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3
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ALFABETIZAÇÃO
Centro Universitário Internacional UNINTER
MAGNUS, Taiz Machado 2015/02
RU 1189076
LUMMERTZ, Simoni Pereira
RESUMO 
O artigo objetiva analisar as dificuldades de leitura e escrita no processo de alfabetização, distinguir como o professor faz para superar as dificuldades de cada aluno, investigar as maiores causas do estudante não conseguir se alfabetizar, descrever os métodos usados por professores para alfabetizar seus alunos, e analisar o papel do psicopedagogo e as suas intervenções nas dificuldades de aprendizagem. É preciso criar meios eficazes e inovador na construção do saber, porque o problema de dificuldades de aprendizagem dentro do espaço escolar é uma das problemáticas com a qual o psicopedagogo e o educador deparam-se constantemente nos dias atuais. O profissional nessa área deve procurar promover a melhor maneira possível de utilizar a intervenção psicopedagógico como transformação pessoal e social, na dinâmica da construção do conhecimento quanto a uma aprendizagem qualitativa e significativa nas dificuldades de aprendizagem. Além disso, propor sugestões de atividades auxiliando a uma aprendizagem relevante na vida da criança para seu desempenho escolar, cognitivo, psicomotor e déficit de aprendizagem. O projeto está relacionado no dia-a-dia do aluno nas séries iniciais, onde o aluno será alfabetizado, sendo o professor o mediante desta aprendizagem, e cabe ao educador estar ao lado do aluno para perceber suas dificuldades na aprendizagem. Assim analisando as dificuldades de alfabetização dos alunos das séries iniciais.
Palavra-chave: Alfabetizar. Aprendizagem. Educação. Professor. Psicopedagogo. 
1 INTRODUÇÃO
As crianças com dificuldades de aprendizagem não são crianças incapazes, apenas apresentam alguma dificuldade para aprender. A dificuldade de aprendizagem em um distúrbio ou nos processos psicológicos básicos envolvidos no entendimento ou no uso da linguagem, falada ou escrita, que pode se manifestar em uma aptidão imperfeita para ouvir, pensar, falar, ler, escrever, soletrar ou realizar cálculos matemáticos. 
A dificuldade de aprendizagem é muito discutida em ambientes escolares e sobre este tema ocorre verdades e inverdades, certezas e incertezas. Cada ser humano aprendo no seu tempo de acordo com sua cultura e experiências, levam para sala de aula as bagagens que adquirem em seu cotidiano. Se estas são diversificadas e ricas em cultura, ou seja, levam consigo vivência do ambiente onde vivem, beneficiam a aprendizagem escolar, colaborando neste processo.
E são muitos os fatores que impedem que o aprendizado aconteça. Estes podem ser sociais, psicológicos, orgânicos, dentre outros. E frente a este problema surgem dúvidas em como proceder nestes casos. Os problemas de aprendizagem podem estar relacionados a inúmeros fatores, dentre eles, emocionais, sociais, culturais, etc. E, muitas vezes, além do trabalho realizado pelo professor na sala de aula, é preciso a intervenção de outros profissionais. 
Ao verificar considerações de alguns autores e o campo de atuação do psicopedagogo e suas intervenções nas dificuldades de aprendizagens existentes no meio escolar, familiar e social sendo afetados nas maiorias das vezes crianças e adolescentes que não tem uma estrutura familiar mais adequada e eficaz no incentivo à leitura e a escrita dificultando o aprendizado deles. Resolveu-se fazer uma pesquisa bibliográfica com o propósito de esclarecer como se processa a aprendizagem qualitativa e produtiva na vida do sujeito que possa conduzir a uma ação reflexiva sobre as principais causas das dificuldades de aprendizagens e as possíveis intervenções psicopedagógicos sobre o referido problema em poder se construir em nossa sociedade metas educacionais voltadas para os princípios estruturais e posturais de uma educação de qualidade para as crianças e adolescentes na atualidade.
2 DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ALFABETIZAÇÃO
2.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A criança desde que nasce, interage com o meio onde está inserida e já está iniciando o seu processo de construção do conhecimento e de leitura do mundo, este processo de concepção de conhecimento influenciará mais tarde na sua alfabetização. 
