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QUESTIONÁRIO NEOPROCESSUALISMO

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Prévia do material em texto

Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Curso de Direito
Ana Luiza Barcellos Leme
Direito Processual Civil
Questionário Neoprocessualismo 
CURITIBA, 2018
PRIMEIRO TEXTO:
1- 
Aspecto histórico: as mudanças essenciais para o Direito Constitucional contemporâneo iniciaram se, a partir da 2º Grande Guerra Mundial, na Europa.
Houve uma necessidade de criar garantias fundamentais para a defesa dos cidadãos, criou-se então, a formulação da Constituição.
A alteração da Constituição afetou diretamente o Brasil, com a transição para o estado democrático de Direito.
Aspecto filosófico: relaciona-se com a identificação do direito com a lei, demonstrado pelo “bem-comum”, no entanto, foi superado pela hermenêutica jurídica. Gerando uma distinção então regras e princípios, para ampliar a efetividade da Constituição. Perante este cenário, constitui o Art. 126 do CPC excluindo a alegação de “obscuridade da lei”. 
Aspecto teórico: de acordo com Luis Roberto Barroso, existem três caminhos para a caracterização do aspecto teórico, são eles; 
•reconhecimento da força normativa da Constituição: isto é, reconhecer que a constituição não é apenas uma carta de intenções políticas, mas sim, completa de caráter jurídico.
•expansão da jurisdição constitucional: é vista em um contexto de um pêndulo, que vai do autocontenção ao ativismo judicial. A ampliação da jurisdição constitucional gerou uma grande expansão da litigiosidade a qual se explica pela expansão. 
•desenvolvimento de uma nova dogmática da interpretação constitucional: essa nova interpretação não excluiu a interpretação clássica, mas renovou a hermenêutica jurídica incluindo a teoria dos princípios sobre regras. Gerando melhores soluções para conflitos entre os direitos fundamentais. Ou seja, para uma boa resolução de conflitos é necessária uma adequada interpretação de acordo com os direitos fundamentais e dignidade da pessoa humana.
 
2- 
A passagem: “A superação do paradigma da validade meramente formal do direito, em que bastava ao Estado cumprir o processo legislativo para que a lei viesse a ser expressão do direito, resultou da compreensão de que o direito deve ser compreendido dentro das respectivas relações de poderes, sendo intolerável que, em nome da “vontade do legislador”, tudo que o Estado fizesse fosse legítimo.” Traz o seguinte significado, para a validade de uma lei, não precisa somente da formalidade da lei presente no processo legislativo, mas também, a devida compreensão, sem a existência de obscuridade ou dificuldade de interpretação. Sendo considerado intolerável que a interpretação e vontade do legislador esteja presente na conclusão do processo. Pois a lei deve ser legitimada pelo Direito com a devida clareza em sua interpretação. 
3-
Após a 2º Guerra mundial, houve uma grande mudança constitucional na Europa. Porém, essa mudança teve um reflexo muito grande no Brasil que também estava passando por uma mudança constitucional em 1988. Essa nova constituição previa que o Brasil estaria em um Estado Democrático de Direito, sendo um marco histórico de suma importância. Ou seja, o instrumento que sinaliza a passagem para Estado Democrático de Direito é a Constituição de 1988.
4- 
O pós-positivismo é o que restabelece uma relação entre direito e ética, pois procura buscar materializar a relação entre valores, princípios, regras e a teoria dos direitos fundamentais e para isso, valoriza os princípios e sua inserção nos diversos textos constitucionais para que haja o reconhecimento de sua normatividade pela ordem jurídica.
5- 
As fontes que utilizadas no texto são recorrentes do direito as leis, o costume, a jurisprudência, a equidade e a doutrina.
6- 
O fenômeno da expansão da litigiosidade foi vivenciada e presenciada nas últimas décadas, no entanto, essa expansão é diretamente vinculada a ampliação ao acesso à justiça, que a explica. Ou seja, houve uma ampliação na litigiosidade pois ao mesmo tempo ampliou-se o acesso à justiça. 
