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ATUALIDADES PARA CONCURSOS | Apostila 2018 | Prof. Ticyano Lavor CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 1 OS: 0017/10/18-Gil CONCURSO: BNB – BANCO DO NORDESTE DO BRASIL ASSUNTO: ATUALIDADES CONHECENDO A ONU A Organização das Nações Unidas, também conhecida pela sigla ONU, é uma organização internacional formada por países (193 atualmente) que se reuniram voluntariamente para trabalhar pela paz e o desenvolvimento mundiais. O preâmbulo da Carta das Nações Unidas – documento de fundação da Organização – expressa os ideais e os propósitos dos povos cujos governos se uniram para constituir as Nações Unidas: “Nós, os povos das Nações Unidas, resolvidos a preservar as gerações vindouras do flagelo da guerra, que, por duas vezes no espaço da nossa vida, trouxe sofrimentos indizíveis à humanidade, e a reafirmar a fé nos direitos fundamentais do homem, na dignidade e no valor do ser humano, na igualdade de direitos dos homens e das mulheres, assim como das nações grandes e pequenas, e a estabelecer condições sob as quais a justiça e o respeito às obrigações decorrentes de tratados e de outras fontes de direito internacional possam ser mantidos, e a promover o progresso social e melhores condições de vida dentro de uma liberdade mais ampla.” “E para tais fins praticar a tolerância e viver em paz uns com os outros, como bons vizinhos, unir nossas forças para manter a paz e a segurança internacionais, garantir, pela aceitação de princípios e a instituição de métodos, que a força armada não será usada a não ser no interesse comum, e empregar um mecanismo internacional para promover o progresso econômico e social de todos os povos.” “Resolvemos conjugar nossos esforços para a consecução desses objetivos. Em vista disso, nossos respectivos governos, por intermédio de representantes reunidos na cidade de São Francisco, depois de exibirem seus plenos poderes, que foram achados em boa e devida forma, concordaram com a presente Carta das Nações Unidas e estabelecem, por meio dela, uma organização internacional que será conhecida pelo nome de ‘Organização das Nações Unidas.” Depois da II Guerra Mundial, que devastou dezenas de países e tomou a vida de milhões de seres humanos, existia na comunidade internacional um sentimento generalizado de que era necessário encontrar uma forma de manter a paz entre os países. Porém, a ideia de criar a ONU não surgiu de uma hora para outra. Foram necessários anos de planejamento e dezenas de horas de discussões antes do surgimento da Organização. (professor Ticyano Lavor. https://www.facebook.com/ticyano.lavor.7?fref=ts). ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS QUE PRECEDERAM A ONU No fim do século XIX, países começaram a criar organismos internacionais para cooperar em assuntos específicos. Por exemplo, já em 1865 foi fundada a União Telegráfica Internacional, conhecida hoje como União Internacional de Telecomunicações (ITU) e, em 1874, surgiu a União Postal Universal (UPU). Hoje, ambas são agências do Sistema das Nações Unidas. Em 1899, aconteceu a primeira Conferência Internacional para a Paz, em Haia (Holanda), que visava a elaborar instrumentos para a resolução de conflitos de maneira pacífica, prevenir as guerras e codificar as regras de guerra. A Organização que podemos chamar de predecessora da ONU é a Liga das Nações, uma instituição criada em circunstâncias similares durante a I Guerra Mundial, em 1919, sob o Tratado de Versailles. A Liga das Nações deixou de existir por causa da impossibilidade de evitar a II Guerra Mundial. O nome Nações Unidas foi concebido pelo presidente norte-americano Franklin Roosevelt e utilizado pela primeira vez na Declaração das Nações Unidas, de 1º de janeiro de 1942, quando os representantes de 26 países assumiram o compromisso de que seus governos continuariam lutando contra as potências do Eixo. A Carta das Nações Unidas foi elaborada pelos representantes de 50 países presentes à Conferência sobre Organização Internacional, que se reuniu em São Francisco de 25 de abril a 26 de junho de 1945. As Nações Unidas, entretanto, começaram a existir oficialmente em 24 de outubro de 1945, após a ratificação da Carta por China, Estados Unidos, França, Reino Unido e a ex-União Soviética, bem como pela maioria dos signatários. No dia 24 de outubro é comemorado em todo o mundo como o “Dia das Nações Unidas”. Durante a primeira reunião da Assembléia Geral que aconteceu na capital do Reino Unido, Londres, em 1946, ficou decidido que a sede permanente da Organização seria nos Estados Unidos. (professor Ticyano Lavor. https://www.facebook.com/ticyano.lavor.7?fref=ts) Em dezembro de 1946, John D. Rockefeller Jr. ofereceu cerca de oito milhões de dólares para a compra de parte dos terrenos na margem do East River, na ilha de Manhattan, em Nova York. A cidade de NY ofereceu o restante dos terrenos para possibilitar a construção da sede da Organização. Hoje em dia, a estrutura central da ONU fica em Nova York, com sedes https://nacoesunidas.org/carta http://unic.un.org/imucms/LegacyDish.aspx?loc=64&pg=784 ATUALIDADES PARA CONCURSOS | Apostila 2018 | Prof. Ticyano Lavor CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 2 OS: 0017/10/18-Gil também em Genebra (Suíça), Viena (Áustria), Nairóbi (Quênia), Addis Abeba (Etiópia), Bangcoc (Tailândia), Beirute (Líbano) e Santiago (Chile), além de escritórios espalhados em grande parte do mundo. A ESTRUTURA DA ONU Quando a ONU foi fundada, em 24 de outubro de 1945, ficou definido, na Carta da ONU que para seu melhor funcionamento seus membros, vindos de todos os cantos do planeta se comunicariam em seis idiomas oficiais: inglês, francês, espanhol, árabe, chinês e russo. De acordo com a Carta, a ONU, para que pudesse atender seus múltiplos mandatos, teria seis órgãos principais, a Assembleia Geral, o Conselho de Segurança, o Conselho Econômico e Social, o Conselho de Tutela, a Corte Internacional de Justiça e o Secretariado. Assembleia Geral A Assembleia Geral da ONU é o principal órgão deliberativo da ONU. É lá que todos os Estados-Membros da Organização (193 países, sendo que 51 são os fundadores) se reúnem para discutir os assuntos que afetam a vida de todos os habitantes do planeta. Na Assembleia Geral, todos os países têm direito a um voto, ou seja, existe total igualdade entre todos seus membros. Assuntos em pauta: paz e segurança, aprovação de novos membros, questões de orçamento, desarmamento, cooperação internacional em todas as áreas, direitos humanos, etc. As resoluções – votadas e aprovadas – da Assembleia Geral funcionam como recomendações e não são obrigatórias. As principais funções da Assembleia Geral são: Discutir e fazer recomendações sobre todos os assuntos em pauta na ONU; Discutir questões ligadas a conflitos militares – com exceção daqueles na pauta do Conselho de Segurança; Discutir formas e meios para melhorar as condições de vida das crianças, dos jovens e das mulheres; Discutir assuntos ligados ao desenvolvimento sustentável, meio ambiente e direitos humanos; Decidir as contribuições dos Estados-Membros e como estas contribuições devem ser gastas; Eleger os novos Secretários-Gerais da Organização. Conselho de Segurança O Conselho de Segurança é o órgão da ONU responsável pela paz e segurança internacionais. Ele é formado por 15 membros: cinco permanentes, que possuem o direito a veto – Estados Unidos, Rússia, Grã-Bretanha, França e China – e dez membros não permanentes, eleitos pela Assembleia Geral por dois anos. Este é o único órgão da ONU que tem poder decisório, isto é, todos os membros das Nações Unidas devem aceitar e cumprir as decisões do Conselho, podendo até mesmo autorizar uma intervenção militar para garantir que suas resoluções sejam executadas. Para que uma resolução deste Conselho seja aprovada, é preciso que ela receba no mínimo 9 votos, dentre os 15 países membros que participam da eleição. É importante que, dentre esses 9 votos, 5 sejam dos países permanentes, pois se apenas um país permanente votar negativo, a resolução é vetada. A eleição é realizada pela Assembleia Geral da ONU, todos os anos, renovando 50% do conselho (membros temporários). A cada ano são eleitos 5 novos países para o cargo. Esses 5 novos países assumem um mandato de 2 anos, e no ano seguinte a eleição vai substituir os outros 5 países. O Brasil já foi eleito 10 vezes para fazer parte do Conselho de Segurança Temporário da ONU, tendo o último mandato nos anos de 2010 e 2011. Atualmente temos: Bolívia; Etiópia; Cazaquistão; Holanda; Suécia (Mandato: 2017 – 2018). Costa do Marfim; Guiné Equatorial; Kuwait; Peru; Polônia (Mandato: 2018 – 2019). As principais funções do CS são: Manter a paz e a segurança internacional; Determinar a criação, continuação e encerramento das Missões de Paz, de acordo com os Capítulos VI, VII e VIII da Carta; Investigar toda situação que possa vir a se transformar em um conflito internacional; Recomendar métodos de diálogo entre os países; Elaborar planos de regulamentação de armamentos; https://nacoesunidas.org/carta http://www.un.org/en/sc/ ATUALIDADES PARA CONCURSOS | Apostila 2018 | Prof. Ticyano Lavor CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 3 OS: 0017/10/18-Gil Determinar se existe uma ameaça para o paz; Solicitar aos países que apliquem sanções econômicas e outras medidas para impedir ou deter alguma agressão; Recomendar o ingresso de novos membros na ONU; Recomendar para a Assembleia Geral a eleição de um novo Secretário-Geral. Conselho