Buscar

Aula 3 Fisiologia Muscular e Neurofisiologia

Prévia do material em texto

Professora Lidiane Meyre
lidianesilvafisio@gmail.com
Cinesiologia e Biomecânica 
aplicada à Educação Física e 
ao esporte
Aula 3: Fisiologia Muscular e 
Neurofisiologia
Fibras Musculares
 Tipos histológicos
(LIPPERT, 2008; ENOKA, 2001; HAMILL; KNUTZEN, 2008)
Fibras Musculares
 Distribuição
(LIPPERT, 2008; ENOKA, 2001; HAMILL; KNUTZEN, 2008)
Propriedades
 Irritabilidade
◦Capacidade de responder a um estímulo
◦Um dos tecidos mais sensíveis e reativos do 
corpo
 Contratilidade
◦Capacidade de se encurtar ao receber 
estimulação eficiente
(LIPPERT, 2008; ENOKA, 2001; HAMILL; KNUTZEN, 2008)
Propriedades
 Extensibilidade
◦Capacidade de alongar além do comprimento 
de repouso
 Elasticidade
◦Capacidade da fibra de retornar ao seu 
comprimento de repouso
(LIPPERT, 2008; ENOKA, 2001; HAMILL; KNUTZEN, 2008)
Estrutura Muscular
 Um músculo ou um grupo de músculos são 
revestidos por uma lâmina ou faixa de tecido 
conjuntivo -Fáscia
 Compartimentos de acordo com a função 
muscular.
 Tela subcutânea -separa a fáscia do músculo da 
pele.
◦Tecido conjuntivo frouxo e tecido adiposo.
◦Via para os vasos sanguíneos, nervos e vasos linfáticos 
penetrarem no músculo 
(TORTORA, 2007).
(HAMILL; KNUTZEN, 2008)
Bainhas Envoltórias
 Epimísio
◦Reveste o músculo 
 Perimísio
◦Reveste um feixe ou fascículo de fibras
 Endomísio
◦Reveste cada fibra muscular
 As três camadas estendem-se tendões 
(HAMILL; KNUTZEN, 2008)
Tendões
 Tecido conjuntivo denso
modelado, composto de
feixes paralelos de fibras
colágenas que se fundem
com a fáscia.
(TORTORA, 2007; ROHEN et al., 1998)
Bainhas Tendíneas
 Estruturas semelhantes a bolsas 
(bursas), encontradas em alguns 
tendões.
 2 camadas: interna e externa
 Líquido sinovial
 Função de reduzir o atrito entre os 
tendões.
(TORTORA, 2007; ROHEN et al., 1998)
Inserção Muscular
 Diretamente no osso –fusão entre o epimísio e 
a superfície do osso.
 Tendão
 Aponeuroses –bainhas de tecido fibroso que 
se fixam ao osso.
(HAMILL; KNUTZEN, 2008)
Inserção Muscular
(HAMILL; KNUTZEN, 2008)
Origem e Inserção
 Os músculos estão fixados aos ossos e
atravessam pelo menos uma articulação.
 Origem –ligação mais proximal.
 Inserção –ligação mais distal.
 Os músculos tracionam igualmente ambas as
extremidades
 Um segmento move-se em relação ao outro.
◦Força estabilizadora de músculos adjacentes em
segmentos específicos.
(HAMILL; KNUTZEN, 2008; LIPPERT, 2008)
Organização das fibras
 As fibras musculares estão arranjadas de forma 
paralela ou obliquamente em relação ao eixo 
longo do músculo.
 Fibras paralelas
◦Mais longas
◦Maior amplitude potencial de movimento
 Fibras oblíquas
◦Mais curtas
◦Mais numerosas por área
◦Maior potencial de força (LIPPERT, 2003)
Organização das Fibras
 Fibras paralelas
◦Fitáceos
 Longos e finos
◦Fusiforme
 Formato semelhando a um fuso
 Mais largo no meio e afila-se nas extremidades
◦Rombóides
 Normalmente achatado e tem 4 bordas, com fixações largas em
cada extremidade
◦Triangular
 Fixação estreita e irradiam até uma fixação larga na outra
extremidade (LIPPERT, 2003)
Organização das Fibras
Fitáceo Fusiforme
Paralelas
(SOBOTTA, 2000; LIPPERT, 2008) 
Organização das 
Fibras
 Fibras oblíquas
◦Unipenado
 As fibras afastam-se 
diagonalmente com relação a um tendão central
◦Bipenado
 As fibras afastam-se diagonalmente em ambos 
os lados de um tendão
◦Multipenado
 Tem muitos tendões, com fibras oblíquas no 
centro.