	Alfabetizar vai além do espaço em sala de aula, é necessário fazer relações entre os elementos que compõem o universo do aluno, desde sua família até suas necessidades básicas, como saúde, e alimentação, assim permitindo que a criança faça uma leitura do mundo de forma consciente, participativa e crítica. Deste modo provocando transformações, pois a alfabetização tem uma função social e todos necessitam aprender como seres ativos dentro de um processo histórico. 
	A aprendizagem tem uma função educativa, aliena e liberta o sujeito, assim pode ser entendida como um processo onde as competências, habilidades conhecimentos ou valores são adquiridos ou modificados a partir de estudos, experiências, formação, raciocínio e observação.
 	A aprendizagem utiliza os conhecimentos e teorias da neuropsicológica, psicologia, educação e pedagogia. Como sendo um processo integrado provoca uma transformação qualitativa na estrutura mental daquele que aprende alterando sua conduta. 
PAIN define a aprendizagem da seguinte forma:
 (...) a aprendizagem é um processo dinâmico que determina uma mudança, com a particularidade de que o processo supõe um processamento da realidade e de que a mudança no sujeito é um aumento qualitativo em sua possibilidade de atuar sobre ela. Sob o ponto de vista dinâmico a aprendizagem é o efeito do comportamento, o que se conserva como disposição mais econômica e equilibrada para responder a uma situação definida. De acordo com isto, a aprendizagem será tanto mais rápida quanto maior for a necessidade do sujeito, pois a urgência da compensação dará mais relevância ao recurso encontrado para superá-la (1985, p.23).
	
A partir desta citação e dos estudos de Sara Pain entende-se que tanto fatores internos como externos interferem no processo de aprendizagem, os fatores externos normalmente não são levados em conta, os fatores internos são mais observados. Um dos aspectos interno a ser investigado é a condição cognitiva da aprendizagem, o equilíbrio entre as fases do desenvolvimento e a compreensão do que está sendo estudado.
Profissionais da educação lidam com alunos que apresentam os mais diversos históricos, as principais dificuldades de aprendizagem são associadas a algum comprometimento no funcionamento de certas áreas de cérebro, no entanto é incerto falar somente em uma causa biológica. Constantemente alunos que apresentam sintomas relativos a problema de atenção, ansiedade ou agitação desenvolvem os problemas por causa de algum conflito pessoal, familiar e não por razões de mal funcionamento fisiológico.	
PAIN (1992), afirma que:
O problema de aprendizagem é entendido como uma patologia, considerada em dois sentidos: um amplo, pouco estudado e explorado; e um sentido mais estrito, o qual é mais comum nos consultórios e escolas, não tão profundo e mais aceitável para um sujeito que aprende. Para essa autora, existem quatro fatores que atuam sobre os problemas de aprendizagem: os orgânicos, os específicos, os psicógenos e os ambientais. Tais fatores devem ser levados em consideração no momento do diagnóstico, pois quase sempre mais de um destes estão comprometidos.
Os fatores orgânicos podem ter como consequência problemas cognitivos mais ou menos graves, mas que não configuram por si sós, um problema de aprendizagem.
Os fatores psicológicos estão voltados para o ego e se apresentam principalmente na ortografia do aluno, onde por exemplo de dez palavras escritas, cinco apresentam erros, sendo os mais frequentes na confusão de vogais ou troca de palavras.
Os fatores ambientais, eles se relacionam mais especificamente sobre a estrutura da escola, moradia, bairro, disponibilidade de ter acesso a lugares de lazer e esporte, entre outros.
O aluno é um ser social com cultura, linguagem e valoresespecíficos, quando apresenta dificuldades de aprendizagem deve ser levado em conta sua individualidade, particularidade, ou seja, o professor precisa trabalhar com a diferença, descobrir as potencialidades de cada aluno para então partir em busca do desenvolvimento de sua aprendizagem, transformando-o em sujeitos preparados para enfrentar o mundo.