Econômico e Social O Conselho Econômico e Social (ECOSOC) é o órgão coordenador do trabalho econômico e social da ONU, das Agências Especializadas e das demais instituições integrantes do Sistema das Nações Unidas. O Conselho formula recomendações e inicia atividades relacionadas com o desenvolvimento, comércio internacional, industrialização, recursos naturais, direitos humanos, condição da mulher, população, ciência e tecnologia, prevenção do crime, bem-estar social e muitas outras questões econômicas e sociais. As principais funções do Conselho Econômico e Social são: Coordenar o trabalho econômico e social da ONU e das instituições e organismos especializados do Sistema; Colaborar com os programas da ONU; Desenvolver pesquisas e relatórios sobre questões econômicas e sociais; Promover o respeito aos direitos humanos e as liberdades fundamentais. Conselho de Tutela Esse conselho foi criado com o propósito de auxiliar os territórios sob tutela da ONU a constituir governos próprios e, após anos de atuação, foi extinto em 1994 quando Palau (no Pacífico), o último território sob tutela da ONU, tornou-se um Estado soberano. Cabia a esse órgão, a supervisão da administração dos territórios sob regime de tutela internacional. (professor Ticyano Lavor. https://www.facebook.com/ticyano.lavor.7?fref=ts) Corte Internacional de Justiça A Corte Internacional de Justiça, com sede em Haia (Holanda), é o principal órgão judiciário das Nações Unidas. Todos os países que fazem parte do Estatuto da Corte – que é parte da Carta das Nações Unidas – podem recorrer a ela. Somente países, nunca indivíduos, podem pedir pareceres à Corte Internacional de Justiça. Além disso, a Assembleia Geral e o Conselho de Segurança podem solicitar à Corte pareceres sobre quaisquer questões jurídicas, assim como os outros órgãos das Nações Unidas. A Corte Internacional de Justiça se compõe de quinze juízes chamados “membros” da Corte. São eleitos pela Assembleia Geral e pelo Conselho de Segurança em escrutínios separados. Secretariado O Secretariado presta serviço a outros órgãos das Nações Unidas e administra os programas e políticas que elaboram. Seu chefe é o secretário-geral, que é nomeado pela Assembleia Geral, seguindo recomendação do Conselho de Segurança. Milhares de pessoas trabalham para o Secretariado nos mais diversos lugares do mundo. As principais funções do Secretariado são: Administrar as forças de paz; Analisar problemas econômicos e sociais; Preparar relatórios sobre meio ambiente ou direitos humanos; Sensibilizar a opinião pública internacional sobre o trabalho da ONU; Organizar conferências internacionais; Traduzir todos os documentos oficiais da ONU nas seis línguas oficiais da Organização. http://www.infoescola.com/oceania/palau/ ATUALIDADES PARA CONCURSOS | Apostila 2018 | Prof. Ticyano Lavor CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 4 OS: 0017/10/18-Gil Fique esperto! O atual Secretário-Geral da ONU é o português António Guterres. Ele assumiu em 1º de janeiro de 2017 (para um mandato de cinco anos) no lugar do sul-coreano Ban Ki-moon (que ficou no cargo por dois mandatos: 2007 / 2011 e 2012 / 2016). Guterres foi indicado e aprovado, por unanimidade, pelo Conselho de Segurança da ONU, e aprovado pela Assembleia-Geral em outubro de 2016. Ele venceu 12 outros candidatos, sete dos quais eram mulheres, em meio a um movimento para a eleição de uma mulher para o posto. Em sua primeira mensagem como novo secretário-geral, ele fez um apelo para que o mundo se una pela paz. "Populações civis em vários pontos do globo são destroçadas sob a mais letal violência.(...) Nestas guerras não há vencedores; todos perdem. Gastam-se bilhões de dólares na destruição de sociedades e economias, alimentando ciclos de desconfiança e medo que podem perpetuar-se por gerações. (...) Neste primeiro dia do Ano, peço a todos que partilhem comigo um propósito de Ano Novo: façamos da Paz a nossa prioridade", disse. Quando prestou juramento na Assembleia-Geral, no dia 12 de dezembro de 2016, Guterres afirmou que “a ONU deve estar preparada para mudar”. Afirmou que a organização não consegue prever crises, e que precisa ser “ágil, eficiente e eficaz”, focando “mais na entrega e menos no processo”. Além de mediar conflitos, Guterres assumiu sabendo que teria desafios de fortalecer a organização, manter o legado de seu antecessor e trabalhar com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que todos já sabiam ser ele cético quanto às mudanças climáticas e próximo de críticos da ONU. A chegada de Guterres à chefia da ONU pode ajudar o Brasil a alcançar um de seus principais pleitos do Brasil junto à organização internacional: um assento permanente no Conselho de Segurança. Em uma visita no início de novembro de 2016 a Brasília, o secretário eleito defendeu a reforma e a entrada do Brasil no órgão, que lida com as questões mundiais de paz e ordem. No entanto, um assento ao Brasil não depende apenas de Guterres. A entrada de um novo país só seria possível com a aprovação de uma emenda na Carta da ONU, o que só pode ser feito com o apoio de dois terços dos países-membros da organização e o voto favorável dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança. DE OLHO NA NOTÍCIA! * OBS: Como já é tradição desde 1947, o Brasil é quem abre a Assembléia Geral da ONU todos os anos. E porque temos esse privilégio? Dizem que foi porque o nosso país foi o primeiro a virar membro das Nações Unidas, mas isso não é verdade. A ONU foi fundada por 51 países, em 1945, quando foi divulgada sua Carta, uma espécie de constituição. O Brasil estava claro, entre os fundadores. Essa tradição tem outra origem. Começou na segunda Assembleia-Geral da história. Quem discursou foi o então ministro das Relações Exteriores Oswaldo Aranha. Não se sabe ao certo o porquê do nosso país ser o escolhido para sempre inaugurar o evento mais importante da ONU. Uns dizem que foi para evitar as tensões entre Estados Unidos e União Soviética, que começavam a se estranhar na famosa Guerra Fria. O Brasil era um país considerado neutro. Outra teoria alega que essa foi uma compensação para o fato de nosso país ter ficado de fora do Conselho de Segurança. Fato é que esse privilégio não é uma regra escrita. Nenhum texto ou norma da ONU determina os brasileiros sempre façam o discurso inaugural da assembleia. Mas esse costume se manteve ao longo dos anos. No dia 19 de 2011, a ex-presidente Dilma se tornou a primeira mulher na história a abrir uma Assembléia Geral da ONU. Foi na 66ª Assembléia Geral da ONU. (professor Ticyano Lavor. https://www.facebook.com/ticyano.lavor.7?fref=ts) http://www.un.org/en/aboutun/history/ ATUALIDADES PARA CONCURSOS | Apostila 2018 | Prof. Ticyano Lavor CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 5 OS: 0017/10/18-Gil AGÊNCIAS ESPECIALIZADAS, FUNDOS E PROGRAMAS: O Sistema da ONU está formado pelos seis principais órgãos da Organização (como acabamos de ver), bem como por Agências especializadas, Fundos, Programas, Comissões, Departamentos e Escritórios. São organizações separadas, autônomas, com seus próprios orçamentos e funcionários internacionais e estão ligados à ONU através de acordos internacionais. Inclusive, alguns deles são anteriores à criação da ONU, como por exemplo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), que existe desde 1919 ou a União Postal Internacional (UPU), criada em 1875. Os Programas e Fundos da ONU trabalham com a Assembleia Geral e com o ECOSOC, enquanto que as Agências especializadas desenvolvem suas funções em parceria somente com o ECOSOC. Algumas dessas entidades são: OIT – Organização Internacional do Trabalho FAO – Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação UNESCO – Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura. OMS – Organização Mundial de Saúde Grupo do Banco Mundial (BIRD, Banco Internacional de Desenvolvimento). IDA – Associação de Desenvolvimento CFI – Corporação Financeira Internacional AGMF – Agência de Garantia Multilateral de Financiamento CIRDF – Agência Internacional para a Resolução de Disputas Financeiras (CIRDF) FMI – Fundo Monetário Internacional ICAO – Organização da Aviação Civil Internacional UPU – União Postal Universal ITU – União Internacional de Telecomunicações OMM – Organização Meteorológica Mundial IMO – Organização Marítima Internacional OMPI – Organização Mundial da Propriedade Intelectual FIDA – Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola UNIDO – Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial OMT – Organização Mundial do Turismo AIEA – Agência Internacional de Energia Atômica OMC – Organização Mundial do Comércio OPAQ – Organização para a Proibição de Armas Químicas CTBTO – Organização Preparatória para o Tratado de Proibição de Testes Nucleares UNCTAD – Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento PMA – Programa Mundial de Alimentos PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento UNICEF – Fundo das Nações Unidas para a Infância PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente ACNUR – Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados UNFPA – Fundo de População das Nações Unidas UN-Habitat – Programa das Nações Unidas para Assentamentos Urbanos UNIFEM – Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para Mulher UNAIDS – Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS UNODC – Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime UNRWA – Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos O surgimento da OMC O surgimento da Organização