda pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social e à realização, pelo esforço 
nacional, pela cooperação internacional de acordo com a organização e recursos de cada Estado, dos direitos 
econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade. 
Artigo 23 - §1. Toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de 
trabalho e à proteção contra o desemprego. §2. Toda pessoa, sem qualquer distinção, tem direito a igual 
remuneração por igual trabalho. §3. Toda pessoa que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, 
que lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana, e a que se 
acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social. §4. Toda pessoa tem direito a organizar sindicatos e a 
neles ingressar para a proteção de seus interesses. 
Artigo 24 - Toda pessoa tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de trabalho e a férias 
periódicas remuneradas. 
Artigo 25 - §1. Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem-
estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à 
segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de 
subsistência em circunstâncias fora de seu controle. §2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e 
assistência especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou fora de matrimônio, gozarão da mesma proteção social. 
Artigo 26 - §1. Toda pessoa tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e 
fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem 
como a instrução superior, esta baseada no mérito. §2. A instrução será orientada no sentido do pleno 
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desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e pelas 
liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e 
grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz. §3. Os 
pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos. 
Artigo 27 - §1. Toda pessoa tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir as artes 
e de participar do processo científico e de seus benefícios. §2. Toda pessoa tem direito à proteção dos interesses 
morais e materiais decorrentes de qualquer produção científica, literária ou artística da qual seja autor. 
Artigo 28 - Toda pessoa tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos e liberdades estabelecidos 
na presente Declaração possam ser plenamente realizados. 
Artigo 29 - §1. Toda pessoa tem deveres para com a comunidade, em que o livre e pleno desenvolvimento de sua 
personalidade é possível. §2. No exercício de seus direitos e liberdades, toda pessoa estará sujeita apenas às 
limitações determinadaspor lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento e respeito dos 
direitos e liberdades de outrem e de satisfazer às justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar de 
uma sociedade democrática. §3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos 
contrariamente aos propósitos e princípios das Nações Unidas. 
Artigo 30 - Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como o reconhecimento a qualquer 
Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado à destruição 
de quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos. 
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