O conceito de que toda criança deve ter oportunidade de aprender, independentemente de sua dificuldade e diferença, está firmemente enraizada em nossas políticas educacionais, as quais garantem o acesso de todas as crianças à escola. Porém crianças com dificuldades de aprendizagem, não estão tendo oportunidades e possibilidades objetivas e adequadas de aprender os conteúdos acadêmicos. 
Geralmente, o que tem sido oferecido a elas é um currículo estabelecido pelo sistema escolar, sem a preocupação de desenvolver estratégias de flexibilização, práticas pedagógicas alternativas e adaptação curricular. Assim os alunos que não conseguem acompanhar o currículo são rotulados como deficientes mentais, emocionalmente desequilibrados, ou simplesmente como alunos fracos. Portanto, evitando rótulos e buscando atender às necessidades individuais do educando será possível prevenir, ou minimizar dificuldades de aprendizagem.
Diversos estudos foram realizados para entender como a aprendizagem acontece, com intuito de objetivar porque alguns aprendem com facilidade enquanto outros não conseguem compreender, e obter as consequências no processo de ensino aprendizagem. A meta de muitos educadores, é entender e agir de forma adequada sobre estas dificuldades fazendo com que a aprendizagem aconteça, e conduzir os educandos a ultrapassagem de limites.
A escola brasileira ainda continua na expectativa de que ao iniciar suas atividades letivas, suas classes de alfabetização receberão alunos aptos e preparados para o estudo e construção da aquisição da escrita. No entanto não é tão simples assim, os educadores cada vez mais estão se deparando com situações de dificuldades e fracassos na alfabetização, pois alunos demonstram problemas de aprendizagem e em muitas situações, tornam-se repetentes principalmente nas primeiras séries do ensino fundamental. 
Para VYGOTSKY:
A educação recebida, na escola, e na sociedade de um modo geral cumpre um papel primordial na constituição dos sujeitos, a atitude dos pais e suas práticas de criação e educação são aspectos que interferem no desenvolvimento individual e consequentemente o comportamento da criança na escola. (1984, p.87).
As dificuldades de aprendizagem na escola podem ser consideradas uma das causas que podem conduzir o aluno ao fracasso escolar, não podemos desconsiderar que o fracasso do aluno também pode ser entendido como um fracasso da escola por não saber lidar com a diversidade dos seus alunos. Entretanto é preciso que o professor domine diferentes formas de ensinar, pois, há muitas maneiras de aprender.
O professor deve ter consciência da importância de criar vínculos com os seus alunos através das atividades cotidianas, construindo e reconstruindo sempre novos vínculos, mais fortes e positivos. O aluno, ao perceber que apresenta dificuldades em sua aprendizagem, muitas vezes começa a apresentar desinteresse, desatenção, irresponsabilidade, agressividade, etc.
O fracasso escolar é um tema que surgiu a partir de imensas inquietações acerca do assunto. Sabe-se que o fracasso escolar é hoje um grande problema para o sistema educacional. E muito se fala sobre o fracasso escolar e a dificuldade de aprendizagem, em artigos de revistas e jornais, dentro ou fora das escolas. No entanto o que se observa, é que pouco tem sido feito na tentativa de amenizar este grave problema. E muitas vezes, para se livrar da responsabilidade deste fracasso, busca-se culpado. Alguém que possa assumir sozinho esta situação. O que ocorre muitas vezes é a busca pelos culpados de tal fracasso e, a partir daí percebe-se um jogo onde ora se culpa a criança, ora a família, ora uma determinada classe social, ora todo um sistema econômico, educacional, político e social.
Segundo SISTO (2002 A):
O baixo rendimento escolar é uma das manifestações mais evidentes das dificuldades de aprendizagem. Se uma criança apresenta um bom desempenho escolar, mesmo que tenha dificuldade para aprender e com muito esforço a esteja superando, esta criança passará despercebida, da mesma forma que crianças que não estudam por falta de interesse ou preguiça correm o risco de serem classificadas como crianças com dificuldade de aprendizagem. As generalizações excessivas podem, por vezes, levar a confusões conceituais sérias em que pouco ou quase nada ajudam no diagnóstico das possíveis causas dos problemas de aprendizagem para as crianças que de fato apresentam dificuldades de aprendizagem.