Mundial do Comércio está diretamente ligado a dois fenômenos modernos. O primeiro deles é o aumento do número e volume de transações comerciais entre diferentes países e regiões. O segundo é o intenso processo de integração trazido pela globalização, seja de capitais, mercadorias ou da própria produção. Com efeito, as relações comerciais entre os países aumentaram de forma exponencial na segunda metade do século XX, o que passou a exigir a criação de normas que as regulassem em nível multilateral. E nada mais natural do que criar uma organização internacional que administrasse todo esse arcabouço jurídico. Embora a OIC não tenha sido criada, como acabamos de ver, em 1947 os países celebram um acordo internacional denominado GATT (General Agreement on Tariffs and Trade). Ao criar o GATT, os países buscaram estabelecer medidas que evitassem práticas protecionistas, buscando a liberalização do comércio internacional, considerado por muitos teóricos como o grande motor do desenvolvimento econômico. Os países reconheciam, todavia, que a liberalização do comércio internacional não ocorreria da noite para o dia, mas sim de forma progressiva. http://www.infoescola.com/economia/bird/ http://www.infoescola.com/geografia/fmi-e-a-divida-externa-brasileira/ http://www.infoescola.com/geografia/agencia-internacional-de-energia-atomica/ http://www.infoescola.com/geografia/organizacao-mundial-do-comercio-omc/ http://www.infoescola.com/geografia/unicef/ http://www.infoescola.com/geografia/onu-habitat/ ATUALIDADES PARA CONCURSOS | Apostila 2018 | Prof. Ticyano Lavor CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 6 OS: 0017/10/18-Gil Desta forma, foram realizadas diversas Rodadas de Negociações Comerciais, as quais culminaram na criação da OMC em 1995, na Rodada Uruguai (que havia começado em 1986, em Montevidéu, e só foi concluída em 1994, em Marrakesh, Marrocos). A OMC possui as seguintes funções: servir como fórum para negociações comerciais, administrar os diversos acordos firmados em seu âmbito pelos países-membros, fiscalizar as políticas comerciais de seus membros e servir como fórum para solução de controvérsias. Adicionalmente aos estados-membros, há os estados observadores não membros: a Santa Sé (Cidade do Vaticano), que mantém um observador permanente em uma missão no escritório das Nações Unidas. Em 29 de novembro de 2012, a Autoridade Nacional Palestiniana foi admitida como Estado observador. Por longo tempo, devido a sua tradição de neutralidade, a Suíça permaneceu como observadora. No entanto, após um referendo nacional, tornou-se um membro pleno em 10 de setembro de 2002. O Saara Ocidental mantém laços diplomáticos com aproximadamente 70 estados e é membro pleno da União Africana como República Árabe Sarauí Democrática. No entanto, por não ter soberania efetiva, administrando apenas uma pequena região no território do Saara Ocidental e com um governo no exílio baseado no campo de refugiados de Tindouf, Argélia, não é representado na ONU. Algumas organizações internacionais, organizações não-governamentais ou entidades cuja soberania e status não são precisamente definidos, como o Comitê International da Cruz Vermelha e a Ordem dos Cavaleiros Hospitalários da Cruz de Malta (SMOM), têm o mesmo status de observadores, mas não como estados. A ONU NO BRASIL As Nações Unidas têm representação fixa no Brasil desde 1947. A presença da ONU em cada país varia de acordo com as demandas apresentadas pelos respectivos governos ante a Organização. No Brasil, o Sistema das Nações Unidas está representado por agências especializadas, fundos e programas que desenvolvem suas atividades em função de seus mandatos específicos. A Equipe de País (conhecida por sua sigla em inglês, UNCT) está conformada pelos Representantes desses organismos, sob a liderança do Coordenador Residente. O UNCT é presidido pelo Coordenador Residente, posto normalmente ocupado pelo Representante Residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), e tem, entre suas principais funções, a missão de definir estratégias, coordenar o trabalho da Equipe e compartilhar informações entre todos seus participantes. A elaboração de iniciativas conjuntas entre os diversos escritórios, avaliar o trabalho da ONU no País e coordenar a ação dos diversos grupos interagenciais, fazem também parte de sua missão. Seu principal objetivo é maximizar, de maneira coordenada, o trabalho da ONU, para que o Sistema possa proporcionar uma resposta coletiva, coerente e integrada às prioridades e necessidades nacionais, no marco dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e dos demais compromissos internacionais. (professor Ticyano Lavor. https://www.facebook.com/ticyano.lavor.7?fref=ts). A forma de apoio que o Sistema das Nações Unidas dá ao Brasil muda de uma agência para outra, já que elas desenvolvem no País as tarefas indicadas por seus respectivos mandatos e atuam em áreas específicas. Em geral, as agências atuam de forma coordenada, desenvolvendo projetos em conjunto com o governo – tanto em nível federal como estadual e municipal –, com a iniciativa privada, instituições de ensino, ONGs e sociedade civil brasileira, sempre com o objetivo de buscar, conjuntamente, soluções para superar os desafios e dificuldades presentes na criação e implementação de uma agenda comum em favor do desenvolvimento humano equitativo. A maioria dos organismos da ONU no Brasil tem sede em Brasília. Com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento humano sustentável, o crescimento do país e o combate à pobreza, o Sistema das Nações Unidas no Brasil tem a constante missão de alinhar seus serviços às necessidades de um país dinâmico, multifacetado e diversificado. (professor Ticyano Lavor. https://www.facebook.com/ticyano.lavor.7?fref=ts) De olho na notícia! No último dia 23 de setembro de 2018, o presidente do Brasil, Michel Temer, viajou para os Estados Unidos para participar da cerimônia de abertura da 73ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Em virtude dessa viagem, quem assumiu a presidência do Brasil foi Dias Toffoli, o então presidente do Supremo Tribunal Federal. TRATADO DE NÃO PROLIFERAÇÃO NUCLEAR - TNP Em agosto de 1945, o mundo conheceu os efeitos devastadores de uma bomba nuclear. Nessa ocasião, os Estados Unidos da América (EUA), para demonstrar seu poderio bélico, lançaram bombas nucleares nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki. As consequências foram terríveis: desastres ambientais, centenas de milhares de pessoas morreram, desenvolvimento de queimaduras, cegueiras, surdez e cânceres. Diante dos efeitos destrutivos das armas nucleares, os países vencedores da Segunda Guerra Mundial, utilizando o discurso ideológico de inibir a expansão dessas armas, foram os principais responsáveis pela elaboração do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP). Esse tratado foi assinado em 1968 e passou a vigorar em 1970, possuindo, atualmente, 189 países. (professor Ticyano Lavor. https://www.facebook.com/ticyano.lavor.7?fref=ts) https://pt.wikipedia.org/wiki/Vaticano https://pt.wikipedia.org/wiki/29_de_novembro https://pt.wikipedia.org/wiki/29_de_novembro https://pt.wikipedia.org/wiki/2012 https://pt.wikipedia.org/wiki/Autoridade_Nacional_Palestiniana https://pt.wikipedia.org/wiki/Pa%C3%ADs_neutro https://pt.wikipedia.org/wiki/Su%C3%AD%C3%A7a https://pt.wikipedia.org/wiki/10_de_setembro https://pt.wikipedia.org/wiki/2002 https://pt.wikipedia.org/wiki/Saara_Ocidental https://pt.wikipedia.org/wiki/Uni%C3%A3o_Africana https://pt.wikipedia.org/wiki/Uni%C3%A3o_Africana https://pt.wikipedia.org/wiki/Governo_no_ex%C3%ADlio https://pt.wikipedia.org/wiki/Campo_de_refugiados https://pt.wikipedia.org/wiki/Campo_de_refugiados https://pt.wikipedia.org/wiki/Tindouf https://pt.wikipedia.org/wiki/Arg%C3%A9lia https://pt.wikipedia.org/wiki/Cruz_vermelha https://pt.wikipedia.org/wiki/Cruz_vermelha https://pt.wikipedia.org/wiki/Ordem_dos_Hospital%C3%A1rios https://pt.wikipedia.org/wiki/Ordem_dos_Hospital%C3%A1rios http://www.pnud.org.br/ https://noticias.r7.com/prisma/christina-lemos/toffoli-assumira-no-lugar-de-temer-pela-primeira-vez-17092018 https://noticias.r7.com/prisma/christina-lemos/toffoli-assumira-no-lugar-de-temer-pela-primeira-vez-17092018 ATUALIDADES PARA CONCURSOS | Apostila 2018 | Prof. Ticyano Lavor CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 7 OS: 0017/10/18-Gil De acordo com as normas do TNP, apenas as nações que explodiram a bomba atômica antes de 1967 têm direito de possuir esse tipo de armamento. Esses países são: Estados Unidos da América, Federação Russa (que sucede a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), Reino Unido, França e China. Ironicamente, são os cinco países com poder de veto no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. Essas nações “privilegiadas” podem manter seu armamento nuclear, no entanto, é extremamente proibido o fornecimento tanto de bombas quanto de tecnologia de fabricação para outros países. Outra exigência estabelecida pelo TNP é que o arsenal nuclear deve ser reduzido, porém isso nunca foi posto em prática por nenhum dos detentores de bombas atômicas. As outras nações do planeta, que não explodiram bombas atômicas antes de 1967, se comprometem, conforme assinado no TNP, a jamais produzir tais armas. Contudo, elas podem desenvolver tecnologia nuclear, desde que seja para fins pacíficos, como, por exemplo, para a produção de energia elétrica. Esses projetos, porém, devem passar pela inspeção