7-
Direito e política só completamente associados entre si. No texto, há inclusão do pensamento de Norberto Bobbio, em relação a democracia. 
A democracia significa “governo do povo” desta forma, o povo deve ter participação direta nos direitos e deveres do Estado. Para isto há presença do Direito, como a Constituição que elege conteúdos mínimos para um Estado Democrático de Direito. 
8- 
Quando uma lei encontra-se inconstitucional, como último caminho, o Poder Judiciário impõe o pensamento iluminista. Ou seja, aplica apenas a vontade concreta da lei ou atua como legislador negativo, declarando a lei não constitucional. Porém essa afirmação dirigia se ao Estado Liberal quando impunha-se o agente estatal, no entanto essa situação não é compatível com os modelos previstos na Constituição de 1988, o qual requer os direitos fundamentais. 
9- 
O pós-positivismo, já visto que, procura materializar os valores de regras e princípios. Também tem funções como, resgatar a força normativa dos princípios constitucionais e a hermenêutica jurídica. Fazendo com que os intérpretes do Direito adotem cláusulas gerais. Isto é, o juiz após atribuir sentido ao texto da constituição ou lei, monta uma norma jurídica perante esse caso concreto. 
10- 
Nesse trecho, há uma conceituação e explicação sobre a palavra “sentença”, termo muito importante designado ao Direito. Pela passagem a definição de sentença entende-se pela o conjunto de interpretação dos fatos, valores, princípios e regras jurídicas que geram um resultado sendo desenvolvida pelo juiz, sem ter lógica formal, nem formando um preceito legal. Porém, fazem parte das regras impostas pela constituição que permite a valoração do caso concreto, em busca da solução mais justa. 
11- 
Em relação à colisão entre direitos fundamentais e sua proteção o texto apresenta alguns teorias para a solução desse conflito de forma mais justa e eficiente. A teoria das regras, busca a dimensão da validez e da não validez, ou seja, os critérios de solução de antinomias jurídicas se realizam com a divisão do “tudo ou nada”. No entanto, a teoria dos princípios, buscam soluções ajustada as pretensões sociais e legítimas, que ao mesmo tempo são vinculantes e flexíveis. 
Com isso, conclui-se que, é possível ajustar à lei fundamental as circunstâncias do caso concreto, permitindo então, que haja solução para as complexas colisões entre os direitos fundamentais. 
12- 
A Constituição brasileira de 1988 apresenta amplos direitos e garantias fundamentais, tornando constitucionais os mais importantes fundamentos do direito processual. Após isso, a norma jurídica teve uma construção voltada aos princípios constitucionais, ou seja, a lei perdeu seu caráter central como apenas fonte do direito e passou a ser subordinada pelas premissas da Constituição. Toda essa mudança após a Constituição de 1988 afetou diretamente o Direito Processual, criando conexões importantes entre a processualística e o constitucionalismo.
13- 
Tendo em vista que o Estado intervém nas relações entre os indivíduos, quando há necessidade de resguardar os direitos fundamentais dos jurisdicionados. Portanto, a garantia do acesso à justiça não é considerada um fim em si mesma, pois é necessário que um conjunto de outras garantias e oportunidades previstas em lei venham acompanhadas do acesso à justiça para o limite do exercício do juiz pelo poder. Ou seja, o direito fundamental ao acesso da justiça não se limita apenas à mera admissão ao processo ou a possibilidade de ingresso em juízo, mas sim, precisa de um conjunto de garantias e princípios constitucionais fundamentais. 
14- 
O grande desafio do legislador e do juiz, é a construção de técnicas processuais capazes de tutelarem os direitos materiais. Essas técnicas processuais estão previstas nos artigos 273 e 461 do Código de Processo Civil e 84 do Código de Defesa do Consumidor, os meios de coerção indireta e direta, atrelados às técnicas das sentenças mandamentais e executivaslato sensu, permitiram que, em um só processo, fosse realizados todos os atos necessários à efetivação da tutela jurisdicional. 