O papel do professor fundamenta-se em observar o aluno e auxiliar o seu processo de aprendizagem, tornando as aulas mais motivadas e dinâmicas, não rotulando o aluno, mas dando-lhe a oportunidade de descobrir suas potencialidades. Para que exista uma reeducação dos alunos se faz necessário que o professor tenha um aguçado conhecimento das dificuldades de cada aluno e de suma importância o acompanhamento de profissionais especializados para o apoio pedagógico, buscando assim resoluções e soluções de cada caso detectado. 
Os professores assim como as escolas devem trabalhar com competência e dedicação, revendo seus métodos de ensino e adaptando-os quando necessário, para atraírem os alunos para a escola, onde terão a oportunidade de aprender a ler e a escrever. E também a melhorar as estatísticas quanto às dificuldades de aprendizagem, embora não podemos negar que independentemente do tipo de escola ou sala de aula há alunos que realmente devem ser diagnosticados e tratados devidamente por um profissional competente e ter o apoio do professor e da família.
Consciente de seu papel no processo de alfabetizar, o educador pode realizar um trabalho de ação pedagógica com enfoque no desenvolvimento e construção da linguagem. Ao deixar de lado uma metodologia imposta por uma cartilha e partindo da leitura do mundo das crianças, o educador passa a medir e participar no processo espontâneo de conceituação da língua escrita.
COELHO ressalta que:
As mudanças de estratégias de ensino podem contribuir para que todos aprendam. Em alguns casos, as estratégias de ensino não estão de acordo com a realidade do aluno. A pratica do professor em sala de aula é decisiva no processo de desenvolvimento dos educandos. Esse talvez seja o momento do professor rever a metodologia utilizada para ensinar seu aluno, através de outros métodos e atividades ele poderá detectar quem realmente está com dificuldade de aprendizagem, evitando os rótulos muitas vezes colocados erroneamente, que prejudicam a criança trazendo lhe várias consequências, como a baixa-estima e até mesmo o abandono escolar. “O que é ensinado e aprendido inconscientemente tem mais probabilidade de permanecer” (1999 p. 12).
O processo de ensino e aprendizagem da alfabetização deve ser organizado de modo que a leitura e a escrita sejam desenvolvidas numa linguagem real, natural, significativa e vivenciada. A assimilação do código linguístico não será uma atividade de mãos e dedos, mas sim uma atividade de pensamento, uma forma complexa de construção de relações.
A postura construtivista sustenta como uma de suas características fundamentais, a construção por parte da criança de seu próprio saber. Parte do pressuposto de que a criança sabe e reflete seus conhecimentos, organiza-os, aprofunda-os, enriquece-os e desenvolve-os. Aqui, o professor não é o saber, mas um mediador do saber.
Ensinar as crianças a ler, escrever e a se expressar de maneira competente, e é o grande desafio dos professores, uma vez que a atual realidade social colocou novas demandas e necessidades, tornando anacrônicos os métodos e conteúdos tradicionais que acabam dificultando o processo de aprendizagem da linguagem.
Sabe-se que a alfabetização não é um processobaseado em perceber e memorizar e, para aprender a ler e escrever, o aluno precisa construir um conhecimento de natureza conceitual: ele precisa compreender não só o que a escrita representa, mas também de que forma ela representa graficamente a linguagem.
O pedagogo que trabalha com estas crianças, está constantemente em conflito, é sentir-se desafiado a compreender e identificar os comportamentos presentes no cotidiano da sala de aula, desta maneira o professor perceber os fatores que interferem durante o processo de alfabetização em crianças com inteligência, aquelas ditas como normais, mas que evidenciam sistematicamente problemas de aprendizagem na leitura e na escrita.
O professor tem um papel importante no desenvolvimento do educando, cabendo a ele, perceber as dificuldades dos alunos, ajudando e incentivando para que eles não se sintam fracassados, achando que nunca vão conseguir aprender.
FREIRE (2004) afirma que:
Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses fazeres se encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino, continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervindo, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade. (p.29).