da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e, caso algo de errado seja detectado, o projeto é encaminhado para o Conselho de Segurança da ONU. (professor Ticyano Lavor. https://www.facebook.com/ticyano.lavor.7?fref=ts) Com relação aos países derrotados na Segunda Guerra Mundial, principalmente a Alemanha, a Itália e o Japão, o Tratado de Não Proliferação Nuclear estabeleceu regras ainda mais rígidas sobre o enriquecimento de urânio. Entretanto, as relações desses países com os que compõem o Conselho de Segurança da ONU se estabilizaram, fato que reduziu a “perseguição” aos seus projetos nucleares. É importante ressaltar que algumas nações não assinaram o tratado e possuem bombas atômicas, como a Índia, Paquistão e Israel, que não confirma oficialmente. A Coreia do Norte, por sua vez, se retirou do tratado e é outro país que tem armas nucleares. Atualmente, a grande preocupação é com relação ao projeto nuclear iraniano, o qual muitos acreditam que seja para fins bélicos. TRATADO DE PROIBIÇÃO (INTERDIÇÃO) COMPLETA DOS TESTES NUCLEARES Em 24 de setembro de 1996, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, foi aberto à assinatura o Tratado de Proibição Completa dos Testes Nucleares (Comprehensive Nuclear- -Test-Ban Treaty – CTBT), pelo qual “cada Estado Parte compromete-se a não realizar nenhuma explosão experimental de armas nucleares ou qualquer outra explosão nuclear e a proibir e impedir qualquer explosão nuclear em qualquer lugar sob sua jurisdição ou controle”, tanto para fins militares como civis. As negociações do Tratado haviam se iniciado na Conferência do Desarmamento (CD) em Genebra em janeiro de 1994 e o texto final, copatrocinado por 127 países, inclusive o Brasil, foi adotado pela Assembleia Geral da ONU em 10 de setembro de 1996. O Brasil firmou o CTBT no primeiro dia. Ratificou menos de dois anos depois, em 24 de julho de 1998. Entende o Brasil que o CTBT constitui um instrumento para a correção do viés discriminatório do TNP, que faz distinção entre Estados nuclearmente armados e não nuclearmente armados. (professor Ticyano Lavor. https://www.facebook.com/ticyano.lavor.7?fref=ts). O CTBT era – e segue sendo – importante para o Brasil na medida em que estabelece regras idênticas para todos os países e instaura a proibição completa de explosões nucleares, o que a longo prazo tenderia a promover o desarmamento, além da não proliferação nuclear; acredita o Brasil que desarmamento e não proliferação são processos que se reforçam mutuamente e que, portanto, devem avançar juntos. Nessas condições, o Brasil vê o CTBT como um dos pilares fundamentais na arquitetura multilateral de desarmamento e não proliferação nucleares. Até 27 de abril de 2016, o tratado havia sido ratificado por 164 países, entre os quais a Rússia, França e o Reino Unido. No entanto, o documento ainda não entrou em vigor (até a referida data), porque oito países, incluindo os Estados Unidos e a China, ainda não avançaram com a ratificação. Neste dia, 27 de abril, durante uma cerimónia em Viena, Áustria, o secretário-geral da ONU apelou às grandes potências nucleares, incluindo os Estados Unidos, para que ratifiquem “sem demora” o Tratado de Interdição. “Apelo aos Estados que restam, aos oito Estados que faltam, que assinem e ratifiquem o tratado sem demora”, declarou Ban Ki-moon. (professor Ticyano Lavor. https://www.facebook.com/ticyano.lavor.7?fref=ts) O MUNDO APÓS A GUERRA FRIA- A NOVA ORDEM MUNDIAL A Nova Ordem Mundial é um conceito político e econômico que se refere ao contexto histórico do mundo pós-guerra fria. Estabeleceu-se no fim da década de 80, com a queda do muro de Berlim (1989), no quadro das transformações ocorridas no Leste Europeu com a desintegração do bloco soviético. O termo Nova Ordem Mundial é aplicado de forma abrangente. Em um contexto atual, pode se referir também à importância das novas tecnologias em um mundo progressivamente globalizado e às novas formas de controle tecnológico sobre as pessoas. A Nova Ordem Mundial busca garantir o desenvolvimento do capitalismo e estrutura-se a partir de uma hierarquização de países, de acordo com seu nível de desenvolvimento e de especialização econômica. Em âmbito geral, podemos citar algumas características deste contexto: Em termos militares, a bipolaridade (fato de haver dois polos de força, que eram Estados Unidos e URSS) foi substituída pela chamada pax imperial americana, que significa que não existia país no mundo capaz de se contrapor ao poderio militar americano. A supremacia ATUALIDADES PARA CONCURSOS | Apostila 2018 | Prof. Ticyano Lavor CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 8 OS: 0017/10/18-Gil militar incontestável dos Estados Unidos passaria a ser exercida de forma intensa em todas as partes do mundo onde seus interesses econômicos ou geopolíticos se fizerem presentes. (professor Ticyano Lavor. https://www.facebook.com/ticyano.lavor.7?fref=ts) Em termos econômicos e tecnológicos temos a multipolaridade, com pelo menos três grandes blocos: o primeiro, organizado em torno dos EUA; o segundo, em torno da Europa (União Europeia) e um terceiro, o bloco asiático, onde se destacam o Japão, a China, a Índia e até mesmo a Rússia. A intensa urbanização mundial é um fenômeno típico de países não-desenvolvidos e resultante de sua industrialização e modernização recente. No ano 2000, a ONU (Organização das Nações Unidas) divulgou que a população urbana mundial superou a população rural. Ao contrário do que ocorria até pouco tempo, a nova divisão internacional do trabalho (DIT) não separa apenas países exportadores de manufaturados de países exportadores de matéria-prima. A urbanização é acelerada e irreversível em especial nos países em desenvolvimento. É geralmente caótico, o que agrava os problemas ambientais e concentra a pobreza, potencializando seus aspectos negativos. NEOLIBERALISMO Para que possamos compreender o que venha a ser Neoliberalismo, suas características e como “ele” interfere no comportamento do mercado financeiro brasileiro e mundial faz-se necessário que entendamos primeiramente o que vem a ser o Liberalismo Econômico. Em tese, podemos definir o liberalismo econômico como sendo uma ideologia baseada na organização da economia em linhas individualistas, o que significa que o maior número possível de decisões econômicas são tomadas por indivíduos e não por instituições ou organizações coletivas. O pressuposto básico da teoria liberal é a emancipação da economia de qualquer dogma externo a ela mesma. Assim, os grandes defensores de tal ideologia, tais como Adam Smith (1723 – 1790), combatiam a intervenção do estado na economia. Para ele, a economia deveria ser regida por leis naturais, sem regulamentação ou interferência estatal. Smith acreditava que, a fonte de riqueza de uma nação estava no trabalho livre, sem ter, logicamente nenhuma interferência do estado. (professor Ticyano Lavor. https://www.facebook.com/ticyano.lavor.7?fref=ts). A ideologia liberal é bastante criticada por não aceitar a regulamentação do mercado por parte do estado. Segundo seus defensores, a economia deve ser regida pela “mão invisível” do mercado. CRISE DE 29 – A PRIMEIRA GRANDE CRISE DO “LIBERALISMO” Durante a Primeira Guerra Mundial, a economia norte-americana estava em pleno desenvolvimento. As indústrias dos EUA produziam e exportavam em grandes quantidades, principalmente, para os países europeus. (professor Ticyano Lavor. https://www.facebook.com/ticyano.lavor.7?fref=ts) Após a guerra o quadro não mudou, pois os países europeus estavam voltados para a reconstrução das indústrias e cidades, necessitando manter suas importações, principalmente dos EUA. A situação começou a mudar no final da década de 1920. Reconstruídas, as nações europeias diminuíram drasticamente a importação de produtos industrializados e agrícolas dos Estados Unidos. Com a diminuição das exportações para a Europa, as indústrias norte-americanas começaram a aumentar os estoques de produtos, pois já não conseguiam mais vender como antes. Grande parte destas empresas possuíam ações na Bolsa de Valores de Nova York e milhões de norte- americanos tinham investimentos nestas ações. Em outubro de 1929, percebendo a desvalorizando das ações de muitas empresas, houve uma correria de investidores que pretendiam vender suas ações. O efeito foi devastador, pois as ações se desvalorizaram fortemente em poucos dias. Pessoas muito ricas passaram, da noite para o dia, para a classe pobre. O número de falências de empresas foi enorme e o desemprego atingiu quase 30% dos trabalhadores. (professor Ticyano Lavor. https://www.facebook.com/ticyano.lavor.7?fref=ts). A crise, cujo um dos principais fatores foi justamente o “excesso” de liberalismo, também conhecida como “A Grande Depressão”, foi a maior de toda a história dos Estados Unidos. Como nesta época, diversos países do mundo mantinham relações comerciais com os EUA, a crise acabou se espalhando por quase todos os continentes. A IDÉIA DE INTERVENÇÃO DO ESTADO NA ECONOMIA SE FORTALECE Objetivando combater os efeitos da crise de 29, o governo norte-americano lança em 1933 o plano conhecido como New Deal. O New Deal (“Novo Acordo” em português) foi um conjunto de medidas econômicas e sociais tomadas pelo governo Roosevelt, entre os anos de 1933 e 1937, com o objetivo de recuperar a economia dos EUA e que teve como princípio básico a forte intervenção do Estado na economia. Embora não fosse propriamente um projeto coerente de reformas políticas, econômicas e sociais, as políticas implementadas por Franklin