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Servidores Públicos I(1)

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SERVIDORES PÚBLICOS
(AGENTES PÚBLICOS E REGIMES JURÍDICOS)
PROF. RICARDO CALADO
DIREITO ADMINISTRATIVO II
AGENTES PÚBLICOS 
1 – CONCEITO
São todas as pessoas físicas incumbidas, definitiva ou transitoriamente, do exercício de alguma função estatal normalmente exercem suas funções em órgãos distribuídas em cargos, mas especialmente podem exercer funções sem cargos. (H. L. Meirelles)
Obs: o cargo é lotado no órgão e o agente é investido no cargo.
AGENTES PÚBLICOS 
LEI 8.429/92
Art. 2º. Reputa-se agente público, para os efeitos desta Lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior. 
AGENTES PÚBLICOS 
2 – CLASSIFICAÇÃO
2.1. Agentes Políticos
são as autoridades públicas suprema do governo e da administração Pública não se sujeitando a hierarquia, mas apenas aos graus e limites constitucionais e legais de jurisdição. Atuam com plena liberdade funcional. São os membros do Poder. São remunerados exclusivamente por subsídios.
 Ex.: chefe do executivo e ministros, secretários, senadores, deputados, juízes, Membros do MP e TC. Diplomatas, etc. (art. 39, § 4º; 37, XI)
AGENTES PÚBLICOS 
2.2. Agentes Administrativos
São aqueles que se vinculam ao Estado ou as suas entidades autárquicas e fundacionais por relações profissionais (técnicas), sujeito a hierarquia funcional, e ao regime jurídico da entidade a que servem. Não são membros do poder, pois não exercem atribuições políticas ou governamentais.
Podem Ser:
AGENTES PÚBLICOS 
2.2.1. Servidores Públicos Civis
a) Em sentido estrito ou estatutários: são os titulares de cargos efetivos (ou em comissão), que ingressam no serviço público mediante concurso, sujeitando-se a regime jurídico próprio (Lei nº 8.112/90), podem adquirir estabilidade no serviço público e são sujeitos ao regime peculiar especial de previdência social. (regime próprio).
b) Empregados Públicos: são os ocupantes de emprego público da Administração Direta e Indireta, sujeitos ao regime jurídico da CLT. Não adquirem estabilidade, nem são submetidos ao regime de previdência peculiar, mas ao R.G.P.S. Devem ser admitidas mediante concursos ou processo seletivo público, salvo as funções de confiança e direção das paraestatais.
AGENTES PÚBLICOS 
2.2.2. Agentes Temporários (art. 37,IX)
São servidores submetidos ao regime administrativo especial da Lei 8.745/93, bem como ao R.G.P.S. A contratação só pode ser por tempo determinado e com a finalidade de atender a necessidade temporária de excepcional interesse público.
2.2.3. Honoríficos
São cidadãos convocados, nomeados ou designados para prestar transitoriamente, determinados serviços do Estado, devido sua condição cívica, sua honorabilidade ou sua notória capacidade profissional, em regra sem remuneração. Não são servidores públicos!!! Ex.: Mesários, Jurados,etc
AGENTES PÚBLICOS 
2.2.4. Delegados
São particulares que recebem a incumbência de determinadas atividades, obra, serviços realizados em nome próprio, por sua conta segundo as normas e fiscalização do poder delegante. Não são servidores públicos!!! Ex: concessionários, permissionários, leiloeiros, tradutores e cartórios.
2.2.5. Credenciados
São aqueles que recebem credenciamentos para representar a administração pública em determinado ato ou realizar certa atividade, mediante remuneração. Ex.: Professores, médicos, cientistas, esportistas, etc.
REGIMES JURÍDICOS 
1 – CONCEITO
É todo regulamento constitucional ou infraconstitucional, que regulamentam o exercício dos agentes públicos.
 Consubstanciam os preceitos legais sobre acessibilidade dos cargos públicos efetivos (concurso) e em comissão (nomeação) para as funções de confiança, deveres e direitos, promoção, punição e sua aplicação, processo e aposentadoria.
REGIMES JURÍDICOS 
2 – REGIME JURÍDICO ÚNICO – R.J.U
Instituído pela CF/88 através do seu art. 39, com a finalidade de unificar os regimes dos servidores Federais da Administração Pública Direta, Autárquica e Fundacional. A União editou a Lei 8.112/90.
Foi abolido pela EC 19/98 que deu nova redação ao art. 39 da CF/88, passando-se a admitir a coexistência de regimes jurídicos no âmbito da mesma entidade ou órgão.
Em 2007, o STF no julgamento da ADIn 2135, concedeu Medida Cautelar suspendendo os efeitos da EC, fazendo revigorar a antiga redação do art. 39 e o RJU.
REGIMES JURÍDICOS 
“A possibilidade de regime múltiplo, de escolha de regime celetista ou estatutário na mesma pessoa jurídica, também já não é mais possível, ao menos por enquanto. A matéria foi objeto de Ação Direta de Inconstitucionalidade, ADI nº 2135, e n dia 02 de agosto de 2007, o STF concedeu a medida cautelar para suspender, até decisão final da ação, a eficácia da nova redação do caput do art. 39, introduzida pela EC 19/98, reconhecendo o vício de tramitação, inconstitucionalidade formal, restaurando, com isso, o texto original da Constituição de 1988, o regime jurídico único para os servidores. A decisão, como regra, por ocorrer em sede de cautelar, produz efeitos ex nunc, impedindo, assim, dessa data em diante, a mistura dos dois regimes jurídicos.” (Fernanda Marinella)
REGIMES JURÍDICOS 
3 – ESPÉCIES
3.1. Estatutário 
Ocupantes de cargos efetivos e comissionados
a) Geral: aplicável a todos os servidores ou a maioria deles. Ex.: Estatuto dos Servidores Públicos Civis da União - Lei 8.112/90.
b) Peculiar: destinado aos servidores (categoria profissional) especiais. Ex.: agentes políticos, Magistrados, M.P. e T. Contas.
REGIMES JURÍDICOS 
3 – ESPÉCIES
3.2. CLT (CELETISTA) 
Aplicável aos EMPREGADOS PÚBLICOS
3.3. Regime Administrativo Especial (art. 37, IX, CF)
Aplicável ao contratados temporários, na forma da Lei nº 8.745/93.

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