Sendo assim todos os elementos devem interagir e proporcionar um ótimo desenvolvimento para que não cause problemas de aprendizagem. Desta maneira a aprendizagem e gradual, cumulativa e continua, e cada indivíduo tem seu ritmo próprio de aprender. Existem fatores fundamentais para que aprendizagem se efetive, como saúde física e mental, motivação, prévio domínio, maturação, inteligência, concentração, atenção e memória.
Com o objetivo de aprender a criança precisa estar madura em três aspectos fundamentais: intelectual, afetivo-social, sensório-psiconeurológico. Precisa também desenvolver um conjunto de habilidades, condições, capacidades e aptidões, sendo capaz de executar determinadas atividades.
Estes problemas de aprendizagem referem-se às situações difíceis que a criança encontra, mas sempre com expectativas de que, a longo prazo, terá sucesso. Eles interferem de forma significativa no rendimento escolar individual. Um aluno que não consegue acompanhar o ritmo de seus colegas apresenta dificuldades para ajustar-se aos padrões e normas estabelecidos pela escola, ou sente-se desmotivado, perturbado emocionalmente. Quando enfrenta uma metodologia inadequada, é agrupado aos alunos que já estão rotulados por também apresentarem problemas de aprendizagem.
É necessária uma reflexão sobre a importância de compreender, investigar, e ter conhecimento do que realmente o aprendiz sabe e do que ele não sabe, não se deve rotular um aluno apenas por ele responder de forma esperada pela escola, mas se deve ter noção de como esse aprendiz está construindo os conhecimentos que está adquirindo e por que está demonstrando um não aprender.
A dificuldade na aprendizagem significa um distúrbio em um ou dois dos processos psicológicos básicos envolvidos no entendimento ou no uso da linguagem, falada ou escrita, que pode se manifestar para ouvir, pensar, falar, ler, escrever, soletrar ou realizar cálculos matemáticos. Quando uma criança começa a ler a maioria dos alunos veem as palavras como imagens, eles tendem a não compreender que a palavra é composta de letras usadas em combinações particulares, que correspondem ao som falado; é essencial que os alunos sejam ensinados e aprendam a arte básica de decodificação e soletração desde o início.
O preparo para iniciar a leitura e a escrita depende de uma complexa integração dos processos neurológicos e de uma harmoniosa evolução de habilidades básicas, como percepção, esquema corporal, lateralidade, etc. A leitura e a escrita não podem ser considerada como funções autônomas e isoladas, mas sim como manifestações do mesmo sistema, em que, através de situações concretas possa iniciar-se o processo de alfabetização compreendido na função simbólica, que é a leitura, e sua transposição gráfica que é a escrita. 
VYGOTSKY garante que:
A ação de escrever exige também da parte da criança uma ação de análise deliberada. Quando fala, ela tem consciência das operações mentais que executa. Quando escreve, ela tem de tomar consciência da estrutura sonora de cada palavra, tem de dissecá-la e produzi-la em símbolos alfabéticos que tem de ser memorizado e estudado de antemão. (1979).
Segundo o teórico podemos concluir que a dificuldade de aprendizagem é um distúrbio psicológico que causa problemas a criança, quando esta se encontra no início do processo de alfabetização.
A importância do desenvolvimento das habilidades básicas pode ser vista de uma maneira mais sistemática na pré-escola, que tem a função de apresentar à criança os pré-requisitos necessários para a alfabetização. Infelizmente alguns professores da pré-escola, angustiados por uma alfabetização precoce, deixam de dar a devida estimulação para essas habilidades especificas. As dificuldades de aprendizagem na área da leitura e da escrita podem ser atribuídas a vários fatores. 
Nos últimos 20 anos, principalmente, vários autores contribuíram para mudar o processo de alfabetização, para não haver tantos alunos que passam da idade de ser alfabetizado por terem dificuldade na aquisição do uso da leitura e da escrita. Se antes era centrada em métodos de ensino, atualmente passa a ser focalizada no processo de aprendiz. Nesse contexto são apresentadas contribuições que mostram que não é a escola que apresenta a escrita para a criança, evidentemente que desde que elas estejam envolvidas no uso e nas funções da escrita se questionam sobre o seu funcionamento, já está ocorrendo uma aprendizagem.