D. Roosevelt em resposta à Grande Depressão lançaram as bases do estado keynesiano. ATUALIDADES PARA CONCURSOS | Apostila 2018 | Prof. Ticyano Lavor CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 9 OS: 0017/10/18-Gil AS IDÉIAS KEYNESIANAS – ESTADO PRESENTE / ESTADO PLANEJADOR Segundo o economista britânico John Maynard Keynes (1883-1946) a tal “mão invisível” do mercado não resulta no que pregam os economistas mais ortodoxos, no equilíbrio entre o bem-estar global e os agentes econômicos. Segundo ele a não intervenção do estado na economia pode levar à crise. A teoria de John Maynard Keynes, que se baseia na intervenção do Estado foi colocada em prática após o fim da II Guerra Mundial, como uma opção para a recuperação dos países devastados pela guerra. Nesse momento, essa ideologia é conhecida como Welfare State (Estado de Bem-Estar Social), que prega a atuação do estado visando garantir as condições dignas básicas aos seus cidadãos. (professor Ticyano Lavor. https://www.facebook.com/ticyano.lavor.7?fref=ts) OS ACORDOS DE BRETTON WOODS – 1944 Um ano antes do fim da Segunda Guerra Mundial, 1944, por iniciativa dos EUA, os países capitalistas que combatiam o EIXO reuniram-se na Conferência de Breton Woods. Naquele momento surgia o Sistema de Breton Woods, que foi na verdade um conjunto de regras para as relações comerciais e financeiras entre os países mais industrializados do mundo. Ali foram organizadas as bases da economia do mundo pós-2ª guerra. Ali, ficou estabelecido, por exemplo: * O dólar ganharia estatuto de “moeda mundial”, tornando-se o veículo principal das transações comerciais e das finanças internacionais. * Cada país deveria adotar uma política monetária que mantivesse a taxa de câmbio de suas moedas dentro de um determinado valor indexado ao dólar. (O sistema Bretton Woods foi o primeiro exemplo, na história mundial, de uma ordem monetária totalmente negociada, tendo como objetivo governar as relações monetárias entre Nações-Estado independentes). * A criação do FMI – surgiu com o objetivo de oferecer créditos de curto prazo destinados a evitar que crises financeiras nacionais se alastrassem para a economia mundial. (Como aconteceu em 1929). O FMI seria uma espécie de "caixinha" de todos os países, que poderiam fazer movimentações de dinheiro do caso necessitassem de injeção de capitais em sua economia, respeitando, claro, alguns preceitos de disciplina fiscal a serem ditados pelos dirigentes do fundo. * A criação do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento – BIRD, que mais tarde foi dividido entre o Banco Mundial e o "Banco para investimentos internacionais”. Essas instituições funcionam como uma espécie de Agência de Crédito tamanho família, destinada a fornecer capitais para políticas e projetos de desenvolvimento no mundo todo. Obs.: O FMI e o Banco Mundial fazem parte, formalmente, do sistema da ONU, mas, na prática, funcionam como instituições independentes, nas quais os votos são distribuídos de acordo com o capital de cada Estado- membro, o que assegura às grandes potências econômicas o controle sobre as decisões. Recentemente, a distribuição dos votos nessas instituições sofreu modificações, ampliando o poder dos países ditos “emergentes”, em desenvolvimento. Apesar de os países desenvolvidos continuarem exercendo um poder decisivo. CRÍTICAS AO FMI Como foi dito, o FMI é seria uma espécie de "caixinha" de todos os países, que poderiam fazer movimentações de dinheiro do caso necessitassem de injeção de capitais em sua economia, respeitando, claro, alguns preceitos de disciplina fiscal a serem ditados pelos dirigentes do fundo. Desta forma, o Fundo é alvo de críticas por causa dos programas de ajuste fiscal econômico impostos aos países que fazem uso se seus créditos para financiar as dívidas externas. (professor Ticyano Lavor. https://www.facebook.com/ticyano.lavor.7?fref=ts) NEOLIBERALISMO: O LIBERALISMO “RESSURGE” COM UMA NOVA “ROUPAGEM”: No final dos anos 70 para os anos 80, vão ganhar força várias ideologias contrárias a esse Estado de Bem- Estar Social. Tais ideias vão fazer ressurgir o liberalismo econômico, onde o estado não deve intervir na economia, reforçando o papel do setor privado na economia. No entanto, esse “novo” liberalismo vem acompanhado de uma intensa “preocupação” com a redução dos gastos públicos e o aumento da arrecadação. Daí, o neoliberalismo ser associado, por exemplo, às tentativas do estado de arrecadar mais e gastar menos, atingindo assim um “superávit primário”. Além de o neoliberalismo possuir também como característica marcante a prática das privatizações. As “diretrizes” do neoliberalismo, tais como entendemos hoje, estão fundamentadas, boa parte delas, no pensamento do economista norte-americano Milton Friedman (1912-2006). Quando falamos na adoção práticas dos princípios neoliberais, inevitavelmente nos remetemos aos tempos de Margaret Hilda Thatcher (1925-2013) primeira-ministra do Reino Unido de 1979 a 1990, e ao presidente norte-americano Ronald Wilson Reagan (1911- 2004) que governou os EUA de 1981 a 1989. Em 1989, vários economistas se reuniram em Washington e traçaram um conjunto de medidas, na verdade composto por 10 regras, as quais os países da América Latina deveriam adotá-las dentro da perspectiva neoliberal. Essa reunião ATUALIDADES PARA CONCURSOS | Apostila 2018 | Prof. Ticyano Lavor CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 10 OS: 0017/10/18-Gil ficou sendo conhecida como Consenso de Washington. O pacote de regras era composto por: * Disciplina fiscal * Redução dos gastos públicos * Reforma tributária * Juros de mercado * Câmbio de mercado * Abertura comercial * Investimento estrangeiro direto, com eliminação de restrições. * Privatização das estatais * Desregulamentação (afrouxamento das leis econômicas e trabalhistas) * Direito à propriedade intelectual Dentre as primícias do neoliberalismo está a “diminuição” do Estado – “Estado Mínimo”. Um Estado “inchado” passa a ser sinônimo de Estado ineficiente. Segundo a ideologia neoliberal, o Estado deve atuar minimamente e nas áreas da Justiça; Segurança; Saúde e Educação. A partir daí, a idéia é “diminuir” o tamanho desse Estado. (professor Ticyano Lavor. https://www.facebook.com/ticyano.lavor.7?fref=ts) GLOBALIZAÇÃO: A RELATIVIZAÇÃO DO TEMPO E DO ESPAÇO “Por mares nunca dantes navegados//... Em perigos e guerra esforçados, mais do que prometia a força humana/ E entre gente remota edificaram/ Novo reino, que tanto sublimaram” - Luís de Camões - Os Lusíadas, Canto I, 1572. Falar sobre globalização é algo que necessita entendimento, tempo e um pouco de paciência. Porém, não é algo de difícil compreensão, pois a mesma é evidente em nossas vidas, em nossa própria rotina diária. Apesar do fato não ser percebido por diversas pessoas, possuímos práticas que nos adéquam a esse conceito diariamente. Confira um resumo sobre globalização para você ficar antenado sobre o assunto que faz parte do nosso cotidiano. Ao ligarmos a televisão, ou acessarmos a internet, para manter-nos informados de acontecimentos em qualquer parte do mundo, a globalização mostra a cara. Ela também é evidente quando lembramos que cada um dos produtos utilizados pode ser de uma marca diferente, vinda de qualquer região da terra. Sendo assim, quando alguém pergunta o que é globalização, pode-se dizer que é o nome dado a toda essa interação que existe entre os países pelo mundo, podendo ocorrer de forma cultural, social, econômica e política. Por isso o nome globalização, por ocorrer em escala mundial, ou seja, global. O processo está diretamente ligado ao sistema capitalista, tendo seu início e seu desenvolvimento ligados ao atendimento das necessidades desse mesmo sistema, ao consolidar-se como maior do mundo, com o declínio do socialismo. À medida que o consumo interno era saturado, a globalização se desenvolvia. O processo beneficiou principalmente os países desenvolvidos, ampliando seu imenso mercado. Pode-se afirmar que a globalização é o estágio máximo do capitalismo, ao mesmo tempo que é o “resultado” não acabado das necessidades desse sistema econômico. Sem fronteiras, sem barreiras, usando o mundo todo como mercado, transformando-o em um paraíso para o livre comércio. Ao ligarmos a televisão, ou acessarmos a internet, para manter-nos informados de acontecimentos em qualquer parte do mundo, a globalização mostra a cara. Ela também é evidente quando lembramos que cada um dos produtos utilizados pode ser de uma marca diferente, vinda de qualquer região da terra. Sendo assim, quando alguém pergunta o que é globalização, pode-se dizer que é o nome dado a toda essa interação que existe entre os países pelo mundo, podendo ocorrer de forma cultural, social, econômica e política. Por isso o nome globalização, por ocorrer em escala mundial, ou seja, global. No entanto, devemos tomar cuidado, pois, a globalização não é um “fenômeno” recente. Apesar de ela ter se intensificado a partir da segunda metade do século XVIII, ter avançado ainda mais a partir da segunda metade do século XIX, e ter alcançado proporções incríveis no decorrer do século XX, esse processo na realidade pode ter tido o seu “pontapé” inicial com a Expansão Marítima Europeia lá no século XV. Podemos afirmar que a população mundial nos dias atuais está envolta na teia do que se denominou chamar de globalização. Esse fenômeno, que invade fronteiras, modifica costumes, expande as novas técnicas científicas e tecnológicas, constrói e destrói mercados, com a sua nova dinâmica, dificulta