15- 
O conjunto de garantias e de princípios constitucionais fundamentais ao direito processual refere-se ao direito fundamental ao processo justo. 
Direito ao processo justo, inclui garantias processuais como: ações, ampla defesa, igualdade, contraditório efetivo, juiz natural, publicidade dos atos processuais, independência e imparcialidade do juiz, motivações das decisões judiciais, possibilidade de controle recursal das decisões, entre outras. Essas garantias, além de serem retiradas do Código Processual Civil, elas têm extrema ligação com a com a constituição. 
16- 
O trecho “O processo está voltado à tutela de uma ordem superior de princípios e de valores que estão acima dos interesses controvertidos das partes (ordem pública) e que, em seu conjunto, estão voltados à realização do bem comum.” Significa que, o devido processo legal é ordenado por princípios e valores que são superiores, chamado de ordem pública. Essa ordem superior está preocupada na realização do bem comum a todos. 
17- 
A instrumentalidade do processo relaciona-se na permissão da construção de técnicas processuais efetivas, rápidas e adequadas à realização do direito processual. Este viés metodológico do neoprocessualismo, contudo, precisa ser compatibilizado com o respeito aos direitos e garantias fundamentais do demandado, no processo civil, e do acusado, no processo penal, que estão na essência do garantismo, que está diretamente associado com a instrumentalidade do processo. 
18- 
Um exemplo de técnicas processuais é a Arbitragem. A arbitragem é uma técnica de soluções de conflitos que é entregue a um terceiro, essa técnica tem suas específicas características como, por exemplo, a necessidade de um documento de confirmação que o conflito será solucionado pela Arbitragem, entre outros exemplos. 
19- 
A adequação do procedimento é de grande importância, à medida que o legislador visa às necessidades do direito material, permite uma tutela jurisdicional mais célere e efetiva. A adequação do procedimento aplicada às ações que tutelam o direito de família brasileiro. 
O princípio da adequação implementado pelo juiz recebeu o nome de princípio da adaptabilidade do processo.
20- 
Três fatores acentuaram uma nova era de direitos, a partir de meados do século passado: •aumentaram os bens merecedores de tutela (as meras liberdades negativas, de religião, opinião, imprensa etc., deram lugar aos direitos sociais e econômicos, a exigir uma intervenção positiva do Estado);
•surgiram outros sujeitos de direitos, além do indivíduo (singular), como a família, as minorias étnicas e religiosas e toda a humanidade em seu conjunto;
•o próprio homem deixou de ser considerado em abstrato, para ser visto na concretude das relações sociais, com base em diferentes critérios de diferenciação (sexo, idade, condições físicas etc.), passando a tratado especificamente como homem, mulher, homossexual, criança, idoso, deficiente físico, consumidor etc.
Portanto, esses fatores contribuíram para o chamado “Nova Era do Direito”. 
SEGUNDO TEXTO:
1- 
No texto, o direito à tutela específica apresenta-se como corolário da efetivação do acesso à justiça em sentido material, ou seja, já não se mostra mais suficientes disposições normativas que assegurem o acesso à justiça, pois ele deve ser verdadeiramente assegurado, produzindo o Poder Judiciário verdadeiras consequências sociais.
2- 
O direito à tutela efetivada necessita de uma participação ativa do magistrado, pois é o magistrado que deverá considerar as circunstâncias fáticas, os valores do ordenamento jurídico e as suas normas, a fim de conferir consequências sociais ao provimento jurisdicional prolatado, no espectro analisado por esse artigo, por meio da execução civil.
 
3- 
Os valores são apresentados no novo Código de Processo Civil desde o seu artigo primeiro, em que se consigna que o processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil. 
As normas, são momentos estanques na experiência jurídica e, por isso, devem ser observadas, sempre, de acordo com os valores vigentes no ordenamento jurídico e em consonância com as especificidades fáticas. 
Já os fatos, que se constituem como a principal fonte de produção do direito, deve ser analisada em suas especificidades pelo aplicador do direito.
