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Inteligência Policial

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Inteligência Policial
Sergio Antonio Teixeira
Resumo:
O presente artigo, tem como e por objetivo, trazer à tona, algumas situações cotidianas no âmbito da inteligência policial e propor um conceito para esta atividade fim, buscando através disto diferencia-la de outras categorias no qual tem se dividido a mesma.
Esta questão trará em suma, um resgate deste trabalho no qual vários atores estão envolvidos nos quais as resoluções se fazem necessárias em todos os âmbitos e conhecimentos.
Palavra- Chave: Raciocínio, Investigação, Atividade, Solução.
Introdução:
A denominada inteligência policial é um meio na qual diversos órgãos interagem para resoluções de situações criminais.
A problemática em questão é que tradicionalmente ela seria o que chamamos de apenas assessoramento em um processo decisório, mas hoje sabemos que vai além disto.
Entre todas as categorias esta é uma que sempre gera algumas discussões e polemica, pois ainda existe um tabu envolvendo à mesma em relação a quais áreas são de sua atuação, o porquê de sua existência e até mesmo qual a finalidade desta...
A mesma tem em um de seus pontos primordiais a investigação, é uma atividade interativa, que fundamenta preceitos legais dentro de uma metodologia real, com práticas e ações que nada tem a ver com “intuição”, como aparecem em alguns filmes e séries na televisão.
São profissionais preparados cotidianamente, para que assim, operacionalmente possam respaldar e obter através de coleta de dados, análises detalhadas e avaliação, as possibilidades no qual estão envolvidos todos os atores e ambientes sociais.
Desenvolvimento:
Uma das considerações que devem ser repassadas neste artigo é de que existe um diferencial entre investigação que tem por finalidade elucidar um crime e inteligência, que neste contexto, age por muitas vezes antes que o crime ocorra. Ela busca a informação de fatos ocorridos anteriormente ao mesmo, para que assim possa descobrir a situação final e suas possibilidades e a finalização do mesmo.
Existe uma questão cultural enquanto dificuldade neste processo, visto que antes não existia órgão de inteligência nas policias existentes, utilizando-se policiais “paisanas”, ou vulgo “p 02”, como eram conhecidos para que fizessem todo o processo de investigação, não havendo uma preparação ou aperfeiçoamento para a colhida de situações anteriores aos fatos.
A tradicionalidade destas ações competem ao que chamamos de “serviço de Inteligência”, aonde algumas agências governamentais fazem seu papel relacionados à coleta, analise, disseminação que são relevantes na tomada de algumas decisões em outras categorias para finalização de ações.
Obrigatoriamente o entendimento dos atores envolvidos é necessário, em como tudo o que envolve a situação apresentação, a visão de mundo de todos os que fazem e tem parte de alguma mane4ira com o que está sendo verificado e analisado.
A solução das problemáticas vigentes só podem ocorrer após o conhecimento totalitário destes fatos citados, em uma análise que irá determinar os eventos e as peças envolvidas, para que assim, haja a resolução final da questão já apresentada.
Cabe ressaltar que todo este processo e as tomadas de decisões são talhadas em um raciocínio lógico, depois da compreensão de tudo o que surgiu durante o estudo, busca, contatos, analise e coleta de dados em um contexto geral.
Além do que já foi apresentado, devemos aqui demostrar a legalização disto; pois todas as instituições policias possuem em suas estruturas gerais, o serviço de inteligência policial, inclusive para que possam ter um trabalho com maior eficácia e organização.
O Sistema Brasileiro de Inteligência (SISBIN), que veio através da Lei 9883/99, que teve também um papel importantíssimo para a criação da ABIN, Agencia Brasileira de Inteligência, que é a centralização do sistema, para que fosse efetivado todo este trabalho que vem sendo apresentado neste artigo.
Adicionamos ainda, o próprio Subsistema de Inteligência de Segurança Pública, SISP, que objetiva o conceito e ação da inteligência na área da segurança pública, através do Decreto 3.695/2000, que tem como em sua finalidade integrar e coordenar de todas atividades que se correlacionam na segurança pública no Brasil.
Ainda vale a pena fazer um ressalve no SENASP, Secretaria Nacional de Segurança Pública, que criou o RENISP, Sistema Nacional de Inteligência de Segurança Pública, que é um integralizador em todo o processo constituído.
Quando citamos estas legalizações é porque comprovam que há uma importância real ao trabalho que vem sendo executado e que existe uma necessidade da continuidade do mesmo, através de ações que sejam especializadas no acompanhamento, para identificação e analise de ameaças reais que vem aparecido nos últimos anos na esfera da Segurança Pública, como um todo. A prova deste fator é que em 15 de julho de 2009, houve a regulamentação do SISP, enquanto órgão prioritário e competente para a continuidade desta questão.
Ao pararmos e repensarmos alguns aspectos relacionados a inteligência policial, temos a necessidade real de mudança desta atividade, no qual este objeto se desloca de um enfrentamento com as oposições políticas aos governos vigentes e diversos movimentos sociais descontentes, direcionando seu foco para o combate a organizações criminosas que não apenas enfraquecem, mas destroem totalmente o Estado e a nossa sociedade.
Há que ser necessário imediatamente uma maior pró atividade e aceitação nas diferenças ramificações que estão interligadas à este meio, para que assim esta atividade seja visualizada e aceita contextualmente e realmente em sua magnitude pelo trabalho empenhado que tem logrado tantos êxitos em missões diversas.
Considerações Finais
Após analisar todo o contexto relacionado a Inteligência policial, existe um novo olhar para esta questão, onde alguns paradigmas automaticamente foram quebrados em sua totalidade, pois fica transparente a evolução de crimes e situações diferenciadas, que puderam ter conclusões positivas em seu processo, devido à este tipo de inteligência e abertura para este encaminhamento.
Quando observamos isto, vemos que cada vez mais devemos buscar o aprimoramento para as situações apontadas e de necessidade social de comunidades adversas.
Quando não podemos contar com este tipo de força e disciplina, poderemos estar perdendo a oportunidade de esclarecermos o real, e irmos para um imaginário não conclusivo.
Após esta verificação a credibilidade deste tipo de ação dentro da esfera policial, nos remete a certeza de que cada um de nós enquanto cidadãos podemos e devemos repensar que, a verdade deve prevalecer e que podemos contar com profissionais que acreditam ainda nesta verdade e na busca da mesma.
Não estamos falando aqui de forma filosófica ou televisiva, isto seria insensato, falamos sim, através de fatos que serão estudados, apontados e buscados dentro desta esfera da inteligência policial, que pode, deve e muito colaborar com nossa sociedade enquanto visão de mundo e contribuição para as mais diversas situações relacionadas aos crimes pré-existentes.
Referências
ADORNO, S.; PASINATO, W. Violência e impunidade penal: da criminalidade detectada à criminalidade investigada. Dilemas– Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, v. 3, p. 51-84, jan./mar. 2010.
MUNIZ, J. Ser policial é sobretudo uma razão de ser – Cultura e cotidiano da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. Tese (Doutorado) – Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ), Rio de Janeiro, 1999.
BESSA, Jorge da Silva.
A importância da inteligência no processo decisório In: III Encontro de Estudos: Desafios para a Atividade de Inteligência no Século XXI. Brasília: Gabinete de Segurança Institucional; Secretaria de Acompanhamento e Estudos Institucionais, p.51-71, 2004.BEUREN, Ilse Maria, et al.
Os fatores críticos de sucesso como suporte aosistema de inteligência competitiva: o caso de uma empresa brasileira. Revista de administração Mackenzie, São Paulo, n.2, p.119-146. Nov. 2005

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