o controle estatal sobre ele. Novas formas de atividades são levadas a cabo, a exemplo da tecnologia da informática e de transações comerciais feitas entre países em questão de segundos, obrigando as instituições estatais a repensar suas estratégias. O sistema capitalista que se disseminou pelo mundo, trazendo consigo a ideia da individualização do lucro e do pensamento neoliberal, exige a abertura das fronteiras de todos os países do globo, conduzindo com isso várias formas de dominação das potências desenvolvidas sobre países do terceiro mundo. Verificamos, de outro lado, que, com a abertura dos mercados e a dominação do capital e do lucro pelos países desenvolvidos, cresce a situação de pobreza dos países periféricos, com imensos efeitos negativos para sua população e com consequências sociais enormes, como a deficiência da educação, da saúde, e o aumento da criminalidade. Ao mesmo tempo em que cresce a desigualdade social das populações, o Estado-nação vai http://www.angelfire.com/sk/holgonsi/democracia.html http://www.angelfire.com/sk/holgonsi/performance.html http://www.angelfire.com/sk/holgonsi/performance.html ATUALIDADES PARA CONCURSOS | Apostila 2018 | Prof. Ticyano Lavor CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 11 OS: 0017/10/18-Gil ficando cada vez mais debilitado, perdendo suas mais nobres funções, começando com a dominação econômica através das "ajudas" das instituições financeiras e de países ricos interessados na manutenção desse status quo, as quais, normalmente, desemboca na vala seguinte que é a dominação política. A "ajuda", através de empréstimo, vem sempre ajoujada a várias imposições econômicas e políticas, sob pena de indeferimento, causando, portanto, a debilitação do Estado-nação. De outro lado, outros fatores que ultrapassam as questões econômicas, mas quase sempre são dela originários, corroboram para o enfraquecimento do Estado- nação e a perda de sua própria identidade. São problemas como a criminalidade e a formação de grupos contrários à globalização. O que ressalta na análise é o fato de que, com a globalização, há o favorecimento ao sistema capitalista de governo e um mais acentuado emprego do liberalismo econômico que reflete de forma negativa, principalmente, nos países periféricos e que acarreta um desnivelamento do poder econômico das populações, gerando um distanciamento maior entre as camadas sociais, fazendo surgir um tipo de apartheid. O capital volátil, a versatilidade de empresas multinacionais e outros aspectos propiciam a desestabilização do emprego, com o aparecimento cada vez maior de uma camada de miseráveis, sem as condições mínimas de sobrevivência, que acaba se voltando para a criminalidade, seja de pequenos delitos, seja do crime organizado. O Estado, por sua vez, já debilitado em sua economia, não tem condições de enfrentar essa onda crescente do crime que ocorre em forma de dominó. Ou seja, o emprego e as condições sociais como educação e saúde diminuem cada vez mais; o Estado tem menos condições de enfrentar esses problemas que vão se agravando; a criminalidade, por conseguinte, ao invés de diminuir com investimentos da área social e na segurança, aumenta, pois cresce de maneira inversamente proporcional a esses investimentos. Vê-se que o Estado – nação já não é mais o responsável pelo seu próprio destino. O poder político do Estado está colocado frente a frente com o mercado e encontra-se dele dependente. A economia encontra-se globalizada e é impossível o isolamento do Estado – nação nessa área, sob pena de seu perecimento. É impossível controlar dinâmicas que extrapolam seus limites territoriais, fazendo com que ele tenha seu poder de decisão reduzido. Ao mesmo tempo em que o Estado perde sua identidade, as instituições multilaterais se tornam muito mais fortalecidas, pois passam a influenciar nos seus desígnios, na medida em que são necessárias e disputadas pela comunidade internacional, seja as de cunho financeiro, seja as de cunho empresarial, principalmente, nas questões relativas à atração de divisas ou de empregos. Simultaneamente ao enfraquecimento da identidade do Estado, há movimentos políticos que procuram barrar essa onda globalizadora, pregando um sentimento nacionalista e lutando contra ela, ou pelo menos contra os seus efeitos negativos. Como exemplo disso, temos os chamados “Movimentos Altermundialistas”, também conhecidos como globalização alternativa, alterglobalização ou movi- mento da justiça global, são movimentos sociais cujos proponentes defendem interação e cooperação globais, mas opondo-se ao que descrevem como efeitos negativos da globalização econômica, sentindo que esta frequentemente causa depreciação, ou não promove adequadamente, valores humanos como proteção ambiental e climática, justiça econômica, proteção laboral, proteção de culturas indígenas, paz e liberdades civis. O nome pode ter-se derivado de um lema popular do movimento: “Outro mundo é possível”, que se originou do Fórum Social Mundial. Os movimentos altermundialistas são movimentos cooperativos designados a protestarem contra a direção e consequências negativas observadas da globalização neoliberal". Muitos altermundialistas buscam evitar a "desestabilização de economias locais e consequências humanitárias desastrosas". A maioria dos membros destes movimentos evita o rótulo "antiglobalização" por achá-lo pejorativo e incorreto, pois eles defendem ativamente a atividade humana em escala global e não se opõem à globalização econômica per se. Obs.: A evolução desse fenômeno chamado globalização vai fazendo com que os Estados mantenham uma aproximação cada vez maior e o contato cada vez mais intenso gerando a necessidade de criar mecanismos que possam facilitar as relações comerciais, o fluxo de mercadorias, capitais, tecnologias e pessoas entre eles. Dentro dessa perspectiva, surge a ideia de Blocos Econômicos, tais como a União Europeia e o MERCOSUL, que trataremos adiante. OBS.: Fases da Globalização: 1. Século XV (Expansão Marítima) 2. De 1750 a 1960 (1ª e 2ª Revolução Industrial) 3. 1945 a 1991 (Guerra Fria) 4. Pós- 1991 (Nova Ordem Mundial) (lembrando que é exatamente nos anos 90 que a Internet se populariza) FÓRUM SOCIAL MUNDIAL O Fórum Social Mundial (FSM) é um evento altermundialista organizado por movimentos sociais, ONGs e pela comunidade civil de muitos continentes, com objetivo de elaborar alternativas para uma transformação social global, assim como discutir a questão do neoliberalismo e as desigualdades sociais decorrentes do processo de globalização. Seu slogan é “Um outro mundo é possível”. É caracterizado por ser não governamental e apartidário, apesar de alguns partidos e correntes partidárias participarem ativamente dos debates e http://www.angelfire.com/sk/holgonsi/index.economia.html ATUALIDADES PARA CONCURSOS | Apostila 2018 | Prof. Ticyano Lavor CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 12 OS: 0017/10/18-Gil discussões. Nos encontros do FMS objetiva-se (de acordo com a sua “Carta de Princípios”) promover debates abertos descentralizados, assim como a formulação de propostas que sirvam de alternativas para o padrão econômico e social mundial, a troca de experiências entre os diversos movimentos sociais e a promoção de uma articulação entre pessoas, movimentos e instituições que se opõem aos efeitos negativos do neoliberalismo e da globalização. Na origem, foi proposto como um contraponto ao Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, que se realiza anualmente desde 1974. Inclusive, as edições iniciais do FSM foram marcadas para coincidirem com Davos. O primeiro encontro do Fórum Social Mundial aconteceu em 2001(entre 25 e 30 de janeiro), na cidade de Porto Alegre (RS). Nesse encontro, quatro grandes temas foram debatidos: a produção de riquezas e a reprodução social; o acesso às riquezas e à sustentabilidade; a afirmação da sociedade civil e dos espaços públicos; o poder político e ética na nova sociedade. As outras realizações foram em: Porto Alegre ( entre os dias 31 de janeiro e 05 de fevereiro de 2002), Porto Alegre (entre os dias 23 e 28 de janeiro de 2003), Mumbai, na Índia (de 16 a 21 de janeiro de 2004), Porto Alegre (entre os dias 26 e 31 de 2005). Em 2006 tivemos uma edição “policêntrica”, ou seja, ocorreu de forma descentralizada, em diferentes lugares do mundo. Três cidades sediaram o FSM 2006: Bamako (Mali - África), entre 19 e 23 de janeiro de 2006, Caracas (Venezuela – América) e Karachi (Paquistão – Ásia), entre 24 e 29 de março de 2006. A edição de Karachi, originalmente, estava planejada para acontecer simultaneamente ao evento venezuelano. Porém, devido ao terremoto que atingiu o país em outubro de 2005, sua realização foi adiada por dois meses. Em 2007 (entre os dias 20 e 25 de janeiro) foi a vez de se realizar o FMS em Nairóbi, Quênia. Já em 2008, o Conselho Internacional do Fórum Social Mundial definiu que, em janeiro de 2008, não haveria um evento centralizado do processo FSM e sim uma semana de mobilização e ação global, marcada por um dia de visibilidade mundial em 26 de janeiro de 2008. Entre 27 de janeiro e 1° de fevereiro de 2009, o FSM foi realizado em Belém, capital do estado do Pará. Em 2010, o FSM descentraliza-se em pelo menos 27 eventos espalhados pelo mundo. O primeiro deles, o "Fórum Social 10 Anos: Grande Porto Alegre" foi programado para o período de 25 a 29 de janeiro, com atividades em vários municípios região metropolitana de Porto Alegre. No ano de 2011, o Fórum retornou à África: Dacar, capital senegalesa, recebeu