4- 
O processo civil passou por quatro momentos, o primeiro deles foi a era neoprocessual do processo civil e a relação com a Teoria Tridimensional do Direito, praxismo ou sincretismo. Neste momento não havia distinções entre o processo e o direito material tutelado, assim o processo não possuía autonomia científica. Posteriormente, surge o processualismo, momento em que é delimitada a diferença entre o direito material e o direito processual, recebendo este certa autonomia.
Na sequência, a era marcante foi do instrumentalismo, na qual já se reconhecia as diferenças entre o direito processual e o direito material, entretanto foi necessário que o direito processual tivesse como escopo conferir efetividade e concretude ao direito material tutelado.
Por fim, o momento atual do Processo Civil Contemporâneo denomina-se neoprocessualismo, que é decorrência do neoconstitucionalismo, em que as premissas constitucionais, juntamente com seus valores, direitos fundamentais e garantias, são transportadas para o âmbito processual.
Estes são os quatros grandes e importantes momentos que o Processo Civil passou ao longo do tempo.
5- 
O trecho “nesse modelo constitucional de processo, o magistrado deve estar preparado para constatar que a solução não está integralmente na norma, o que demanda um papel criativo na formulação da solução para o problema, tornando-se, assim, coparticipante da produção do direito, mediante a integração com suas próprias valorações e escolhas, da cláusula” retiradas do texto, tem seu significado baseado na ideia de: o magistrado deve estar preparado para um processo conforme o modelo constitucional que não contém solução integralmente na norma. Ou seja, isso demanda do magistrado uma participação da produção do direito conforme seus ideais e próprias escolhas. 
6- 
A atuação do magistrado recebe muitos valores vindos da sociedade. Porém, o magistrado incumbe refletir sobre os valores, garantias e direitos fundamentais relevantes para o caso concreto. Ou seja, o fundamento da República que é a dignidade da pessoa humana; os valores sociais do trabalho e da livre-iniciativa, entre outros. Esses valores devem guiar e servir de vetores para a atuação do jurista na ordem jurídica.
7- 
As cláusulas abertas são de suma importância para o magistrado, ou seja, confere ao magistrado a possibilidade de atuar criativamente, tendo em mente os valores do ordenamento jurídico, principalmente as demais normas e o fato concreto a ser apreciado, buscando conferir efetividade aos direitos materiais tutelados pelo ordenamento jurídico de forma otimizada, precipuamente no âmbito da execução processual.
8- 
De acordo com o autor do texto a tutela adequada é aquela que leva em apreço as especificidades do direito material a ser tutelado e, concomitantemente, utiliza-se de técnicas processuais hábeis a protegê-lo.
9- 
Medidas indutivas, coercitivas, mandamentais e sub-rogatórias são consideradas necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniárias. Incumbe ao juiz determinar as mesmas. 
10- 
A passagem “nesse modelo constitucional de processo, o magistrado deve estar preparado para constatar que a solução não está integralmente na norma, o que demanda um papel criativo na formulação da solução para o problema, tornando-se, assim, coparticipante da produção do direito, mediante a integração com suas próprias valoraçõese escolhas, das cláusulas abertas constantes do sistema jurídico.“
Traz consigo o significado baseado na ideia de: o magistrado deve estar preparado para um processo conforme o modelo constitucional que não contém solução integralmente na norma. Ou seja, isso demanda do magistrado uma participação da produção do direito conforme seus ideais e próprias escolhas. 
11- 
O trecho “Para isso, deve o Processo Civil contemporâneo, na vertente neoconstitucional, conferir tutela efetiva e adequada à proteção de direitos e garantias fundamentalmente asseguradas” relacionado com o artigo 139, IV, quer dizer:
Aquele que está mais apto a enxergar de forma mais próxima o direito material tutelado e a melhor técnica processual para protegê-lo é o magistrado. Por isso, o presente artigo passa à análise do inciso IV do art. 139, que incumbe ao juiz determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária, cláusula aberta que propicia melhor atuação do magistrado com o fito de concretizar o direito fundamental a uma tutela que seja adequada e efetiva socialmente.

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