	 Muito discutida e ainda não totalmente resolvida é a questão do encaminhamento de crianças com problemas escolares a profissionais especializados em dificuldades de aprendizagem, os psicopedagogos. Por haver diferentes profissionais com múltiplas especialidades, quer pela dificuldade da escola em avaliar a quem encaminhar cada caso, o que se vê é que existe uma certa dúvida nessas conduções. Apesar de toda controvérsia quando o assunto se refere às dificuldades de aprendizagem das crianças, a prática nos aponta para dois fatos inegáveis: esses problemas devem-se a diferentes fatores isolados ou associados entre si, e somente a avaliação e a intervenção precoce das dificuldades, pode levar ao sucesso na aprendizagem escolar.
A compreensão dos problemas de aprendizagem causa muita ansiedade, tanto para os educadores que se deparam com essa situação, sem, muitas vezes, solucioná-las, quanto para o aluno que apresenta tal sintoma. Ainda é muito comum rotular os alunos, sendo as consequências nocivas, pois prejudicam a autoestima dos alunos ou mesmo provocam comportamentos inadequados às experiências, até mesmo afastando-os da sala de aula.
SISTO ressalta (2005):
As dificuldades para aprender aparecem nas crianças sob distintas formas, e é muito difícil encontrar uma pessoa que não teve dificuldade de aprender alguma coisa algum dia de sua vida. Algumas crianças chamam atenção devido ao fato de estarem atrasadas ou defasadas em determinadas tarefas especificas como a escrita, se comparadas com seus colegas de classe ou idade, ou uma dificuldade geral, quando a aprendizagem é mais lenta do que a média das crianças em uma série de tarefas. (p. 190).
	Muitas vezes a criança que apresenta alguma dificuldade na aprendizagem, a família não mostra nenhum interesse em ajuda-la, deixando que a escola se encarregue de encontrar a solução. Compreendemos que é de grande importância que a escola receba esses alunos, mas também é preciso que a família colabore no sentido de ajuda-los em relação a formação da criança, bem como e responsável por exemplar e programar o comportamento e a identidade do indivíduo.
	É necessário que a família acompanhe de perto a vida escolar dos filhos, os pais não podem pensar que todos os problemas de aprendizagemdos filhos é obrigação somente da escola. É papel dos pais acompanharem todo o processo de formação de seus filhos, dedicando-se ao máximo, propiciando momentos de cumplicidade, amor e atenção, o laço afetivo da família desempenha um papel importante no desenvolvimento do aluno.
 	Sem a contribuição da família no processo escolar da criança o risco que ela corre é bem maior, pois além de problemas escolares, terá dificuldades na vida também. Se a família, o psicopedagogo e o professor trabalharem juntos obterão melhor resultado diante do transtorno apresentado.
Ensinar e aprender são processos lentos, individuais e estruturados. Quando esses processos não se completam, por alguma falha ou falta, interna ou externa, surgem os distúrbios e as dificuldades de aprendizagem que levam a criança não só à desmotivação, mas ao desgaste e à reprovação social. A criança se transforma num rótulo dentro da escola, perturba pais e professores que passam a buscar, a partir daí, todo e qualquer tipo de solução na tentativa de descobrir causas, classificá-las e, se possível, entender de forma objetiva um quadro que, apesar de não se mostrar claro, sugere uma perturbação, e implica em prejuízo contínuo em uma fase da vida extremamente importante, o início da escolarização.
Para FREIRE:
alfabetizar-se só tem valor se esse houver relação com o saber, nesse sentido, alfabetizar-se não é aprende a repetir palavras, mas a dizer a sua palavra, criadora de cultura. A cultura letrada conscientiza a cultura: a consciência historiadora automanifesta à consciência sua condição essencial de consciência histórica. Ensinar a ler as palavras ditas e ditadas é uma forma de mistificar as consciências, despersonalizando-as na repetição – é a técnica da propaganda massificadora. Aprender a dizer a sua palavra é toda a pedagogia, e também toda a antropologia. (1987, P. 18)
Algumas crianças por diversas razões, não chegam a desenvolver habilidades comunicativas por meio da fala, nestes casos a inclusão dessas crianças nas atividades regulares favorece o desenvolvimento de várias capacidades, como a sociabilidade, a comunicação, entre outras. Existem certos procedimentos que favorecem a aquisição de sistemas alternativos de linguagem, como a que é feita por meio de sinais, por exemplo, mas que requerem um conhecimento especializado.