a edição centralizada entre 6 e 11 de fevereiro, diferentemente de anos anteriores em que acontecia nos mesmos dias do Fórum Econômico de Davos. Já entre os dias 24 e 29 de janeiro de 2012 aconteceu o Fórum Social Temático em Porto Alegre. O FSM 2012 se propôs ser um espaço de debates preparatórios para a Cúpula dos Povos, reunião alternativa à cúpula das Nações Unidas para o desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que aconteceu em junho de 2012, no Rio de Janeiro. O Fórum Social Mundial 2013, que aconteceu entre os dias 26 e 30 de março, em Túnis, capital da Tunísia, teve a presença de cerca de 70 mil participantes, integrantes de movimentos sociais, sindicatos e associações de todo o mundo. Já a edição 2014, de 21 a 26 de janeiro, o FSM voltou a ser realizado em Porto Alegre. A edição de 2015 ocorreu em Túnis, Tunísia. Já entre 19 e 23 de janeiro ocorreu em Porto Alegre o “FSTemático Porto Alegre”, na capital gaúcha, uma atividade preparatória ao FSM 2016 previsto para ocorrer de 09 a 14 de agosto de 2016, em Montreal, no Canadá. (Obs.: a edição dessa apostila foi concluída em junho de 2016). FÓRUM ECONÔMICO MUNDIAL Arauto da globalização, o Fórum Econômico Mundial é uma fundação suíça, baseada em Genebra, com status de consultora das Nações Unidas. Esta fundação tem posição de observador no Conselho Econômico e Social das Nações Unidas e está sob a supervisão do Conselho Federal suíço. Sua mais alta esfera de governança é o Conselho da Fundação, órgão formado por 22 membros que incluem o ex-Primeiro-ministro do Reino Unido Tony Blair e a Rainha Rania da Jordânia. A missão do Fórum é "o compromisso com a melhoria do Estado do Mundo". A O Fórum é financiado por suas empresas-membro. O carro- chefe do Fórum é a Reunião Anual realizada todos os anos no final de Janeiro em Davos, na Suíça. O encontro anual é realizado em um resort nos Alpes Suíços e reúne CEOs das empresas-membro do Fórum, líderes da economia mundial, empresários, ministros da Economia e presidentes de Banco Centrais, diretores do FMI, Banco Mundial e organismos internacionais, assim como políticos selecionados, representantes acadêmicos, ONGs, líderes religiosos e a mídia. A participação na Reunião Anual se dá apenas por meio de convite. As discussões focam questões essenciais de preocupação global (como conflitos internacionais, pobreza, e problemas ambientais) e as possíveis soluções. Em 2007, o Fórum criou a "Reunião Anual de Novos Campeões" (também ocasionalmente chamada de "Davos de Verão") realizada anualmente na China. Esse é um encontro para o qual o Fórum convida "Empresas de Crescimento Global". Essas companhias são empresas de sucesso localizadas principalmente em países emergentes com crescimento acelerado, como China, Índia, Rússia e Brasil, mas também incluem organizações de alto potencial de países desenvolvidos. A reunião também envolve a próxima geração de líderes globais, regiões de rápido crescimento, cidades competitivas e pioneiros tecnológicos de todo o globo. OEA – ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS A Organização dos Estados Americanos é o mais antigo organismo regional do mundo. A sua origem remonta à Primeira Conferência Internacional Americana, realizada em Washington, D.C., de outubro de 1889 a abril de 1890. Esta reunião resultou na criação da União ATUALIDADES PARA CONCURSOS | Apostila 2018 | Prof. Ticyano Lavor CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 13 OS: 0017/10/18-Gil Internacional das Repúblicas Americanas, e começou a se tecer uma rede de disposições e instituições, dando início ao que ficará conhecido como “Sistema Interamericano”, o mais antigo sistema institucional internacional. A OEA foi fundada em 1948 com a assinatura, em Bogotá, Colômbia, da Carta da OEA que entrou em vigor em dezembro de 1951. Posteriormente, a Carta foi emendada pelo Protocolo de Buenos Aires, assinado em 1967 e que entrou em vigor em fevereiro de 1970; pelo Protocolo de Cartagena das Índias, assinado em 1985 e que entrou em vigor em 1988; pelo Protocolo de Manágua, assinado em 1993 e que entrou em vigor em janeiro de 1996; e pelo Protocolo de Washington, assinado em 1992 e que entrou em vigor em setembro de 1997. A Organização foi criada para alcançar nos Estados membros, como estipula o Artigo 1º da Carta, “uma ordem de paz e de justiça, para promover sua solidariedade, intensificar sua colaboração e defender sua soberania, sua integridade territorial e sua independência”. Hoje, a OEA congrega os 35 Estados independentes das Américas e constitui o principal fórum governamental político, jurídico e social do Hemisfério. Além disso, a Organização concedeu o estatuto de observador permanente a 69 Estados e à União Europeia (EU). Para atingir seus objetivos mais importantes, a OEA baseia-se em seus principais pilares que são a democracia, os direitos humanos, a segurança e o desenvolvimento. A SITUAÇÃO DE CUBA NA OEA Oficialmente, a Carta da OEA, ao contrário da Carta da ONU, não prevê a possibilidade de expulsão de um Estado-membro quando este viole os seus princípios. Todavia, um membro poderá ter suspenso o seu direito de participação nas atividades da organização. Como exemplo, citamos o caso ocorrido em 1962 em Cuba. Após o governo cubano afirmar o caráter socialista da Revolução Cubana e se aliar à URSS, esse país foi suspenso da Organização. Recentemente (3 de junho de 2009), os Ministros de Relações Exteriores das Américas adaptaram a Resolução AG/RES.2438 (XXXIX-O/09), que determina que a Resolução de 1962, a qual “excluiu” (suspendeu) o Governo de Cuba de sua participação no sistema interamericano, cessa seu efeito na Organização dos Estados Americanos (OEA). A resolução de 2009 declara que a participação da República de Cuba na OEA será o resultado de um processo de diálogo iniciado na solicitação do Governo de Cuba, e de acordo com as práticas, propósitos e princípios da OEA. Todavia, podemos dizer que apesar de sua suspensão dessa organização internacional ter sido revogada, o governo cubano não dá claras demonstrações de que deseja “retornar” a essa organização. OS BLOCOS ECONÔMICOS Como vimos “a evolução desse fenômeno chamado globalização vai fazendo com que os Estados mantenham uma aproximação cada vez maior e o contato cada vez mais intenso gerando a necessidade de criar mecanismos que possam facilitar as relações comerciais, o fluxo de mercadorias, capitais, tecnologias e pessoas entre eles. Dentro dessa perspectiva, surge a ideia de Blocos Econômicos, tais como a União Europeia e o MERCOSUL”. Como poderíamos definir “bloco econômico”? “Associação de países (geograficamente próximos ou não) que estabelecem acordos comerciais, políticos, diplomáticos, criando relações econômicas privilegiadas entre eles e regras comuns visando a derrubar todas as barreiras que atrapalham o comércio entre eles. Esses acordos acabam apontando os países membros para uma intensa integração entre eles. Essa integração pode ser econômica, pode ser política, pode ser cultural, etc.”. Dentro dessa perspectiva, podemos classificar um bloco de acordo com o grau de integração que seus membros possuem, assim como de acordo com os diferentes objetivos e distintos níveis de avanço em termos econômicos entre os acordos regionais. Assim temos: * Zona de livre comércio: consiste na eliminação ou diminuição significativa das tarifas alfandegárias dos produtos comercializados entre os países-membros. Assim como o tipo anterior, trata-se de um acordo meramente comercial. (Exemplo: NAFTA) * União Aduaneira: trata-se de uma zona de livre comércio que também adotou uma Tarifa Externa Comum (TEC), que é uma tarifa comum que visa taxar os produtos advindos de países não membros dos blocos para impedir que estes países pratiquem o que chamamos de “comércio triangular”. (Exemplo: MERCOSUL) * Mercado Comum: é um bloco econômico que conta com um avançado nível de integração econômica, indo muito além de um acordo comercial, pois envolve a livre circulação de produtos, pessoas, bens, capital e trabalho, tornando as fronteiras entre os seus membros bem flexíveis em termos comerciais e de mobilidade populacional. * União Política e Monetária: consiste em um mercado comum que ampliou ainda mais o seu nível de integração, que passa a alcançar também o campo monetário. Adota-se, então, uma moeda comum que substitui as moedas locais ou passa a valer comercialmente em todos os países-membros. Também é criado um Banco Central do bloco, que passa a adotar uma política econômica comum para todos os integrantes. (Exemplo: União Europeia) ATUALIDADES PARA CONCURSOS | Apostila 2018 | Prof. Ticyano Lavor CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 14 OS: 0017/10/18-Gil UNIÃO EUROPEIA O processo de formação e constituição da União Europeia foi relativamente lento, porém pioneiro. Hoje o agrupamento ostenta a posição de maior e mais avançado bloco econômico do mundo, formando um verdadeiro “Estado Europeu”, com uma elevada integração territorial. Podemos dizer que o embrião que, mais tarde, veio a dar origem à União Europeia foi o Benelux, um grupo econômico formado por Bélgica, Holanda e Luxemburgo, criado em 1944. Inicialmente, esse bloco funcionava como uma União Aduaneira, isto é, com reduções nas tarifas de importações e exportações entre os estados-membros e a adoção de uma Tarifa Externa Comum (TEC). O Benelux tornou-se o principal modelo dos blocos econômicos que atualmente predominam no contexto econômico mundial. (professor Ticyano