(LIPPERT, 2003; HAMILL; KNUTZEN, 2008)
Denominação
 Localização -Tibial anterior
 Formato -Músculo trapézio
 Ação -Extensor ulnar do carpo
 Número de cabeças ou divisões -Tríceps braquial / 
bíceps femoral
 Fixações (origem/inserção) -Músculo 
esternocleidomastóideo
 Direção das fibras -Músculos oblíquos internos e 
externos do abdome
 Tamanho do músculo -Peitorais maior e menor
(LIPPERT, 2008) 
Contração Muscular
Lactato
Tipos de fibras musculares
 Classificação
Fibras tipo I Contração lenta 
Fibras tipo II A Contração intermediária 
Fibras tipo II B Contração rápida
Classificação 
 Contração Lenta (Tipo I)
Diâmetro da fibra muscular pequeno
Cor vermelha escura
Grande quantidade de mitocôndrias e mioglobinas
Baixo conteúdo de glicogênio
Principal fonte de ATP–Fosforilação Oxidativa
Velocidade de contração lenta
Velocidade de fadiga lenta
Ex. Anti-gravitacionários
Classificação 
 Contração Intermediaria (Tipo II A)
Diâmetro da fibra muscular intermediário
Cor vermelha
Grande quantidade de mitocôndrias
Conteúdo intermediário de glicogênio
Principal fonte de ATP–Fosforilação Oxidativa
Velocidade de contração intermediária
Velocidade de fadiga intermediária
Classificação 
 Contração Rápida (Tipo II B)
Diâmetro da fibra muscular grande
Cor branca
Pobre em mitocôndrias
Conteúdo elevado de glicogênio
Principal fonte de ATP–Glicólise
Velocidade de contração rápida
Velocidade de fadiga rápida
Ex. Orbicular do olho
Fibras Musculares
(Adaptado de ENOKA, 2001)
Diferentes tipos de atividades 
Predominância de um determinado tipos de 
fibra muscular
Atleta de 50 metros rasos 
Fibras rápidas 
Tipo IIB
Atleta de maratona 
Fibras lentas Tipo I
Unidade Motora
 É o número de fibras 
musculares inervadas 
por uma única fibra 
nervosa motora.
Unidade Motora
 Uma fibra muscular só 
recebe a inervação de 
um único motoneurônio, 
mas um motoneurônio
pode inervar várias 
fibras musculares.
Razão de Inervação
 É o número médio de fibras musculares por 
unidade motora em um dado músculo.
RI= FM/FN
 RI–razão de inervação
 FM–número de fibras musculares
 FN–número de fibras nervosas motoras
Razão de Inervação
 Taxa de inervação baixa
1 motoneurônio:10 fibras
 Taxa de inervação alta
1 motoneurônio:1000 fibras
Razão de Inervação
 O valor da taxa de inervação se relaciona 
com a delicadeza e precisão do movimento
Taxa de inervação baixa 
Músculos oculares e dos dedos 
Precisão 
Taxa de inervação alta 
Músculo quadríceps
Força 
Profa Lidiane Meyre
Neurofisiologia dos Músculos
Estruturas Neurofisiológicas
 RECEPTORES
Articulares 
Musculares
“Detectam alterações de tensão e posição das 
estruturas nas quais os receptores estão situados”
Receptores Sensoriais
 Proprioceptores: órgãos sensoriais encontrados 
dentro dos músculos e das articulações, com a 
função de conduzir informações para o SNC a 
partir de:
◦Músculos;
◦Tendões;
◦Ligamentos;
◦Articulações.
Fusos musculares
Órgaos tendinosos de Golgi
Ação dos Receptores Articulares
 Estimulados –(Forças deformadoras)Deformação 
do receptor
 Impulso Nervoso (Aferente) 
 Medula Espinhal
 SNC 
Ângulo e da velocidade de movimento e quantidade 
de compressão ou tração articular
Órgãos Tendinosos de Golgi
 Encontram-se nas fáscias e no tendão e 
próximo a junção tendão/músculo
 Informam o córtex sobre a tensão nos tendões e 
sobre a velocidade de alteração da tensão
 Prevenção das lesões devido a contração 
excessiva
 São conectadas +/-10 a 15 fibras musculares 
para cada OTG em série
(AdaptadoDE WILMORE; COSTILL, 2005)
Órgãos Tendinosos de Golgi
Ação do OTG
Fuso Muscular
“É um receptor especializado, constituído de fibras 
musculares especiais -intrafusais, terminações 
sensoriais e motoras”
“Informar sobre alterações no comprimentoe 
velocidade com que esse comprimento se altera”
“São sensíveis as alterações de comprimento 
muscular”
Ação do Fuso Muscular
Ação do Fuso Muscular/OTG
Tipos de Contração Muscular
ISOTÔNICA
“ Forma dinâmica de exercício executado
contra uma dada resistência a medida que o
músculo se alonga ou encurta na amplitude
existente.”
(Bandy e Sanders, 2003)
ISOTÔNICA
A tensão varia a medida que o músculo se 
encurta ou se alonga através da ADM.
A tensão muscular máxima ocorre somente em 
um ponto da amplitude, realizando-se com uma carga fixa.
ISOTÔNICA
 CONCÊNTRICA
Contração muscular em que uma força interna 
produzida pelo músculo supera a força externa, 
possibilitando ao músculo encurtar-se e produzir 
movimento
ISOTÔNICA
 EXCÊNTRICA
Contração muscular em que uma força interna
produzida pelo músculo é inferior a força externa,
possibilitando ao músculo alongar-se e produzir
movimento.