Psicopedagogia surgiu de uma necessidade de compreender o processo de aprendizagem. E historicamente a Psicopedagogia surgiu na fronteira entre a Pedagogia e a Psicologia, a partir das necessidades de atendimento de crianças com distúrbios de aprendizagem, consideradas inaptas dentro do sistema educacional convencional. Ocupa-se da aprendizagem humana e está estruturando-se e situando-se para evoluir através de recursos diversos, pois a psicopedagogia está embasada em diversas teorias, devido à complexidade de seu objeto de estudo. Por exemplo: a psicanálise, a psicologia social, a epistemologia, a psicologia genética e a linguística, incidem sobre o seu objeto de estudo.
De acordo com FERNANDES:
A intervenção psicopedagógica possibilita o acompanhamento do trabalho junto aos professores, visando à solução de problemas de aprendizagem. É preciso que ele faça um diagnóstico, ou seja, um processo que se realiza numa atitude investigadora, até a intervenção. É importante que essa investigação prossiga durante todo o trabalho com o objetivo de observação ou acompanhamento da evolução do sujeito. No diagnóstico psicopedagógico as perturbações na leitura e escrita expressam uma mensagem.(1991 p.43).
A psicopedagogia estuda as características da aprendizagem humana, como se aprende, como essa aprendizagem varia evolutivamente e está condicionada por vários fatores, como se produzem as alterações na aprendizagem, como reconhecê-las, tratá-las e preveni-las.
O psicopedagogo pode atuar em várias áreas de forma terapêutica e preventiva, usando de várias estratégias, tentando solucionar os problemas que podem surgir. O profissional desta área realizara uma docente prática, agindo dentro da escola, caberá a este profissional encontrar possíveis dificuldades no processo de aprendizagem realizando dinâmicas com a sociedade educativa com o intuito de estabelecer o processo de troca e interação. Os estudos do psicopedagogo alcançam a sua meta quando consegue compreender a dificuldade do seu aluno, para que a escola abra espaço e crie recursos para trabalhar com essas dificuldades de aprendizagem. 
Dentro instituição escolar, a participação do psicopedagogo com a suas experiências de intervenção junto ao professor num processo de parceria possibilitam uma aprendizagem muito importante e enriquecedora, não só a sua intervenção junto ao professor é positiva, também com a participação efetiva dos pais nas reuniões, esclarecendo o desenvolvimento de seus filhos na escola, bem como acompanhando e sugerindo atividades, buscando estratégias e apoio necessário para cada criança com dificuldade.
Quando diagnosticada, o aluno passa primeiramente por um longo caminho de busca, que começa em postos de saúde e chega à rede terciária de atendimento ou a consultórios particulares, sempre procurando um substrato que justifique o fato de não aprender. Nesses serviços, as crianças são submetidas a uma série de exames clínicos, psicológicos, oftalmológicos, neurológicos e pediátricos, entre outros, cuja conclusão em sua grande maioria, é pela a não constatação de anormalidades que justifiquem o problema escolar.
A atuação psicopedagógico envolve-se, portanto, com o problema escolar e de aprendizagem, interferindo de forma individual ou no grupo, conforme se apresenta o problema. Tratar e prevenir esses problemas de aprendizagem em classes de alfabetização com certeza amenizará um fato bastante comum ao final da primeira série, quando algumas crianças finalizam o ano letivo com um nível insuficiente de aprendizagem e, posteriormente, sempre repetem alguma série de ensino fundamental.
	O psicopedagogo ou o professor não transmitem apenas conhecimento, mas a atenção ao aluno, tendo cuidado, para que ocorra o aprendizado do mesmo para que que o estudante saiba se expressar com clareza e transmitir seus conhecimentos. No processo de alfabetização e letramento a Psicopedagogia contribui levando o educador a refletir sobre os seus atos como professor e avaliador da aprendizagem de crianças com dificuldades tanto de aprendizagem quanto de outras habilidades ligadas direta e indiretamente à escola envolvendo a escrita.