Lavor. https://www.facebook.com/ticyano.lavor.7?fref=ts) Seguindo a evolução desse processo de globalização, em 1950 “nasce” o Plano Schuman, uma maneira de aproximar dois grandes rivais da Segunda Guerra Mundial: França e Alemanha (No caso aqui a RFA). O Plano Schuman estabelece uma integração da siderurgia desses dois países promovendo o “compartilhamento” das riquezas de carvão e de minério de ferro. Em 1951, Itália e o Benelux passam a integrar o Plano Schuman, dando origem à COMUNIDADE EUROPEIA DO CARVÃO E DO AÇO – CECA. Nascia assim a “Europa dos Seis” (França – RFA – Itália – Bélgica – Holanda – Luxemburgo). O projeto da CECA já se estruturava em torno do conceito de Mercado Comum. Posteriormente, a fim de ampliar os acordos referentes à CECA, os seis países-membros reuniram-se em 1957 para assinarem o Tratado de Roma, que deu origem à CEE (Comunidade Econômica Europeia), também conhecida por MCE (Mercado Comum Europeu). A partir daí, os acordos econômicos foram ampliados, deixando de se limitarem a questões referentes à siderurgia. Era a primeira vez que a Europa integrava em grande escala algumas de suas principais potências econômicas em um mercado comum. A Comunidade Europeia foi formada por seus “signatários originais”, CECA, em 1957, e ao longo das décadas seguintes foi “ganhando” novos integrantes. O francês Jean Monnet, um dos idealizadores da integração europeia sonhava com uma verdadeira “federação” europeia: “Estados Unidos da Europa”. A CEE foi a primeira proposta existente de promoção à livre circulação de mercadorias, capitais e, principalmente, de pessoas, integração essa que seria concretizada com o passar dos anos, à medida que as economias dos respectivos países-membros se fortalecessem. Essa possibilidade finalmente concretizou-se em sete de fevereiro de 1992, com a assinatura do Tratado de Maastricht, que entrou em vigor no mês de Novembro do ano seguinte, dando origem à União Europeia, o primeiro bloco econômico a atingir uma integração total entre seus países-membros. Assinado na Holanda, o Tratado de Maastricht substituiu o Tratado de Roma e definiu novos rumos na integração europeia. É promovida a União Econômica e Monetária (mesma política econômica e taxa de juros) estabelecendo as regras da Moeda Única e também uma política externa de defesa comum. Em 1993 a Comunidade Europeia passa a se chamar União Europeia. Em 1999 nasce o EURO (que entra em vigor oficialmente em 2002) e o Banco Central Europeu (com sede em Frankfurt, na Alemanha). Em 2009 nos deparamos com a primeira grande crise na zona do Euro. Esta crise relaciona-se aos fortes desequilíbrios internos, reflexo da diferença da produção entre os países membros. Ao longo dos anos houve uma expansão do consumo interno nos países ditos “periféricos” que aumentaram suas importações, vindas principalmente da Alemanha, levando ao endividamento desses países. É o caso de Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha (os chamados PIIGS. A letra “S” é de Spain). Esses países passaram a ser socorridos constantemente pelo FMI, que por sua vez, impõe medidas “drásticas” (de austeridade) como condições. Observações importantes: * NÃO podemos confundir União Europeia com Zona do Euro. Nem todos os membros da União Europeia adotam o Euro como moeda oficial. * Atualmente a União Europeia conta com 28 Estados Membros (isso até a realização do plebiscito no Reino Unido, em 23 de junho de 2016, que optou pela saída do bloco. No entanto, o processo de saída deverá levar cerca de dois anos). * O mais novo membro da UE é a Croácia, que entrou em 2013. * Atualmente a Zona do Euro conta com 19 Estados Membros (o mais novo membro é a Lituânia, que entrou em 2015). * A bancas gostam de afirmar que a “Turquia faz parte da União Europeia”: ISSO É FALSO ! ATUALIDADES PARA CONCURSOS | Apostila 2018 | Prof. Ticyano Lavor CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 15 OS: 0017/10/18-Gil ESPAÇO SCHENGEN O espaço Schengen, um dos maiores feitos da construção europeia, é uma zona de livre circulação, onde os controles fronteiriços foram eliminados, exceto em circunstâncias excepcionais. Ele é composto por 26 países e conta com 22 dos 28 membros da União Europeia (Bulgária, Romênia, Chipre, Croácia, Irlanda e Grã-Bretanha não o integram), aos quais se somam outros quatro não membros (Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça). Este vasto espaço foi forjado muito progressivamente a partir de 1985, data de um acordo concluído entre alguns países europeus na localidade luxemburguesa de Schengen. A primeira supressão efetiva dos controles nas fronteiras ocorreu em 1995 entre Bélgica, Alemanha, Espanha, França, Luxemburgo, Holanda e Portugal. A área criada em decorrência do acordo, conhecida como Espaço Schengen, não deve ser confundida com a União Europeia. Trata-se de dois acordos diferentes, embora ambos envolvendo países da Europa. De todo modo, em 2 de outubro de 1997 o acordo e a convenção de Schengen passaram a fazer parte do quadro institucional e jurídico da União Europeia, pela via do Tratado de Amsterdã. Na prática, no interior desta zona, os cidadãos da União Europeia, assim como os nacionais de terceiros países, podem viajar livremente sem ter que se submeter a controles nas fronteiras. No entanto, os passageiros de um voo dentro da UE entre um país que forma parte de Schengen e outro que não integra o espaço comum terão que se submeter a um controle fronteiriço. O fim dos controles das fronteiras internas de Schengen foi acompanhado com um reforço das fronteiras externas: os Estados membros que se localizam na linha de frente têm a responsabilidade de realizar rigorosos controles em suas fronteiras e fornecer, dependendo do caso, vistos de curta permanência. O pertencimento ao Schengen também envolve uma cooperação policial reforçada entre todos os seus membros para lutar contra o crime organizado e o terrorismo, com, entre outras ferramentas, o acesso a bases de dados como o sistema de informação Schengen. A cooperação policial se soma à cooperação judicial. Esta permite a um país de um Estado Schengen continuar com a instrução de um caso e com o indiciamento das pessoas em outro país membro em caso de crime grave. Embora teoricamente não haja mais controles nas fronteiras internas ao Espaço Schengen, esses controles podem ser reativados temporariamente caso sejam considerados necessários para a manutenção da ordem pública ou da segurança nacional. Esta decisão deve, entretanto, ser justificada "por uma ameaça grave à segurança" ou por "falhas graves nas fronteiras externas, que possam colocar em risco o funcionamento global do espaço Schengen", segundo um documento da Comissão Europeia. De 1995 a 2015 ocorreram cerca de vinte situações nas quais o controle das fronteiras foi reintroduzido. Seis vezes delas em 2013. Esse tipo de situação tem vindo bastante à tona nos últimos tempos devido à pressão migratória gerada pela atual crise dos refugiados. A CRISE IMOBILIÁRIA DOS ESTADOS UNIDOS A crise financeira americana — a qual foi gerada pelo estouro de uma grande bolha imobiliária — teve características grandiosas e espetaculares simplesmente porque ela apresentou uma combinação de elementos até então inédita na história de qualquer economia mundial. Nem mesmo a colossal crise financeira japonesa do início da década de 1990 — que também foi gerada pelo estouro de uma bolha imobiliária — apresentou uma conjunção tão harmoniosa de elementos a ponto de produzir um estrago semelhante. (professor Ticyano Lavor. https://www.facebook.com/ticyano.lavor.7?fref=ts) Para que possamos entender os motivos dessa crise, devemos saber que nos anos 90, mais precisamente nos anos do governo Clinton (Jan de 1993 a Jan de 2001), houve uma grande alta nos preços dos imóveis nos EUA. Esses preços aceleraram vertiginosamente a partir de 2001/2003 até entrarem em colapso em 2008. Duas perguntas precisam ser feitas aqui: 1ª. O que gerou a ascensão de preços a partir de 1993? 2ª. O que gerou a súbita aceleração a partir de 2003? Respondendo à primeira pergunta: Foi na década de 1990 que duas políticas governamentais voltadas exclusivamente para o setor imobiliário — mais especificamente, para aumentar o número de proprietários de imóveis — foram intensificadas. Digo "intensificadas" porque estas políticas já existiam desde a década de 1970, mas foi somente na década de 1990 que elas ganharam poder total. Quais foram estas políticas? 1. De um lado, havia duas empresas nominalmente privadas, mas que atendiam exclusivamente aos desejos do governo federal. Estas duas empresas se tornaram mundialmente conhecidas em 2008, quando houve a quebradeira: trata-se da Federal National Mortgage Association (popularmente conhecida como Fannie Mae – Criada em 1938, como uma agência governamental, como parte do NEW DEAL, para dá liquidez ao mercado de hipotecas. Em 1968 foi privatizada) e a Federal Home Loan Mortgage Corporation (popularmente conhecida como Freddie Mac – Criada pelo governo em 1970, https://pt.wikipedia.org/wiki/Ordem_p%C3%BAblica https://pt.wikipedia.org/wiki/Ordem_p%C3%BAblica https://pt.wikipedia.org/wiki/Seguran%C3%A7a_nacional ATUALIDADES PARA CONCURSOS | Apostila 2018 | Prof. Ticyano Lavor CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 16 OS: 0017/10/18-Gil entrando na bolsa em 1989, se tornando uma empresa privada, mas com propósito público). Essas duas empresas foram criadas pelo Congresso americano e ficaram oficialmente conhecidas, posteriormente,
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