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UNIFEI – Universidade Federal de Itajubá IRN – Instituto de Recursos Naturais RELATÓRIO DE FÍSICA: MOVIMENTO RETILÍNEO Equipe: Anna Hester Marotti Magalhães – 33159 Jéssica Santana de Morais – 2016018805 Joyce Vanessa Corrêa - 34889 Curso: Ciências biológicas Itajubá 2016 1. Introdução Movimentos que se realizam ao decorrer de trajetórias retilíneas não são comuns. As grandes retas das estradas, por exemplo, dificilmente correspondem a trajetórias retilíneas. O movimento também é chamado de retilíneo quando ele se dá ao longo de uma reta em relação a um sistema de referência. Em outras palavras, quando sua trajetória é uma reta. O movimento é denominado retilíneo e uniforme quando a aceleração ao longo da reta é nula. Este é, portanto, o tipo de movimento retilíneo mais simples que se pode imaginar. Como a aceleração é nula, sua velocidade é constante. O movimento retilíneo uniforme (M.R.U.) ocorre quando um objeto se movimenta com velocidade constante numa trajetória retilínea. Podemos escrever a equação para a posição da partícula, em função do tempo, onde s é a posição inicial da partícula (no tempo t = 0). Já o movimento retilíneo uniformemente variado (M.R.U.V) possui uma aceleração escalar instantânea que permanece constante com o decorrer do tempo, ou seja, o móvel sofre aceleração à medida que o tempo passa. O conceito formal de aceleração é: Assim como para a velocidade, podemos definir uma aceleração média se considerarmos a variação de velocidade em um intervalo de tempo , e esta média será dada pela razão: No entanto, quando este intervalo de tempo for infinitamente pequeno, ou seja, , tem-se a aceleração instantânea do móvel. Isolando-se o : Mas sabemos que: Então: Entretanto, se considerarmos , teremos a função horária da velocidade do Movimento Uniformemente Variado, que descreve a velocidade em função do tempo [v=f(t)]: A melhor forma de demonstrar esta função é através do diagrama velocidade versus tempo (v x t) no movimento uniformemente variado. O deslocamento será dado pela área sob a reta da velocidade, ou seja, a área do trapézio. Onde sabemos que: logo: ou Neste relatório estudaremos sobre o M.R.U e M.R.U.V, analisaremos os experimentos realizados no laboratório. Também ao longo deste experimento verificaremos em relação ao M.R.U que a velocidade é constante na ausência de forças externas, verificaremos em relação ao M.R.U.V suas funções horarias e seus gráficos. 2. Objetivo Efetuar medidas primárias de deslocamento e tempo; Derivar medidas secundárias de velocidade e aceleração; Compreender e explicar equações de movimento; Construir e analisar gráficos de grandeza cinemática; 3. Materiais e Métodos 3.1 Materiais Trilho de ar metálico de 2 metros de comprimento; Compressor de ar; Carrinho metálico para o trilho (elemento de movimento); Cronometro Multifuncional digital com aquisição de dados; 5 sensores óptico de passagem com suportes; Calço de madeira; Paquímetro. 3.2 Métodos Para iniciar o experimento, a princípio ajustaram-se os sensores de modo que estes se localizassem a uma distância de 40 cm em relação ao outro. Com auxilio do professor o trilho de ar fora nivelado cautelosamente, e o cronometro multifuncional foi preparado conforme as necessidades. O compressor de ar, cuja função é minimizar o atrito para facilitar o deslocamento do “carrinho” perante o trilho foi ligado e sobre ele colocou-se o objeto. Para medir o tempo que o carrinho passou pelos sensores utilizou-se o cronometro, o procedimento foi realizado cinco vezes e ao final fora calculado a variação do tempo em função do deslocamento já estabelecido pela escala. Assim, após a medição dos valores e a analise dos dados foi possível concluir os tipos de movimentos baseando-se nos valores da aceleração (na sua anulação ou constância). Posteriormente para garantir a inclinação do trilho, fora utilizado um paralelepípedo de dois cm de altura, o procedimento feito cinco vezes finalizou o experimento. 4. Resultados e discussão Posicionamos os 5 sensores ópticos ao longo do trilho (20,60,100,140,180 cm) e nivelamos o trilho de ar. Arrumamos o cronometro fizemos um teste antes para verificar os sensores e iniciamos o experimento. O primeiro experimento foi o movimento retilíneo uniforme, realizamos o movimento 5 vezes e tiramos a media do tempo (Tabela 1). Posição Média Tempo 1 2 3 4 5 Tempo T0 0 0 0 0 0 0 T1 0,663 0,652 0,673 0,651 0,665 0,6608 T2 1,331 1,29 1,35 1,308 1,334 1,3226 T3 2,033 1,962 2,06 1,996 2,037 2,0176 T4 2,715 2,612 2,751 2,667 2,721 2,6932 Tabela 1: Lançamento realizado no MRU Após analisarmos e tirarmos a média do tempo, utilizamos a Tabela 2 para gerar o Gráfico 1, mostrando muito bem o movimento retilíneo uniforme onde sua aceleração é zero, sua velocidade é constante. Tempo (s) Posição (cm) 0 20 0,6608 60 1,3226 100 2,0176 140 2,6932 180 Tabela 2: Tempo e posicionamento dos sensores Gráfico 1: Velocidade Constante (M.R.U) Sendo a equação do gráfico y=59,313x+20,589 que é a equação, onde y seria a posição que o carrinho está e x o tempo. A equação do gráfico se baseia nesta fórmula: No segundo experimento, pegamos o paquímetro e medimos o lado menor do calço (paralelepípedo). 