A Psicopedagogia como uma atividade voltada para um atendimento personalizado àqueles alunos que merecem uma atenção especial, exerce forte influência em todo o processo de ensino-aprendizagem, visto quer através da valorização do aspecto cognitivo como foco de reflexão. Tanto o educador quanto o aluno passam a viver experiências relevantes não apenas para o processo de ensino-aprendizagem na escola, mas também para uma convivência maior que envolve o indivíduo e o seu meio numa construção significativa de aprendizagens através das experiências vivenciadas diariamente com o mundo e com as coisas nele existentes.
2.2 METODOLOGIA 
A pesquisa utilizou-se um procedimento racional e sistemático com objetivo de proporcionar respostas ao problema proposto: o professor tem que identificar os alunos com dificuldades na aprendizagem. A abordagem proporciona um contato direto e prolongado do pesquisador com o ambiente escolar e a situação que está sendo investigada. 
Para favorecer a aprendizagem de alunos com dificuldade, é importante avaliar, contextualizar, diversificar. A aprendizagem é, via de regra, um processo singular. Cada aluno tem sua própria forma de aprender, ainda que possa ser beneficiado pelo trabalho em grupo. O ensino-aprendizagem, por sua vez, deve ser um processo dialógico. É através do diálogo que o professor conhece o aluno, identifica como ele pensa e, somente assim, pode refletir sobre as modificações necessárias no processo para favorecer seu desenvolvimento. É preciso ajudar o aluno a estabelecerrelações entre o conhecimento novo e o que já domina. É importante, também, valorizar o que ele sabe fazer bem, para que desenvolva o sentimento de autovalorização e sinta-se encorajado a enfrentar os desafios.
Quando juntamos dificuldades que é quando não temos o entendimento necessário para a compreensão com a aprendizagem que diz ser tudo que o indivíduo consegue adquirir ou modificar encontramos um termo muito abordado, principalmente por psicopedagogos, que tem como objetivo fundamental dentro deste campo, detectar essas dificuldades em seus alunos e buscar intervir nas mesmas. De forma que o estudante apresente algum tipo de transtorno.
É comprovado através de estudos que a criança que apresenta dificuldade de aprendizagem, possui sim um intelectual em potencial, apesar dos seus problemas manifestados. É aí que entra uma atividade de grande importância que é o trabalho lúdico afetivo do psicopedagogo, em que haja uma comunicação desenrolada e favorecida, comunicação essa que faz a criança entender que ela é sim capaz mesmo com todas as suas dificuldades. 
Com base em tudo que temos visto e estudado até aqui é de suma importância a presença de um psicopedagogo dentro de uma instituição de ensino, cumprindo o seu papel de profissional desta área, dando suporte para a escola, para a família, para a sociedade e principalmente para o portador deste transtorno, derrubando barreiras e problemas existentes.
REFERÊNCIAS
PÉRSIO, Nelci Soares Pérsio; BERTOSO, Eunice Barros Ferreira. Dificuldades de aprendizagem no processo de alfabetização. Disponível em www.profala.com/arteducesp180.htm. Acesso em 20/02/2017.
JORGE, Arllen. O que é dificuldade de aprendizagem e como contorna-la? Disponível em brasilescola.uol.com.br/educacao/dificuldades-aprendizagem.htm. Acesso em 20/02/2017.
ALGERI, Marinês Serro. Dificuldades de aprendizagem na escrita: um olhar psicopedagógico. Disponível em www.ideau.com.br/getulio/restrito/upload/revistasartigos/226_1.pdf. Acesso em 21/02/2017.
MACEDO, Adriana Miranda; PINTO, Maria das Graças Carvalho da Silva Medeiros Gonçalves. Problemas de aprendizagem: Um olhar psicopedagógico. Disponível em www.ideau.com.br/getulio/restrito/upload/revistasartigos/226_1.pdf. Acesso em 22/02/2017. 
ALVES, Rosângela Maria Schmirtz. Dificuldades de aprendizagem na alfabetização. Disponível em https://psicologado.com › Áreas de Atuação › Psicologia Escolar. Acesso em 23/02/2017.
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