ISOMÉTRICA
“ Forma de contração muscular sem uma mudança 
expressiva no comprimento ou sem movimento 
articular visível”
(Bandy e Sanders, 2003)
TERMINOLOGIA DA ATIVIDADE 
MUSCULAR - Fixação e ação
 Origem
 Inserção
 Ações
Terminologia da Atividade Muscular
Função
Agonista
Antagonista
Sinergista
Músculo Agonista
 Motor Principal
 “É o principal músculo responsável por produzir 
um movimento articular”
 “Atua tanto em contração concêntrica, 
excêntrica ou isométrica
Músculo Antagonista 
 “É um músculo que não está se contraindo,
portanto, nem auxilia nem resiste ao movimento.
Entretanto, passivamente se alonga ou encurta
para permitir o movimento”
Músculo Sinergista
 Agonista Secundário
 “É o músculo que atua juntamente com o
agonista, auxiliando o movimento ou
manutenção da postura”
Músculo Sinergista
 Agonista Secundário
 “Ativado automaticamente para estabilizar ou
impedir uma ação indesejada de um agonista,
permitindo um movimento adequado”
 “Permite ação muscular nas articulações distais,
atuando de forma isométrica nas articulações
proximais”
Referências Bibliográfica
 Bandy WD, Sandres B. Exercícios Terapêuticos:
Técnicas para intervenção. 1a ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan; 2003.
 KISNER C, COLBY LA. Exercícios Terapêuticos:
fundamentos e técnicas. 1a ed.; Manole: São
Paulo; 1998.
 SMITH LK, WEISS EL, LEHMKUHL L. Don.
Cinesiologia Clínica de Brunnstrom. 5.ed. São
Paulo: Manole; 1997.
ENTREGA PROXIMA 
AULA!
EXERCÍCIOS
ANÁLISE BIOMECÂNICA 
DO EXERCÍCIO
DESCRIÇÃO 
DO 
MOVIMENTO
PLANO E 
EIXO
MOVIMENTO NA 
FASE 
CONCENTRICA
MOVIMENTO 
NA FASE 
EXCENTRICA
PRINCIPAL 
ARTICULAÇÃO/
TIPO
MUSCULOS 
ATUANTES 
NA FASE 
CONCENTRICA
ANTAGONIST
AS
CADEIA 
CINÉTICA
ROSCA
DIRETA
SAGITAL
LATERO-
LATERAL
FLEXÃO DE 
CUBITO
(COTOVELO)
EXTENSÃO DE 
CUBITO
(COTOVELO)
UMERO ULNAR 
E UMERO 
RADIAL
GINGLIMO OU 
DOBRADIÇA
BÍCEPS 
BRAQUIAL
BRAQUIORADIAL
TRÍCEPS 
BRAQUIAL E 
ANCONEU
ABERTA
FLEXÃO/EXTENSÃO 
COTOVELO
ANÁLISE BIOMECÂNICA 
DO EXERCÍCIO
DESCRIÇÃO 
DO 
MOVIMENTO
PLANO E 
EIXO
MOVIMENTO NA 
FASE 
CONCENTRICA
MOVIMENTO 
NA FASE 
EXCENTRICA
PRINCIPAL 
ARTICULAÇÃO/
TIPO
MUSCULOS 
ATUANTES 
NA FASE 
CONCENTRICA
ANTAGONIST
AS
CADEIA 
CINÉTICA
SUPINO RETO
Observe...
Observe...
ANÁLISE BIOMECÂNICA 
DO EXERCÍCIO
DESCRIÇÃO 
DO 
MOVIMENTO
PLANO E 
EIXO
MOVIMENTO NA 
FASE 
CONCENTRICA
MOVIMENTO 
NA FASE 
EXCENTRICA
PRINCIPAL 
ARTICULAÇÃO/
TIPO
MUSCULOS 
ATUANTES 
NA FASE 
CONCENTRICA
ANTAGONIST
AS
CADEIA 
CINÉTICA
ELEVAÇÃO 
LATERAL
ANÁLISE BIOMECÂNICA 
DO EXERCÍCIO
DESCRIÇÃO 
DO 
MOVIMENTO
PLANO E 
EIXO
MOVIMENTO NA 
FASE 
CONCENTRICA
MOVIMENTO 
NA FASE 
EXCENTRICA
PRINCIPAL 
ARTICULAÇÃO/
TIPO
MUSCULOS 
ATUANTES 
NA FASE 
CONCENTRICA
ANTAGONIST
AS
CADEIA 
CINÉTICA
ELEVÊ DO BALLET
ANÁLISE BIOMECÂNICA 
DO EXERCÍCIO
DESCRIÇÃO 
DO 
MOVIMENTO
PLANO E 
EIXO
MOVIMENTO NA 
FASE 
CONCENTRICA
MOVIMENTO 
NA FASE 
EXCENTRICA
PRINCIPAL 
ARTICULAÇÃO/
TIPO
MUSCULOS 
ATUANTES 
NA FASE 
CONCENTRICA
ANTAGONIST
AS
CADEIA 
CINÉTICA
CHUTE

Continue navegando