2 cm Figura 1: Altura do paralelepípedo A altura do paralelepípedo foi dois centímetros como mostrada na Figura 1. Depois colocamos a peça debaixo do trilho de ar, fazendo com que fique inclinada como mostra a Figura 2 e também verificamos a distancia entre os pés do trilho, que é de 100 centímetros. 2 cm α 100cm Figura 2: Inclinação do trilho de ar e o ângulo A seguir calculamos o ângulo do trilho de ar através da tangente. 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 P o si çã o ( cm ) Tempo (s) Velocidade constante cm/s 𝑡𝑔 𝑥 = 𝐶𝑎𝑡 𝑜𝑝 𝐶𝑎𝑡 𝑎𝑑𝑗 = 2 100 = 0,02 Após calcularmos lançamos novamente o carrinho no trilho de ar o primeiro foi de teste, para vermos se não bateria nos sensores. Como o plano era inclinado o movimento do carrinho era movimento retilíneo uniformemente variado e registramos o tempo dos 5 lançamentos.(Tabela 3) Posição Média Tempo 1 2 3 4 5 Tempo T0 0 0 0 0 0 0 T1 1,123 1,123 1,131 1,157 1,122 1,1312 T2 1,8 1,799 1,81 1,842 1,8 1,8102 T3 2,383 2,382 2,394 2,429 2,387 2,395 T4 2,868 2,866 2,88 2,917 2,817 2,8696 Tabela 3: Lançamento do MRUV Em seguida observamos e obtivemos a média do tempo, utilizamos a Tabela 4 para gerar o Gráfico 2, que exibe o movimento retilíneo uniforme variado onde sua aceleração é variada. Tempo (s) Posição (cm) 0 20 1,1312 60 1,8102 100 2,395 140 2,8696 180 Tabela 4: Tempo e posição do MRUV Gráfico 2: Velocidade Variável (M.R.U.V) y = 11,363x2 + 23,16x + 19,886 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 P o si çã o ( cm ) Tempo (s) Velocidade Variável cm/s 𝑡𝑔 𝑥 = 0,02 = 1,15° ≈ sen x Sendo a equação do gráfico y=11,363x²+23,16x+19,886 que é a equação, onde y seria a posição que o carrinho está e x o tempo. A equaçãodo gráfico se baseia nesta fórmula: Terminamos os experimentos medimos a diferença de posição e de tempo médio para os sensores do trajeto, para encontrar a velocidade. (Tabela 5 e 6) ∆x A ∆t A Va 40 0,6608 60,5 40 0,6618 60,4 40 0,695 57,6 40 0,6756 59,2 Tabela 5: Velocidade em cada sensor no M.R.U Tabela 6: Velocidade em cada sensor no M.R.U.V. Outra vez geramos um gráfico que mostra mais nitidamente os movimentos de aceleração no experimento 1.(Gráfico 3) Gráfico 3: Aceleração constante Como notamos tivemos alguns erros no gráfico, mas coisa mínima a equação gerada pelo gráfico y=-1,0105x+60,444 que é a equação, onde y seria a velocidade instantânea que o carrinho está e x o tempo. A equação do gráfico se baseia nesta fórmula: Repetidamente obtivemos um gráfico que mostra os movimentos de aceleração no experimento 2.(Gráfico 4) y = -1,0105x + 60,444 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 0 0,5 1 1,5 2 2,5 V e lo ci d ad e ( cm /s ) Tempo (s) ∆x B ∆t B Vb 40 1,1312 35,4 40 0,679 58,9 40 0,5848 68,4 40 0,4746 84,3 Gráfico 4: Aceleração variado (M.R.U.V) Novamente tivemos alguns erros no gráfico, mas coisa mínima a equação gerada pelo gráfico y= 19,807x+35,313 que é a equação, onde y seria a velocidade instantânea que o carrinho está e x o tempo. A equação também se baseia na anterior. Para calcular a aceleração do plano inclinado utilizamos a última equação. 𝑦 = 19,807𝑥 + 35,313 𝑣 = 𝑎. 𝑡 + 𝑣𝑜 𝑎 = 19,807𝑐𝑚/𝑠² Como no experimento 2 foi utilizado um plano inclinado, que possui a ação da gravidade uma das forças da também podemos calcular a aceleração através desta formula: g=9,8m/s² = 980cm/s² 𝑎 = 𝑔 . 𝑠𝑒𝑛 𝛼 𝑎 = 980𝑥0,02 𝑎 = 19,6 𝑐𝑚/𝑠² A aceleração teve uma pequena diferença. 5. Conclusão A partir da análise da tabela 1 foi possível indeferir que o movimento representado pelo experimento inicial é representado pelo movimento retilíneo uniforme, uma vez que o “carrinho” percorreu distâncias iguais em intervalos de tempos semelhantes (Δt = 0,68s/ delta ΔS =40m). Dessa forma, no MRU o valor da velocidade instantânea (velocidade em determinado espaço de tempo) é equivalente ao valor da velocidade média (velocidade geral em grandes espaços de tempo). No segundo gráfico observa-se a variação uniforme da y = 19,807x + 35,313 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 V e lo ci d ad e ( cm /s ) Tempo (s) velocidade em função do tempo, caracterizando o MRUV, onde a velocidade do “carrinho” varia e relata como consequência uma aceleração constante. 6. Referência Halliday, David; Resnick, Robert; Walker, Jearl. Fundamentos de Física 1 mecânica. 4ª edição Rio de Janeiro: Editora LTC, 1996; Movimento Retilíneo e Uniforme. Disponível em: <http://efisica.if.usp.br/mecanica/basico/mru>; Movimento retilíneo. Disponível em: <http://www.fisica.ufpb.br/prolicen/Cursos/Curso1/mr31int.html>; Um estudo de cinemática. Disponível em:< http://www.if.ufrgs.br/cref/ntef/cinematica/IGCin_texto.pdf
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